Nike reforça vendas diretas ao consumidor e amplia lojas omnichannel

Os negócios DTC da marca tiveram crescimento impulsionado pela pandemia.

A Nike deve cortar relações com pelo menos seis de seus parceiros de atacado nos Estados Unidos, incluindo DSW, Urban Outfitters, Shoe Show, Dunham’s Sports, Olympia Sports e Big Five Sporting Goods, e priorizar suas lojas que fazem vendas diretas ao consumidor (DTC, ou Direct to Consumer). A decisão vem na esteira da saída da Amazon e reforça seu foco no crescimento do varejo próprio.

A estratégia vem sendo apontada em relatórios de analistas de varejo nos EUA, com a consultoria McMillanDoolittle. Os negócios DTC da Nike representaram cerca de um terço de suas receitas em 2019 e registraram crescimento impulsionado pela pandemia.

Durante a teleconferência em que divulgou os resultados do terceiro trimestre de 2020, realizada em 18 de março, os executivos da companhia relataram que os negócios digitais da empresa cresceram mais de 70% no acumulado do ano.

O bom resultado segue o crescimento significativo registrado no comércio eletrônico como um todo desde o começo da pandemia de Covid-19. Reflete, também, os investimentos destinados a melhorar a coleta de dados e as análises proprietárias da empresa.

Dados e tecnologia

Nos últimos anos, a Nike fez quatro aquisições de empresas de dados e tecnologia, sugerindo um foco no avanço de seus recursos de ciência de dados para complementar o crescimento do comércio digital.

A marca também continuou a inovar e aumentar sua presença cada vez mais personalizada em lojas omnichannel. A empresa lançou e continuou a investir em formatos de loja modernos, como as Nike Live, hiperlocais e conectadas digitalmente, que vêm sido testadas há alguns anos, suas flagships House of Innovation e suas recém-lançadas Nike Unite, voltadas para comunidades locais.

A empresa deve lançar entre 150 e 200 lojas Nike Live em três anos na América do Norte, na Europa, no Oriente Médio e na África.

A empresa também está testando o formato Nike Rise, cuja primeira unidade foi aberta ao público em julho de 2020 em Guangzhou, na China. Os visitantes podem usar o aplicativo da marca para navegar pela loja e participar de workshops, eventos, jogos esportivos ao vivo e treinos.

Aos poucos, a companhia vem deixando claro que os parceiros de atacado precisam oferecer uma experiência diferenciada e inovadora que seja única e construtiva para a Nike – ou correm o risco de perder o negócio. O plano da empresa é se tornar um negócio 50% digital até 2025, e ela está a caminho de atingir essa meta – talvez bem antes do prazo.

Fonte : consumidormoderno.com.br

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