E-commerce deve avançar 31% em 2021

O Goldman Sachs apontou em relatório que o comércio eletrônico brasileiro deve crescer 31% em 2021, para R$ 198 bilhões em GMV (volume bruto das mercadorias vendidas). O crescimento resultaria em uma penetração de 13% do e-commerce no mercado varejista total do Brasil, ante fatia de 11% em 2020.

A expectativa do banco de investimento é que as compras on-line crescem, em média, 23% ao ano, levando o consumo on-line a representar 20% do mercado varejista em 2024.

Os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Chandru Ravikumar reiteraram que, embora esperem que uma parte substancial da migração para as compras on-line permaneça mesmo com a reabertura das lojas físicas, a capacidade das empresas de comércio eletrônico de sustentarem o crescimento dependerá de quão bem possam cumprir a promessa diversificação de sortimentos de produtos e experiência do usuário.

Em relatório, os analistas destacaram o Mercado Livre e a Magazine Luiza, que estão “construindo ecossistemas diferenciados com tendências positivas nos KPIs em relação ao crescimento do usuário, engajamento e experiência”. A equipe também mencionou a B2W, que tem registrado uma aceleração no GMV.

Para a equipe do Goldman, a competição entre os principais players do comércio eletrônico do Brasil, que se intensificou ao longo do segundo semestre de 2020, deve continuar neste ano.

“Esperamos que a concorrência em torno do frete grátis, cumprimento de promessas, variedades e experiência do usuário permanecem fortes”, explicou a equipe do Goldman.

Os analistas lembraram que a B2W lançou um política de frete grátis no início deste ano, com uma estrutura semelhante ao Mercado Livre. Além disso, o Mercado Livre reduziu ainda mais seu limite para aplicação de frete grátis (de R$ 99 para R$ 79) em fevereiro de 2021, seguido por B2W, em maio.

Para Irma Sgarz, Felipe Rached e Chandru Ravikumar, com a mudança para o on-line ainda em estágios relativamente iniciais, o foco em estratégias de crescimento faz sentido, especialmente se a flexibilidade financeira e a capacidade operacional estiverem no lugar e se o caminho para a geração de fluxo de caixa sustentável estiver claro.

“No futuro, escala, execução e acesso contínuo ao capital podem vir a ser o fatores que vão definir quais players estão posicionados para avançar na corrida”, reiterou a equipe do Goldman.

Fonte : sbvc.com.br

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