Comportamento de compras por celular varia de acordo com região e classe, diz pesquisa

A Mobile Time e Opinion Box elaboraram um Panorama sobre as compras online através de dispositivos móveis no Brasil. Para o levantamento, foram entrevistados 2.115 brasileiros com acesso a internet e a smatphones durante o mês de março de 2019.

A pesquisa mostra que o uso de celulares para a realização de compras de mercadorias e serviços cresceu 20% nos últimos 3 anos.

Renda

A maior parte das compras no comércio móvel são feitas pela parcela mais rica da população, sendo as classes A e B as que têm maior acesso a esse modelo de compra. A taxa de penetração do comércio móvel nas classes C, D e E é de 79%.

Com relação à periodicidade das compras, 76% dos consumidores das classes A e B responderam ter feito alguma compra por um dispositivo móvel nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa. Das classes C, D e E, foram 65% dos consumidores.

Meio de acesso

A pesquisa levanta ainda um ponto importante na realidade de acesso à internet da população brasileira: a relevância do smartphone como instrumento de compra. Para muitas pessoas de baixa renda, o celular significa uma democratização do acesso à rede. A média nacional indica que 71% dos consumidores brasileiros compram mais pelo celular do que pelo desktop.

Aqui, vemos uma inversão do acesso com relação à renda: lideram na comparação as classes C, D e E quando questionados pela preferência de dispositivo, com 74% das respostas contra 62% das classes A e B. De acordo com o IBGE, há mais celulares do que computadores nos lares brasileiros.

O acesso à banda larga fixa influencia diretamente na respostas. Na região Sudeste, onde o acesso é melhor e maior do que nas demais regiões, há menos preferência pelo mobile (67%), em relação às demais regiões: Centro-Oeste (77%), Nordeste (76%), Norte (73%) e Sul (73%).

Usabilidade

De acordo com o IBGE, há mais lares brasileiros com um smartphone do que com saneamento básico. Cada vez mais, esse item se torna parte da vida das pessoas. Por isso, os dispositivos móveis — e os aplicativos — investem em comodidade para que o usuário ache e realizem suas atividades de maneira intuitiva.

Além disso, muitos aplicativos de compra são elaborados para facilitar a busca e o pagamento. Oferecer navegação gratuita sem cobrança dos dados de internet também é um atrativo dos aplicativos para facilitar o uso dos aplicativo móvel.

Satisfação

A pesquisa mostra que a comodidade dos aplicativos rende resultados na satisfação do cliente com relação aos pedidos feitos por dispositivos móveis.

85% dos entrevistados se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos nas compras por smartphones, dando notas altas ao modelo de compra (4 e 5 em uma escala de 1 a 5).

Pagamento

A grande maioria dos consumidores móveis prefere pagar suas compras com cartões de crédito (63%), mas há uma parcela significativa que opta pelo boleto bancário (27%).

A pesquisa projeta um crescimento pela preferência de carteiras digitais pelo desenvolvimento e alcance das fintechs. Atualmente, são 8% dos consumidores que preferem usar essa modalidade.

E por que não compram?

Dos respondentes, 18% disso nunca ter realizado uma compra via aplicativo. Os motivos variam: 31% não confiam no modelo, 30% gostariam de ver ou sentir os produtos antes de fechar a compra e 24% não compram por não terem cartão de crédito.

 

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