O e-commerce brasileiro fechou o primeiro semestre de 2019 arrecadando R$ 36,4 bilhões, segundo dados da E-Consulting. A estimativa é que neste ano o comércio eletrônico fature R$ 82,6 bilhões, um aumento de 6,58% em relação ao ano passado, que fechou com R$ 77,5 bilhões.
A previsão sinaliza pela primeira vez o impacto de empresas de serviços e plataformas digitais dentro do montante a ser gerado no e-commerce brasileiro. Ações de companhias como Uber, Loggi, Rappi, Netflix, assim como as operadoras de telefonia e meios de pagamentos online, vão estimular o consumo e os pagamentos pela internet.
Segundo a pesquisa, da fatia total das transações financeiras que devem ocorrer na web em 2019, algo em torno de 31,2% será via plataformas mobile. Um acréscimo de 32,77% em relação ao ano passado, que representou 23,5% das transações.
Os números demonstram que o e-commerce nacional seguirá com um reaquecimento estável, mesmo registrando alta se comparado a 2018, uma vez que no ano passado a liquidez do faturamento previu um aumento de 20,9%.
Principais razões
A expectativa é que, em 2019, 87% dos brasileiros realizem pagamentos por meios online, um aumento de 3% se comparado a 2018. Dentre as principais razões do consumidor usar as plataformas eletrônicas estão: nível de serviço e fulfilment (37%), experiência e usabilidade (42%), comodidade (51%), confiança (41%), segurança (39%) e agilidade na hora do pagamento (26%).
De acordo com Daniel Domeneghetti, coordenador da pesquisa e CEO da E-Consulting, o consumidor digital brasileiro está mais maduro para compras e pagamentos por aplicativos. “Graças a um trabalho das empresas para levar cada vez mais comodidade e segurança, o internauta ficou mais habilidoso para usar apps dos mais variados serviços. Todo esse movimento influencia a ascensão do digital mobile no Brasil”, diz Domeneghetti.
Fatores importantes
Continuam como fatores crescentes da alta frequência da mobilidade: a migração de consumidores do varejo físico para o digital, o cross canal e as experiências cruzadas multicanal, as promoções, as ofertas de produtos e serviços específicos, as ações varejistas atrativas, como o Black Friday, bem como os investimentos das empresas em soluções para melhorar o User Experience.
A pesquisa também aponta que a previsão do ticket médio de compras do brasileiro aumentou e será a maior dos últimos cinco anos. O cliente virtual estará disposto a gastar R$ 331 em 2019. R$ 12 a mais do que em 2018, que foi R$ 319.
Categorias mais vendidas
Quanto às categorias mais vendidas, a previsão da pesquisa é que os itens de saúde e beleza sejam os mais comprados do período, tendo chances de alcançar um volume de pedidos que representa, aproximadamente, 24% do montante previsto de transações no e-commerce. Moda e acessórios vem em segundo lugar com um volume de 19%. Já os eletrodomésticos e os produtos de informática, terão um número de pedidos em torno de 19%, enquanto os eletrônicos representarão um volume de 16%.
“Ao traçar um paralelo com ano passado, podemos ver que razões como comodidade, segurança e agilidade eram considerados diferenciais para a realização de pagamentos na internet. Hoje, são critérios básicos. Esse cenário o que houve foi uma pavimentação dos internautas em relação a estes itens. Ou seja, não são mais ativos diferenciais. São itens básicos”, explica Domeneghetti.
O índice do varejo online (VOL) é calculado pela E-Consulting a partir da soma trimestral das vendas online ocorridas nas lojas virtuais de automóveis, bens de consumo e turismo. O cálculo inclui em seu montante o e-commerce B2C (Business to Consumer) nos formatos tradicional, mobile commerce, social commerce e compras coletivas, bem como o nicho de C2C (Consumer to Consumer).
Fonte: e-commerce Brasil