A ascensão do retail media: comportamento do consumidor e novas soluções

O cenário da publicidade digital está em constante transformação, e estamos navegando pela terceira onda digital. Essa nova era é marcada pela ascensão dos varejistas como protagonistas na jornada de compra do consumidor, impulsionando o crescimento exponencial do retail media.

Mas o que torna esse movimento um novo conceito de mercado? A resposta é simples: relevância. O retail media coloca o produto no centro das atenções, exatamente quando o consumidor está buscando por ele dentro do ecossistema do varejista.

Essa mudança de paradigma traz consigo um impacto significativo na forma como as marcas se conectam com seu público. Uma pesquisa divulgada pelo Terra (2023) revelou que 47% dos consumidores confiam mais nas buscas realizadas dentro de marketplaces do que nos tradicionais mecanismos de busca, como Google, Bing e Yahoo.

Essa confiança se traduz em oportunidades sem precedentes para as marcas:

– Alcance qualificado: os marketplaces já possuem uma vasta base de usuários com alta intenção de compra.

– Segmentação precisa: as plataformas de retail media permitem segmentar campanhas com base em dados de comportamento de compra, garantindo que os anúncios cheguem ao público certo, no momento certo.

– Mensuração completa do funil de vendas: desde o primeiro contato com a marca até a conversão, o retail media oferece uma visão holística do percurso do consumidor.

Você pode estar pensando que as soluções de retail media se limitam ao fundo do funil, certo? Errado! Sua principal força reside na construção de marca. E por que nos marketplaces essa tarefa se torna mais eficaz? A resposta é simples: riqueza de informações.

Imagine a possibilidade de criar uma verdadeira imersão na sua marca dentro do marketplace. Através de lojas personalizadas e até landing pages, como um “subsite” exclusivo, você apresenta sua identidade, valores e produtos de forma clara e envolvente.

Some a isso o poder da segmentação precisa. Com os anúncios, impactamos o consumidor no momento exato de sua jornada de compra. Seja ele um cliente em busca de informações detalhadas sobre um produto específico ou navegando por itens complementares, estamos lá, com a mensagem certa, no lugar certo.

O retail media é a síntese perfeita entre marketing e vendas. Ele inaugura um novo cenário em que o comercial fornece munição para o marketing agir de forma cirúrgica e dinâmica. Em contrapartida, o marketing, com sua estratégia de branding bem definida, potencializa as negociações comerciais.

Mais do que uma tendência, o retail media é o futuro da publicidade digital. Uma solução completa que integra áreas, otimiza investimentos e oferece resultados mensuráveis.

Amazon: um case de sucesso no retail media

A Amazon, gigante do e-commerce, destaca-se nesse cenário com sua plataforma de anúncios, trazendo uma solução baseada em dados de comportamento do usuário, a Amazon Marketing Cloud. Através dela, as marcas podem:

– Criar públicos específicos, como aqueles que abandonaram o carrinho, e impactá-los com mensagens personalizadas.

– Acessar dados detalhados sobre a jornada de compra, como tempo de conversão e impacto dos produtos em novos compradores.

– Obter insights poderosos para otimizar campanhas e maximizar o retorno sobre o investimento.

A plataforma da AMC revoluciona a análise de dados com ferramentas intuitivas e a capacidade de criar consultas SQL personalizadas. Essa flexibilidade permite responder a perguntas complexas sobre o comportamento do consumidor, abrindo um leque de possibilidades para pesquisas aprofundadas.

Com a AMC, a dinâmica da publicidade digital se transforma. A riqueza de informações e a precisão da plataforma na segmentação do público-alvo elevam a assertividade das campanhas. A mensuração se torna mais precisa e os anúncios impactam os consumidores certos, no momento certo.

Assim como o Google Analytics revolucionou a análise de websites, a AMC molda o futuro da inteligência de dados na Amazon. Sua capacidade de processamento e a riqueza de informações a colocam em um patamar superior, impulsionando a tomada de decisões estratégicas e abrindo caminho para uma nova etapa na publicidade digital.

O futuro do marketing digital é aqui

O retail media representa uma evolução na forma como as marcas se conectam com seus consumidores no ambiente digital. A combinação de dados precisos, segmentação avançada e um ambiente propício à compra dentro dos marketplaces oferece um potencial único para impulsionar o crescimento das marcas.

A era do retail media já começou, e as marcas que souberem aproveitar as oportunidades que ela oferece estarão à frente da concorrência.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-ascensao-do-retail-media-comportamento-do-consumidor-e-novas-solucoes”

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Formas de pagamento digital para a Black Friday 2024

A Black Friday é uma das datas mais aguardadas pelos consumidores e uma das mais lucrativas para os empreendedores de e-commerce.

A preparação dos negócios para essa ocasião inclui a revisão de infraestruturas e tecnologias, com destaque para os meios de pagamento que serão utilizados durante os dias de alta de vendas.

Além de escolher a tecnologia ideal, é crucial oferecer diversas formas de pagamento ao consumidor final. Esse aspecto é fundamental na tomada de decisão de compra: de acordo com um levantamento do Opinion Box, 17% dos brasileiros desistem de uma compra online quando o site não apresenta o método de pagamento de sua preferência.

Portanto, a dica é: invista em um leque variado de opções e conquiste diferentes tipos de clientes na data mais promocional do varejo!

Confira a seguir as formas de pagamento digital indispensáveis para a Black Friday 2024.

Cartão de crédito

Não é novidade que o parcelamento faz parte da cultura econômica do Brasil. Na última edição da Black Friday, o uso de cartão de crédito ficou em 56,2%, um crescimento de 4,8 pontos percentuais em comparação com 2022.

A compra à vista teve 28,9% da preferência dos brasileiros, seguida do parcelamento de sete a 12 vezes (22,9%) e do parcelado de quatro a seis vezes (18,8%). Os dados são do levantamento Black Friday Hora a Hora da Neotrust.

Vale lembrar que, durante a Black Friday, muitos consumidores aproveitam para fazer compras maiores ou adquirir produtos de maior valor, e a possibilidade de parcelamento oferecida pelos cartões de crédito pode ser um fator decisivo na hora da compra.

Nesse cenário, os empreendedores devem garantir a aceitação das principais bandeiras, como Visa, MasterCard, American Express e Elo, para não perderem vendas.

Também é importante oferecer segurança no processamento das transações, utilizando tecnologias como criptografia de dados e sistemas de verificação de identidade. Além disso, há a necessidade do uso de tecnologia antifraude, para analisar os pedidos feitos em seu negócio e barrar transações fraudulentas.

Pix

O Pix já é o queridinho dos brasileiros e sua fama tem ganhado o mundo, sendo considerado um case de sucesso em pagamentos instantâneos.

Na última edição da Black Friday, o Pix alcançou a marca de 30,7% de uso nas transações, um resultado expressivo, ficando atrás apenas do cartão de crédito.

Seguro, rápido e conveniente para consumidores e empreendedores, o Pix foi amplamente utilizado como estratégia promocional. A pesquisa “A preparação do e-commerce para a Black Friday 2023 – 2ª edição”, realizada pelo Pagar.me em parceria com o E-commerce Brasil, indicou que 62% dos lojistas utilizam o Pix como chamariz para oferecer preços mais atrativos.

Para 2024, podemos esperar um crescimento ainda maior no uso do Pix, consolidando-o como uma estratégia importante para as promoções.

Para garantir a segurança das transações via Pix nessa data tão importante, é imprescindível disponibilizá-lo por meio de QR code dinâmico e da função “Copia e cola” direto na página de checkout.

Boleto bancário

Utilizado em 8,1% das transações da Black Friday em 2023, segundo a Neotrust, o boleto bancário tem perdido espaço para novas formas de pagamento, especialmente para o Pix.

Ainda assim, o método de pagamento mantém seu valor no ambiente de transações digitais, principalmente por ser a única opção disponível para a população desbancarizada fazer compras online.

Além disso, ele é frequentemente utilizado por empresas e indivíduos que preferem evitar o uso de dados financeiros online. Durante a Black Friday, os lojistas podem atrair esse público oferecendo a opção de pagamento por boleto e garantindo um processo de emissão e confirmação rápido e eficiente.

No entanto, é importante estar ciente de que o boleto pode demorar até dois dias úteis para ser compensado, o que pode atrasar o envio dos produtos. Para minimizar esse impacto, os lojistas podem adotar estratégias como a liberação do pedido mediante o envio do comprovante de pagamento, agilizando a aprovação da compra, e a limitação de itens a serem vendidos por boleto, mitigando o roubo de estoque.

Carteiras digitais

As carteiras digitais têm ganhado cada vez mais espaço no mercado de e-commerce, sendo uma opção conveniente e segura para os consumidores. Entre as mais populares estão Apple Pay e Google Wallet. Essas plataformas permitem que os usuários armazenem suas informações de pagamento de forma segura e realizem transações com apenas alguns toques no smartphone.

Para os empreendedores de e-commerce, integrar carteiras digitais ao seu sistema de pagamento pode proporcionar uma experiência de compra mais rápida e eficiente, o que é crucial durante a Black Friday, quando os clientes estão em busca de agilidade e praticidade. Além disso, as carteiras digitais geralmente oferecem medidas adicionais de segurança, como autenticação biométrica, reduzindo o risco de fraudes.

Um dos grandes atrativos das carteiras digitais é a facilidade de uso. O consumidor pode, por exemplo, armazenar várias formas de pagamento em um único aplicativo e escolher a mais conveniente no momento da compra. Isso pode acelerar o processo de checkout e reduzir o abandono de carrinho, um problema comum no e-commerce.

Outra vantagem é a integração com programas de fidelidade e cashback, que podem incentivar ainda mais o uso dessas carteiras. Muitos consumidores escolhem métodos de pagamento que oferecem recompensas adicionais, e estar preparado para aceitar essas opções pode ser um diferencial competitivo.

Vale destacar ainda que, globalmente, 50% do valor transacionado no e-commerce em 2023 foi via carteiras digitais, segundo o The Global Payment Report. No Brasil, o método representa apenas 16% de uso, demonstrando seu espaço para crescimento nos próximos anos.

Conclusão

A Black Friday 2024 promete ser mais uma edição de grandes oportunidades para os empreendedores de e-commerce. A preparação para a data deve ir além de promoções atrativas e estoque robusto, sendo fundamental garantir uma experiência de compra fluida, segura e diversificada no que diz respeito aos meios de pagamento.

O cartão de crédito continua sendo um pilar fundamental, com seu parcelamento atraente, enquanto o Pix se consolida como uma opção rápida e prática, capaz de atrair uma grande parcela dos consumidores. O boleto bancário ainda desempenha um papel importante, especialmente para a população desbancarizada, e as carteiras digitais emergem como uma tendência crescente, proporcionando conveniência e segurança adicionais.

Ao investir em tecnologias que garantam a segurança e a eficiência das transações, os lojistas podem aumentar suas chances de conversão e fidelização de clientes. Cada método de pagamento tem seu público específico, e oferecer essas opções pode significar a diferença entre uma venda bem-sucedida e um carrinho abandonado.

Esteja preparado para a Black Friday 2024, garantindo que seus clientes tenham uma experiência de compra satisfatória e segura, independentemente do método de pagamento escolhido. Para continuar se preparando para a ocasião, leia também: Black Friday 2024: overview, estratégias e boas práticas para a data.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/formas-de-pagamento-digital-para-a-black-friday-2024”

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Faturamento de itens para casa cresce 6,4% no primeiro semestre de 2024, aponta ABCasa

A produção nacional de artigos para casa registrou um crescimento de 5,3% no primeiro semestre de 2024, segundo dados do IEMI – Inteligência de Mercado, em parceria com a ABCasa (Associação Brasileira de Artigos para a Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxtil). O desempenho supera a média da indústria de transformação nacional e reflete uma recuperação do setor.

O faturamento do segmento também acompanhou essa evolução, com alta de 6,4% no período. No varejo, o avanço foi de 4,5% a 5%, com destaque para o desempenho no primeiro semestre, apesar de um Dia das Mães mais fraco.

Somado a isso, houve também um aumento do setor no e-commerce, registrando 5,6% de acessos a mais no mês de março, segundo o Relatório Setores do E-commerce no Brasil, feito pela Conversion.

De acordo com Anderson Passos, diretor-executivo da ABCasa, a recuperação do setor está ligada à retomada do consumo das famílias, mesmo em meio a uma inflação elevada. Ele aponta que a estabilização do poder de compra é um fator positivo para o mercado de artigos para casa, especialmente com a chegada do segundo semestre, período tradicionalmente mais aquecido.

As projeções para o restante do ano indicam um crescimento de 4,5% a 5% na produção nacional de artigos para casa, impulsionado por datas como a Black Friday, o pagamento do 13º salário e o aumento nas vendas para as festas de fim de ano. No varejo, espera-se um crescimento de 3,5% a 4%, favorecido pela melhora das condições econômicas e pela redução do endividamento das famílias.

Uma pesquisa realizada com visitantes da ABCasa Fair em agosto de 2024 aponta que 35,71% dos entrevistados esperam uma melhoria na economia brasileira no próximo semestre, enquanto 34% acreditam em estabilidade. Em relação às vendas, 42,34% preveem um crescimento moderado.

Os principais desafios apontados pelos participantes foram o aumento dos custos, a queda na demanda e a concorrência acirrada. Entre as medidas sugeridas para melhorar o cenário econômico, destacam-se a redução de impostos e o incentivo à inovação.

Os dados e as percepções do mercado indicam um cenário de crescimento sustentado para o setor de artigos para casa em 2024, tanto na produção quanto no consumo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/faturamento-de-itens-para-casa-cresce-64-no-primeiro-semestre-de-2024-aponta-abcasa”

 

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Centauro amplia portfólio infantil com linha de produtos Nike e Jordan

Os produtos Nike para crianças já representam um aumento de 58% nas vendas da categoria infantil.

A Centauro, varejista de artigos esportivos, ampliou seu portfólio de itens infantis com o lançamento das novas linhas da Nike e Jordan. A linha Nike abrange produtos para crianças de 4 a 7 anos, enquanto a linha Jordan é voltada para crianças de 4 a 16 anos. Com uma variedade de 120 modelos, as camisetas da nova linha infantil estão disponíveis a partir de R$ 79.

A nova linha infantil já demonstra um impacto significativo nas vendas da empresa. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 38% nas vendas de vestuário infantil. Especificamente, os produtos infantis da Nike registraram um aumento de 58%. No e-commerce, as peças infantis da marca apresentaram um crescimento impressionante de 193% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as vendas nas lojas físicas aumentaram 54%.

“A inserção da Centauro no segmento infantil é uma forma de acompanhar a jornada esportiva dos consumidores desde a infância até a vida adulta. Afinal, queremos inspirar gerações futuras a adotarem um estilo de vida ativo e saudável”, conclui Renata Chapchap, diretora Comercial da Centauro.

Os novos produtos podem ser encontrados nas 45 lojas da Centauro espalhadas pelo estado de São Paulo, incluindo unidades de destaque, como Iguatemi Faria Lima, Iguatemi JK, Paulista, Bourbon, Eldorado e Morumbi, além de estarem disponíveis no e-commerce da varejista.

Além das linhas Nike e Jordan, a Centauro oferece uma vasta gama de peças infantis das marcas Asics, Adidas e Oxer, com diversas opções de modelos, cores e tamanhos.

Entre as marcas mais inovadoras 

A Centauro está entre as 50 marcas mais inovadoras do mundo em 2024, de acordo com relatório do Grupo Ebeltoft, um consórcio de empresas líderes em varejo e consultorias de marcas do qual faz parte o Gouvêa Ecosystem. A publicação, anual, destaca cases que inspiram o futuro do setor.

O ranking é dividido em três categorias: “Inovação para hipereficiência”, “Inovação para uma experiência aprimorada” e “Inovação para um mundo melhor”.

A varejista de artigos esportivos ocupa a primeira posição na categoria “Inovação para uma experiência aprimorada” com a Arena Centauro Ibirapuera, inaugurada em 2023 no parque de mesmo nome, localizado na zona sul de São Paulo.

O espaço tem 1 mil m² e abriga eventos, exposições e serviços gratuitos que atendem ao público de entusiastas de esporte, criando uma experiência dinâmica, inclusiva e imersiva “que vai além da mera prática atlética”, como descreve o relatório do Ebeltoft.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/19/08/2024/noticias-varejo/centauro-amplia-portfolio-infantil-com-linha-de-produtos-nike-e-jordan/”

 

 

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Prevenção a fraudes e cibersegurança caminham juntas nos desafios de IA

Evento da Serasa Experian realizada na casa da Consumidor Moderno reúne especialistas para discutir as transformações do cenário de cibersegurança pela IA.

A Serasa Experian, em parceria com o Grupo Padrão, reuniu especialistas na tarde na quinta-feira (15) na casa da Consumidor Moderno para falar sobre Inteligência Artificial (IA) e prevenção a fraudes. Ronaldo Lemos, renomado acadêmico, advogado e ativista brasileiro, conhecido por suas contribuições significativas no campo do direito digital, tecnologia e cultura, foi um dos participantes do evento, apresentando as conexões entre os riscos cibernéticos e os impactos da IA – para bem e para o mal – nas fraudes no Brasil.

O especialista, que também atua como diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e lidera pesquisas sobre propriedade intelectual, direitos autorais e regulação da internet, pontua que, cada vez mais, a Inteligência Artificial tem se feito presente em nossas vidas. Nos celulares mais novos, por exemplo, há um agente responsável por analisar ligações e filtrá-las de acordo com o interesse do usuário. Pode, por exemplo, descartar chamadas de telemarketing e prosseguir com as de interesse pessoal.

Além disso, as ferramentas têm grande capacidade de manipulação de imagem, como mudar o rosto de pessoas que não “saíram bem na foto” ou para remover objetos. A IA também tem a capacidade de alterar áudios, e até mesmo responder com textos. Ao mesmo tempo que surgem todas essas revoluções tecnológicas, existe um problema a ser enfrentado: a realidade.

“Hoje, temos ferramentas altamente capazes de manipular a realidade como a conhecemos, e isso pode ser usado para fraudes”, pontua. “Já tínhamos, no passado, ferramentas como o Facetune, que são muito usadas até hoje para retocar fotos. Mas o uso vai muito além desse uso simples. Hoje é possível usar IA para criar deepfakes e é possível inserir o rosto de qualquer pessoa em um vídeo, de forma muito perfeita. Mas, é possível usar também para manipulação política, recriar voz e imagem. Então, essas ferramentas vão causar problemas”.

Vídeo como prova e fraude

O especialista frisa que nós, seres humanos, confiamos no vídeo por ser a prova de que algo aconteceu. Ao mesmo tempo, temos entrado em um momento em que não podemos mais confiar no audiovisual, uma vez que ele esse conteúdo tem se tornado sintético e as novas ferramentas tecnológicas poderão ser usadas para fins maliciosos.

“Nos fóruns de cibersegurança tem uma discussão muito intensa sobre o uso de vídeo por IA para burlar chamadas de vídeo em que, por exemplo, seria obtido um certificado digital ou qualquer tipo de autenticação. Hoje, usamos muita biometria, inclusive facial, e o surgimento desse tipo de tecnologia vai colocar pressão sobre essas formas de autenticação. Quando olhamos para a forma que autenticamos hoje, cada vez mais, esse uso de tecnologia sintética vai permitir que seja emulada a voz, chamada por zoom, e isso pode burlar sistemas de autenticação, e esse ponto é extremamente importante”, comenta.

Nesse sentido, Lemos pontua ainda que, hoje, a internet é usada como a base para a vida contemporânea. Porém, a rede foi desenhada para conectar máquinas, e não pessoas. A consequência disso é que, na internet, as máquinas têm identidade, as pessoas não. A consequência é a necessidade de um sistema de autenticação externo. Sendo assim, é necessária uma outra metodologia para provar que a pessoa que está do outro lado é real.

A questão da identidade

Além disso, no Brasil, há um problema de identificação. Um exemplo citado pelo especialista está na emissão de RG, feita pelos estados. Essa documentação é como se fosse um “login” para a vida civil e online. É uma forma de provar que uma pessoa é real para fazer transações válidas na internet. Porém, esse sistema pode ser burlado, uma vez que um homem conseguiu ter 47 títulos de eleitor e 43 carteiras de identidades. Já em 2016, a Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu ter 46 mil CPFs sendo usados por mais de uma pessoa. Outro problema particular é o vazamento de dados no país.

“Todos os dados no Brasil já foram vazados e são facilmente comprados online. Essa é a premissa de fazer negócio no Brasil. O resultado é que o país, nos últimos anos, se tornou o paraíso dos golpes, principalmente pelo WhatsApp. Uma forma de resolver essa questão é a criação de soluções nacionais”, frisa.

Nesse cenário, Lemos pontua que o modelo usado pela Serasa Experian é interessante ao usar um coquetel de soluções que envolve desde biometria à verificação de documentos, que permite que seja aferida a identidade de uma pessoa de forma mais exata. Assim, esse modelo, para o contexto do Brasil, seria o melhor a ser usado em um país onde ainda não há uma solução nacional.

“Fraudes e Inteligência Artificial, infelizmente, têm uma conexão muito profunda e estão em permanente transformação. Assim como a IA muda toda semana, o mundo da fraude também passa por mudanças semanais. Temos que ficar de olho nesse processo de transformação, e a consequência disso é que ficar parado não é uma opção. É fundamental escolher bem os parceiros de identificação, e levar sempre em consideração uma estratégia multifatorial para garantir a certificação de uma identidade com um nível elevado de certeza”, reforça.

Prevenção a fraudes, ciberseurança e desafios de IA

Durante o evento, o painel “Como as estratégias de prevenção a fraudes e cibersegurança caminham juntas nos desafios de IA” apresentou cases de clientes da Serasa Experian sobre prevenção de fraudes em suas empresas. Estiveram presentes Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção de Fraudes da Serasa Experian, como mediador; Luís Zan, superintendente de Prevenção à Fraude do PicPay; Nathália Lolo, gerente de Segurança do Produto e Prevenção à Fraudes da C&A, e Rodrigo Monteiro, especialista em prevenção de fraudes.

Caio relembrou que já estamos em contato com a IA há algum tempo, mas o que muda agora é como isso se instala. Antes, as empresas tinham mais acesso à Inteligência Artificial que os fraudadores, mas esse cenário mudou.

Diante disso, dentro da C&A passaram a ser utilizadas alguns tipos de biometria, como a facial e a comportamental. “Não podemos falar de uma única Inteligência quando falamos de fraudador. Se focamos em apenas um tipo, ficaremos para trás. Quando temos mais de uma forma de se prevenir, conseguimos chegar mais perto, com evolução melhor nos números e contendo a fraude”, comenta Nathália Lolo.

Outro ponto necessário é o foco em experiência, proteção e privacidade no que diz respeito aos dados. Rodrigo Monteiro explica que a cibersegurança deve ser trabalhada em conjunto, porque existe uma sinergia em termos de times e ambos analisam toda possibilidade de fraude. “A fraude vai acontecer, mas não podemos deixá-la escalar. É uma engenharia social, e temos que garantir que a pessoa está autenticada, mas que não cai em algum tipo de golpe”, explica.

Luís Zan reforça a necessidade de monitorar, atuar rápido e encontrar caminhos alternativos. “Os dados que não precisamos e não utilizamos é melhor não ter e não guardar. Momentos de ataques podem acontecer e, mesmo com altas barreiras, vemos no mercado exemplos ruins. Tanto na segurança, quanto no contexto geral, o vazamento prejudica todo mundo. Por isso, trabalhamos na linha de monitoria e mudança”, pontua.

Atualmente, a biometria ainda é o método mais conhecido pelos consumidores. Porém, com o aumento da deepfakes, fraudadores podem até mesmo manipular esse método para tentar novos golpes. Com a evolução da IA, os autores de golpes podem ter mais forçar para disseminar seus golpes, lembra Monteiro.

“Mais do que só pensarmos na instituição, temos que disseminar a conscientização às pessoas, sobre como elas podem se prevenir para não cair em algum tipo de ataque”, frisa.

Para prevenir fraudes, PicPay tem trabalhado na linha da identificação do dispositivo, com uma solução proprietária e uma de mercado. Assim, é possível notar o acesso do consumidor, se é hábito comum do usuário ou manipulação. Diante disso, a instituição agrega informações para identificar se tem algum malware instalado no dispositivo. “Essa é a primeira camada de proteção, tanto do processo de abertura de conta, quanto no de troca de dispositivo. São as etapas com maior probabilidade de ataque no processo de invasão de contas”, pontua Zan.

Nessa questão da identidade, o mais importante são as camadas de proteção. A executiva da C&A reforça que nem todas as medidas podem ser usadas com todas as pessoas. É necessária a IA por trás desses processos de proteção, entender o comportamento do cliente e entender como cada um deles será protegido.

Fonte: “Prevenção a fraudes e cibersegurança juntas nos desafios de IA (consumidormoderno.com.br)

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Amazon amplia operações logísticas e chega a 100 pontos espalhados pelo Brasil

Iniciada no Brasil em 2012 com a venda de livros digitais pela loja Kindle, as operações da Amazon expandiram no país a partir do começo de 2019. No período, havia apenas um centro de distribuição e 1 milhão de produtos listados para venda. Agora, a gigante do e-commerce anuncia seu próximo passo para ampliação do ecossistema, que inclui o programa global DSP (Delivery Service Partner – Parceiro de Serviço de Entrega) e uso de inteligência artificial.

A Amazon conta com 100 milhões de produtos anunciados em 50 categorias, distribuídos por mais de 100 polos logísticos operados com tecnologia própria, espalhados por regiões estratégicas do país. Essa malha logística oferece suporte para entregas de pacotes em 100% dos municípios brasileiros.

Segundo a empresa, os investimentos em novos programas de logística, inteligência artificial e parceria com a  Azul Linhas Aéreas, que faz os transportes aéreos para variados destinos do país. Além da To do Green, com sua frota de veículos elétricos fazendo entregas sustentáveis, e da Favela Llog, empresa de logística especializada em distribuição de pacotes em nove favelas do estado de São Paulo. Essas parcerias pretendem dar conta de otimizar a entrega dos produtos com prazo reduzido, atendendo as principais capitais e regiões metropolitanas do país, incluindo regiões periféricas e rurais.

Só no Brasil, já são mais de 18 mil funcionários diretos e indiretos atuando na empresa em todas as suas áreas de negócios, impulsionando empregos externos em setores como construção civil para funções em logística e outros serviços profissionais.

O plano de expansão inclui a ampliação do programa global DSP (Delivery Service Partner – Parceiro de Serviço de Entrega), responsável por grande parte das entregas de last mile Amazon no Brasil e no mundo.

Com o programa, empreendedores poderão desenvolver suas próprias empresas de logística ao entregar os pacotes vendidos na Amazon. Atualmente, o programa tem 41 empreendedores brasileiros, responsáveis pela contração de mais de três mil motoristas pelo país.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/amazon-amplia-operacoes-logisticas-e-chega-a-100-pontos-espalhados-pelo-brasil”

 

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A nova era do varejo digital: como os dados comportamentais estão transformando a conexão com o cliente

Estamos vivendo uma nova era: a era da inteligência. Nela, os dados comportamentais não são apenas valiosos, mas essenciais para entender e se conectar com o consumidor do futuro. Com o auxílio da inteligência artificial para otimização de processos, esses dados nos permitem ver além das transações e interações superficiais, oferecendo uma janela para os desejos, as necessidades e os comportamentos dos consumidores. Compreender esses aspectos é vital para as marcas que buscam se aproximar e criar conexões genuínas com seus clientes.

A revolução da inteligência artificial e análise de dados

A inteligência artificial (IA) permite que as marcas analisem grandes volumes de dados rapidamente, identificando padrões e insights valiosos sobre o comportamento do consumidor. A análise de dados comportamentais envolve coletar, medir e interpretar informações sobre as interações dos usuários com a marca.

Quando coletamos dados sobre como os consumidores navegam em nossos sites, quais produtos visualizam e como interagem com campanhas de marketing, obtemos insights poderosos que nos permitem personalizar cada interação. Segundo a Syntasa, essa personalização não só aumenta a conversão e a retenção, mas também nos ajuda a entender o “porquê” por trás do comportamento do cliente, algo crucial para uma estratégia de marketing eficaz.

Automação de marketing: personalização em escala

Com a automação de marketing, podemos usar IA para criar campanhas que se ajustam automaticamente às preferências e aos comportamentos dos consumidores. Imagine enviar um e-mail ou uma mensagem no WhatsApp totalmente personalizados para um cliente que abandonou o carrinho de compras, oferecendo um desconto especial. Esse tipo de personalização mostra que estamos atentos às necessidades dos clientes e estamos dispostos a dar um passo extra para atendê-los. Estudos da McKinsey mostram que empresas que adotam a personalização veem um aumento de até 40% na receita (Niteco).

Humanização da marca: criando conexões genuínas

Embora as tecnologias de IA e automação de marketing sejam poderosas, a humanização da marca é o elemento que cria uma conexão emocional com os clientes. Mesmo com automação, é crucial que nossas interações sejam genuínas e empáticas. As mensagens automatizadas devem ser cuidadosamente projetadas para serem naturais, mostrando cuidado e atenção aos detalhes que importam para o cliente.

Exemplos práticos de automação humanizada

1. E-mails personalizados: enviamos e-mails que refletem os interesses dos clientes, como recomendações baseadas em compras anteriores.

2. Segmentação de públicos: dividimos a base de clientes em segmentos específicos e criamos campanhas direcionadas que falam diretamente às necessidades de cada grupo.

3. CRM estratégico: o envio da oferta certa, no momento certo, ou seja, quando o cliente realmente precisa recebê-la.

Conclusão: automatizar para aproximar

Estamos vivendo um grande movimento, no qual as marcas não apenas vendem produtos, mas fazem parte do cotidiano dos consumidores. Apesar de estar cada vez mais em evidência, há muito que essa conexão é buscada pelas marcas. Um exemplo clássico desse conceito é o Guia Turístico da Michelin. Nos anos 1900, a Michelin lançou um guia para motoristas, oferecendo informações sobre hotéis, restaurantes e postos de gasolina, ajudando os consumidores a aproveitar ao máximo suas viagens. Esse movimento não era apenas sobre vender pneus, mas sobre se tornar parte integrante da vida dos clientes, criando um valor duradouro e uma conexão emocional profunda.

Hoje, com a ajuda da inteligência artificial, análise de dados e automação de marketing, podemos fazer muito melhor. As marcas podem e devem oferecer experiências personalizadas e humanizadas. Ao aplicar essas tecnologias estrategicamente, podemos não apenas melhorar as taxas de conversão, mas também construir relacionamentos duradouros e significativos com nossos clientes.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-nova-era-do-varejo-digital-como-os-dados-comportamentais-estao-transformando-a-conexao-com-o-cliente”

 

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Tecnologia e inovação são pilares estratégicos e transversais no Boticário

Em entrevista exclusiva, Daniel Knopfholz, vice-presidente de Gente e Tecnologia fala sobre como a inovação faz parte da cultura da empresa.

Os investimentos em inovação e tecnologia, incluindo a aplicação da IA, têm sido fundamentais no desenvolvimento de soluções em todas as frentes do Grupo Boticário. Com o desafio de otimizar a previsão de demanda e o abastecimento de seus diversos canais, a empresa substituiu sistemas de mercado por um Modelo de Abastecimento da Rede (MAR), uma ferramenta proprietária que otimiza a previsão de demanda e o abastecimento das lojas.

E não é para menos, pois gerenciar uma rede que inclui 4.000 lojas, milhares de revendedoras, mais de 10 marcas, 10.000 SKUs, 7 Centros de Distribuição e 3 fábricas é uma tarefa complexa. “Como combinar tudo isso e escolher quantos e quais produtos vão para cada lugar? Como acertar essa informação, considerando que chove no Sul, faz sol no Norte, tem festas regionais no Nordeste e feriado em algumas cidades de outras regiões? Como fazer isso diariamente, com todas essas variáveis mudando o tempo todo? E, principalmente, como fazer isso de forma inteligente, para garantir que não falte, mas que também não sobre. Temos que garantir o atendimento aos clientes, mas temos que garantir o fluxo de caixa da cadeia. E temos fornecedores brasileiros, importados, grandes, pequenos”, afirma Daniel Knopfholz, vice-presidente de Gente e Tecnologia do Grupo Boticário. O executivo é um dos painelistas confirmados no Latam Retail Show, principal evento de varejo B2B da América Latina, realizado pela Gouvêa Experience, entre os dias 17 e 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. A Mercado&Consumo é media partner e faz cobertura especial do evento.

Desenvolvido internamente por uma equipe da Boticário, que conta com mais de 100 profissionais, o sistema conta com algoritmos proprietários, que fazem a previsão de demanda dos produtos e avaliam o que deve ser solicitado por cada franqueado, loja e espaço de revendedoras, assegurando que todos estejam devidamente abastecidos. Ele já opera em 100% dos franqueados e continua a ser aprimorado, incorporando novas marcas, canais e melhorias constantes no modelo preditivo.

Personalização de oferta

Para dar maior agilidade na resposta às necessidades de seus 24 milhões de consumidores e facilitar a personalização das ofertas, a empresa também tem utilizado a Inteligência Artificial no desenvolvimento de novos produtos.

Para o processo de criação de fragrâncias, foi criado um sistema chamado Lyra, que consolida as diversas frentes de qualidade, performance de produto, pesquisa e desenvolvimento. “Antes da adoção desta estratégia de dados, o desenvolvimento de produtos envolvia muitos pontos de tentativa e erro, dependendo significativamente da expertise dos pesquisadores sêniores para identificar reações negativas e resultados insatisfatórios. Esse método, além de ser mais demorado, não garante uma precisão tão alta nos testes”, explica Knopfholz.

A IA é utilizada para simular testes e prever alterações em parâmetros como cor, viscosidade e pH. Isso acelerou o desenvolvimento e os testes de novos produtos, resultando em uma redução média de 82% no tempo de análise dos pesquisadores.

“A Inteligência Artificial nos dá mais precisão e, quando necessário, realizamos ajustes mais rápidos, eliminando a necessidade de vários testes físicos que consumiam muito tempo. Implementamos modelos preditivos para assegurar a estabilidade das fragrâncias e conseguimos eliminar todos os testes de peso do processo”, diz.

Toque humano

Apesar de toda a tecnologia embarcada nos processos de gestão e produtos, Knopfholz destaca que o toque humano é indispensável nas criações. Isso passa pelo conhecimento e individualidade dos colaboradores.

Para isso, motiva a equipe de mais de 20 mil colaboradores a testar ideias que, futuramente, podem virar serviços, produtos ou melhorias de processos. “Acreditamos que a criatividade tem relação direta com a capacidade do grupo Boticário de inovar e é essencial que a criatividade faça parte da rotina de todos nossos colaboradores”, comenta.

Como exemplo, Knopfholz diz não haver uma área específica de inovação. Cada uma das equipes, organizadas em value streams e chapters, atua com um conjunto de objetivos estratégicos e devem usar de sua inventividade para propor, testar e escalar soluções, com responsabilidade fim a fim em seus escopos. “Ao adotar esse modelo, removemos gargalos e reduzimos dependências de times, trazendo mais autonomia e maior engajamento para os grupos de trabalho.”

Transformação contínua

Knopfholz acredita que a tecnologia e a inovação serão força catalisadora para a personalização e sustentabilidade na indústria de beleza nos próximos 5 a 10 anos. Tecnologias como Inteligência Artificial e análise de dados vão permitir a oferta de produtos ajustados às necessidades dos nossos consumidores, além de uma abordagem mais precisa e eficaz.

“Vamos continuar lançando produtos com tecnologias exclusivas, tanto para os cuidados com a pele e cabelos, por exemplo. Vamos continuar criando novos processos que garantam redução do impacto ambiental e criação de ciclos positivos na utilização das embalagens. E vamos também continuar aplicando a digitalização das experiências”, destaca.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/16/08/2024/noticias-varejo/tecnologia-e-inovacao-sao-pilares-estrategicos-e-transversais-no-boticario/”

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Métricas claras são chave para alinhar expectativas do consumidor

Executivos da Alice, Smiles e Aegea compartilham que indicadores da experiência são essenciais para a construção de uma jornada cada vez mais humanizada no ShowCase, da Zendesk.

Mesmo com o avanço das novas tecnologias, o atendimento humanizado continua sendo uma peça central nas estratégias de Customer Experience (CX) das empresas. Mas, na prática, como isso está sendo explorado dentro das empresas? Durante o Showcase, evento promovido pela Zendesk, o painel “O Poder do Fator Humano: Estratégias de Empresas Líderes na Experiência do Cliente” reuniu líderes da Smiles, Alice e Aegea para discutir como esse conceito está sendo aplicado em diferentes setores.

Na área da saúde, Guilherme Azevedo, cofundador da Alice acredita que a melhor definição para um atendimento excepcional ao cliente, começa por medir, ou seja, as métricas são um grande termômetro para entregar melhores experiencias, principalmente na área da saúde, seja pela procura de bons médicos ou hospitais.

“Ao apresentar métricas, as instituições demonstram genuíno interesse no bem-estar das pacientes, oferecendo segurança e autonomia para que escolham onde serão atendidas”, pontua Guilherme. O executivo mencionou um dado alarmante: 20% dos partos do setor privado são vaginais, enquanto 70% das mulheres desejam esse tipo de parto. Segundo ele, essa discrepância evidencia a necessidade de métricas claras para alinhar as expectativas e as realidades do atendimento.

“A saúde, assim como outras áreas, precisa de métricas para que os consumidores possam tomar decisões informadas. Ao colocar o paciente no centro, as instituições demonstram respeito e compromisso com a qualidade do atendimento”, contextualiza.

Azevedo acrescentou que, ao apresentar métricas, as instituições demonstram um genuíno interesse no bem-estar dos pacientes, oferecendo segurança e autonomia para que escolham onde serão atendidos. “Colocar o paciente no centro das decisões é um sinal de respeito e compromisso com a qualidade do atendimento”, concluiu.

Empatia, agilidade e clareza no atendimento

No setor de saneamento, Eduardo Mendes, diretor-executivo de tecnologia da Aegea Saneamento, falou sobre as complexidades de atender populações vulneráveis. Ele ressaltou que a jornada do cliente precisa ser extremamente humanizada, pois a falta de água impacta diretamente a qualidade de vida. “Imagine uma família de quatro pessoas sem água por três dias: a situação se torna insalubre e gera muito sofrimento”, refletiu Eduardo.

Para Mendes, o atendimento humano é essencial, pois permite gerar empatia, clareza e agilidade na oferta de soluções viáveis. “Estamos lidando com a necessidade básica de água, que é um direito de todos”, pontuou. Ele também mencionou que a diversidade regional e as particularidades de cada atendimento exigem um treinamento constante da equipe, com o objetivo de garantir que cada cliente se sinta atendido e compreenda as soluções propostas.

Apesar de ser uma empresa privada, a Aegea detém 55% do market share do setor privado de saneamento, mas atende apenas 15% da população brasileira. Eduardo destacou que a maior parte do saneamento ainda é de responsabilidade do Estado ou dos municípios, o que gera uma disparidade na evolução sistêmica e no atendimento. “Com o marco regulatório do saneamento, estabelecido recentemente, a meta é garantir que uma parcela maior da população tenha acesso à água e esgoto até 2030, o que tem impulsionado investimentos no setor”, explica.

Construção de uma jornada do cliente bem-sucedida

Carla Fonseca, CEO da Smiles e Vice-Presidente da GOL Smiles, abordou o uso de indicadores como ferramenta essencial para entender e atender às diversas necessidades dos mais de 22 milhões de clientes da empresa. “Nosso programa nasceu com o propósito de democratizar a viagem e proporcionar experiências transformadoras. Para isso, construímos um ecossistema amplo e contamos com um time focado na centralidade do cliente”, explicou.

Segundo Carla, a chave do sucesso da Smiles está em ter um time alinhado com o propósito da empresa e em utilizar metodologias ágeis para manter o cliente no centro de todas as ações. “Através de indicadores, podemos avaliar se estamos no caminho certo e se as nossas ações estão gerando o impacto desejado”, finalizou.

Carla enfatizou que, embora possa parecer óbvio colocar o cliente no centro das estratégias, essa tarefa está longe de ser simples. “Observando a curva desde o primeiro acesso até o nível de engajamento, podemos avaliar se o cliente está conseguindo resgatar pontos todo ano para viajar. É isso que buscamos: garantir o sucesso da plataforma e atrair cada vez mais clientes,” destacou.

A CEO da Smiles reforçou que a complexidade do tema exige uma atenção constante. “É necessário revisar e garantir que o foco esteja sempre presente. A palavra ‘jornada’ é muitas vezes generalizada e simplificada, mas ela envolve etapas cruciais que precisam ser cuidadosamente monitoradas,” explicou Carla. Para ela, o sucesso na construção de uma jornada do cliente bem-sucedida requer desconstruir processos, avaliar continuamente as estratégias e ajustar o caminho para garantir que o cliente esteja sempre no centro das decisões.

De fato, independentemente do setor, o fator humano continua sendo essencial para proporcionar uma experiência de cliente excepcional. Seja na saúde, saneamento ou aviação, o painel mostrou que essas empresas estão investindo em métricas, treinamento e metodologias para garantir que o atendimento seja sempre centrado nas necessidades e desejos dos clientes.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/fator-humano-cx-estrategias/”

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D2C: principais marcas priorizam venda por marketplaces

Nos últimos anos, a dinâmica entre marcas, marketplaces e varejistas passou por mudanças significativas. De acordo com o relatório “RetailX Top500 Brands D2C: Europe 2024”, os marketplaces vêm conquistando cada vez mais espaço entre os maiores varejistas de e-commerce e multicanal da Europa.

Enquanto os marketplaces ganham terreno, a participação das marcas na lista diminui, refletindo o fato de que as marcas estão explorando um número maior de canais de vendas. Hoje, os marketplaces e as redes sociais estão captando uma fatia do tráfego e das vendas que antes pertenciam a varejistas e aos próprios sites D2C das marcas.

Em 2016, 37% dos negócios de e-commerce e varejo multicanal listados no então Internet Retailing Europe Top500 eram marcas, 44% eram varejistas e 19% eram marketplaces. Já em 2020, mais marcas passaram a vender diretamente ao consumidor em escala suficiente para serem incluídas na lista Europe Top1000, representando 42% do índice, enquanto os marketplaces representavam 20%.

Desde então, os marketplaces cresceram, atraindo mais tráfego e vendendo produtos das marcas para um público maior. Em 2024, as marcas representam apenas 31% da lista Top1000, enquanto os marketplaces aumentaram para 26%, e os varejistas, para 43%. Isso significa que há mais varejistas no Top1000 deste ano do que em qualquer outro momento desde 2017.

A maioria das marcas analisadas no RetailX Brand Index vende seus produtos em marketplaces, seja criando sua própria presença nesses canais ou permitindo que varejistas terceirizados vendam seus produtos nesses sites — ou ambos. As marcas de moda são as mais propensas a seguir essa estratégia, vendendo tanto em marketplaces quanto em redes sociais.

Quase metade (48%) das marcas de moda listadas no relatório disponibiliza seus produtos para compra em um ou mais dos 24 marketplaces estudados pela RetailX. Em menor escala, marcas de eletrônicos de consumo (15%) e de esportes e lazer (6%) também adotam essa prática.

O eBay é o marketplace líder para essas marcas, com produtos de 82% das 320 marcas do Brand Index disponíveis no site. Dois terços (67%) das marcas estão disponíveis para os consumidores europeus no Etsy, marketplace com sede nos Estados Unidos, enquanto Allegro (65%), da Polônia, Amazon (62%), dos EUA, e OnBuy.com (51%), do Reino Unido, também têm participação relevante. No geral, produtos de 86% das marcas podem ser encontrados em marketplaces.

Uma parcela significativa dessas marcas, 58%, tem suas próprias páginas nos marketplaces. Quando isso acontece, a Amazon é a mais utilizada (38%), seguida por Zalando (28%) e eBay (26%).

As marcas de moda (28%) são as mais propensas a ter uma seção exclusiva em um marketplace, seguidas pelas marcas de eletrônicos de consumo (10%).

Embora muitas marcas tenham presença em marketplaces, um número considerável, 41%, também mantém perfis em redes sociais. Entre essas, a maioria opta por estar no Facebook (37%), sendo bem menos comum a presença em outras plataformas, como Pinterest (2%), Instagram, LinkedIn e X (Twitter) (todos com 1%).

As marcas de moda (23%) são as mais propensas a usar redes sociais para vendas, enquanto apenas 2% das marcas de eletrônicos de consumo, utilidades domésticas, joias ou cosméticos fazem o mesmo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/as-principais-marcas-d2c-estao-optando-cada-vez-mais-por-vender-em-marketplaces-do-que-em-redes-sociais”

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