Grupo Boticário compra e-commerce de cosméticos Beleza na Web

O Grupo Boticário anunciou nesta segunda-feira (12) a aquisição do e-commerce Beleza na Web. A loja virtual ficou famosa por combinar a venda de cosméticos à produção de conteúdo com profissionais famosos da indústria de cuidados pessoais. Os valores da negociação não foram divulgados. O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) ainda vai avaliar a transação.

A nova aquisição do Boticário tem mais de 17 mil itens em sua loja e é uma das líderes no segmento de cosméticos na internet brasileira. São mais de 360 marcas nacionais e internacionais vendidas no e-commerce. Os produtos são para cuidados com cabelo, pele e corpo, além das categorias perfumaria e maquiagem.

Além da produção de conteúdo, o Beleza na Web oferece produtos de linhas profissionais em sua loja. Até a entrada do player nesse mercado eram produtos difíceis de se encontrar, vendidos diretamente nos salões de beleza. Este é um dos fatores do sucesso da marca.

O Beleza na Web começou a vender cosméticos online em 2008, quando as vendas pela internet ainda estavam começando no Brasil. Hoje, a empresa integra a categoria que mais cresce no e-commerce, segundo a Ebit | Nielsen. A consultoria avalia que a categoria Perfumaria, Cosméticos e Saúde cresceu 51% na comparação com 2017. A segunda categoria em crescimento é a de Informática, que teve alta de 27%.

Além da enorme loja online o Beleza na Web tem uma loja física em São Paulo. Na unidade, que fica em Moema, são expostos produtos de 250 marcas. As procuradas linhas profissionais também são vendidas na loja.

Fonte: portalnovarejo.com

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Varejo de moda registra crescimento depois de período morno

Mesmo com a economia estagnada setor registrou crescimento de 23,7% no mês de julho.

Quem trabalha com varejo de moda deve ter sentido os efeitos da economia estagnada, que afetou o setor no primeiro trimestre deste ano.

Esse momento morno enfrentado pelos varejistas já apresenta melhoras. Tanto é que 7 das 9 empresas listadas pela B3 (a bolsa de valores oficial no Brasil) registraram crescimento acima da Ibovespa.

Segundo dados do jornal Valor Econômico, juntas totalizaram valor de mercado de R$ 82,6 bilhões, com crescimento de 23,7% (cerca de R$ 16,5 bilhões).

Especialistas ouvidos pelo jornal listam ainda dois fatores pontuais relacionados com a alta no setor. O primeiro deles diz respeito a aprovação da reforma da previdência pela Câmara, que trouxe mais otimismo aos lojistas.

Além disso, a liberação do FGTS, prevista para o mês de setembro, deve impulsionar um consumo adicional ao setor. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e da Confecção (Abit) estão previstos cerca de 6 bilhões de reais a mais de lucro nos próximos dois meses.

E quando se pensa nos números abaixo do esperado nos últimos meses, parte disso se deve ao clima mais quente que o usual no segundo trimestre deste ano. Com isso, varejistas tiveram que impulsionar as liquidações para minar os estoques.

Agora, o tempo frio também deve estimular o mercado com compras de produtos com margem de lucro maior.

Fonte: portalnovarejo.com

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Logística para e-commerce: o desafio de soluções logísticas para uma indústria em evolução

Estudo global da DHL Supply Chain considerou a opinião de 900 diretores de logística vinculados ao e-commerce70% das empresas B2C e 60% das empresas B2B continuam trabalhando para alcançar a implementação de uma estratégia logística integralA pressão para atender as expectativas de seus clientes continua sendo um desafio para as empresas ao desenvolver suas ofertas de e-commerce, além de garantir que elas tenham a velocidade e agilidade em seus modelos logísticos para se adaptar rapidamente às mudanças

São Paulo, 13 de agosto de 2019 – A DHL, empresa global líder em logística, apresentou seu último relatório sobre a evolução da cadeia de suprimentos no setor de e-commerce. O estudo revela que 70% das empresas B2C e 60% das empresas B2B ainda estão trabalhando para alcançar a implementação de uma estratégia logística integral, e 70% dos entrevistados classificam o e-commerce como “muito importante” ou “extremamente importante” para seus negócios em termos de volume de vendas e receita.

O relatório foi elaborado com base em uma pesquisa global com a participação de cerca de 900 diretores de logística e supply chain vinculados ao e-commerce. Os entrevistados atuam nos principais setores da indústria, incluindo varejo, bens de consumo, saúde, tecnologia, automotivo, engenharia e manufatura.

O estudo, intitulado “The e-commerce supply chain: Overcoming growing pains”, também descobriu as principais barreiras para a implementação total de uma estratégia de logística, que incluem mudanças nas expectativas dos clientes, no ritmo de entrega e nas limitações da infraestrutura existente.

Nabil Malouli, Global e-Commerce Product lead da DHL Supply Chain disse: “O novo estudo mostra a importância crítica de colocar as expectativas dos clientes como o centro de qualquer estratégia de e-commerce. A dificuldade é que, ao fazer isso, as empresas estão tentando alcançar um objetivo em constante mudança”.

“Chegamos a um ponto em que as demandas dos clientes evoluem constantemente e as empresas estão sob enorme pressão para manter-se atualizadas. Elas vivem um processo contínuo de adaptação de seus modelos de e-commerce para atender às constantes mudanças, o que se torna um verdadeiro desafio para alcançar a implementação integral de seus planos de e-commerce”, acrescenta Malouli.

Apesar disso, está claro que o setor de supply chain deve continuar focando-se na satisfação dos consumidores. Deve ser também ágil o suficiente para responder a novos modelos de negócios, a expectativas de serviço e às necessidades tecnológicas dos compradores, a fim de reter os clientes existentes e atrair novos.

A evolução da demanda por e-commerce indica que, nos próximos 3 a 5 anos, mais de 50% das empresas farão algum tipo de mudança em sua estratégia de distribuição. Para lidar com essa pressão, muitas empresas estão optando por fazer parcerias com operadores logísticos independentes (3PL), com os quais conseguem aumentar seus recursos e suas capacidades internas a fim de escalar de forma rápida e eficaz e, desta maneira, explorar todas as oportunidades oferecidas pelo e-commerce.

Malouli acrescentou: “O que as empresas precisam neste processo varia dependendo do ponto em que elas se encontram neste caminho, já que todas estão em diferentes estágios de implementação da estratégia de e-commerce”.

Esse cenário também se aplica aos principais países Latino-americanos, principalmente Brasil, Colômbia, México, Chile e Argentina. Com diferentes taxas de crescimento e níveis de infraestrutura, os desafios são distintos, mas nada é simples no mercado de e-commerce.

O Brasil, por exemplo, se encontra em um momento de grande transformação e desenvolvimento nesta área. “O mercado de e-commerce cresceu dois dígitos nos últimos anos e ainda tem muitas opções de expansão. Tanto que muitas empresas, de diferentes segmentos e tamanhos, estão investindo fortemente nesta área e a logística tem que acompanhar este desenvolvimento”, afirma Luiz Moreira, CCO de Desenvolvimento de Negócios da DHL Supply Chain América Latina.

“No e-commerce, o que aparenta ser simples, operacionalmente é desafiador. Primeiro, há o desafio de mover o estoque de vários fornecedores para perto dos consumidores, mantendo uma enorme variedade de itens em estoque e atendendo a uma expectativa de agilidade que vira a questão central da logística para o comércio eletrônico. Ao mesmo tempo, esta demanda pode ser bastante volátil, requerendo habilidade para gerenciar picos de recursos humanos e transportes”, acrescenta Moreira.

Fonte: portogente.com

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Jornada maior que 24 horas e um salário menor que o mínimo, a vida dos ciclistas de aplicativo em SP

Estudo inédito traça o perfil dos entregadores e constata que a presença de menores de 18 anos é comum no ramo.

Trabalhar de segunda a domingo sem contrato, em jornadas que podem chegar a mais de 24 horas seguidas, se arriscando entre carros e ônibus, sem garantias ou proteções legais e muitas vezes por menos de um salário mínimo. E mais: em um emprego realizado até por menores de 18 anos. Este cenário —que deixaria de cabelo em pé qualquer fiscal do Trabalho— é o cotidiano de milhares de jovens como Guimarães, que trabalham de bicicleta como entregadores de aplicativos. Com a mochila térmica nas costas eles cruzam a cidade vindos, em sua maioria, das periferias da capital rumo aos principais centros comerciais da cidade.

Uma pesquisa da  Associação Aliança Bike, criada em 2003 com o objetivo de fortalecer a economia que gira em torno da bicicleta, traçou o perfil destes trabalhadores com base em centenas de entrevistas: 99% são do sexo masculino, 71% se declararam negros, mais de 50% tem entre 18 e 22 anos de idade, 57% trabalham todos os dias da semana, e 75% ficam conectados ao aplicativo por até 12 horas seguidas —sendo que 30% trabalham ainda mais tempo. Tudo isso por um ganho médio mensal de 992 reais (seis reais a menos do que o salário mínimo, fixado em 998 reais). O menor valor mensal recebido encontrado no levantamento foi 375 reais, para entregadores que trabalham três horas diárias, e o maior foi 1.460 reais, para 14 horas trabalhadas.

Não existe um balanço preciso de quantos entregadores utilizam bicicletas em São Paulo —os aplicativos se negam a divulgar estes números porque afirmam que são estratégicos. Mas estima-se que a cifra chegue aos milhares. Em um cenário de recessão econômica e com os índices de desemprego atingindo quase 13 milhões de brasileiros, este tipo de serviço altamente precarizado oferece flexibilidade de horários e uma fonte de renda para os jovens. Prova disso é a justificativa para entrar neste ramo de trabalho: de acordo com a pesquisa, para 59% dos entrevistados a principal motivação para começar a fazer entregas por aplicativo foi o desemprego.

O serviço de entrega com bicicleta é uma espécie de porta de entrada para o mundo do delivery. “Um motoca consegue tirar até 500 reais por dia em um final de semana”, conta Daniel Cesário de Moraes, 18 anos. Morador do Jardim Vaz de Lima, zona sul de São Paulo, ele pedala diariamente pela perigosa marginal do rio Pinheiros para chegar à zona oeste. Mas o boom dos aplicativos e a concorrência de outros ciclistas e motoqueiros já se faz sentir no bolso. Moraes viu sua renda diária cair de 80 para 40 reais nos últimos meses. Se antes o frete mínimo pago por corrida, um valor que também flutua a cada entrega, era de 6,50 reais, hoje dificilmente se alcança este valor. Para driblar a crise ele sonha em comprar uma moto para “progredir” no ramo de entregas. De qualquer forma, já conseguiu com o fruto de seu trabalho adquirir uma bike própria: “custou 700 reais, parcelado em duas vezes”. Quem não tem bicicleta própria usa o sistema de aluguel do Itaú. São 20 reais por mês, mas a bicicleta precisa ser trocada a cada hora, o que pode fazer com que o entregador perca trabalho enquanto devolve uma e pega a outra.

As empresas responsáveis pelos aplicativos afirmam que apenas fazem a “ponte” entre as partes, que trabalham de forma autônoma e com liberdade de acordo com sua disposição e necessidades —um argumento frequente em tempos de uberização do trabalho. Mas, para especialistas, não é bem assim. “Este modelo de trabalho se apoia no discurso do empreendedorismo, na ideia de você não ter patrão e poder fazer o seu próprio horário”, afirma Selma Venco socióloga do Trabalho e professora da Unicamp. Segundo ela, este “discurso neoliberal camufla a real situação, que é a de precarização não apenas nas relações de trabalho, mas também nas condições de vida”. Por trás dessa “máscara do empreendedorismo existe uma situação análoga à escravidão”, diz Venca. “Há uma superexploração do trabalhador, pois ele sabe que terá que trabalhar uma jornada de 14 ou 15 horas para ter um ganho mínimo, irá além dos limites físicos para poder sobreviver. E sem nenhuma proteção, nenhum direito associado a isso.”

Os resultados da pesquisa endossam a tese da socióloga com relação à precariedade do trabalho  neste modelo de aplicativos. Quando indagados sobre o que faria a diferença em seu dia a dia, 35% dos entregadores citaram um “seguro de invalidez temporária”, para os casos em que o ciclista tenha que ficar parado por algum tempo em função de doença ou acidente. “Me preocupo com o que pode acontecer caso eu sofra um acidente”, diz Douglas Miranda da Silva, 26. Um amigo próximo foi fechado por um ônibus no trânsito e terminou com oito pinos na perna. “Ele está parado, sem trabalhar, sem ganhar…”, lamenta.

Trabalho de menores de idade sobre rodas

Mas um dos problemas menos abordados dos serviços de entrega por aplicativo é a utilização de mão de obra de menores de 18 anos —constatada na pesquisa da Aliança Bike e confirmada pela reportagem. Os aplicativos exigem que os entregadores enviem fotos dos documentos ao realizar o cadastro, mas as fraudes são comuns, e a fiscalização deficiente. W. B, 18, começou a trabalhar com entregas com “16 ou 17 anos”. “Usei os documentos de um primo no cadastro porque sou agilizado, não posso ficar parado sem receber, entendeu?”, explica. A presença de menores de 18 anos atuando como entregadores contraria frontalmente o decreto federal 6.481, de 2008, que fala sobre a proibição do trabalho infantil, seguindo disposições da Organização Internacional do Trabalho.

A legislação brasileira permite o trabalho de jovens entre 16 a 17 anos apenas em atividades que não sejam “insalubres ou perigosas” —classificadas como “Piores Formas de Trabalho Infantil” no decreto. Dentre os que é vetado para esta faixa etária estão os “serviços externos, que impliquem em manuseio e porte de valores que coloquem em risco a sua segurança (Office-boys, mensageiros, contínuos)”. Os riscos vão de “traumatismos; ferimentos; ansiedade e estresse” decorrentes de “acidentes de trânsito”. “Eu sei que se acontecer alguma coisa, estou por minha conta”, diz W. B., saindo para mais uma entrega no horário do almoço no bairro de Pinheiros.

O EL PAÍS procurou as três maiores empresas de entrega por aplicativo para falar sobre entregadores com menos de 18 anos usando o serviço. A Uber Eats informou em nota que “para os ciclistas e pedestres, é exigido documento que comprove que têm mais de 18 anos”. A companhia também informou que utiliza uma ferramenta de verificação de identidade em “tempo real”: “De tempos em tempos, o aplicativo pede, aleatoriamente, para que os motoristas parceiros tirem uma selfie antes de aceitar uma viagem. Isso ajuda a prevenir fraudes e protege as contas dos condutores de serem comprometidas”. Além disso “o Uber Eats oferece gratuitamente ao entregador parceiro um seguro com cobertura de até 100.000 reais em caso de acidentes pessoais que ocorram durante as suas entregas e reembolso de até 15.000 reais em despesas médicas.

O iFood informou que “não permite que menores de 18 anos se cadastrem no aplicativo”, e que a empresa “conta com um sistema de validação de documentos que variam de acordo com o modal de escolha e região de atuação”. Já a Rappi afirmou que “para se cadastrar na plataforma é necessário ter mais de 18 anos”, sem detalhar mecanismos de controle.

Procurado, o Ministério Público do Trabalho, a quem cabe o combate ao trabalho infantil, informou não ter recebido denúncias deste tipo de prática envolvendo entregadores de aplicativo.

Fonte: elpais.com

 

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Banco Inter terá pagamento com cartão sem maquininha direto no smartphone

Solução está prevista para o primeiro trimestre de 2020 e requer cartão com tecnologia NFC, de pagamento por aproximação.

O presidente do Banco Inter, João Vitor Menin, publicou no Twitter nesta terça-feira (13) um vídeo em que um pagamento é realizado apenas aproximando o cartão da instituição a um smartphone. O procedimento utiliza a tecnologia NFC (Near Field Communication) para realizar a conexão entre o cartão e o dispositivo.

“Estamos trabalhando para revolucionar a indústria de meios de pagamentos”, afirmou o executivo. No entanto, Menin não deu mais detalhes sobre o projeto.

O InfoMoney entrou em contato com Alexandre Riccio de Oliveira, vice-presidente do Banco Inter, que esclareceu algumas das dúvidas em relação à novidade. “Achamos que a maquininha vai ser obsoleta”, afirma. “Vir com uma adquirência sem maquininha já é uma proposta de valor diferente”.

O executivo revelou que este projeto está em andamento e deve ser lançado até o primeiro trimestre de 2020. O serviço ficará disponível para clientes com contas para pessoa jurídica. As taxas praticadas ainda não foram definidas, mas o VP garante que serão “muito competitivas” e que não haver maquininha reduz custos ao cliente.

No entanto, hoje, apenas uma pequena parcela dos clientes do Banco Inter tem cartão com tecnologia NFC – assim como de outras instituições financeiras – o que deve desacelerar a adesão da novidade no setor de pagamentos. Riccio estima que 30% da base terá cartão com NFC quando o projeto entrar em operação.

Fonte: startse.com

 

 

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Produtos de baixo valor agregado são trunfo para varejo nacional ficar de pé

Em junho de 2019 o setor registrou alta tímida em relação ao mês anterior; crise fez com que supermercados e farmácias aproveitassem oportunidades com marcas próprias e genéricos.

Com ritmo de crescimento aquém do esperado para 2019, o varejo se sustenta por meio do consumo de itens de necessidade básica de menor valor agregado. Entre os segmentos que aproveitam esse movimento, estão as redes de supermercado e drogarias.

“O crescimento de 0,1% em junho em relação a maio mostra que o semestre foi muito difícil para o varejo. A alta expectativa que se criou no final do ano passado vem caindo gradualmente e os itens de necessidade básica, que não são substituíveis tão facilmente, costumam ter mais resistência a crise”, afirmou o coordenador da Sondagem do Comércio do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Rodolpho Tobler.

De acordo com o especialista, mesmo que as taxas de desocupação caiam lentamente, os 12,8 milhões de desempregados ainda ilustram uma tendência para o consumo em segmentos de necessidade básica, como por exemplo alimentos e remédios. “Nos próximos meses, a tendência é que esses setores passem a investir mais em contratação e expansão das operações até por conta da redução das incertezas sobre o campo político e das reformas em andamento no Congresso”, argumentou Tobler.

Segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE e divulgada ontem, em junho de 2019 ante o mesmo período do ano passado, o setor do varejo registrou queda de 0,3%. No acumulado do ano, o avanço foi de 0,6%.

No levantamento, o segmento de supermercados e hipermercados foi um dos poucos que ficou no “azul”, registrando estabilidade entre junho e maio; no acumulado do ano, houve alta de 0,7%. Já o mercado de farmácias se mostra mais resiliente, com alta de 0,3% na margem; e 5% de evolução nas vendas entre junho e igual período de 2018.

Um dos exemplos de redes de farmácias que apresentou ritmo de expansão no número de unidades durante o período de recessão e mantém posicionamento é a RaiaDrogasil – que terminou o segundo trimestre de 2019 com 1,9 mil operações no Brasil. “Podemos colocar como destaque o ritmo de crescimento e amadurecimento de nossas unidades nos últimos anos. Além disso, é importante ressaltar a estratégia que adotamos na política de preços dos genéricos”, afirmou o diretor de planejamento do grupo, Eugênio de Zagottis, em teleconferência realizada ontem (07) ao mercado.

De acordo com o executivo, a estratégia está voltada para a composição de um mix de produtos genéricos que tem o potencial de atingir a liderança nas vendas em algum momento – sobretudo em estados brasileiros, onde a rede está ampliando a atuação. “Sempre buscaremos a criação de valor no longo prazo, sobretudo diante da dificuldade de expansão regional nesses mercados”, afirmou ele. Segundo o balanço da companhia, houve salto de 5,8% para 7,9% em termos de marketshare na Região Nordeste. Já no Norte do País, a fatia de mercado da RaiaDrogasil saiu de 0,4%, no segundo trimestre de 2018, para 3% no mesmo período deste ano, com destaque para o estado do Pará, onde existem 28 lojas.

Na mesma base de comparação, o volume de vendas de genéricos cresceu 18% no negócio, com ganho de margem de 0,2 ponto percentual no total comercializado. “Essa categoria deve ser uma das principais nos próximos semestre.”

Fonte: dci.com.br

 

O que falta para consumidores comprarem mais pela internet

Uma pesquisa realizada pelo Google — e publicada na plataforma Think with Google — traz informações importantes sobre as vendas do e-commerce em datas comemorativas. O levantamento mostra que o Dia dos Pais foi a segunda data sazonal com mais pedidos no comércio eletrônico brasileiro em 2018, atrás apenas do Natal. Mas os consumidores ainda compram pouco pela internet. Apenas 21% afirmam que costumam adquirir os presentes por sites ou aplicativos.

Em partes isso é justificado pelo momento em que as pessoas compram os presentes: 41% deixam a missão para véspera ou até para o dia da comemoração. Com pouco planejamento, são obrigados a recorrer à loja física, que garante a entrega imediata. Para avançar mais neste tema em sua pesquisa, o Google também perguntou o que faria o consumidor migrar para o e-commerce. A resposta é uma combinação de fatores: frete barato, promoções e prazo curto de entrega.

Logística

O frete grátis ou com valor baixo é o principal fator que motivaria a compra pela internet para 35% dos entrevistados. É seguido por promoções (25%) e prazo de entrega curto (24%). Isso significa que a logística pode ser o diferencial para alavancar de vez as vendas de e-commerce no Dia dos Pais e outras datas.

Last mile

Neste cenário, as empresas de logística têm uma tarefa difícil e primordial: entregar o produto em menos tempo e com preços baixos. A saída é apostar em tecnologia e inteligência logística. Possibilita solucionar boa parte dos desafios da entrega, principalmente no last mile — que atualmente representa um dos gargalos do e-commerce. Essa última milha, que é a etapa final da entrega, aponta alguns obstáculos, pois envolve o cliente e, por isso, exige ainda mais cuidado e precisão.

É neste momento, quando pode haver os insucessos na entrega, que ganha ainda mais importância o planejamento e a inteligência da logística. Afinal, fornecedores, operador logístico e entregadores devem estar alinhados para garantir a entrega e o melhor atendimento. Por exemplo, quem entrega a mercadoria ao consumidor final deve ser cuidadoso. Ele será o representante do e-commerce naquele momento — qualquer incidente ou mal-entendido nesta hora pode impactar seriamente na reputação do fornecedor.

É fundamental, portanto, recorrer a ferramentas tecnológicas que garantam a transparência e um processo mais ágil e produtivo de entrega — como aplicativos de rastreamento em tempo real. Buscar parcerias com startups e outras empresas também é uma forma de garantir capilaridade e envios com menos custos. Além disso, os e-commerces devem escolher as empresas que atuam e conhecem a região onde atuam.

Hora de inovar

Mas, além dos desafios, a pesquisa do Google também mostra as oportunidades para o e-commerce neste Dia dos Pais. O levantamento aponta que sete em cada 10 consumidores estariam dispostos a comprar em um novo varejista na data. Enquanto isso, 61% pretendem dar um presente de uma categoria diferente em 2019. Ou seja, os clientes estão abertos a mudanças e a testar novas marcas. Chegou a hora de os e-commerces investirem em novas soluções, buscando inovação também na entrega.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Com uso de tecnologia, Centauro transforma lojas físicas em pontos de experiências

Segundo Pedro Zemel, CEO da companhia, as empresas que não se adaptarem às rápidas mudanças de mercado se tornarão irrelevantes.

Uma empresa que nasceu no varejo físico e está passando por transformações para abraçar a tecnologia. Essa é a Centauro, segundo Pedro Zemel, CEO da companhia. Para o executivo, aqueles que não se adaptarem às rápidas mudanças se tornarão irrelevantes. Pensando nisso, a empresa está se reinventando, sem perder sua essência. “Somos uma empresa que conecta a comunidade do esporte a produtos, serviços e experiências”, explicou Zemel durante a VarejoTech Conference, realizada pela StartSe.

A transformação da Centauro é focada em dois pontos: oferecer um serviço excepcional e ter uma relação com o cliente além da transacional. “Existe uma discussão se o varejo físico vai acabar. Se a sua loja for um lugar apenas para trocar produto por dinheiro, talvez não precise existir de verdade. Começamos a pensar em como transformar nossa loja em um ponto de experiência”, contou Zemel.

Foco no cliente

Um dos primeiros passos foi entender a experiência do cliente e como torná-la mais simplificada e personalizada. Hoje, durante uma venda, os funcionários da Centauro oferecem aos clientes seis opções de produtos. Para deixar o processo mais eficaz, a empresa usa tecnologia. “Em nossas novas lojas, o vendedor pode escolher três itens e um algoritmo com inteligência artificial dá as outras três opções”, explicou Zemel. A solução faz uma análise de produtos semelhantes que atendem as necessidades do cliente naquele momento.

Já os provadores ganharam telas interativas, com um recurso que permite que o clientes solicitem rapidamente um tamanho menor ou maior de uma peça que não serviu. Por fim, as compras podem ser realizadas em qualquer lugar da loja com funcionários equipados com soluções de pagamento móvel.

“Para os clientes que só querem buscar sua compra na loja, nós mandamos um código. Eles digitam em um armário, pegam o produto e vão embora”, contou Zemel. Neste novo cenário, segundo o executivo, as lojas físicas têm o importante papel de tornar o serviço multicanal da empresa ainda melhor. “Essa transformação tem que acontecer no jeito de trabalhar. O mundo está mudando rápido, e temos que nos preparar para andar mais rápido ainda”.

Fonte: startse.com

Como o Mercado Livre investe em inteligência artificial para melhorar entregas

Leandro Bassoi, vice-presidente de logística LatAm no Mercado Livre, contou como a transformação da logística em uma unidade de negócios impactou positivamente na experiência do cliente.

Até 2012, o frete dos produtos do Mercado Livre era combinado diretamente com cada vendedor. Isso gerava a disparidade de preço entre dois vendedores da mesma cidade, o rastreamento das compras não era garantido e a experiência do cliente variava muito de acordo com o vendedor escolhido.

Tudo começou a mudar quando a empresa realizou uma integração com os Correios para disponibilizar um frete mais padronizado e, portanto, gerar concorrência no valor dos produtos. Foi assim que o Mercado Envios começou a ser desenhado e ganhou vida um ano depois, em 2013.

A logística deixou de ser um centro de custo e passou a ser uma unidade de negócios. Isso porque, com a ajuda da inteligência artificial, a experiência dos clientes melhorou – algo que pode ser mensurado através do NPS (metodologia universal de avaliação da satisfação do consumidor). A avaliação de compradores e vendedores que utilizam o Mercado Envios é, no mínimo, 5 pontos maior do que os que não usam (dados de 2018).

Como as compras passaram a ser rastreadas com uma etiqueta própria do Mercado Envios, o Mercado Livre começou a saber o momento exato em que a compra foi postada, se o envio foi extraviado ou quando o cliente o recebeu. A iniciativa mudou a forma como a empresa previa o tempo de entrega.

“Nós paramos de usar as tabelas padrões das transportadoras aqui. Como fazemos milhões de entregas por mês, conseguimos utilizar os nossos próprios dados na previsão”, explicou Leandro Bassoi, vice-presidente de logística da América Latina no Mercado Livre, no VarejoTech Conference da StartSe nesta quarta (7). Os dados alimentaram o machine learning – o “aprendizado de máquina”, uma categoria da inteligência artificial -, e a previsão passou a ser 21,3% mais assertiva, de acordo com a empresa.

Fonte: startse.com

O atacarejo e sua proposta de valor

As famílias que se abastecem no atacarejo já representam 30,7% do faturamento do setor e se constituem como a mais relevante participação no canal.

O atacarejo, também designado como atacado de autosserviço ou cash and carry, se tornou um canal bem relevante no mercado brasileiro nos últimos anos e já representa 20,8% do faturamento do setor atacadista em 2018 segundo ranking ABAD realizado em conjunto com a Ac Nielsen. O canal cresceu 18,5% em 2017 e 12,3% em 2019, enquanto o total do varejo Brasil retraiu 3,5% e 2,8% respectivamente nos mesmos anos.

O canal atende a diversos públicos, como pequenos varejistas, transformadores de alimentos (bares, padarias e restaurantes) e consumidores finais. As famílias que se abastecem no atacarejo já representam 30,7% do faturamento do setor e se constituem como a mais relevante participação no canal.

Segundo a pesquisa Nielsen publicada no Ranking Abras 2019, apesar dos brasileiros frequentarem pelo menos oito canais para realizar suas compras mensais, o atacarejo se tornou o canal de abastecimento com uma penetração de 60% dos lares brasileiros.

O canal foi frequentado em média 13 vezes por ano e o tíquete médio foi ao redor de R$ 131,28 em 2018. A performance do atacarejo está ligada à crise econômica dos últimos anos e à necessidade das famílias reduzirem seus gastos com a mercearia, otimizando cada centavo de suas compras.

Mas nem tudo é perfeito nas lojas de atacarejo, o formato exige um esforço dos shoppers que necessitam planejamento para realizar e transportar as compras para suas casas. Além disso, se organizam para ir próximo a data do pagamento dos salários, vão em grupos e levam embalagens para acondicionar a mercadoria, pois os serviços ofertados são bem limitados. No início do mês o tempo despendido em loja é de pelo menos 2 horas. Já as filas são grandes na seção de perecíveis e no checkout. Porém o esforço pode ser recompensado pela economia obtida no tíquete.

Segundo a ABRAS, o crescimento do atacarejo deve se estabilizar nos próximos períodos à medida em que a economia apresentar melhoria. Será interessante observar o que vai acontecer com as compras de mercearia num cenário com o PIB em crescimento. A pergunta que fica é se a proposta de valor oferecida pelo canal vai se manter tão relevante e se os shoppers vão continuar frequentado as lojas para encher os carrinhos todos os meses.

Fonte: portalnovarejo.com