E-commerce brasileiro cresce 12% no primeiro semestre

Levantamento da Ebit | Nielsen mostra que 18% dos consumidores compraram pela primeira vez online. E-commerce já faturou R$ 26,4 bilhões em 2019.

O e-commerce brasileiro faturou R$ 26,4 bilhões no primeiro semestre de 2019 e obteve crescimento de 12% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou receita de R$ 23,6 bilhões.

Segundo levantamento da Ebit-Nielsen, o número de pedidos aumentou 20%, passando de 54,4 milhões para 65,2 milhões de compras, e houve registro de novos entrantes: 18% dos consumidores tiveram a sua primeira experiência de compra online.

Neste período, também se confirma a consolidação do comércio eletrônico como canal de vendas em eventos sazonais como Carnaval, Dia das Mães e Dia dos Namorados.

Por outro lado, mesmo apresentando um cenário positivo no semestre, registrou-se uma queda de 7% no ticket médio, reduzindo de R$ 433 para R$ 404.

Considerando obstáculos como a revisão do PIB, incertezas geradas pela instabilidade econômica e taxa de desemprego, que permanece elevada, a expectativa é que o segundo semestre seja melhor que o primeiro e que 2019 feche com vendas de R$ 59,8 bilhões, expandindo 12% diante dos R$ 53,2 bilhões registrados em 2018.

Os pedidos também devem permanecer crescendo, atingindo a marca dos 144 milhões, 18% acima do observado no período anterior.

Entretanto, espera-se que o ticket médio aponte queda de 4%. “Temos observado a permanência do Brasil na rota do e-commerce com produtos de bens não duráveis, que, em sua maioria, estão enquadrados nas categorias de menor tíquete médio, o que justifica essa contraposição”, explica Ana Szasz, head da Ebit | Nielsen.

Fonte: portalnovarejo.com

Azul Cargo quer entrar forte no e-commerce

Fechar novos negócios e destacar a exclusividade do produto. Com esses objetivos, a Azul Cargo Express participa do Fórum E-commerce Brasil 2019, que acontece entre hoje e amanhã, em São Paulo. A feira de tecnologia e inovação reúne empresas nacionais e internacionais, que expõem suas soluções e produtos e destacam a transformação digital em diferentes segmentos.

Com prazos mais curtos e uma solução logística diferenciada, a unidade de cargas da Azul espera prospectar novos Clientes e ampliar a receita do e-commerce, que aumentou 112% na comparação do primeiro semestre de 2019 com 2018. Para a diretora da Azul Cargo Express, Izabel Reis, o desafio no fórum de comércio eletrônico será ressaltar o serviço personalizado da unidade de cargas.

As duas aeronaves cargueiras, que compõem a frota exclusiva da Azul Cargo e estão em operação desde o fim do ano passado, vêm contribuindo para o crescimento da empresa. A chegada dos cargueiros revolucionou o modelo de negócios da unidade de cargas e contribui para manter a regularidade das operações, além de proporcionar maior flexibilidade e capacidade de oferta aos Clientes.

Fonte: aeroin.net

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Expansão para a América Latina e novas integrações são as novidades do ANYMARKET

O ANYMARKET, uma plataforma de vendas em marketplaces, criada e desenvolvida pelo Grupo DB1 para atender ao universo e-commerce anuncia diversas novidades para o mercado.

A empresa apresentou mais detalhes de seu plano de internacionalização com foco na América Latina, gerando diversas oportunidades para sellers brasileiros expandirem suas vendas em mercados internacionais. Neste primeiro momento, os países prioritários são Argentina, México, Chile, Colômbia e Peru, principais mercados de e-commerce na região, atrás do Brasil.  Como parte da estratégia de expansão, o ANYMARKET anuncia a integração com os seguintes marketplaces latinos: Mercado Libre, Dafiti, Walmart, Amazon, Carrefour, Gabarino, Wish, Linio e, em breve, Fravega.

Para os sellers interessados na integração com o Mercado Libre Argentina, o ANYMARKET anuncia que é a única plataforma que possui funcionalidades únicas para o marketplace, tais como:

  • Logística: Integração de Fretes, Emissão de Etiquetas e Pick up in Store;
  • Multicontas: Para os sellers que possuem mais de uma conta no Mercado Libre, é possível centralizá-las no ANYMARKET para facilitar a gestão. Basta selecionar a conta desejada e criar anúncios, individualmente ou em massa;
  • Funcionalidades de atendimento: SAC – Perguntas e respostas, Mensageria de pós-venda, API de reclamações;
  • Precificação por tipo de anúncio: é possível criar múltiplos anúncios com praticidade, diferenciando tipo de listagem (premium ou clássico), método de envio (não especificado ou Mercado Envios), frete grátis ou não, além da diferenciação de título;
  • Enriquecimento de atributos em massa;
  • Loja Oficial;
  • Mercado Envios Full;
  • Mercado Libre Híbrido;
  • Regra de Preço por Tipo de Anúncio;
  • Campanhas Mercado Libre;
  • Envio de Anúncios em massa por tipo de Listagem.

De acordo com Fabiano Camargo, coordenador de expansão do ANYMARKET, “estamos preparando a integração com nove novos marketplaces da América Latina e nosso time regional está preparado para a integração de novos sellers, não só do Brasil, mas de toda a América Latina que queiram ampliar ainda mais suas vendas em cinco outros mercados da região”.

Outra novidade é a integração do ANYMARKET com dois novos marketplaces no Brasil:

  • Leroy Merlin, considerada multiespecialista do lar, especializada em construção, acabamento, decoração, jardinagem e bricolagem. A integração possibilitará que os que sellers do segmento de Decoração e Construção do portfólio do ANYMARKET aumentem suas vendas comercializando seus produtos neste canal. Atualmente 10 sellers do ANYMARKET já estão em fase de integração ao marketplace da Leroy Merlin.
  • Wish, um dos maiores marketplaces mobile do mundo e com operação no Brasil desde 2017. A Wish está entre as seis maiores empresas de e-commerce no mundo mais de 500 milhões de usuários e, em 2018, foi o aplicativo de compra mais baixado em todo mundo. Atuamelde, o Wish é o 6º aplicativo mais usado no Brasil quando se fala em varejo de moda. O objetivo é integrar cada vez mais sellers do ANYMARKET à plataforma para que consumidor tenha mais opções de compra com entrega facilitada e com menos tempo.

De acordo com Beatriz Christofoleti de Castro, coordenadora de marketplaces e parceiros estratégicos do ANYMARKET, “contar com marketplaces de nicho como a Leroy Merlin e o Wish é bastante significativo para o ANYMARKET, principalmente por conseguimos apoiar e-commerces de todos os setores e tamanhos. Com a Leroy, temos uma parceria admirável, onde temos dos dois lados times dedicados a resolver todos os problemas, sanar dúvidas e acompanhar de perto todo o desenvolvimento para entregarmos mais um canal de vendas e uma integração de sucesso. Em relação à Wish, estamos animados pela integração com um dos maiores portais do mundo, o que mostra a evolução constante do ANYMARKET. Além de podermos oferecer uma expansão nas vendas e conhecimento para os mais de 1000 clientes de nosso portfólio”, explica.

Outra grande conquista recente do ANYMARKET foi a conquista de novos clientes como Samsung, Asus, Crocs, Onofre Eletro, Angeloni, Bravox, Mueller, Askoi, Pneu Store (Cantu pneus), Madesa, Eletrum, Balaroti, Trocafone, Arsenal, Schumann e DL.

O ANYMARKET vem apresentando crescimento acelerado com integração com mais de 100 canais de marketplaces, ERPs e plataformas, um time de mais de 100 especialistas altamente capacitados. Também apresentou 100% de disponibilidade durante a última edição da Black Friday, disponibilização de mais de 10 milhões de SKUs e mais de um bilhão de transações realizadas.

Atualmente o ANYMARKET vem sendo apontado como o integrador dos grandes players, já que nenhum outro reúne as características imprescindíveis para uma integração de sucesso: estabilidade, segurança, robustez e estrutura.

Possui mais de 1.000 clientes ativos entre eles Samsung, Netshoes, Levi’s, Reserva, Livraria Cultura, Saraiva, L’oréal, Technos, LePostiche, Pneustore, Marabraz, Angeloni, Dpaschoal entre outras. O ANYMARKET atende empresas com venda on-line que precisam de uma operação simples, ágil e centralizada para atuar em marketplaces, processando mais 1 bilhão de transações, conectando empresas a mais de 30 marketplaces como Amazon, Mercado Livre, Netshoes, Dafiti, Via Varejo, B2W, Magazine Luiza, Carrefour, entre outros.

Fonte: ecommercenews.com.br

 

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B2B apontam ao digital para chegar aos Millennials

A preocupação com a Geração Millennial chegou às marcas B2B. Segundo a mais recente edição do estudo “Europe Industrial Buying Dynamics” da UPS, as mudanças verificadas na demografia dos compradores empresariais estão a conduzir a uma necessária adaptação da oferta. Isto se quiserem responder às novas preferências do mercado, oferecendo serviços mais rápidos e focados no cliente.

«A ascensão dos Millennials no mundo empresarial leva-nos a uma nova era que desafia as normas convencionais da indústria», afirma Abhijit Saha, vice-presidente de Marketing e Estratégia da UPS na Europa. «Estes clientes jovens, com experiência em tecnologia, não querem apenas que os pedidos sejam entregues rapidamente; são também exigentes em termos de serviços adicionais e suporte pós-venda», adianta o responsável.

Em suma, o modelo comercial baseado numa equipa de vendas e no contacto pessoal já não é suficiente e não responde às exigências dos clientes empresariais. Segundo Abhijit Saha, este modelo está a evoluir no sentido das interacções online.

O mesmo estudo, realizado com base em mais de 2500 entrevistas a profissionais de compras globais, indica que são quatro os desafios que os Millennials colocam às marcas B2B:

1 – Mudança demográfica. Segundo a UPS, 38% dos inquiridos no estudo deste ano corresponde a Millennials, um aumento de 10% em relação a 2017. Esta crescente geração de clientes empresariais é menos fiel à tradição, preferindo, muitas vezes, realizar pesquisas através das redes sociais, em detrimento do contacto com um representante de vendas. Sustentabilidade e suporte pós-venda também são critérios mais valorizados do que a qualidade e o preço;

2 – Mudança nos padrões de procurement. Esta geração mostra uma preferência crescente pelas compras directamente aos fabricantes e pelas aquisições efectuadas em marketplaces online. Nos últimos dois anos, os distribuidores europeus registaram uma queda de 17% na sua quota, que caiu para 29%, enquanto os fabricantes e os mercados online cresceram 5% e 19%, respectivamente;

3 – Mudanças na distribuição internacional. Os compradores Millennials dizem encomendar quase metade do seus produtos além-fronteiras – muito mais do que os Baby Boomers ou a Geração X. Os entrevistados também revelaram que estão dispostos a pagar adicionalmente por serviços internacionais que sejam mais rápidos – 26% espera que as encomendas cheguem em dois dias; enquanto 81% confessa que, por vezes, exige a entrega no próprio dia;

4 – Mudanças no suporte pós-vendas. A assistência pós-venda é importante para compradores de diferentes gerações, mas os Millennials mostram-se especialmente interessados: 87% indica que a procura por um melhor suporte após a venda poderá implicar uma alteração dos seus fornecedores nos próximos três a cinco anos.

Fonte: marketeer.pt

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Vendas do Amazon Day superam Black Friday no Brasil

Amazon Day foi um sucesso no Brasil. A varejista norte-americana ofereceu aos clientes descontos de até 90% em milhões de eBooks e livros e em várias outras categorias de produtos.

Considerando todos os produtos comprados durante o período do evento no site, o volume de vendas no Amazon Day foi superior ao registrado na Black Friday da Amazon.com.br de 2018.

Os descontos da versão brasileira do Amazon Prime Day atingiram eletrônicos, com 6o% de baixa, e Produtos para Beleza e Cuidados Pessoais, Games e Brinquedos e Casa e Decoração, com itens que foram vendidos pela metade do preço original.

CONFIRA OUTROS DADOS INTERESSANTES DO EVENTO
• Mais de 80 mil eBooks foram vendidos só nas primeiras 24 horas de Amazon Day;
• As categorias de produtos mais comprados durante todo o evento foram Livros, Saúde e Cuidados Pessoais, Video Games e Beleza.

Fonte: Portalnovarejo.com

 

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O que o futuro da tecnologia e dos dados reserva para o e-commerce

Nos anos 1980, a única forma de adquirir algum produto, fosse eletrônico, roupa ou uma simples escova de cabelo, era ir a uma loja física, escolher o que desejava e pagar. Como tudo na vida, com o objetivo de atrair cada vez mais clientes, o varejo também evoluiu. Se antes dinheiro era a única forma de pagamento, boleto e cartão se popularizaram, assim como o e-commerce, que teve um enorme crescimento na última década.

Fazer uma projeção do que pode ser esperado do setor para os próximos dez anos foi o tema da palestra “Varejo – o que aprendemos nos últimos 10 anos e o que projetamos para os 10 anos seguintes”. Na apresentação que abriu o segundo dia da 10ª edição do Fórum E-Commerce Brasil, Gerson Ribeiro — co-fundador e diretor executivo da Vitrio — e Leonardo Naressi — CIO da DP6 — revezaram-se para falar sobre o que esperar do futuro no setor.

4 Ps e a nova ótica de consumo — O consumidor está imediatista, curioso e exigente

Gerson Ribeiro iniciou explicando o significado dos 4 Ps do marketing e o que cada um deles engloba, segundo a nova visão de mercado. O produto está relacionado à qualidade, identificação, personalização, sazonalidade e ruptura de estoque. Preço tem ligação direta com gestão de canais, automação, elasticidade, lucratividade e competitividade. Atendimento, omnichannel, UX, frete e prazo de entrega pertencem à praça. Por fim, promoção, que abarca machine learning, jornada LTV, atribuição 020, mídias por CPA e Roi Last Click ROMI.

Ribeiro destacou que o consumidor dos dias de hoje precisa de praticidade e dá muito valor ao dinheiro. “O cliente, hoje, quer que o produto esteja alinhado com o que ele quer, cobrando, inclusive, posicionamento político das empresas, antes de decidir se deve ou não consumir aquela marca”, explicou.

A ousadia mobile first/only

Em 2007, quando os celulares passaram a se popularizar, em grande parte por conta do lançamento do iPhone, falava-se bastante na força do mobile para os negócios. Hoje, sabe-se que essa evolução não foi possível à época porque nem as pessoas e menos ainda as empresas estavam preparadas para tanto, como lembrou Naressi. “A internet era ruim, assim como a acessibilidade.”

Uma das primeiras empresas a apostar no mercado digital foi o Magazine Luiza. A ousadia fez com que a varejista melhorasse o atendimento não só online, mas também físico por conta dessa inovação. O grande diferencial é que os vendedores lançavam mão da tecnologia para fechar negócios nas lojas, o que as fazia ganhar em rapidez. O próximo passo para as grandes empresas do setor no mundo é investir nas compras com o auxílio de interfaces, como Siri e Alexa, por exemplo.

“Romi” e a integração do marketing — digital e offline, branding e performance

Em 2018, a receita total do varejo no Brasil foi de 30,5%. Desse valor, 6,7% veio do varejo online e 23,8% da receita offline influenciada pela online – ou seja, aquilo que o cliente comprou motivado por algo que viu na internet. A projeção é que, em 2021, o varejo seja responsável por 42,7% da receita gerada no país. Cerca de 9,5% disso virá das vendas online e 32,2% será referente a receita offline influenciada pela online.

Logística — o problema de todos que ninguém queria resolver

Para esse item, Naressi destacou algo fundamental: o pedido só acaba quando termina, ou seja, assim que a entrega é concluída. Fazer essa etapa do processo via drone pode parecer algo futurista, mas, pensando nessa máxima, é uma solução que já está sendo testada. “Imagine para quem está fora dos grandes centros urbanos, locais onde o cliente pode demorar um mês para receber o produto, por exemplo?” Para facilitar a penetração dessa modalidade de entrega, grandes empresas estão contando com o apoio de startups locais.

Gestão de canais — além da mídia, marketplace e D2C

O ponto principal quando se trata desse tema é entender que precisa haver uma estratégia específica para cada canal de comunicação com o cliente. Melhor do que tentar atender todas as pessoas é entender seu público-alvo. Segundo os palestrantes, é importante destacar também que a transformação trazida pela tecnologia não significa o fim de varejistas e lojas físicas, mas, sim, que vão evoluir e trabalhar em conjunto com o mercado online.

Pagamento — A hora H, a revolução mobile e os super apps

Se, há alguns anos, dinheiro era a única forma de pagar por uma compra, hoje, além de boleto, cartão e transferência bancária, o consumidor pode contar com uma novidade: o QR Code. O código que antigamente era usado para atividades banais está revolucionando o mercado de pagamentos, principalmente por ser prático e seguro.

As plataformas de dados, automações e tomada de decisão

Reports, dashboards, otimização em tempo real, testes, análise histórica e atribuição são alguns dos facilitadores do dia a dia do varejo quando o assunto é o uso de tecnologia. O futuro promete aprofundar elementos, como jornada de compra e lifetime value, análises preditivas e automação. “Não é necessário que todos virem cientistas de dados, mas, sim, usar isso de forma estruturada”, salientou Naressi.

Machine learning & data science — o mito, a realidade e o job

Na visão dos especialistas, a inteligência artificial não vai substituir gestores. Porém, quem souber usá-la estará à frente de outros na mesma função. Em resumo: é importante que os profissionais do setor busquem sempre se atualizar em relação às novidades tecnológicas.

A cultura de testes e o “time” para execução

Empresas perderam espaço por não saberem se adaptar aos novos tempos e precisam planejar o negócio a longo prazo. De acordo com Gerson Ribeiro e Leonardo Naressi, caso contrário, nem a meta diária será batida. A palestra foi encerrada por Ribeiro com uma provocação à plateia: “qual é a sua inquietude? Vocês estão preparados para as mudanças que irão acontecer?”.

Fonte: ecommercebrasil.com

Da cópia à inovação: investimentos e consumo colocam China na rota do desenvolvimento tecnológico

Japão e Coreia do Sul foram acusados de copiar tecnologia ocidental. Hoje, ninguém duvida da qualidade da Toyota e da Samsung, por exemplo. A China segue o mesmo caminho.

NOVAREJO mergulhou na economia chinesa desde a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung até o império do Alibaba, de Jack Ma, para entender como o gigante asiático saiu de uma economia agrária ineficiente para se tornar o maior varejo do mundo. Confira o terceiro capítulo da série sobre a China.

Nas últimas décadas do século 20, Japão e depois Coreia do Sul usaram a boa relação que mantinham com o capital europeu e principalmente americano para desenvolver sua produção nacional. Na fase mais incipiente de suas indústrias, japoneses e coreanos tinham seus produtos classificados como de segunda linha pelos consumidores ocidentais. Hoje, ninguém classifica os carros da Toyota e os smartphones da Samsung como de qualidade inferior aos equivalentes ocidentais.

A indústria chinesa de alto valor agregado segue o mesmo caminho. Os smartphones chineses, por exemplo, já começam a expandir seus domínios para a Europa e para a América graças a décadas de bom relacionamento entre a China e as empresas ocidentais, que ao levarem sua produção para o País permitiram à China absorver conhecimento e tecnologia para desenvolver seus próprios produtos. No 19º Congresso do Partido Comunista, em 2017, o presidente do País, Xi Jinping, anunciou a ambição da China em se tornar o principal polo tecnológico do mundo até o fim da próxima década, quando o País também deve chegar à posição de principal economia do mundo, segundo estimativas do FMI e do HSBC.

A especialização da indústria chinesa tem sido o principal motor do crescimento das vendas cross-border. Em 1979, a China tinha apenas 1,02% do comércio internacional. Em 2008, passou a 6,9%. No âmbito de investimentos estrangeiros diretos (IED), o país tinha, em 1990, 7,2% dos investimentos estrangeiros no mundo, saltando para 25% já em 2000. Os dados foram compilados com base nos números oficiais chineses na obra “China: Infraestruturas e crescimento econômico”, do professor de Planejamento Econômico da FCE/UERJ, Elias Jabbour.

Nos contratos que faziam com as empresas ocidentais, o país incluía a necessidade de as estrangeiras criarem parcerias com as chinesas, o que permitiu que a indústria local absorvesse tecnologia de ponta. Além de copiar diretamente tecnologias estrangeiras, a China também comprava pacotes que envolviam o “manual técnico” de desenvolvimento da tecnologia, no modelo “faça você mesmo”.

O autor da obra coloca como um dos aspectos centrais da política econômica chinesa a transferência de tecnologia via investimentos estrangeiros diretos, mas com um diferencial: o controle absoluto do fluxo de capitais. “Ao contrário de países como o Brasil, onde o capital estrangeiro entra quase sempre sob a égide do capital especulativo ou na forma de privatização ou fusões e aquisições de empresas privadas nacionais”, afirma Jabbour.

Segundo Jabbour, são dois movimentos: “um de joint venture, de repassar tecnologia para a China; e o outro, de transformar o País em uma potência financeira capaz de oferecer 32 bilhões de dólares pelo escritório de P&D da Siemens, na Alemanha, por exemplo”, explica o professor.

Investimento e câmbio

Os investimentos estrangeiros diretos (IEDs) na China correspondem a apenas 10% da formação bruta de bens de capital intensivo (relacionado a atividades que demandam mais dinheiro que mão de obra). “Na China, existe um forte controle da conta de capitais. Não é qualquer capital que entra no país, apenas o capital produtivo. Na China, o capital estrangeiro é só para o chamado Greenfield, que é o investimento produtivo e para onde ele está dirigido. No Brasil, temos uma conta de capitais aberta e o dinheiro pode entrar e sair a hora que quiser”, detalha Jabbour.

O financiamento do desenvolvimento chinês está intrinsecamente ligado ao sistema financeiro estatal, que responde por 50,2% de todo o crédito voltado para formação bruta de capital intensivo (FBCI), que compõe a relação de investimento/PIB. Na China, essa relação chegou a quase 50%. “Está caindo e o consumo tem tendido a ocupar esse espaço. Mas ainda é muito alta (a taxa de investimento). O Brasil tem hoje uma taxa de 15% enquanto a China ainda está em 45%”, detalha Jabbour.

O professor de Relações Internacionais e Economia da UNIP, especialista em Ásia e doutorando sobre a economia chinesa contemporânea na UNESP, Luis Fernando Mocelin destaca, o esgotamento da política de crédito subsidiado. “É mais ou menos como o governo Dilma fez aqui e deu errado. Taxas cada vez mais baixas de crédito subsidiado para fazer frente à concorrência exterior, que está tentando entrar na China. Eles estão tentando proteger o mercado via injeção de capital. E o governo está fazendo isso tendo em vista que as exportações não estão oferecendo mais oportunidades conforme oferecerem ao longo dos últimos 40 anos”, alerta o especialista.

O principal instrumento usado para avançar no mercado internacional, segundo Jabbour , foi o câmbio. As reservas internacionais da China saltaram de US$ 2,5 bilhões em 1980 para US$ 212 bilhões em 2001, e para 2,447 trilhões em 2010, segundo o site Chinability. Jabbour afirma que essa estratégia de acúmulo de moeda estrangeira foi a principal causa de a China ter resistido às crises financeiras. Além disso, ele destaca a política do País de superávit na relação comercial com os Países ricos e déficits com a periferia, em especial, com seus países vizinhos.

Jabbour avalia que a política cambial da China estava relacionada ao esforço do País para proteger seu mercado interno da invasão de importações ocidentais. Ele destaca o fato de que proteger a indústria local é uma estratégia socioeconômica central para o gigante asiático. “A China precisa gerar, por ano, 13 milhões de empregos urbanos”, algo que passa diretamente pela manipulação do câmbio, que, segundo Jabbour, “o estado manipula para que se possa atingir seus objetivos estratégicos, seja para diminuir a pobreza, seja para alavancar exportações”.

O autor afirma que o câmbio administrado não deve ser alterado pelo menos até 2030 e que o país trabalha com o câmbio desvalorizado para, entre outras, coisas, equiparar, no longo prazo, as rendas dos chineses das diferentes regiões do País. “A estabilização da moeda significa, para os chineses, a estabilização dos níveis de renda e emprego”, afirma.

Financiamento

A enorme reserva cambial que a China acumulou até a crise de 2007 possibilitou que o país girasse o compasso, deixando de focar na exportação para depositar a sua sustentação no mercado interno, permitindo taxas de juros atraentes para o crédito e para o consumo no auge da crise. Além disso, o êxito rural concentrou o consumo nas cidades.

O financiamento tanto das empresas quanto do consumo na China está concentrado em um grupo de bancos estatais que se equivalem ao BNDES brasileiro, “bancos públicos que estão desde 1992 colocando quase 100 bilhões de dólares para financiar o consumo das famílias e os investimentos dos empresários. Esse ponto está inserido na estratégia chinesa de financiamento público da economia”, explica Mocelin.

Além da facilitação do crédito, o consumo foi impulsionado pela migração interna na China. Esse evento teve como resultado o fortalecimento do setor de serviços, que saiu de 24% de participação na economia em 1978 para 42% atualmente. “O setor de serviços explodiu e o governo passou a ter uma atenção especial para esse setor porque ele ajuda a dinamizar a economia e é fundamental para fazer com que os empresários tenham uma expectativa quanto a investimentos e consumo”, explica Mocelin.

Além dos grandes bancos estatais, a economia chinesa conta com os bancos regionais e cooperativas de crédito que estimulam o financiamento das atividades agropecuária, industrial e comercial, a um spread bancário de 3% ao ano. No Brasil, o spread bancário oscila entre 30 e 40%.

Fonte: portalnovarejo.com

A importância do rastreio no e-commerce

A importância do rastreio no e-commerce

O e-commerce brasileiro tem alçado vôos cada vez mais altos a cada ano que passa. Novos players, serviços, produtos, possibilidades de parcerias e, consequentemente, a exigência do consumidor. Esse aumento em diversos aspectos tem feito com que o mercado se eduque cada vez mais e busque entregar ao cliente uma boa experiência de compra.

Um marketing bem feito, site com bom layout e boa navegabilidade, produtos de qualidades, produtos bem descritos e fotografados contribuem para o processo. Entretanto, estes passos servem para atrair o visitante. O que você tem feito para fidelizar seus clientes?

As vendas online vêm crescendo cerca de 15% a cada ano. Isso significa que uma boa parcela de compradores nunca comprou em uma loja virtual ou tem pouca experiência.

Um comportamento geral dos consumidores é a ansiedade e o imediatismo, ocasionados pela comodidade de comprar de qualquer lugar, onde a única limitação é o acesso a internet.

Tem-se a necessidade de receber o produto o mais rápido possível, saber quais rotas ele tem percorrido diariamente até chegar ao endereço de destino. Este quadro atual torna indispensável o envio de rastreio e suas respectivas atualizações para o cliente.

Otimização da operação

Após a compra ser realizada, geralmente o cliente já fica esperando o rastreio. Supondo que você tenha um e-commerce em ascensão, com uma média de 50 pedidos por dia, será preciso enviar 50 novos e-mails diariamente.

Considere agora que a maior parte das demandas do SAC de um e-commerce é destinado a atualizações de rastreio. Só com essas duas situações já é perceptível o tamanho da demanda, sem citar os pedidos em atraso, trocas, extravios e etc.

Considerando a possibilidade e a óbvia intenção de crescimento, mesmo que momentâneamente o operador de e-commerce dê conta de enviar todos os rastreios e atualizações manualmente, em determinado momento este procedimento precisará ser otimizado.

Cálculo de frete

É neste ponto onde a imensidão do mercado pode fazer com que o e-commerce construa parcerias com outras empresas e ferramentas que trazem otimização de processos e ajudam a melhorar a experiência de compra do consumidor, como por exemplo, as opções de frete.

Contratar transportadoras não é algo simples e barato, porém, quanto mais opções de frete o e-commerce tiver, melhor o consumidor será atendido.

Em algumas operações, podem haver discrepâncias que trazem prejuízos sem que o gestor perceba, como por exemplo, o retorno de cálculo do frete.

Conclusão

Automatizar o rastreio faz com que os clientes recebam suas atualizações por e-mail ou SMS, mantendo-os cientes da localização de seus produtos, e automaticamente reduz os processos manuais e demandas do SAC. Toda operação precisa passar por mudanças à medida que cresce. Automatizar processos deve fazer parte dessas mudanças, haja vista que o uso da tecnologia tem se tornado cada vez mais acessível e disseminada.

Fonte: ecommercebrasil.com

Propagação dos aplicativos de entrega e maior crédito puxam setor de motos

Após alta de 8,4% no número de motos produzidas no primeiro semestre de 2019 sobre igual período do ano passado – chegando ao total de 536 mil unidades –, setor de veículos sobre duas rodas atribui o bom desempenho ao maior acesso ao crédito e a popularização de aplicativos de entrega.

Os dados, que fazem parte de um levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), ainda apontam para um aumento de 41,9% (72,1 mil veículos) de vendas para as concessionárias em junho em relação ao mesmo período de 2018.

“Vemos nos últimos meses dois movimentos no Brasil: a popularização dos aplicativos de entrega em várias categorias de veículo, e o outro pode ser interpretado como a busca das pessoas por mobilidade urbana, como pode ser percebido no número de scooters nas ruas de São Paulo”, afirmou o presidente da entidade, Marcos Fermanian.

Segundo balanço da Abraciclo, a categoria de motos urbanas foi a mais vendida às concessionárias – responsável por 50,2% das encomendas na indústria. Outro ponto destacado foi a demanda por scooters por parte do consumidor final – alta de 34,6% na comercialização da modalidade em junho sobre o mesmo período de 2018. Para Fermanian, em virtude do alto nível de desemprego do País, a tendência é que muitas pessoas busquem ganho de renda extra por meio desses aplicativos – sobretudo com melhores condições de financiamento dessas motos nas próprias concessionárias.

Exportações

Ainda sobre o estudo, as exportações de motos apresentaram recuo de 50,3% no primeiro semestre de 2019 ante igual período do ano passado. “Diante da grave crise econômica que o governo argentino está passando, já esperávamos uma retração nas vendas externas. Nesse cenário, outras nações podem compensar parte disso, como por exemplo Estados Unidos, Colômbia, Chile e Austrália”, afirmou ele.

Entre janeiro e junho de 2018, os principais mercados para as vendas externas do País eram Argentina (79%), Estados Unidos (6,2%), Colômbia (4,9%), Austrália (4,4%) e Canadá (1,8%). No mesmo período desse ano, porém, a participação na exportação ficou mais pulverizada: Argentina (49,1%), Estados Unidos (16,3%), Colômbia (12,4%), Canadá (7,2%), Austrália (5,9%) e Chile (2,5%).

“Parte dessa produção foi absorvida também pelo mercado nacional. Além disso, outra região que vem demonstrando potencial para exportação é a África, porém com demanda por produtos de menor valor agregado”, diz.

Fonte: dci.com

Pinterest: catálogos de lojas focam na experiência do usuário

O Pinterest é uma rede social imagética. O usuário que navega por ela, busca, principalmente, pins que tragam inspiração. A explicação é da Mariana Sensini, Country Manager do Pinterest na América Latina.

A plataforma, na qual os usuários salvam pins em pastas específicas por interesse de navegação, possibilita que os lojistas façam catálogos online com seus produtos. Entre as informações disponíveis, estão: preço, disponibilidade em estoque e possibilidade de compra na loja.

As vantagens se consolidam ao pensar na quantidade de pessoas que usam a plataforma. Somente no Brasil, existem 38 milhões de usuários únicos mensais no Pinterest, segundo Comscore. Os brasileiros salvam, ao todo, mais de 9 milhões de ideias na plataforma por dia.

Uma plataforma focada em experiência do usuário

A presença das informações sobre os produtos é positiva tanto para os lojistas quanto para os usuários. Os lojistas se beneficiam da estratégia do Pinterest de oferecer pins de acordo com a busca. Dessa maneira, o possível consumidor recebe a sugestão de pin de modo não agressivo, como uma sugestão para sua pasta.

O usuário, por sua vez, é beneficiado pela sugestão como uma inspiração. Se for de seu interesse, pode salvar o pin sem pretenção de comprar. No entanto, caso decida que o produto é pertinente a sua busca, pode clicar nele e ser direcionado ao site de compra. A conversão, então, é feita no próprio e-commerce e não no Pinterest.

“Quando uma pessoa entra no Pinterest, a probabilidade dela estar buscando ideias para sua vida real é muito grande”, explica Sensini. As pessoas salvam receitas, ideias para reformas ou decoração, peças de roupa para compor um outfit e por ai vai.

O Pinterest não fica com nenhuma porcentagem da conversão

A executiva explica que, por focar na experiência do consumidor, o Pinterest funciona somente como um intermediador entre o produto e o usuário. Por isso, não fica com nenhuma porcentagem sobre a venda, que acontece diretamente no site do e-commerce, e não na plataforma.

Os links relacionados a produtos ou ideias não precisam direcionar somente às compras. Alguns pins são direcionados a páginas de conteúdos, como blogs, outras redes sociais e notícias. O redirecionamento, nesses casos, funciona como um “saiba mais”, com dicas e outras informações.

Mariana Sensini explica que “97% das buscas no Pinterest são unbranded, ou seja, não possuem nenhuma marca”. E mesmo assim o usuário se interessa pelos produtos por estarem associados aos interesses pessoais dele. “Isso significa que o usuário está aberto e que a experiência de uma marca para uma pessoa que está no Pinterest não é disruptiva, ela é muito nativa”.

Além disso, Sensini defende que as taxas de cliques são altas na plataforma, que se torna uma grande fonte de tráfego para o e-commerce.

Fonte: ecommercebrasil.com