Biometria e QR Code serão os próximos passos dos meios de pagamento no Brasil

Os avanços tecnológicos atingiram os negócios de diferentes maneiras, transformando os hábitos de consumo em nossa sociedade. Uma dessas mudanças foi nos meios de pagamento que, nos últimos cinco anos, se transformaram de maneira expressiva, apresentando maneiras cada vez mais inovadoras de realizar transações.

Para Felipe Maffei, diretor de produtos da Elo, a tendência é que o consumidor seja livre para escolher a forma que melhor lhe convier. “Temos cada vez mais opções para o público final, como relógios, pulseiras, cartões com aproximação, serviços como Apple Pay e Google Pay, enfim, não será mais apenas o estabelecimento que vai escolher como receber, o cliente vai dizer como pagar”, comenta.

O executivo conta que na época em que a Elo surgiu, em 2011, os cartões representavam pouco mais de 10% das formas de pagamento e, assim como a companhia, foram crescendo no cenário brasileiro. Segundo pesquisa do Banco Central, realizada em 2018, 60% das transações ainda são feitas em dinheiro e 40% em cartões, com expectativa de representarem 60% nos próximos cinco anos. A Elo, atualmente, representa 15% do market share no Brasil

A Transire, empresa que fabrica terminais POS e PINPads, acredita na democratização dos meios de pagamento através de terminais mais simples, portáteis e modernos. Como produtora de terminais de pagamento, a empresa diz que a demanda por produtos mais tecnológicos vem aumentando. “Temos recebido solicitações de terminais mais simples, porém extremamente seguros e integrados com biometria. Assim também como terminais biométricos integrados com automação comercial” conta Gilberto Novaes, fundador e presidente da Transire.

Novaes concorda que os meios de pagamento utilizarão cada vez mais tecnologias que simplificam significativamente a vida do usuário. “O mercado brasileiro está avançando para a utilização do QR Code, mas acreditamos que a adoção da biometria virá muito rapidamente. Na China, por exemplo, a adoção de novas tecnologias para meios de pagamento propiciou saltos substanciais em pouquíssimo tempo, e hoje, essas soluções são encontradas globalmente”, complementa.

Com as novas tecnologias, fica o questionamento sobre os dados do usuário, mas as companhias concordam ao afirmarem que a segurança é uma das áreas mais importantes dentro das operações. Com o uso de tecnologias que se baseiam em características únicas e não copiáveis, como a autorização biométrica, a íris, a impressão digital e a voz, que são recursos muito mais difíceis de serem burlados do que simplesmente uma senha, será cada vez mais seguro optar por novos modelos de pagamento.

Este universo é muito vasto e com grande potencial para ser explorado por empresas emissoras de cartão, como a Elo. De acordo com Maffei, a companhia está trabalhando com novos emissores, que são as startups e fintechs, em ambientes 100% digitais, outra transformação característica dos últimos anos.

“Durante os primeiros anos estivemos restritos à cartela de clientes que possuíamos dos três bancos que fundaram a empresa. A partir de 2017, aumentamos nosso leque para outras instituições, como nosso primeiro case, a rede de lojas Pernambucanas. E a ideia é essa, levar cada vez mais novas soluções e ferramentas para os mais variados mercados”, explica.

Sobre o futuro dos pagamentos, o fundador da Transire acredita que será o uso da biometria. “Cartões físicos não serão mais necessários e os terminais irão captar as características biométricas no esquema 1-N, aquele em que o sistema busca na base a biometria e a valida sem necessidade de informações adicionais”, conclui o executivo.

Fonte: newtrade.com.br

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