As promessas de iFood, Rappi e Grow para otimizar os serviços de delivery

De shoppings centers a startups, empresas se movimentam de olho no potencial do segmento de entregas, que ainda se beneficia de novas opções de modais.

Para combater o custo logístico da chamada ‘última milha’ no serviço de delivery, as grandes varejistas têm despejado bilhões de dólares em desenvolvimento de sistemas de drones, carros autônomos e robôs entregadores. A preocupação não é por acaso. Esse trecho final de entrega custa, na média, 30% do total do frete para o varejista eletrônico.

Os segmentos do varejo que mais sofrem com isso são de alimentação e refeição. O primeiro ainda conta com a cultura brasileira de ir ao mercado. O segmento de refeição, porém, precisa oferecer praticidade para fazer sentido ao consumidor. Esse filão de entrega de refeições teve um faturamento de R$ 10 bilhões em 2017, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Apesar do número importante, o segmento ainda tem um enorme potencial de crescimento. E é de olho nisso que duas startups do setor de mobilidade urbana estão se juntando. Em janeiro, a mexicana Grin, que aluga patinetes elétricos, se uniu à Yellow, de bikes compartilhadas. Além do mercado de compartilhamento de veículos, a Grow (empresa que nasceu dessa fusão) promete impactar o mercado de delivery de refeições.

Ricardo Kauffman, diretor de Relações Públicas da Yellow, assume que a Grow tem interesse em dividir o mercado de delivery com as já estabelecidas iFood, Rappi e Uber Eats. “A Grow tem uma vantagem significativa em termos de custo/cadeia de suprimentos, pois poderá aproveitar a capacidade da Yellow de fornecer suas bikes localmente no Brasil, ao invés de importá-las da China, como outros players do mercado”, explica Kauffman.

A porta de entrada da Grow nesse mercado pode ser uma parceria com a própria Rappi. As duas empresas já trabalham juntas, mas a atuação está limitada ao desbloqueio dos patinetes da Grin por meio do aplicativo da Rappi. Kauffman afirma que pretende expandir essa parceria com a empresa colombiana para as bikes da Yellow, que também poderão ser desbloqueadas pelo app da Rappi. O executivo não confirma, porém, a extensão da parceria para o delivery.

Anunciada no início de fevereiro, a fusão que criou a Grow mantém as marcas Grin e Yellow funcionando de maneira independente, por enquanto. Juntas, as empresas atuam em sete Países da América Latina. Kauffman explica que “a soma das estruturas das companhias oferecerá serviços de mobilidade, entrega de alimentos e pagamentos digitais”.

Se a parceria for confirmada, a Rappi deve contar com uma nova solução em mobilidade, as bikes elétricas da Yellow, que começarão a ser testadas nas próximas semanas. A Rappi trabalha para reduzir os tempos de entrega, em especial nas regiões de maior densidade demográfica, além de ensinar os seus clientes que é possível recorrer ao delivery para além dos serviços alimentares. “Delivery é uma realidade não só na comida. Queremos trazer mais tempo para o nosso consumidor final em todos os serviços”, diz Camila Velzi, head de bussiness development da Rappi, que quer ganhar terreno entregando também produtos de farmácia, livros e eletrônicos.

Para reforçar essa imagem de empresa que entrega de tudo, a Rappi fechou uma parceria com o Shopping Tucuruvi, em São Paulo. Os clientes fazem suas compras em um ambiente dedicado ao Shopping dentro do próprio app da startup, sem sair de onde estiverem. “Nesse primeiro momento, a maior aderência deve ser de alimentação e conveniência, como farmácias e mercados. Mas a médio e longo prazo, até segmentos que ainda não têm tanta aderência na internet devem ser incluídos”, prevê José Bernardo Milek, superintendente do Shopping Metrô Tucuruvi.

Localizado na periferia de São Paulo, o Shopping Metrô Tucuruvi recebe um enorme fluxo vindo dos terminais de ônibus e da estação de metrô. As entregas via aplicativo têm o potencial de atrair um público que mora mais longe para o shopping, que pode incluir consumidores de maior renda e que entreguem um tíquete maior por compra.

Com a parceria, o shopping pretende atender clientes num raio de até 20 quilômetros, abrangendo parte considerável da zona norte da cidade e de Guarulhos, o que expande a zona de atuação do shopping para dentro da área de concorrentes, como o Internacional Shopping Guarulhos, Center Norte, Santana Parque Shopping, entre outros.

O superintendente não crê que vá haver uma canibalização das vendas nas lojas físicas por conta da adesão on-line. “A gente tem diversos atrativos para tirar o cliente de casa e trazê-lo até nós”, avalia, referindo-se a experiências como cinema, área de lazer para crianças e academia. “O maior objetivo é oferecer mais um ponto de contato para o cliente. Cada vez mais, é ele quem escolhe a forma como quer comprar e nós temos que nos adaptar”.

A iniciativa de entrega via Rappi será inaugurada ainda neste mês, depois de pouco mais de dois meses de negociação. “A gente começou as conversas com o Rappi há mais ou menos 50 dias. E o processo foi rápido pelo interesse mútuo das empresas, tanto do Rappi em trabalhar com shoppings quanto nosso, em tornar o shopping omnichannel”, explica Milek.

O Supermercado Now tem uma solução parecida com a da Rappi, mas foca nas mercearias. A empresa mostra o enorme potencial do delivery alimentar no Brasil. A plataforma que liga os varejistas aos consumidores triplicou o número de pedidos em 2018 em comparação ao ano anterior. A expectativa para 2019 é receber até cinco vezes mais pedidos do que no ano passado.

A companhia fundada em 2016 faz parcerias com as redes para receber os pedidos online e fazer as compras pelos clientes. Os 150 compradores parceiros da marca usam carros e motocicletas para entregar os produtos.

Marco Zolet, CEO e cofundador do Supermercado Now, destaca três pontos do negócio:

1. Rapidez – as entregas são feitas em até duas horas. “Usar a economia compartilhada faz com que nossa logística fique muito bem otimizada”;

2.Integração – “A loja tem o estoque, o sortimento, está próxima ao consumidor e usá-la é muito importante. O Supermercado Now vai alavancar as vendas das lojas e vai trazer mais clientes colocando as lojas no mundo online”;

3.Personalização – “A plataforma tem uma usabilidade legal, promoções e a organização é baseada no comportamento de compra do cliente”.

Os compradores/entregadores da plataforma chegam a fazer alguns percursos a pé. Por isso, o Supermercado Now vai testar o uso de bicicletas e patinetes nos próximos meses. Zolet conta que a empresa está negociando com outras companhias que oferecem soluções de micro mobilidade.

A Loggi também vai testar novos modais para fugir do tradicional. A empresa tem uma área de atuação maior em comparação com o Supermercado Now, trabalha com varejistas de todos os setores. O diretor de e-commerce da empresa, Francesco Losurdo, conta que a ideia é começar com as cidades pequenas: “você não conecta o Brasil se só conecta cidades grandes. O desafio é chegar ao nível molecular dessa malha logística”, diz Losurdo. A Loggi também vai começar a trabalhar com pontos de coleta.

A empresa de logística é outra que mostra o momento positivo do mercado de delivery. O objetivo para 2019 é ir além das 33 cidades atendidas atualmente e, depois de chegar a todas as capitais, impactar 98% dos municípios. Até o fim de 2020, a Loggi pretende atender 95% da população brasileira.

Mais 70 shoppings

Camila Velzi, da Rappi, anunciou mais parcerias entre a startup e empreendimentos para os próximos meses. Conversas com mais 70 shoppings já estão em andamento para acordos iguais ou semelhantes à parceria com o Shopping Metrô Tucuruvi. As negociações ainda estão em curso, mas mostram a agressividade da estratégia.

O varejo pode se beneficiar de soluções como as da Rappi em dois aspectos: agilidade e visibilidade. Os consumidores que usam o aplicativo da startup, via de regra, já decidiram o que comprar, mas não conseguem ir até a loja. A plataforma intermedeia vendas que provavelmente não aconteceriam, como acredita o superintendente do Shopping Metrô Tucuruvi.

Além disso, os varejistas ganham mais exposição. O aplicativo funciona como um canal de vendas extra. Soluções que aparentemente impactam apenas o consumidor, também têm efeito positivo para o varejo.

Novas soluções, próximas e distantes

Em 2018, o iFood cresceu 128% em relação ao ano anterior. A startup recebeu aporte recorde para investir na expansão da rede e triplicar o número de restaurantes parceiros. A ideia é chegar a 150 mil lojas conectadas ao app. A startup já tem em seu radar soluções de entrega, como robôs autônomos e drones, mas ainda não colocadas em prática. Para os drones, o principal entrave é regulatório, com restrição forte relacionada ao tráfego aéreo. Sobre os robôs, a ideia é começar testando em condomínios fechados. Ainda não há data para iniciar os testes.

Assim como na Grow, as apostas do iFood para o futuro próximo do delivery estão nas bikes e nos patinetes. Hoje, são 14 milhões de pedidos mensais atendidos por uma gama de 120 mil entregadores. Hoje, o iFood tem 15 bicicletas e 10 patinetes, todos elétricos, rodando em São Paulo em esquema de teste. A ideia é ter 300 modais desse tipo (150 bikes e 150 patinetes) rodando na capital paulista até fim de março.

O iFood tem realizado estudos de altimetria para saber quais regiões de São Paulo podem receber patinetes e bikes, já que o terreno acidentado da cidade inviabiliza esses tipos de modal em algumas regiões muito íngremes. “A gente já tem até alguns restaurantes parceiros fazendo entregas só por patinete porque não têm estacionamento e as motos não podem estacionar perto”, explica. Fernando Martins, gerente de inovação em logística do iFood.

Martins ressalta que a estrutura logística das cidades onde o iFood atua oferecem desafios para novos modais de entrega, “mas com as ciclovias e com uma nova consciência para respeitar esses modais, a gente vê novas oportunidades”, afirma.

O problema da falta de espaço nas ruas e desafios de topografia não são exclusivos das cidades brasileiras. Mesmo as cidades mais organizadas do mundo procuram soluções para atender os consumidores de maneira eficiente no deslocamento de seus produtos pelas cidades. O estudo “Logística da Cidade: Luz e Eletricidade”, organizado por acadêmicos da Universidade de Roterdã, na Holanda, apontou que as ruas do Reino Unido estão entupidas por vãs e veículos pequenos de carga, pouco eficientes na entrega dos produtos em tempo hábil e que acabam apertando os carros de passeio no trânsito caótico. Segundo o estudo, o tráfego de vans cresceu 71% no Reino Unido em 20 anos, quando o número de carros comuns subiu 13%.

Em mais um estudo realizado na Holanda, dessa vez pelo município de Amsterdã, ficou constatado que. no último ano, as vendas de pequenos caminhões e vans na cidade cresceram 20%, o que traz dificuldade extras de locomoção. Além disso, o estudo apontou também que uma van ou um caminhão pequeno demoram cerca de 12 minutos para descarregar, enquanto as e-cargobikes (bicicletas elétricas de carga) são capazes de realizar o mesmo trabalho em apenas três minutos.

A Volkswagen levará às ruas da Alemanha ainda neste ano o e-cargotrike, um veículo elétrico semelhante ao antigo triciclo, que será capaz de carregar entre 210 e 350 kg (descontando o peso do motorista) por entre os corredores ou mesmo no espaço de pedestres, equilibrando agilidade semelhante ao das motocicletas com um poder de carga próprio das vans. Segundo um comunicado da sede da montadora na Alemanha, o e-cargotrike deve ser “o menor veículo comercial Volkswagen de todos os tempos”.

Logística e mobilidade urbana

Mas nem tudo é agilidade e praticidade para os veículos elétricos. O estudo realizado pela prefeitura de Amsterdam constatou que há problemas no convívio entre as bikes cargueiras e os carros quando precisam dividir o mesmo espaço e que também nas ciclovias a presença do veículo é problemática por conta do tamanho muito superior aos veículos normais. Em São Paulo, por exemplo, as ciclovias não podem receber mais de 250 kg (somando veículo, carga e motorista).

Uma matéria da Forbes de outubro de 2018 destacou a iniciativa do governo britânico para subsidiar a compra de bikes de carga. Foi criado um fundo de 2 milhões de libras para subsidiar a troca de frotas das transportadoras, o que pode economizar os gastos dessas empresas com seu core business em 20%. A ideia é retirar das ruas gradativamente as vans mais antigas, maiores e mais poluentes.

Para Larissa Campagner, coordenadora do comitê técnico do Conselho de Política Urbana (CPU) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), apenas as relações comerciais não serão capazes de alterar a mobilidade das grandes metrópoles. Ela afirma que é preciso um planejamento que leve em conta como a cidade é ocupada. “Esses novos modais (bikes e patinetes) são importantes, mas não têm impacto significante no modo como os paulistanos se locomovem. Precisaríamos de um movimento em uma escala muito grande para a gente sentir diferença nisso”, diz Larissa, sobre os congestionamentos que tiram 2h43, em média, dos paulistanos diariamente.

Fonte: portalnovarejo.com

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Atacadistas oferecem novos serviços para conter ida de cliente ao atacarejo

Ascensão do modelo misto de vendas faz com que distribuidores intensifiquem proximidade com pequenos varejistas de bairro; análise do sortimento e pronta entrega são tratados como ‘trunfos’.

Diante de um ambiente mais competitivo, sobretudo com o avanço agressivo do modelo de atacarejo nos últimos anos, o setor atacadista mira o pequeno varejista para agregar valor aos serviços de entrega logística e organização no sortimento de produtos.

“Quando a pessoa vai até o atacarejo, ela busca economia – mas também gasta tempo e combustível se deslocando até lá para pegar o produto na prateleira. Já quando o cliente vai até o atacado, existe um serviço logístico sendo executado por esse canal”, defendeu ao DCI o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Emerson Luiz Destro.

De acordo com o executivo, os pequenos varejistas têm valorizado esse canal em virtude da curadoria no mix de itens, organização das gôndolas e processo de profissionalização do negócio. “Atuando regionalmente, se o pequeno lojista tiver um bom nível de serviço, um amplo sortimento de produtos e um bom volume de estoque talvez não sofra no momento em que uma grande rede chegar no mesmo local”, declarou Destro, destacando que o pequeno varejista tem a vantagem de estar mais próximo do consumidor final e, consequentemente, pode ajustar a mercadoria conforme a demanda local.

Para ele, atualmente, existe um processo de canibalização no mercado brasileiro. “Infelizmente, esse mercado recessivo está fazendo com que muitas empresas não operem dentro de uma ética”, complementou.

Partilhando de perspectiva similar a do presidente da entidade, o vice-presidente do Dipalma Comércio, Distribuição e Logística, João Alberto Pereira, afirmou que os menores players de varejo alimentar sustentaram o crescimento do setor atacadista neste ano. “O que nos ajudou muito em termos de desempenho foi a presença dos comerciantes de bairro – no sentido que vêem assumindo um papel importante na reposição dos lares e consequentemente crescendo muito rápido”, afirmou Pereira.

Segundo dados preliminares divulgados pela Abad, em outubro de 2018 – ante o mesmo período do ano passado –, o setor atacadista apresentou crescimento nominal de 7%. Já no acumulado do ano, esse avanço está em 0,5%.

“No atacado, o distribuidor tem que ter em mente sempre categorias rentáveis para o próprio negócio e também para seus clientes. Isso vai ficar cada vez mais definido na medida em que, tanto o atacarejo como os distribuidores, se especializarem em determinadas linhas de produto, como por exemplo cafés, bazar, biscoitos e massas”, salientou ele.

Além disso, ele menciona a necessidade de levar “informação” a esses pequenos empresários, como análises sobre as categorias com maior aderência nas regiões onde opera.

“Na minha opinião, o pequeno varejista deveria se preocupar mais em vender do que comprar, permanecendo no seu estabelecimento e procurando atender seu cliente. Se a diferença de preço é pequena [entre atacarejo e atacadista], não é uma decisão inteligente o comerciante perder tempo do seu dia comprando em outro local”, disse Pereira.

Outro exemplo de player atacadista que tem foco nos pequenos negócios é o distribuidor Vila Nova, localizado no Estado de Minas Gerais. “Esses comércios menores representam mais de 50% da nossa base e isso vem aumentando com o tempo”, afirmou o diretor do negócio, Leonardo Miguel Severini.

Para o executivo, após o período eleitoral, “a economia deve caminhar para um patamar de estabilização” e fortalecer o varejo local como uma “forma de conveniência no consumo”. Com isso, Severini diz que tem perspectiva de crescimento de 10% em termos reais de volume de vendas para o ano que vem.

Movimentações políticas

Com as articulações políticas e econômicas em andamento, o setor atacadista também tem se movimentado no Congresso Nacional para defender seus interesses por meio da União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (Unecs).

“Tivemos na quarta-feira passada (21) com a equipe de transição do governo Bolsonaro. Nessa reunião, levamos nossos principais pleitos, no sentido de destravar e melhorar o ambiente de negócio”, afirmou o presidente da Abad.

O dirigente exemplificou um dos entraves. “Nos transportes de cargas, existem regulamentos que criam certa complexidade e custos adicionais que vão parar no bolso do consumidor. Como estruturar a mercadoria tendo que fazer a separação de cada categoria num caminhão com poucos m²? Você acaba tendo que mandar o caminhão com meia carga, e isso é custo. No pedágio, se o caminhão passar cheio ou pela metade não tem desconto”, afirmou Destro, destacando que uma flexibilização poderia resultar em maior competitividade e beneficiar o consumidor final.

Fonte: dci.com.br

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Azul Cargo apresenta sua primeira aeronave em Campinas

A Azul Cargo Express acaba de apresentar sua primeira aeronave, um Boeing 737-400 Cargo.

Antes do primeiro voo comercial, marcado para amanhã (16), a companhia convidou alguns profissionais do trade para conhecer o cargueiro no aeroporto de Viracopos, em Campinas, São Paulo.

O avião, que tem capacidade para transportar até 20 toneladas de carga ou 11 pallets, chegou para atender a crescente demanda pelo serviço de transporte de cargas da companhia Azul Linhas Aéreas.

O Boeing será utilizado em rotas com alta demanda, passando pelas bases de operação de Campinas (SP), Recife e Manaus. Outras cidades como Fortaleza, Belém e Rio de Janeiro também devem receber os voos do cargueiro com frequência.

Além desta, uma segunda aeronave cargueira, do mesmo modelo, está prevista para chegar no Brasil até o final de outubro. Com estes investimentos, a Azul Cargo Express espera crescer 40% neste ano, ampliando a oferta de serviços para regiões e rotas de maior volume.

No primeiro trimestre de 2018, a unidade de transporte de cargas da companhia registrou alta de 61% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A diretora da Azul Cargo Express, Izabel Reis, acredita que o novo avião beneficiará a empresa com novas oportunidades de negócio.

“Esse cargueiro, assim como o outro avião que está para chegar, vai nos proporcionar mais flexibilidade para definir a malha de acordo com as necessidades dos nossos clientes e contribuirá para oferecermos novos serviços, como o fretamento”, afirma a executiva.

Fonte: panrotas.com.br

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Startup de entregas por motoboy Loggi recebe R$ 400 milhões para expandir serviço pelo Brasil

A startup de entregas Loggi recebeu R$ 400 milhões do fundo de investimentos em companhias iniciantes do grupo japonês SoftBank.

Ela está no mercado desde 2014 e desenvolveu sistema para chamar entregadores autônomos, principalmente motoboys, a partir de aplicativo para celular.

A Loggi iniciou suas atividades tendo como público principal escritórios que precisavam enviar documentos. Com o tempo, expandiu para mercados mais complexos, como o comércio virtual e o delivery de comida, hoje suas principais fontes de receita.

Segundo O fundador da startup, Fabien Mendez, o número de entregas feitas pela companhia vem crescendo 20% ao mês —a média está em cerca de 3 milhões. Ele diz que isso é possível, mesmo em momento de crise no Brasil, devido ao fato de os setores em que a Loggi atua terem seu avanço mais baseado em mudanças de hábitos e tecnologias do que na expansão da economia como um todo.

O serviço está disponível em 13 capitais brasileiras e em um total de 30 cidades. A meta do fundador da companhia é atingir 95% do território do país até 2020.

O SoftBank é dono do maior fundo de investimento em startups do mundo, com US$ 93 bilhões (cerca de R$ 345 bilhões) captados em 2017. É um dos principais acionistas de companhias como Uber, Alibaba e WeWork.

Essa é a segunda aposta do grupo no Brasil. Ele já investiu na 99, vendida no início do ano para a chinesa Didi Chuxing.

Mendez afirma que, tão importante quanto os recursos, os novos sócios trarão conhecimento sobre as principais tendências e tecnologias do mercado, inclusive o de logística.

“Para nós, é um investidor muito estratégico, com entendimento dos movimentos tectônicos que acontecem no mundo de forma global e que pode nos dar muitos insights”, diz.

Fabien Mendez, presidente da empresa Loggi, que conecta motoboys e empresas que precisam enviar encomendas a partir da internet – Jardiel Carvalho/Folhapress

Segundo ele, os recursos servirão para ampliar a equipe de engenharia da empresa. Em um ano, o grupo deve ir de 100 para 400 pessoas. No total, a companhia tem 420 funcionários.

A maior quantidade de especialistas permitirá o desenvolvimento da empresa em áreas como inteligência artificial para definir melhores roteiros, tecnologias para celular e automação.

O empresário conta que a companhia vem investindo no uso de robôs para centros de distribuição que passou a espalhar pelo Brasil conforme ganhou espaço no mercado do comércio eletrônico. Atualmente são 8 em São Paulo e 13 em outras cidades.

Companhias clientes da Loggi, como Amazon, Via Varejo, Mercado Livre e Magazine Luiza, podem direcionar suas entregas para esses centros e, dali, a startup faz a triagem dos produtos e define as melhores rotas para que eles cheguem aos clientes.

Isso é feito com tecnologias que analisam o tipo de encomenda e qual seria a melhor forma de acomodá-la em diferentes veículos, ao mesmo tempo que buscam a rota mais eficiente para a entrega, explica Mendez.

“Dessa forma, conseguimos ser rápidos, otimizamos o tempo do motoboy, que passa a ganhar mais dinheiro, e fazemos um preço competitivo para o cliente”, afirma.

Por dia, 10 mil motoboys usam o serviço. Também são feitas entregas por carros, vans e caminhões a partir do aplicativo e estão sendo firmados acordos com companhias aéreas para uso de espaço ocioso no bagageiro, explica o empresário.

“Nosso plano é conectar o Brasil, para que alguém no interior de São Paulo consiga fazer um produto chegar em um dia no interior do Amazonas.”

Na época de seu lançamento, a Loggi viu surgir uma série de companhias com modelos de negócios semelhantes ao seu. Hoje, sua principal competidora no mercado de startups é a Rapiddo Entregas, do mesmo grupo empresarial do iFood (de delivery de comida) e que foi incorporada por ele neste ano.

Fonte: clipping.cservice

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Conheça a gigante chinesa que vai investir R$ 200 milhões no Nubank

Com investimento da Tencent, fintech se tornou a startup brasileira mais valiosa da América Latina

Em seu primeiro investimento no Brasil, a gigante chinesa Tencent já fez questão de mostrar o seu tamanho. Ao todo, serão R$ 200 milhões investidos na fintech Nubank, segundo o site The Information – e, graças à operação, a startup brasileira se tornou a mais valiosa da América Latina.

Fundado em 1998, o Tencent fornece serviços de internet para diferentes demandas: comunicação, publicidade online, informação, entretenimento e e-commerce, entre outros. A plataforma mais conhecida da empresa é o aplicativo de mensagens WeChat, lançado em 2011 – o mais popular na China e muito parecido com o WhatsApp.

No início do ano, acompanhando a tendência de estabelecimentos sem caixas eletrônicos iniciada pela Amazon com as lojas Amazon Go, a Tencent lançou seu modelo próprio: o WeLife. A ideia, assim como a da Amazon, é expandir a presença nas lojas físicas e apostar em uma nova forma de consumo. Tanto a loja como o aplicativo WeChat são vinculados a uma plataforma de pagamento chamada WeChat Pay, que permite transações rápidas via smartphones.

A Tencent também é dona da Qzone, a maior rede social da China. Criada em 2005, a plataforma, segundo a empresa, registrou um total de 632 milhões de contas de usuários ativos no primeiro trimestre de 2017.

Em comunicado divulgado em agosto, a Tencent informou uma receita total de US$ 22,2 milhões no primeiro semestre de 2018 – aumento de 39% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A gigante chinesa também anunciou um crescimento de 81% na receita de “outros negócios”, impulsionada principalmente por serviços financeiros, de pagamento e de nuvem.

Fonte: clipping.cservice

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Mais de 32% das transações de e-commerce no Brasil são realizadas através de dispositivos móveis

Nesta terça-feira (02), durante a XLV Assembleia Geral da Associação Ibero-americana de Câmaras de Comércio (Aico) e da LI Assembleia da Comissão Interamericana de Arbitragem Comercial (Ciac), o presidente da CACB, George Pinheiro, afirmou que mais de 32% das transações de e-commerce no Brasil no primeiro semestre de 2018 são realizadas através de dispositivos móveis. Número 41% maior que no ano passado.

Pinheiro integrou o painel “Desafios, riscos e oportunidades do e-commerce”, quando fez uma análise do mercado brasileiro virtual. Segundo os dados apresentados, 27,4 milhões de pessoas fizeram alguma compra no comércio eletrônico no primeiro semestre deste ano. Destas. 4,5 milhões compraram na internet pela primeira vez. O mercado é liderado pela venda de produtos de saúde, perfumaria e cosméticos. O faturamento do setor no fim do ano deverá ser de US$ 53,4 milhões, 12% a mais que em 2018.

Os dados são conta, ainda, de um leve aumento no número de mulheres que compram na internet. No primeiro semestre de 2017, elas eram 50% deste público. Este ano, detêm 51,5% das comprar do comércio eletrônico. A média de idade dos compradores é de 43 anos.

Desafios do e-commerce no Brasil

Diante do atual quadro de incerteza política, com as eleições presidenciais se aproximando, a alta dívida pública e a ausência da aprovação de reformas estruturantes, o Brasil registra uma pequena recuperação econômica no primeiro semestre do ano, apoiado pela implementação de algumas medidas fiscais. “Porém, de acordo com especialistas do setor, o desempenho ainda está muito abaixo do potencial do País”, disse Pinheiro.

Mesmo diante deste cenário, o Brasil ainda registra avanços no e-commerce, principalmente em cinco áreas que têm impulsionado suas vendas: marketplaces de novos e usados; turismo online; ingressos online; ominichannel – uso de múltiplas plataformas para uma compra; e o comércio por dispositivos móveis.

CACB e o e-commerce

O presidente George também deu destaque às atividades que a CACB mantém no mercado do e-commerce. A entidade é uma das maiores emissores da certificados digitais no Brasil; possui um portal de assinaturas próprio para assinatura de documentos e contratos online; trabalha para viabilizar a criação de um site com estrutura para vendas online pelas empresas afiliadas do Sistema CACB; além de possuir um acordo com a Vtex – multinacional brasileira de tecnologia – para oferecer soluções digitais para a inserção das empresas no comércio eletrônico

“Mesmo com a crise econômica e a incerteza política no Brasil, as cifras têm mostrado que o mercado de comércio eletrônico tem tido um aumento significativo, representando uma curva contínua de crescimento. As oportunidades que apresentamos aqui são capazes de superar os riscos e os desafios presentes no mercado brasileiro”, concluiu Pinheiro.

Além do presidente da CACB, participaram do painel o presidente da Câmara de Comércio de Santiago, Peter Hill, o vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa, Francisco Maria Balsemão, o diretor geral da Câmara de Comércio de Santa Cruz, Daniel Velasco, e o presidente da Fedocâmaras, Claudio Fernándes Martí.

Fonte: clipping.cservice

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Setor de franquias acelera processo de integração dos canais de venda

Consumidor mais conectado tem levado grandes redes a reformular seus postos tradicionais em prol da personalização de pedidos; análise de dados é ponto de partida para tendência.

O conceito de canais integrados, o chamado omnichannel, vem ganhando força no varejo brasileiro, levando a importantes mudanças nos últimos anos. E no setor de franquias isso não é diferente. As transformações do perfil do consumidor, que está cada vez mais conectado, já norteiam as estratégias de grandes franqueadores junto ao cliente final.

“As redes de franquias estão começando a se concentrar menos no faturamento por metro quadrado, e cada vez mais no faturamento por consumidor. Existe a tendência para individualização de cada cliente e entender a jornada de consumo dele”, argumentou o vice-presidente de operações da empresa de software de gestão Linx, Jean Klaumann.

De acordo com o executivo, os consumidores brasileiros estão passando por um processo de adaptação ao ato de comprar pela internet – algo que já está em estágio avançado no exterior. “O nível de penetração do e-commerce no setor de varejo da China é de 20%; enquanto no Brasil ainda está em 4%”, disse. Segundo ele, ainda que esse número seja pequeno, frente o cenário internacional, “a participação do comércio eletrônico tem crescido nos últimos quatro anos no território nacional.”

Klaumann aponta que o movimento pode ser um caminho para as franquias conhecerem melhor as demandas de cada um dos clientes. “O franchising tem a chance de analisar o fluxo de dados nessas plataformas e atender o consumidor de forma mais eficiente e inteligente. Como por exemplo, sugerindo para esse cliente a retirada do produto na unidade de franquia mais próxima de sua localização”, disse, ressaltando que a conveniência da distância e o tempo de disponibilização do item são cruciais para fisgar o novo consumidor imediatista.

No entanto, Klaumann relembra a alta concentração de participação do e-commerce no Sudeste do País (43%) como um reflexo da falta de infraestrutura logística e pouca familiaridade com o consumo online em certas regiões do Brasil.

Transformação gradual

Frente os desafios de adaptação às dificuldades logísticas e crescimento da cultura digital na sociedade, a diretora executiva da Arezzo, Silvia Machado, explica o novo modelo de franquias da companhia.

“O novo conceito Arezzo Light tem foco em regiões periféricas as quais há maior dificuldade de implementação do modelo full da marca. O modelo mais enxuto de loja tem atendimento mais interativo, um sistema de estoque rápido e sortimento diferenciado para cada região”, disse a executiva.

Para Silvia, outro ponto importante na mudança de mentalidade dos colaboradores é a concepção de que o engajamento dos clientes nas redes sociais é um campo fértil para análise de dados. “Começamos a linkar o e-commerce com a comissão de venda de cada vendedor. Isso é fundamental também para a diversidade de produtos nas lojas. Além disso, conseguimos analisar melhor o volume de comercialização dos nossos canais”, afirmou.

Ainda de acordo com a executiva, a maior integração entre os canais fornece mais autonomia flexibilidade às vendedoras. “Eliminamos a figura do caixa e do estoquista.”

Atualmente, esse novo modelo mais enxuto de negócio está implementado em 18 unidades da rede de franquias.

Em linha com a perspectiva de mudança da diretora executiva da Arezzo, o vice-presidente de franquias do McDonald’s, Dorival Oliveira, esclarece que o processo de reformulação teve como ponto de partida as demandas do cliente.

“Começamos a entender a necessidade de personalização do pedido de cada consumidor e, consequentemente, estabelecer uma relação mas próxima deles”, afirmou Oliveira.

O executivo explica que a nova estratégia de individualização exigiu a troca de todo o maquinário da rede no Brasil, movimento que teve início há dois anos. “Essas novas máquinas permitem ao cliente montar o lanche como desejar, adicionando ou retirando ingredientes”, afirmou, destacando o fato de que os anseios foram identificados por meio das pesquisas do negócio.

Oliveira exemplifica que as inovações nas unidades podem ser vistas com as instalações de totens de autoatendimento e a possibilidade de pagamento direto por meio de tablets interativos.

“Mudamos a cultura do que realmente é atender o cliente e método de estabelecimento de um relacionamento pelo nosso aplicativo, com análise de histórico dos pedidos online desse consumidor”, disse ele, lembrando a importância da arquitetura e uniformes dos funcionários, que seguiram também a tendência de flexibilização e autonomia.

Fonte: dci.com.br

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