Cinco tendências globais para a indústria do e-commerce em 2023

As empresas de e-commerce nos últimos anos têm vivido uma jornada de altos e baixos. Muitas delas, inclusive, conseguiram ter alguns ganhos durante a pandemia, aproveitando o momento em que as pessoas mergulharam no mundo online. No entanto, o cenário atual, pós-pandemia, trouxe diversos desafios para esse mercado, que vão desde problemas na cadeia de abastecimento até as incertezas econômicas.

Com isso, quando pensamos em 2023 – e até nos próximos anos -, sabemos que esses desafios provavelmente continuarão a incitar as empresas de e-commerce em todo o mundo, mas lhe trago uma boa notícia: nem tudo está perdido, são com os desafios que surgem as oportunidades. Nesse ponto, posso dizer que o futuro parece promissor, principalmente para as marcas que estão dispostas a inovar e a se manter atualizadas com as novas tendências e para aquelas que tratam seus clientes como prioridade.

E por falar em prioridades, vamos trazer as cinco novas tendências globais do mercado para o ano seguinte. Acompanhe:

1. Compras em lojas físicas continuarão aumentando
Após a pandemia, também vimos que os clientes voltaram a realizar compras offline, o que fez com que algumas empresas de e-commerce expandissem seu número de lojas e, grandes players, como a SHEIN, abrissem lojas pop-up físicas. Mas, com isso, a função da loja mudou, evoluindo para um processo bem mais experimental e inspirador. Embora a experiência offline não ofereça a personalização dos canais online, os varejistas estão encontrando maneiras de juntar o online com a experiência física da loja usando modelos de click-and-collect (compra no aplicativo e retira na loja) que permitem que os clientes reservem provadores de roupa para suas visitas, ganhem pontos extras por compras feitas presencialmente e usem o app para saber qual é o estoque da loja mais próxima.

2. Compras mais conscientes com relação a preços
Com o avanço das pressões inflacionárias, os consumidores estarão mais atentos aos preços no próximo ano. Opções de pagamento e devolução flexíveis terão maior destaque. Conquistar a fidelidade à marca será mais desafiador para empresas de e-commerce, considerando que os clientes passarão mais tempo comparando preços para encontrar as melhores ofertas. Ferramentas como o Google já reconhecem essa tendência, e a última atualização do seu mecanismo de busca oferece aos consumidores informações sobre quedas de preços, descontos e comparações de valores. Assim, o investimento em conteúdos pesquisáveis será importante para o e-commerce.

3. Mobile first
Já faz algum tempo que os apps mobile estão em alta na indústria de e-commerce, e a pandemia foi crucial para impulsionar essa tendência. De fato, durante a primeira onda da pandemia, entre fevereiro e maio de 2020, as instalações de apps de compras registraram um aumento de mais de 150% no Reino Unido, por exemplo. Embora as medidas restritivas tenham sido retiradas, nada indica que veremos uma desaceleração nessa tendência. Durante os primeiros três meses deste ano, as instalações de apps de e-commerce tiveram um aumento de 34% no iOS e de 11% no Android.

Os dispositivos mobile são responsáveis por 71% do tráfego de varejo e geram 61% dos pedidos online. Esse está se tornando então o canal preferido da vertical de compras, e vemos que algumas empresas mais tradicionais resolveram aproveitar essa oportunidade após reconhecerem o poder do mobile como mais um canal para oferecer experiências incríveis, manter a fidelidade dos clientes e engajar com novas audiências. Para isso, as empresas de e-commerce que querem expandir precisam focar em experiências mobile first, oferecendo opções de pagamento mobile, como o Apple e Google Pay.

4. Live e social shopping
O mercado global de social commerce tem como previsão o arrecadamento de US$604,5 bilhões até 2027 e, com o lançamento de um novo recurso de compras in-app no TikTok, o futuro desse canal parece promissor. Desde filtros AR – realidade aumentada – até eventos de live shopping, o kit de ferramentas usado para ajustar a experiência de social commerce e personalizar as recomendações de produtos apenas continuará se expandindo, ampliando ainda mais os atrativos desse canal.

Os canais de live e social shopping oferecem uma jornada rápida e fácil, desde a inspiração até a compra. Antes, os consumidores pesquisavam por referências nas redes sociais e depois navegavam até um site para realizar uma compra. Agora, ao permitir que eles façam a compra dentro do app, o social commerce reduz o risco de desistência, impulsionando as taxas de conversão. As redes sociais também oferecem uma comunidade ampla e engajada, que passa aproximadamente 2,5 horas por dia conectada. Por isso, faz sentido que as empresas de e-commerce capturem usuários nesse canal. Além disso, essas plataformas têm cada vez mais influência sobre o comportamento dos usuários – a hashtag #tiktokmademebuyit, por exemplo, já foi usada sete bilhões de vezes.

As empresas que estão tendo sucesso nesse canal são aquelas que testam os recursos de compras das plataformas. Por exemplo, a marca Charlotte Tilbury possui um excelente espaço de social commerce, fazendo eventos de live shopping no TikTok e lançando uma loja digital em 3D. Já no Pinterest, a Anthropologie criou um catálogo virtual que aproveita a funcionalidade de Pin e permite que os usuários façam compras com um clique.

5. O recommerce se tornará uma prioridade
A sustentabilidade ocupa cada vez mais um espaço central no processo de tomada de decisões dos clientes. O e-commerce pode e deve focar nisso, e isso pode ser feito sem sacrificar seus lucros. O mercado de aluguel de roupas online terá um crescimento anual de mais de 10%. A sustentabilidade carrega uma grande fortuna, com o benefício adicional de preservação do planeta. O aluguel de roupas vai muito além de uma tendência em ascensão: em breve, ele se tornará um comportamento de compras padrão. A Zara está testando o “Zara Pre-Owned”, uma plataforma para conserto, revenda e doação em lojas do Reino Unido, lojas online e aplicativos. A H&M também está oferecendo um serviço de aluguel em sua loja na Regent Street, em Londres.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/cinco-tendencias-globais-para-a-industria-de-e-commerce-em-2023

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