Com US$31 bilhões de receita em 2021 em publicidade, Amazon supera YouTube

Em sua última conferência de resultados, a Amazon divulgou seus resultados com publicidade, e os números são impressionantes. No último trimestre, a Amazon faturou US$9,7 bilhões, um crescimento de 33% ano contra ano. No mesmo período, o YouTube faturou US$8,6 bilhões.

Em 2021, pela primeira vez, a receita de advertising da Amazon superou a do YouTube. No relatório, a Amazon reportou um faturamento de US$31 bilhões em 2021 contra US$28,8 bilhões do YouTube.

Crescimento do Amazon Ads

Desde 2016, a Amazon vem abocanhando cada vez mais o market share de publicidade no mercado americano, saindo de 2% em 2016 para 14% em 2023 (estimado).

Isso significa que apenas um braço da Amazon será quase do mesmo tamanho do Facebook em uma área que não é o core da empresa.

Tendência nas varejistas

Desconhecidos nas terras brasileiras, os anúncios em marketplaces estão crescendo em alta velocidade no mercado americano.

Após a Amazon, outras grandes varejistas americanas como Walmart, Instacart, Home Depot, Cosco, Kroger e Wayfair lançaram suas próprias plataformas de advertising.

O próprio Walmart lançou sua plataforma de advertising self-service em 2019 e consegue ver um crescimento expressivo em sua receita de ads.

O movimento revela a tendência de grandes varejistas criarem seus próprios produtos de advertising dentro dos seus sites, diversificando seu modelo de negócios, aumentando suas margens e gerando valor para as marcas que já vendem em suas plataformas.

Aqui no Brasil, B2W, Magalu e Mercado Livre já deram seus primeiros passos com seus produtos de advertising, porém ainda bem lentamente se comparados com outros mercados.

Segundo um estudo da empresa enext, a publicidade em marketplaces deve crescer 550% até 2023, saindo de R$400 milhões para R$2,6 bilhões.

Motivos para anunciar na Amazon

Menor competição e maior retorno

Na Alemanha, foi realizado um estudo comparando o custo por clique e a taxa de conversão (divisão de compras totais por cliques totais no anúncio) das mesmas palavras-chave para os mesmos produtos em diversas categorias. E o resultado foi o seguinte:

  • Amazon ads possuía uma taxa de conversão 70% mais do que o Google Ads.
  • O custo por clique no Amazon ads era 65% menor do que no Google Ads.
  • Retorno sobre investimento na Amazon Ads era 60% maior do que no Google Ads devido a um custo menor por clique e uma maior taxa de conversão.

O estudo alemão pode ser conferido aqui.

Amazon Ads influencia a venda orgânica

Se não bastasse o retorno do Amazon ads ser 70% maior do que o do Google Ads, ao usar a publicidade da Amazon, você pode influenciar suas vendas orgânicas.

Recentemente, escrevi um artigo sobre todos os fatores que o algoritmo da Amazon leva em consideração para mostrar um produto na primeira página e deixo aqui o link para você conferir todos os fatore.

Um dos fatores que o algoritmo olha é para as vendas totais do seu produto. E. ao usar o Amazon ads, você tem a possibilidade de aumentar a visibilidade de seu produto. Isso gera mais vendas e, de quebra, aumentando seus rankings orgânicos.

Diferentemente do Google, em que os rankings orgânicos independem dos gastos com anúncios, na Amazon, cada real investido ajuda seus produtos a aparecerem mais organicamente.

Cookieless future

Existe uma grande discussão no mercado de marketing digital em relação ao uso de dados third party. Apple e Google se movimentaram em direção a uma maior privacidade dos seus usuários.

As grandes varejistas possuem hoje uma vantagem de ter os históricos de compras e uma relação muito próxima com seus usuários, vindo de anos de vendas offline, como no caso do Walmart, que pode usar first party data com seus anunciantes com muito mais privacidade do que o Facebook ou a mídia programática, por exemplo.

As varejistas estão sendo positivamente afetadas com essas mudanças de privacidade oriundas da Apple e Google à medida que já existe uma movimentação de marcas migrando seus budgets do Facebook para a Amazon após o cerco da Apple se fechar mais.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/amazon-supera-youtube/

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