Modelo é muito usado por pequenos empresários que não possuem capital ou espaço para manter um estoque próprio.
O mercado de vendas on-line no Brasil registra uma curva de crescimento contínua. Apenas no primeiro semestre de 2023, o e-commerce brasileiro movimentou R$ 80,4 bilhões em vendas. E a expectativa é a de que o volume atinja R$ 185,7 bilhões até o final do ano, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Surfando nessa onda, empresas de soluções de e-commerce e conversões de vendas faturam cada vez mais. É o caso da Yampi, que já atraiu 15 mil clientes mineiros e espera crescer 35% até 2025.
Há 12 anos no mercado, a empresa atua com plataformas de lojas virtuais, checkout transparente, entre outros recursos para a criação e gerenciamento de negócios on-line. Só neste ano, espera movimentar R$ 5,6 bilhões em negócios transacionados pelos clientes.
E é no dropshipping, um modelo de vendas sem estoque, que a empresa tem atuado cada vez mais. De acordo com o CEO da Yampi, Lucas Colette, o modelo de dropshipping é uma solução vantajosa, sobretudo para quem está começando no comércio eletrônico. “É uma escola, uma oportunidade para que a pessoa aprenda como o e-commerce funciona, sem disponibilizar de tanto recurso”, avalia.
Colette explica que é uma solução muito usada por pequenos empresários que não possuem capital ou espaço para manter um estoque próprio. E acabam lançando mão de um modelo de negócio em que um sistema faz o papel de intermediário entre o consumidor e o fornecedor, em que a loja recebe o pedido, faz todo o atendimento e gerencia o pagamento. Em seguida, faz o pedido para o fornecedor que fica responsável pela preparação e entrega dos itens. “O dropshipping elimina a necessidade de espaço físico, permitindo que eles vendam diretamente aos consumidores sem armazenar mercadorias”, ressalta.
Empresário de Sabará aposta no dropshipping
E-commerce cresce 2% no primeiro semestre no Brasil
Além do baixo investimento inicial, que torna o formato acessível a mais pessoas, outra vantagem elencada pelo gestor é a flexibilidade geográfica. A natureza do negócio permite que os varejistas estejam em qualquer lugar do mundo, o que proporciona liberdade geográfica e a possibilidade do trabalho remoto.
Ainda como vantagem, Colette ressalta a diversidade de produtos. Ele lembra que o mercado chinês, o maior fornecedor de produtos desse tipo de negócio, lança novidades com frequência, movimentando as vendas.
A loja virtual tem sido uma alternativa para aqueles que buscam o próprio negócio. Colette conta que é muito comum os clientes da Yami possuírem um emprego primário ao longo do dia e cuidam da loja à noite. “O empreendedor faz as campanhas de venda, cuida do catálogo, mas na hora do processo mais pesado, que é a logística e a expedição, ele trabalha com fornecedores parceiros”, comenta.
Para muitos clientes da Yampi, o dropshipping era uma segunda fonte de renda e acabou invertendo e se tornando o negócio principal. Assim como há aqueles que começaram pelo dropshipping, ganharam experiência e acabaram operando no modelo tradicional. Criaram estratégias de fidelização de clientes que os permitiram fazer uma importação para garantir uma experiência melhor para o consumidor.
Isso porque como todo negócio, Colette lembra que há desafios, como o prazo de entrega, que é mais longo. “Como a maioria trabalha com produtos internacionais, sobretudo de origem chinesa, o prazo pode chegar a 15 dias ou até mais e se isso não estiver claro para o cliente pode gerar frustração e uma imagem negativa da empresa”, orienta.
O pós-venda também é lembrado como um ponto crucial para o sucesso do formato de negócio. O bom atendimento ao cliente, a garantia de qualidade do produto, podem ser boas ferramentas para superar a competição que é acirrada e fidelizar o cliente.
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