Segundo a pesquisa, as tecnologias mais utilizadas pelos Operadores Logísticos hoje são os sistemas como TMS e WMS, que são essenciais para a gestão de operações de transporte e armazenagem
A automação dos processos operacionais é uma tendência que já está em andamento (Foto: Shutterstock)
Em 2022, o setor de logística representou 13,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, uma fatia significativa da economia nacional. De acordo com o Instituto de Logística Supply Chain (ILOS), a área emprega mais de 12 milhões de brasileiros e movimenta cerca de R$ 1,5 trilhão a cada ano.
Neste cenário, a automação dos processos operacionais é uma tendência que já está em andamento e ganha força com o passar do tempo. Dados do estudo “Perfil dos Operadores Logísticos no Brasil – 2022”, realizado pela Associação Brasileira dos Operadores de Logística (ABOL), apontam que 88% dos operadores logísticos utilizam integração tecnológica como forma de otimizar etapas dos processos, e 78% pretendem aumentar o investimento em tecnologia.
Segundo a pesquisa, as tecnologias mais utilizadas pelos Operadores Logísticos hoje são os sistemas de gestão das operações, TMS e WMS, que são essenciais para a gestão de transporte e armazenagem. Essas tecnologias também estão no pipeline de investimentos para os próximos dois anos para a maioria dos operadores logísticos.
Por outro lado, tecnologias como Blockchain, drones, veículos autônomos e realidade aumentada ou virtual ainda são poucos utilizadas, pois exigem altos investimentos frente aos benefícios esperados. No entanto, já existem alguns operadores logísticos brasileiros investindo em tecnologias disruptivas, liderando no quesito inovação.
E-COMMERCE
Uma análise específica dos OLs que atuam no e-commerce mostra que esse setor têm sido um forte alavancador do desenvolvimento tecnológico, principalmente por conta da complexidade operacional e das altas exigências do segmento.
Conforme apontou o estudo, tecnologias como sensorização (tipo RFID) e data analytics usando ML e IA, por exemplo, já são uma realidade para quase metade dos OLs que atuam nesse segmento, pois elas auxiliam no processamento de uma grande quantidade de pedidos, aumentam a velocidade e assertividade do picking, auxiliam na gestão do crowdsourcing, entre outras funcionalidades.
Esse cenário de adoção e investimentos em tecnologias presente no setor de operadores logísticos já impacta na contratação de mão-de-obra, visto que 90% dos OLs estão aumentando o nível de exigência de conhecimento tecnológico para contratação.
“E, para vencer o gap de qualificação do mercado, muitos estão investimento em capacitação: 94% dos operadores investiram em capacitação no último ano, totalizando mais de R$400 milhões de investimento em treinamento pelo setor”, afirmou a ABOL, em nota.
Outra tendência é o investimento em startups e logtechs, responsáveis pelo desenvolvimento de soluções inovadoras com alta velocidade: 29% dos operadores investiram no ano passado nesses pequenos empreendedores como uma forma de acelerar sua inovação, de acordo com dados do estudo.