Fim de ano é época de fazer balanços, checar se todas as metas foram cumpridas e começar a planejar o ano futuro. Para medir o nível de expectativa sobre o ambiente de negócios do Brasil para o próximo ano, a Delloite lançou a pesquisa Agenda 2020: Expectativas do empresariado para o Brasil e os seus negócios. O levantamento traz respostas de representantes de empresas que, juntas, faturam o equivalente à metade da riqueza gerada no Brasil.
De acordo com a pesquisa, 70% dos entrevistados esperam que 2020 seja um ano positivo para os negócios. No entanto, a criação de um ambiente mais favorável para o crescimento depende da manutenção e da ampliação de investimentos estratégicos por parte das organizações, e de políticas públicas consistentes que estimulem a atividade empresarial, diz o estudo.
Inovação e qualificação
O investimento em tecnologia, inovação e qualificação de pessoas são as prioridades de 2020 para as empresas pesquisadas.
Independentemente do cenário econômico e de negócios, 58% das empresas afirmam que vão ampliar ou criar ações de Pesquisa & Desenvolvimento. Se o cenário econômico e de negócios melhorar, o número de empresas salta para 80%.
A adoção de novas tecnologias também está no plano da maioria destas companhias. Se não houver mudança no cenário econômico, 74% afirmam que irão trabalhar com novas tecnologias. Em caso de melhora do ambiente econômico, o número salta para 94%.
Apesar do otimismo, a abertura de novas unidades de produção ainda não está nos planos das empresas pesquisadas. Apenas 13% disseram que pretendem abrir novas unidades, independentemente da economia. Se a economia melhorar, esse índice sobe para 34%.
No entanto, a substituição ou aquisição de novos equipamentos está no radar de 72% das empresas em um cenário econômico positivo.
Geração e manutenção de empregos
Com o desemprego em alta, uma das grandes preocupações da população brasileira é se o ano de 2020 terá um aumento do nível de contratações. Segundo a pesquisa, 20% das empresas estão dispostas a contratar novos funcionários, independentemente do cenário econômico.
Se a economia for melhor do que em 2019, a parcela de empresas dispostas a aumentar o quadro de funcionários chega a 58%. Porém, se a economia piorar, 64% das empresas devem realizar demissões.
O desenvolvimento dos funcionários, por meio de treinamentos e capacitações, também será uma das prioridades do empresariado, de acordo com a pesquisa. Pelo menos 73% das empresas pretendem ampliar ou criar treinamentos para seus funcionários. Se a economia melhorar, 93% irão investir na qualificação do quadro.
Esta é a quarta edição da pesquisa publicada pela Delloite. Foram entrevistados representantes de 1.377 empresas, com uma soma de receitas de R$ 3,5 trilhões no ano.
A distribuição geográfica da pesquisa coloca o Estado de São Paulo em primeiro lugar, com 57% das empresas entrevistadas, seguido por Sudeste (sem São Paulo), com 16%, Sul (15%), Nordeste (9%) e Centro-Oeste/Norte (4%).
Fonte : portal no varejo