Você conhece a jornada “figital”? Não, essa palavra não está com erro de digitação. O termo é usado pela GfK, que diz ter desvendado o principal elemento para acelerar a conversão do e-commerce, capitalizando o melhor do físico e do digital.
De acordo com Felipe Mendes, managing director da GfK no Brasil, o grande ponto a ser trabalhado pela indústria do comércio eletrônico segue sendo a confiança.
Ele afirma que “o brasileiro que não compra hoje nesse ambiente de e-commerce é mais simples do que aquele que já consome, tanto econômica quanto educacionalmente”.
Ou seja, o brasileiro precisa de mais informação para ter certeza de que não fará um negócio ruim. Entre os itens levados em consideração, estão a qualidade do produto, especificação e taxas adicionais de frete.
“Em função disso, a compra ‘figital’, que mescla pontos de contatos físicos e digitais, traz maior satisfação para os compradores, pois permite terem mais informação durante o processo, trazendo a sensação de uma compra mais segura”, explica Mendes.
Ele diz acreditar “muito na humanização da relação entre sites e pessoas”. Primeiro, porque assistentes virtuais, bots bem desenhados e comandos de voz levam essa almejada simplificação aos consumidores.
Em segundo lugar, “uma rápida identificação do perfil do cliente (de onde ele vem, o que procura, velocidade em que compara os produtos), pode facilitar muito a navegação”.
O terceiro ponto é que ter lojas físicas ou associar-se à alguma, pelo menos para entrega de produtos, é um diferencial claro a ser explorado, segundo Mendes.
Futuro positivo para o e-commerce
O e-commerce no Brasil ainda apresenta muita oportunidade de crescimento. Entre as principais razões, segundo o diretor da Gfk, está o aumento da bancarização, especialmente entre classes mais baixas, que usam bancos que não cobram taxas para abertura de contas, cadastro positivo e as carteiras digitais.
Ele aponta, ainda, outro item importante, como “a gradual, porém segura, retomada do poder de compra e, estruturalmente, dos juros menores para a oferta de crédito (crediários, parcelamentos)”.
Mendes afirma que esses itens estão alinhados “à óbvia demanda reprimida entre a população”, que está esperando apenas que as condições básicas ocorram, para voltar a consumir.
Tag: Logística
Fonte: e-commerce Brasil