Metaverso ainda está muito distante da maioria dos brasileiros, avalia CEO do Mercado Livre

O metaverso deverá se manter como ‘terra desconhecida’ pela grande massa da população brasileira, o que vai acarretar, por enquanto, limitação no comércio varejista no mundo virtual, o “metacommerce.” Em linhas gerais, esta foi a avaliação do presidente do Mercado Livre, Stelleo Tolda, e do CEO e fundador da startup de e-commerce Olist, Tiago Dalvi, que participaram do painel “Tendências de E-commerce para 2022” na terça-feira (22), primeiro dia do “CEO Conference”, evento realizado pelo BTG Pactual.

Conforme publicou a Exame, Stelleo disse que o “metacommerce” ainda é algo fora da realidade da grande maioria dos brasileiros, em razão da estrutura que envolve o ingresso das pessoas para este ambiente hiper-realista, o metaverso. Mas o representante da varejista deixou claro que a empresa vai mensurar o nível de penetração do 5G e a queda de preço dos aparelhos relacionados ao metaverso, como óculos de realidade virtual

É legal falar de metaverso, mas existe um metaverso da Faria Lima e outro do ‘Brasilzão’. Porque há a necessidade de toda uma estrutura para que o metaverso se torne realidade. Hoje, os equipamentos básicos para o metaverso custam cerca de US$ 2 mil, quando isso será possível para a maioria dos brasileiros? Estamos acompanhando a evolução do metaverso e, quando ele se tornar uma tendência massificada, vamos entender se faz sentido para nós ou não, explicou o presidente do Mercado Livre.

Tiago Dalvi lembrou que o metaverso já chegou ao mercado de games e que deve avançar para outros segmentos. O CEO da Olist, que em dezembro se tornou um unicórnio ao ser avaliada acima de US$ 1 bilhão, disse ainda que o grande desafio é a digitalização de pequenos e médios negócios no país.

Os empreendedores que foram pegos de calça curta na pandemia e tiveram de se adaptar ao online deixaram o ceticismo de lado. Mas agora eles enfrentam um desafio de se conectar em um mundo mais dinâmico, explicou.

O representante da startup acrescentou que a grande oportunidade ainda está no varejo offline, que segundo ele vai impulsionar o comércio eletrônico nos próximos 5 ou 10 anos.

Em relação aos games, eles também foram lembrados pelo professor da Singularity University, Ricardo Cavallini, em um artigo no qual ele comentou sobre o número de pessoas jogando o The Sandbox (SAND), cerca de 500 mil, e o Decentraland (MANA), em torno de 300 mil, para argumentar que há mais pessoas falando do metaverso do que utilizando este espaço, que ‘na prática não existe’ segundo ele, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

Fonte : https://cointelegraph.com.br/news/metaverse-is-still-a-distant-world-for-most-brazilians-assesses-e-commerce-giant

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