Os marketplaces, que emergiram da pandemia quase como sinônimos de e-commerce, cresceram o dobro do comércio eletrônico como um todo no ano passado. A conclusão é de estudo da Mirakl, “unicórnio” francês cujos softwares são especializados na criação e gerenciamento de lojas virtuais com múltiplos vendedores.
Marketplaces são sites de comércio eletrônico que agregam milhares de vendedores independentes, como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon. Na pandemia, essas plataformas ganharam força, já que o imperativo digital fez com que parte importante do varejo físico tivesse que migrar às pressas para a internet. Em vez de criar seus e-commerces do zero, a maioria preferiu usufruir da infraestrutura de plataformas estabelecidas.
Segundo o Enterprise Marketplace Index da Mirakl, o volume de vendas dos marketplaces cresceu 81% no ano passado, contra avanço de 40% do comércio eletrônico como um todo. Os dados são globais.
A quantidade de vendedores conectados a essas plataformas aumentou 46% no período, enquanto o volume de vendas médio por cada lojista virtual cresceu 24%. Com o surgimento maciço de novas lojas virtuais, o leque de produtos à venda também deu um salto: 32% de um ano pro outro.
As plataformas, claro, foram as grandes favorecidas pela tendência. Abrigando um conjunto maior de lojistas, elas viram disparar 34% o tráfego para suas próprias lojas. Esses grandes varejistas obtiveram receita líquida de quase US$ 15 mil para cada vendedor plugado em seus ecossistemas.
O Enterprise Marketplace Index usa dados de mais de 60 marketplaces de todo o mundo, que reúnem mais de 50 mil vendedores. No Brasil, a Mirakl tem como clientes marketplaces como os de Carrefour e Leroy Merlin.
Fonte : blogs.oglobo.globo.com