A Shopee, plataforma de e-commerce nascida em Singapura, vai distribuir cerca de R$ 6 milhões em cupons de desconto para promover a sua primeira grande liquidação do ano, chamada 2.2, que acontece na semana que vem.
A marca, no Brasil há 3 anos e meio, tem investido forte nas promoções e no compartilhamento de memes e ofertas via redes sociais. Atualmente, a Shopee tem mais de 15 milhões de fãs nas redes sociais, sendo 9 milhões deles apenas no Instagram.
Para entender como a marca cria conteúdo para diferentes plataformas, o UOL Mídia e Marketing conversou com Felipe Piringer, responsável pelo marketing da companhia. Confira:
Quantos produtos e quantas marcas parceiras estão atualmente na plataforma?
Focamos no modelo 3P – ou seja, atuamos como um marketplace. Nossa busca é ter a maior variedade possível de produtos, para vender coisas que o consumidor não acha em outros lugares.
No Brasil, hoje temos mais de 30 categorias de produtos, com mais de 2 milhões de vendedores registrados, sendo 85% deles locais. Na Shopee Oficial, temos parceiros como Nivea, L’Oreal, Heineken, Nestlé, Fast Shop e Pão de Açúcar, por exemplo.
Essa parceria com multinacionais traz mais reputação para a marca?
Eu acho que é um composto. Estar lá permite que você apresente, comunique seus produtos para uma grande base de usuários (a marca não abre este número).
As marcas têm diversas ferramentas para se apropriar do nosso consumidor, como as lives. Em julho, completamos 3 anos com vendedores locais no Brasil. A gente ainda está construindo nossa marca.
Além de campanhas com famosos, como Xuxa, Larissa Manoela e Barões da Pisadinha, como a Shopee tem usado estratégias locais de conteúdo para ampliar seu alcance e engajamento com os consumidores? Qual o grande foco para 2023?
O que buscamos é sempre ter ações de marketing criadas no Brasil, para os brasileiros. Isso faz com que a gente se conecte com os consumidores de forma alegre, simples e social.
Estes são os grandes pilares das nossas campanhas. A gente sempre busca embaixadores e celebridades que se encaixam nesse perfil, mas estamos sempre atrás de novos parceiros e novos nomes que queiram construir uma comunicação legal com a gente.
Nessa conversa com os consumidores, ter um bom timing, para estar no meio dos assuntos, é importantíssimo. Vocês possuem uma equipe interna que toca isso? Como é o ritual de aprovação daquilo que precisa ir para o ar de forma urgente?
Eu acho que o marketing tem que se comunicar o produto. No nosso caso, é um aplicativo – mas que é bem alegre, com jogos e promoções. Para a marca se conectar com o público, nossa proposta é ser alegre. Mas, como empresa, temos que ser o mais transparente possível com o consumidor. Batemos 9 milhões de seguidores no Instagram com esse propósito, com essa transparência.
Como a marca atua como influenciadora, indo além de ‘vender’ produtos? Como inovar, como ir além, dessa presença?
Cada canal tem sua linguagem. Temos pessoas diferentes responsáveis para cada canal, até para entender como o usuário gosta de se comunicar com a gente. Além disso, cada vez fica mais curto o tempo de resposta.
“Temos que ser os primeiros a comunicar uma mudança, uma novidade.
Antigamente, isso demorava semanas. Passou para dias e, agora, fazemos algo em minutos, sempre de forma alegre, simples e social. Até por isso, o budget tem que ser flexível – não podemos engessar os processos.
E como vocês têm atuado dentro do marketing de influência? Cupons e descontos são chave para também atrair influenciadores?
Os cupons são as coisas que os clientes mais pedem. Sempre que fechamos alguma parceria, temos algo especial para dar em troca. As moedas, por exemplo (que podem virar descontos) são maneiras de ir além da experiência de compra.
É uma forma de engajar com o usuário, de apresentar outras funções do aplicativo. Isso vai bem além da experiência de compra, agrega para uma jornada mais alegre e que valoriza a retenção do consumidor dentro aplicativo. É muito importante o consumidor ver o valor de estar ali com a gente.
Fonte : https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/27/o-modelo-shopee-nossa-busca-e-vender-o-que-nao-se-acha-em-outros-lugares.htm