O Pinterest é uma rede social imagética. O usuário que navega por ela, busca, principalmente, pins que tragam inspiração. A explicação é da Mariana Sensini, Country Manager do Pinterest na América Latina.
A plataforma, na qual os usuários salvam pins em pastas específicas por interesse de navegação, possibilita que os lojistas façam catálogos online com seus produtos. Entre as informações disponíveis, estão: preço, disponibilidade em estoque e possibilidade de compra na loja.
As vantagens se consolidam ao pensar na quantidade de pessoas que usam a plataforma. Somente no Brasil, existem 38 milhões de usuários únicos mensais no Pinterest, segundo Comscore. Os brasileiros salvam, ao todo, mais de 9 milhões de ideias na plataforma por dia.
Uma plataforma focada em experiência do usuário
A presença das informações sobre os produtos é positiva tanto para os lojistas quanto para os usuários. Os lojistas se beneficiam da estratégia do Pinterest de oferecer pins de acordo com a busca. Dessa maneira, o possível consumidor recebe a sugestão de pin de modo não agressivo, como uma sugestão para sua pasta.
O usuário, por sua vez, é beneficiado pela sugestão como uma inspiração. Se for de seu interesse, pode salvar o pin sem pretenção de comprar. No entanto, caso decida que o produto é pertinente a sua busca, pode clicar nele e ser direcionado ao site de compra. A conversão, então, é feita no próprio e-commerce e não no Pinterest.
“Quando uma pessoa entra no Pinterest, a probabilidade dela estar buscando ideias para sua vida real é muito grande”, explica Sensini. As pessoas salvam receitas, ideias para reformas ou decoração, peças de roupa para compor um outfit e por ai vai.
O Pinterest não fica com nenhuma porcentagem da conversão
A executiva explica que, por focar na experiência do consumidor, o Pinterest funciona somente como um intermediador entre o produto e o usuário. Por isso, não fica com nenhuma porcentagem sobre a venda, que acontece diretamente no site do e-commerce, e não na plataforma.
Os links relacionados a produtos ou ideias não precisam direcionar somente às compras. Alguns pins são direcionados a páginas de conteúdos, como blogs, outras redes sociais e notícias. O redirecionamento, nesses casos, funciona como um “saiba mais”, com dicas e outras informações.
Mariana Sensini explica que “97% das buscas no Pinterest são unbranded, ou seja, não possuem nenhuma marca”. E mesmo assim o usuário se interessa pelos produtos por estarem associados aos interesses pessoais dele. “Isso significa que o usuário está aberto e que a experiência de uma marca para uma pessoa que está no Pinterest não é disruptiva, ela é muito nativa”.
Além disso, Sensini defende que as taxas de cliques são altas na plataforma, que se torna uma grande fonte de tráfego para o e-commerce.
Fonte: ecommercebrasil.com