Startout Brasil leva 18 startups brasileiras para imersão no ecossistema de Xangai

Em sua última edição do ano, o programa do Governo Federal ajudará a promover conexões com investidores, empresas e empreendedores chineses.

Em dezembro, o StartOut Brasil, programa de apoio à inserção de startups brasileiras nos mais promissores ecossistemas de inovação do mundo, promoverá seu quarto e último ciclo de 2019. Encerrando o ano com um grande desafio, o programa levará 18 startups para uma imersão em Xangai.

Essas empresas foram escolhidas dentre negócios de todo o Brasil que se inscreveram para esta edição. Para a triagem, realizada pelos organizadores do programa em conjunto com avaliadores pertencentes ao ecossistema de destino, foram considerados os aspectos gerais da empresa, seu plano de internacionalização, grau de inovação, aderência da startup ao mercado de destino, maturidade para inserção internacional e equipe.

De acordo com Gustavo Ene, Secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, o programa é importante, pois gera visibilidade para as startups realizarem a expansão de seus negócios, além de fornecer o respaldo do Governo Federal para que elas se conectem com parceiros estratégicos.

“Além das agendas de negócios preparadas para cada empresa participante e a oportunidade de apresentar suas soluções a potenciais clientes e investidores, a imersão em um ecossistema de inovação como o de Xangai gera um grande aprendizado para os ‘StartOuters’: eles encontrarão parâmetros de exigência e competitividade diferentes encontrados no Brasil, assim como levam do Brasil soluções e abordagens que, muitas vezes, se mostram grandes diferenciais para a solução de desafios de outros ecossistemas. Esta troca de experiências aumenta a competitividade da empresa tanto nacional, quanto internacionalmente, ao mesmo tempo que fomenta a inserção do empreendedorismo brasileiro aos mercados globais”, afirma o Secretário.

Startups selecionadas

Ao todo, foram selecionados 14 negócios na categoria “ampla concorrência”, que são startups que nunca participaram ou participaram de apenas um Ciclo do StartOut Brasil; e quatro startups na categoria “graduadas”, composta por empresas que já estiveram em dois ou mais ciclos de imersão oferecidos pelo programa.

Veja abaixo as startups escolhidas para participar na categoria “ampla concorrência”:

  1. CogniSigns – bio data, knowledge & health – Auxilia no diagnóstico clínico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) por meio de uma solução que combina hardware e software. Com isso, é possível criar sensores não invasivos que identificam respostas comportamentais e fisiológicas em crianças enquanto elas são expostas a estímulos sensoriais;

 

  1. Everlog – Facilita processos de gestão de transportes, desenvolvendo soluções acessíveis que otimizam a auditoria de fretes, descomplicam o monitoramento de entregas e ajudam nas cotações de fretes;

 

  1. GoEPIK – Plataforma hipercustomizável de produtividade e gerenciamento de processos baseada na metodologia Lean que permite executar, gerenciar e otimizar todos os procedimentos, em tempo real, com rapidez, autonomia e flexibilidade, em um só lugar;

 

  1. Simbiose Ventures – Estúdio de startups que trabalha na criação de empresas bilionárias que melhoram a vida de pessoas e empresas por meio de inteligência de dados;

 

  1. Due Laser – Startup desenvolvedora da Due Laser, máquina de corte e marcação a laser acessível, versátil e fácil de usar;

 

  1. TruckPad – Aplicativo que conecta o caminhoneiro à carga;

 

  1. HOLOBOX – Projetor de holograma do Facebook;

 

  1. Cheap2ship – Atua na intermediação de fretes internacionais;

 

  1. ALTAVE – Indústria aeroespacial que desenvolve veículos mais leves que o ar para prover conectividade e videomonitoramento para os setores de Telecomunicações, Agronegócio, Óleo e Gás, Mineração e Defesa & Segurança;

 

  1. Hype – Produz animações para o mercado publicitário e cria conteúdo para televisão e cinema;

 

  1. Genesis Training – Único sistema que integra administrativo, financeiro, metodologia de ensino e avaliação de aluno e atleta;

 

  1. MOB – Desenvolve projetos industriais e de produtos, utilizando as melhores práticas de manufatura e inovação;

 

  1. Mespper – Desenvolve, produz e comercializa software de realidade virtual e aumentada;

 

  1. MUSCA – Desenvolve e instala uma tecnologia disruptiva para monitoramento e intervenção remota em elevadores.

E as selecionadas como “graduadas”:

  1. Shelfpix – Plataforma de inteligência artificial para o monitoramento de gôndolas;

 

  1. Rocket.Chat – Plataforma de colaboração e comunicação corporativa;

 

  1. Fastdezine – Entrega projetos de design gráfico online e offline, mídia digital e desenvolvimento web;

 

  1. Molegolar – Possibilita a formação de plantas arquitetônicas que se adaptam às necessidades dos usuários.

Preparação

A partir de agora, os empreendedores receberão consultoria especializada em internacionalização; acesso à plataforma Passaporte para o Mundo da

Apex-Brasil; conexão com mentores que conhecem o ecossistema de destino; sessões online de treinamento de pitch; e workshop presencial em São Paulo (dias 18 e 19 de outubro).

Toda essa preparação é oferecida de forma gratuita pelo programa, que pede, em troca, que as startups tenham participação ativa nas atividades previstas, com dedicação de cerca de três horas por semana ao programa, e que definam o plano de negócios e a estratégia de entrada no mercado-alvo.

Missão Xangai

De 01 a 06 de dezembro, essas startups terão uma agenda intensa na China, que contará com treinamento de pitch internacional; conexão com clientes, parceiros e investidores; visitas a ambientes de inovação; acesso a workshops com prestadores de serviços; e reuniões com potenciais parceiros de negócios.

Os empreendedores também poderão conhecer Xangai, um dos 10 principais ecossistemas globais de inovação segundo o estudo Global Startup Ecosystem Report 2019. Hoje, a capital financeira e o berço das fintechs da China conta com mais de 2,5 mil startups e diversas aceleradoras e incubadoras apoiadas por fundos do governo.

Além disso, segundo dados da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), entre 2003 e 2018 a China investiu

US$ 54,1 bilhões em projetos no Brasil. Isso mostra que o ecossistema vibrante está aberto à influência internacional e aos empreendedores brasileiros.

Fonte : ipnews.com.br

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