Amazon: programa de drones de US$ 2 bilhões é questionado

Não faz muito tempo que os drones de entrega de pacotes, especificamente os da Amazon, parecia prestes a decolar assim que os órgãos reguladores certos fossem aprovados. Atualmente, no entanto, o conceito de entrega de pacotes via drone parece que pode ser um fracasso.

O programa de drones da Amazon está longe de decolar, apesar de quase uma década em desenvolvimento. A empresa fez um investimento de US$ 2 bilhões e tem uma equipe global de 1.000 pessoas trabalhando no projeto, de acordo com um relatório do Yahoo Finance sobre uma investigação da Bloomberg .

Para alguns dos especialistas no RetailWire BrainTrust comentando em uma discussão online na semana passada , as ambições fracassadas do programa de drones eram uma conclusão inevitável.

“Não sei quem está surpreso ou por que estão surpresos que não esteja ‘decolando’, escreveu Paula Rosenblum , cofundadora da RSR Research. “No Colorado, você pode comprar uma licença para derrubá-los. Eles são arriscados em um bom dia com qualquer coisa mais pesada que uma pena. Eles eliminam empregos sem uma boa razão. O que poderia dar errado?”

“A entrega por drone é ótima em conceito, mas um pesadelo na realidade”, escreveu Steve Montgomery , presidente da B2B Solutions. “Imagine o ar ao redor de sua cidade cheia de drones de diferentes empresas correndo para fazer entregas. Adicione pássaros, algumas pessoas voando drones para recreação e o que você tem é uma receita para problemas.”

A queda do drone, que pesa cerca de 85 libras, deu uma pausa nos reguladores federais. Ainda assim, a Amazon não abandonou a pesquisa e desenvolvimento de drones. O Sr. Soper vê os investimentos em andamento como parte do desejo da Amazon de reduzir o tempo de entrega de pacotes além do que foi possível até agora.

Apesar de alguns verem nuvens escuras sobre o programa de drones, muitos no BrainTrust acham que a Amazon é sensata em manter os olhos nos céus.

“Eventualmente, a Amazon e outros terão sucesso no desenvolvimento de um programa de entrega de drones e dispositivos que funcionem bem”, escreveu Bob Amster , diretor do Retail Technology Group. “Trata-se de P&D e aperfeiçoamento de uma tecnologia. Cientificamente, é possível, provável e acontecerá – em mais um ano ou dois.”

“Então, se uma bateria de carro pegar fogo ou um pneu estourar e causar um acidente, paramos de dirigir carros?” escreveu Shep Hyken , diretor de surpresas da Shepard Presentations. “Claro que não! Não consigo ver um drone com falha aterrando US $ 2 bilhões em pesquisa, desenvolvimento e testes.”

Embora alguns, como Andrew Blatherwick , presidente emérito da Relex Solutions, vejam o futuro dos drones como mais limitado.

“A tecnologia dos drones terá seu lugar na cadeia de suprimentos, mas nunca será um veículo para movimentação em massa de produtos”, escreveu Blatherwick. “A Amazon irá, se alguém puder, superar seus problemas atuais e voltar aos trilhos. No entanto, deve ser hora de analisar os prováveis ​​​​retornos dessa tecnologia.”

O programa de drones aéreos da Amazon surgiu em um momento em que a empresa estava começando a demonstrar ambições em logística em geral. Naquela época, vários outros fornecedores de logística e empresas de tecnologia começaram seus próprios pilotos de drones.

A UPS começou a testar um veículo em 2017 que funcionaria como uma base móvel de drones, permitindo que os drones decolassem do veículo, entregassem um pacote em uma porta e retornassem.

A Wing Aviation da Alphabet em 2019 começou a pilotar a entrega por drone de produtos da Walgreens WBA +1,7%, FedEx FDX +2,3%e algumas pequenas empresas em Christianburg, VA. Este mês, a empresa lançou um piloto semelhante em Dallas, TX, o primeiro em uma grande área metropolitana dos EUA

Em 2020, parecia que a pandemia poderia aumentar as perspectivas de sucesso dos drones de entrega sem contato. Naquele ano, a UPS lançou uma parceria com a CVS pilotando a entrega de medicamentos para a maior comunidade de aposentados da Flórida por meio de um drone voador. Uber UBER +0,2%também começou a testar a entrega de alimentos via drone voador.

Outros no BrainTrust da RetaiWire não têm tanta certeza de que a Amazon sairá no topo, mas veem promessa no progresso de outros inovadores.

“O programa de drones da Amazon pode falhar e queimar, mas o Walmart WMT +1,1%e outros mencionados no artigo parecem estar avançando a toda velocidade”, escreveu Carol Spieckerman , presidente da Spieckerman Retail. “Eu colocaria a entrega por drone na categoria de inevitabilidade, mas será preciso persistência, paciência e muito dinheiro para escalar”.

Para o membro da BrainTrust Joel Rubinson , presidente da Rubinson Partners, no entanto, havia questões maiores em torno dos drones que deveriam ser levadas em consideração.

“Um pouco assustador, já que os drones podem ser usados ​​para vigilância, e um pouco assustador porque os drones podem ser usados ​​para entrega de carga militar e terrorista”, escreveu Rubinson. “Agora não – o mundo está muito assustado”.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/amazon-programa-de-drones-de-us-2-bilhoes-e-questionado/

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Desafios Logísticos no País – E-Commerce Brasil e parceiros divulgam primeiro relatório do comitê de líderes e profissionais de logística

Velocidade de entrega, boas práticas de última milha e impacto dos ecossistemas de marketplace na logística, são os três temas macros abordados no relatório que apresenta ainda as tendências, desafios e boas práticas do setor.

O E-Commerce Brasil, em conjunto com empresas parceiras, divulga seu primeiro relatório sobre os desafios logísticos no Brasil. O documento foi elaborado após uma reunião com líderes e profissionais do meio em formato de comitê, no qual foram discutidas ideias, desafios e soluções para as entregas do mercado de e-commerce no País.

O objetivo do relatório é produzir insights e divulgar informações atualizadas para que lojistas e profissionais de e-commerce consigam acompanhar as transformações do meio e investirem nas melhores soluções para as suas lojas.

Um novo consumidor

Mesmo antes da pandemia, os consumidores já estavam mais exigentes e com expectativas altas com relação ao e-commerce. Com as entregas mais ágeis e com uma diversidade cada vez maior de produtos disponíveis, muitas pessoas passaram a fazer suas pesquisas e compras diretamente no ambiente digital.

A partir de março de 2020, com as restrições de circulação e o isolamento social impostos pela pandemia, os que já compravam intensificaram as compras e os que não compravam aprenderam um método novo de consumo. Não é surpresa então que a logística precise também estar atenta e se reinventar.

De acordo com Ariel Herszenhorn, Vice-Presidente da Loggi, entregar mais rápido é uma questão de prioridade, que envolve custos e tomadas de decisão. Ele entende que uma logística mais ágil depende do lojista entender as necessidades dos clientes de acordo com a sua localidade e produto comprado.

“Se quisermos ter de fato um e-commerce que seja universal e abrangente, a primeira decisão do lojista é: quando faz sentido ser mais veloz e quando devemos ser mais abrangentes e ter um público maior”, ele explica.

Outro ponto importante levantado pelos executivos é o custo do last mile. É um mercado custoso e que depende cada vez mais da inteligência artificial e uso de dados para entregar a melhor experiência. Pelas estimativas vistas durante o comitê, é um assunto que será discutido ainda por muitos anos e que deve gerar grande crescimento para as empresas do ramo.

Neste cenário, algumas alternativas ganham força, como o PUDO, ou Pick-up & Drop-off (ou Clique e Retire, em tradução livre), notificações sobre a entrega por SMS ou WhatsApp, o fulfillment para os lojistas de marketplace e simplificação dos processos de triagem e etiquetagem dos produtos.

Quer saber mais?

Dentre os demais assuntos assuntos abordados, destacam-se a velocidade de entrega, boas práticas para a última milha e os impactos dos ecossistemas de marketplace na logística. Quer saber mais? Baixe o relatório completo no RadarIC:

Comitê de Logística E-Commerce Brasil: os desafios e o cenário logístico dos e-commerces no Brasil.

O comitê de logística do E-Commerce Brasil é composto pelas empresas: Amazon, Americanas Marketplace, Frete Rápido, Intelipost, JBQ.Global, Kangu, Loggi, Magis5, Melhor Envio, SGPweb e Total Express.

Mais relatórios estão por vir

O relatório produzido por esta reunião faz parte do projeto de fomento ao comércio eletrônico que orienta os valores do E-Commerce Brasil desde a sua formação. Além dos eventos presenciais e digitais, a empresa busca hoje realizar reuniões com líderes de diversos setores para coletar de forma mais seleta as principais opiniões sobre o assunto.

 

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/relatorio-sobre-os-desafios-logisticos-no-brasil/

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Frete grátis e logística diferenciada são destaques no e-commerce

O principal motivo que faz um cliente selecionar um produto em um e-commerce e não finalizar a compra é o preço do frete. De acordo com pesquisa da Baymard Institute, 48% dos consumidores abandonam um carrinho de compras virtual devido ao alto custo de frete e taxas extras.

Este ano, o Dia do Frete Grátis no e-commerce será comemorado no dia 28 de abril.  Quer motivo maior para fazer parte desta data ao saber que um em cada dois potenciais compradores deixam de comprar na sua loja virtual por causa do valor da entrega? Um levantamento da Ebit Nielsen aponta que quanto maior o valor pago pelo frete, maiores são as chances de o cliente registrar uma reclamação sobre qualquer fator do produto.

Muitos consumidores planejam suas compras baseados em um limite de gastos. O Brasil tem um território imenso e, dependendo de onde o cliente estiver, o frete pode ficar maior que o preço do produto. Para o seu negócio, o Dia do Frete Grátis pode ser uma oportunidade para gerar mais vendas. Para os clientes, pode ser o motivo que faltava para finalizar uma compra.

Estratégias para o Dia do Frete Grátis

O frete grátis não precisa ser aplicado em todos os produtos da loja. Na realidade, é necessário ter programação e preservar a margem de lucro necessária. O intuito é estimular recompras e atrair novos clientes, além de aumentar a taxa de conversão de vendas do e-commerce.

Algumas dicas do que pode ser feito para sua marca não perder esta oportunidade:

  • Escolher alguns produtos para vender com frete sem custo: se possível, escolha os de menor peso e maior ticket médio; também é possível delimitar por categorias ou marcas
  • Frete grátis acima de um valor mínimo: faça as contas e confira o ticket médio ideal
  • Regiões específicas: selecione localidades para validar sua oferta e não ter altas taxas de frete por sua conta
  • Kits de produtos: uma forma de vender produtos com excesso de estoque, aumentar seu ticket e tornar o desconto do frete mais atrativo é criando combos de produtos para venda
  • Clientes específicos: selecione alguns clientes recorrentes ou com maior GMV histórico e ofereça frete gratuito nesta data
  • Tipo de entrega: alguns tipos de entrega são mais favoráveis ao seu negócio, é possível delimitar a promoção a estes tipos de frete e não deixar a data passar em branco

Otimização de checkout e logística

Além do custo do frete, a necessidade de criação de contas (24%) e a demora na entrega (22%) são o segundo e terceiro fatores que motivam o abandono da compra, fazendo um em cada cinco possíveis clientes desistirem da compra, de acordo com o estudo da Baymard Institute. Por isso, ter um checkout fácil e entrega eficiente podem ser os diferenciais do seu negócio não apenas no Dia do Frete Grátis, mas em todo o seu e-commerce. A plataforma Vnda tem soluções nativas que auxiliam em todos estes aspectos e deixam a jornada de compra dos clientes mais agradável.

Na plataforma Vnda, todas as lojas online têm a opção do checkout transparente. Ou seja, no processo final da compra, o cliente é mantido na página do seu e-commerce, com um processo simples e em uma única tela para finalizar a aquisição do produto, diminuindo a taxa de desistência, aumentando a taxa de conversão e melhorando a experiência dos usuários.

E para ganhar eficiência na entrega de pedidos, nas principais metrópoles do Brasil, a parceria da Vnda com olist pax promove economia de até 60% nos custos de envio. A plataforma Vnda também assume a coleta dos pacotes no centro de distribuição das marcas, para garantir a velocidade na entrega, sem custo de implementação ou manutenção do recurso.

A integração com as entregas do olist funciona assim: após a conta do e-commerce Vnda ser configurada, seus clientes passam a ter acesso às cotações de olist pax e todo pedido gerado com esta opção será sinalizado na plataforma; o dia da coleta é agendado e a equipe Vnda faz a coleta. Esta opção está disponível para alguns CEPs e critérios que olist pax determina. Além disso, é gerado um relatório de envio com entregas por região, performance por transportadora parceira, pedidos despachados, relatórios de uso da integração e custos de frete.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/frete-gratis-e-commerce/

Invasão Amarela: o futuro do Mercado Livre na América Latina

O e-commerce pode chegar a 500 bilhões de reais no Brasil em 2025. Só neste ano, o Mercado Livre vai investir 17 bilhões de reais no país para seguir liderando em todas as frentes.

Assim como os grafites coloridos e os emaranhados de cabos de energia, as vans amarelo-fluorescentes do Mercado Livre passaram a fazer parte da paisagem urbana de São Paulo — e de quase todas as cidades brasileiras. Até três anos atrás, a maior varejista online da América Latina fazia 95% de suas entregas pelos Correios. Era, portanto, um gigante escondido aos olhos da população. Hoje, faz 95% das entregas por conta própria, e passou a ter uma exposição inédita.

A tomada das cidades coincidiu com o auge da pandemia, em que, confinados a suas residências, os brasileiros compraram como nunca pela internet — e mais de 1.000 veículos de entrega do Mercado Livre viraram figuras onipresentes nas cidades brasileiras. “Passamos a ter um reconhecimento de marca tão grande quanto nossa relevância para o varejo do Brasil e da América Latina”, diz Marcos Galperin, fundador e presidente do Mercado Livre, em entrevista exclusiva à EXAME.

A conversa, marcada inicialmente para ser presencial na Melicidade, a imponente e arborizada sede da companhia, em Osasco, precisou ser feita por videoconferência por um imprevisto comum neste início de 2022. Com um teste positivo para covid-19, Galperin não pôde vir ao Brasil. Mas, por vídeo, falou em primeira mão sobre um volume de investimentos sem precedentes no varejo brasileiro: 17 bilhões de reais. “Nossa meta é manter e ampliar a liderança em e-commerce e entre as fintechs no Brasil”, diz. “A logística é a face mais visível, mas estamos fazendo muito mais.”

O Mercado Livre, que divulgou seus resultados anuais na terça-feira, 22 de fevereiro, virou um império de números superlativos. É a segunda maior empresa da América Latina, com valor de mercado de 52 bilhões de dólares, atrás apenas da mineradora Vale, avaliada em 77 bilhões de dólares. A companhia, criada em 1999 na Argentina, opera hoje em 18 países da América Latina e tem escritórios em oito — a meta é abrir escritórios onde não está presente, e seguir ampliando o número de países atendidos.

Todo trimestre, envia cerca de 250 milhões de pacotes às casas de seus clientes. No Brasil, a capacidade de entrega é de 1,5 milhão de pacotes por dia, e vai crescer para 2,5 milhões com a construção de quatro novos centros de distribuição (em São Paulo, Barueri e Araçariguama, todos no estado de São Paulo). Com isso, o número total de galpões, que era zero até 2017, vai chegar a 11 neste ano. Há ainda 3.000 agências, espalhadas pelo país, em que os clientes podem retirar as mercadorias. Isso sem contar a frota de aviões, que passará de cinco, atualmente, para 15 até 2024. 

No total, a empresa vai investir no Brasil 70% mais do que os 10 bilhões de reais investidos no ano passado e quatro vezes mais do que os 4 bilhões de reais investidos em 2020. O número de funcionários vai passar de 12.000 para 19.000 neste ano no Brasil, e de 30.000 para 50.000 em toda a América Latina. “A escala permitiu acelerarmos os investimentos. Nossas necessidades não eram as mesmas das oferecidas e vamos investir cada vez mais em soluções de pagamento e envios, as duas maiores fricções do e-commerce”, diz Galperin. “Queremos ter os melhores vendedores, que ofereçam a melhor experiência de compra.”

A empresa não pode parar de acelerar porque, segundo Galperin, o mercado brasileiro de e-commerce é o mais competitivo do mundo. A pandemia de covid-19 acelerou o ritmo de expansão e a competitividade. As vendas do varejo online passaram de 93 bilhões de reais ao ano em 2019 para 201 bilhões em 2021, segundo estimativa do banco Goldman Sachs. O crescimento deve seguir acima dos 20% ao ano.

De acordo com o banco BTG Pactual, as vendas podem chegar a 500 bilhões de reais ao ano em 2025. A penetração do e-commerce no total do varejo terá passado, nessa toada, de 7% em 2019 para mais de 20% — de acordo com o BTG, chegará a 21,8% em 2025. Ainda assim, o Brasil estaria atrás do patamar que já têm países como a China, onde 25% das vendas são online, segundo a plataforma Statista.

A tendência dos próximos anos é de uma concentração crescente nas mãos dos líderes Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas — segundo o Goldman Sachs, eles terão 77% do mercado em 2024. O restante será distribuído entre grandes competidores nacionais, como a Via, e os gigantes estrangeiros, sobretudo a americana Amazon e a novata Shopee, de Singapura. 

A possibilidade de a Amazon ou alguma asiática, como a Shopee, atropelarem a concorrência nacional é o tema de dez entre dez rodas de conversa de especialistas em varejo e tecnologia no Brasil. Mesmo em mercados maduros, como o americano, empresas mais jovens e mais ágeis mostram que há, sim, espaço para peitar os gigantes. Por lá, a canadense Shopify, que cresceu com serviços pensados para os pequenos varejos, vendeu, em 2021, 175 bilhões de dólares, 40% do total do gigante Amazon.

Por aqui, a Amazon atua desde 2012 e já tem 11 centros de distribuição. Ainda está longe do apetite que demonstra em mercados como o indiano, onde já investiu 6 bilhões de dólares e de onde pode vir até 20% de seu crescimento nos próximos anos. Mas a maior ameaça recente é a Shopee. A empresa tem um investimento crescente em anúncios e oferece aos clientes um nível de interação, com jogos e chats, que a fez chegar, em pouco mais de um ano, a 30% dos smartphones brasileiros, segundo estimativa do Itaú — percentual comparado apenas ao do Mercado Livre. Mas os volumes comprados ainda são muito menores — o Itaú calcula que a Shopee vendeu 15 bilhões de reais em 2021, ou 7% do total do mercado brasileiro.

“A companhia diz que as compras online devem evoluir para atender às necessidades sobretudo dos clientes mais jovens, que cresceram comunicando, colaborando e se entretendo em aparelhos móveis”, de acordo com relatório do BTG Pactual. O relatório mostra, ainda, que a estratégia de gamificação da Shopee seguirá um diferencial da empresa nos próximos anos. Mas não deve ser o suficiente para ameaçar os líderes atuais do mercado, que têm como maior diferencial, segundo a instituição, os investimentos em serviços para reduzir os prazos de entrega. Shopee, Alibaba, Tencent, Amazon e outros estrangeiros devem, portanto, seguir como coadjuvantes no mercado local — embora tenham muito a ensinar. 

 (Arte/Exame)

“Não podemos ser paranoicos. Jogamos nosso jogo pensando no longo prazo. Em 22 anos, é uma estratégia que tem funcionado muito bem”, diz Galperin. A estratégia do Mercado Livre é unir o melhor de cada grande varejista global: o nível de serviço do Shopify para os pequenos, a qualidade­ de entrega da Amazon, a proximidade com os grandes vendedores que tem o Magalu, por exemplo, e a inovação dos asiáticos. 

O Mercado Livre tem uma posição de liderança típica do pioneirismo no mundo online, e possui o desafio de mantê-la num contexto em que a presença física é cada vez mais relevante. Os maiores competidores locais da companhia, Magazine Luiza e Americanas, começaram suas operações no mundo dos tijolos, e não dos bits e bytes — a única exceção é o Submarino, que hoje está dentro da Americanas.

A presença física é agora o diferencial que vai ajudar esses concorrentes a crescer no modelo de marketplace e a desafiar o Mercado Livre. No Magalu, por exemplo, a loja física é o ponto de entrada dos pequenos varejos — mais da metade dos negócios que se plugam à plataforma chega dessa forma. É ela que faz a captura dos negócios que estão ao seu redor para levá-los ao mundo digital.

A companhia aposta no conceito chamado internamente de hiperlocalidade. A ideia de crescer pela venda de produtos de outros varejistas só virou realidade na empresa em 2017, mas no balanço do terceiro trimestre de 2021 (último disponível) essa operação já representou 35% de toda a venda digital e mais de 25% dos 13,8 bilhões de reais vendidos pela companhia entre julho e setembro. 

Para ganhar terreno, os varejistas tradicionais oferecem aos pequenos varejos a logística e também seus vendedores. A força de vendas das companhias, que antes era dedicada apenas às lojas físicas, agora atua também online e trabalha em ambos os atendimentos com tudo o que está no sistema, como se o marketplace fosse um estoque ampliado. Exemplo disso é que funcionários de lojas da Via, que só mais recentemente entrou na briga do marketplace, já venderam para clientes produtos de parceiros, como trator e saxofone.

Mesmo quase uma estreante, a dona da Casas Bahia e do Pontofrio já viu 20% de suas vendas totais no terceiro trimestre virem do comércio eletrônico do marketplace. Portanto, as mais de 1.400 lojas e 22 centros de distribuição do Magalu e os mais de 1.100 pontos de venda e 31 centros de distribuição da Via não devem ser encarados apenas como infraestrutura logística no mundo da omnicanalidade.

É por essa combinação de capilaridade e força de vendas desses grupos que nasceram no mundo físico que o Brasil tem uma particularidade — além de seu tamanho continental. Nenhum analista acredita que em um horizonte visível haverá prevalência absoluta de um ou outro modelo, uma ou outra companhia. “Não vejo nenhum concorrente com posição de 50% do mercado ou mais”, diz Luiz Guanais, analista do BTG Pactual. 

Entrega do Mercado Livre: aplicativo permite também que donos de motos e carros particulares façam entregas (Leandro Fonseca/Exame)

Apesar de ser o mercado mais concorrido do mundo, como diz Galperin, o Brasil é visto ainda como um mar de oportunidades. Por isso a disputa é tão acirrada. O Magalu, por exemplo, focado apenas em CNPJs, ou seja, em varejistas menores, e não em vendedores individuais, calcula que existam no país mais de 5,7 milhões de pequenos negócios e apenas 330.000 estariam digitalizados. Só que o esforço das empresas nacionais em alcançar esses milhões de oportunidades custa.

E, enquanto as concorrentes domésticas lutam com a queda na rentabilidade causada por essa expansão no modelo de shopping virtual, o Mercado Livre tem diversificação de receitas com suas diferentes frentes de negócios, com vendas, entregas, cobranças, empréstimos, anúncios. Magalu, Americanas e Via ainda apresentam prejuízo operacional ou lucros espremidos, enquanto o Mercado Livre reportou um ganho de 90 milhões de dólares na última linha de seu balanço no terceiro trimestre. A venda dos serviços é algo que ainda está engatinhando entre as domésticas e, na luta por espaço, muita coisa é oferecida de graça a quem se pluga na plataforma. 

AliExpress: live commerce e games estão entre as fortalezas dos asiáticos na competição global (Angel Garcia/Bloomberg/Getty Images)

Por isso, nessa briga, a quantidade de vendedores cadastrados em cada uma das plataformas faz muita diferença: é deles que vem — ou virá — receita não apenas pelas vendas mas pelo serviço prestado. Não por acaso a preocupação do Mercado Livre com os pequenos é até hoje prioridade na forma como a varejista, que nasceu em 1999 como um site de leilões, se posiciona. A companhia tem 12 milhões de vendedores cadastrados. O Magalu tem 120.000; e a Via, pouco mais de 100.000. Apesar de os CPFs corresponderem atualmente a apenas 5% do volume de vendas do Mercado Livre, todas as soluções de entregas e de pagamentos oferecidas aos grandes vendedores são também disponibilizadas aos pequenos.

Um microempresário consegue, por exemplo, ter acesso a entregas no mesmo dia, parcelamento em 18 vezes e linhas de financiamento dentro da fintech Mercado Pago. “A relevância na plataforma é pela qualidade do serviço. E todas as nossas soluções são pensadas primeiro para os pequenos”, diz Gabriela Szprinc, head de pagamentos do Mercado Pago. Desde o início da pandemia, a companhia ajudou a formalizar 135.000 empresas que atuam em sua plataforma e que precisam da documentação em dia para usar os serviços logísticos e de pagamentos.

Os pequenos têm acesso a cursos sobre temas como estoques e precificação e a conteúdos de influenciadores como a Nath Finanças. “Amplitude importa. Nascemos com os pequenos, e digitalizar vendedores e compradores é um passo importante para ampliar nossa base no futuro”, afirma. 

 (Arte/Exame)

Na América do Norte, modelo semelhante é adotado pelo Shopify, fundado há 15 anos no Canadá pelo alemão Tobi Lütke. Seu negócio permite que 2 milhões de empreendedores gerenciem lojas online e se mostrou essencial para a sobrevivência de muitos varejistas na pandemia. Sua ambição é crescer democratizando o comércio — uma visão que não poderia ser mais parecida com a adotada pelo Mercado Livre na América Latina há 22 anos. 

Neste momento, Lütke está diante de um dilema: como continuar crescendo e peitando a Amazon? A empresa de Jeff Bezos tem 75 aviões, 175 centros de distribuição de grande porte e mais de 1.100 endereços de entrega e retirada de mercadorias. Talvez olhar para o Mercado Livre mostre alguns caminhos a Lütke. A empresa de Galperin, que nasceu focada nos pequenos, virou um gigante logístico. Em 2017, abriu seu primeiro centro de distribuição no Brasil. Hoje são 11 centros desse tipo no país, 17 centros de cross ­docking (que recebem a mercadoria do vendedor e a enviam ao comprador), 91 centros de serviço que permitem que distribuidores terceirizados retirem e entreguem produtos, e 3.000 agências de entrega e retirada de mercadorias. Além da enorme frota própria das vans amarelas, a empresa permite que entregadores particulares se cadastrem num aplicativo e trabalhem algumas horas por dia entregando mercadorias em suas regiões, o Mercado Envios Extra. A amplitude permite entregar 90% de seus produtos em até dois dias úteis e fazer 80% das entregas com frete grátis. 

Centro de distribuição do Magazine Luiza: presença física será decisiva para o sucesso nos maiores mercados (Leandro Fonseca/Exame)

A qualidade do serviço é essencial para que o Mercado Livre ganhe terreno não só com os pequenos mas, sobretudo, com os grandes vendedores. A companhia tem hoje parceria com 1.750 marcas, de Pão de Açúcar a ­Apple, para oferecer seus produtos em lojas oficiais dentro da plataforma. No ano passado foram 360 novas marcas, numa investida que vai continuar. Como estratégia para chegar a mais clientes grandes, o Mercado Livre tem destacado seus investimentos para evitar fraudes, uma preocupação constante dos marketplaces online. Fica difícil atrair uma grande marca se vendedores oferecem produtos falsificados na prateleira vizinha. Segundo Galperin, a empresa tem 100 engenheiros dedicados a coibir fraudes e já excluiu 40.000 vendedores da plataforma. O Mercado Livre investe para garantir segurança sem abrir mão da cauda longa de vendedores que está em seu DNA. É uma preocupação que ressoa na concorrência. Segundo o Instituto para Desenvolvimento do Varejo, a evasão tributária no Brasil atingiu entre 460 bilhões e 600 bilhões de reais em 2020. 

Grandes marcas são essenciais para ampliar a penetração online de categorias que ainda dependem essencialmente do varejo físico. Enquanto 20% das vendas de smartphones são online, o e-commerce representa apenas 9% das vendas de moda, 1,5% das vendas de comidas e bebidas e 1% das vendas de produtos para pets, segundo dados do BTG. Moda é uma das prioridades, com parceria com mais de 100 marcas, das quais algumas, como Nike e Adidas, vendem só no Mercado Livre.

Outra prioridade, antecipada pela pandemia, é em alimentos e bebidas, com parcerias com redes de supermercados como Pão de Açúcar e Mambo. A estreia foi em maio de 2020 e as ambições são enormes para um negócio que representa 5% do PIB brasileiro. “É uma frente que traz novos compradores, amplia a concorrência e alimenta as vendas em outras verticais”, diz Julia Rueff, diretora de marketplace do Mercado Livre. Essas frentes ainda subexploradas trazem algo pelo qual todos brigam: recorrência.

Numa companhia do tamanho do Mercado Livre, um debate crescente é sobre quais oportunidades abraçar e de quais abrir mão — ou buscar um parceiro. A companhia não faz grandes aquisições, numa estratégia diferente do Magazine Luiza, por exemplo. “Fazemos as coisas da nossa maneira. Compras distraem. E integrar culturas diferentes é muito difícil”, diz Galperin. Soluções consideradas essenciais para o sucesso do negócio são desenvolvidas internamente. A mais emblemática é a fintech Mercado Pago, que nasceu para oferecer um serviço digital aos vendedores e compradores e cresce 45% ao ano há 12 anos, com 25 milhões de clientes ativos em dezembro.

Aos poucos a empresa foi ampliando a atuação para fora do Mercado Livre e do universo online, e hoje dois terços das transações são feitos fora do Mercado Livre. A companhia é, por exemplo, líder em distribuição de maquininhas de pagamento na América Latina, com 3 milhões de novos terminais no ano passado. O Mercado Pago processa mais de 20 bilhões de dólares em pagamentos por trimestre e tem uma carteira de crédito de mais de 1 bilhão de dólares. Em abril do ano passado, criou o cartão de crédito, e já tem 15 milhões de clientes no serviço. Em dezembro, passou a permitir o investimento em criptomoedas, e já tem 1 milhão de usuários. 

“Vamos seguir ampliando a oferta para os clientes atuais e buscaremos novos. Metade da população da América Latina ainda faz as transações no varejo com dinheiro. E metade é sub-bancarizada”, diz Osvaldo Giménez, presidente do Mercado Pago. Atualmente, a fintech é responsável por 40% da receita do Mercado Livre e, segundo estimativas, por 50% de sua geração de caixa.

Giménez afirma que há mais oportunidades na sinergia, mantendo os negócios unidos, do que em uma eventual cisão, como há anos se comenta entre investidores. Em 2022, o braço financeiro tende a ser ainda mais essencial para os resultados do grupo num ambiente de inflação e juros em alta. “Temos muita experiência com inflação. Seguiremos investindo em descontos, mas com equilíbrio. A migração para o varejo online seguirá sendo uma oportunidade maior do que as condições macroeconômicas desafiadoras”, diz Giménez. 

Entre os desafios para a frente, o Mercado Livre começou em novembro a vender produtos em lives, seguindo um modelo de sucesso na Ásia. Segundo o Goldman Sachs, 16% das vendas online na China já são feitas durante transmissões ao vivo. No Brasil, o aplicativo do AliExpress já oferece a possibilidade, sucesso em seu país de origem. Players internacionais como o Shopee devem trazer lives para o mercado brasileiro em breve, e competidores locais também devem ampliar as iniciativas.

Uma frente que não está no radar do Mercado Livre, por sua vez, é a produção própria de conteúdo de streaming, um caminho adotado pela Amazon, por exemplo. A varejista fechou em setembro parcerias com produtores como Disney e HBO para ampliar a oferta de serviço aos assinantes. “Estou sempre estudando novidades e entendendo como impactarão nosso mercado. Saber o que não fazer é quase tão importante quanto decidir onde investir”, afirma Galperin.

Ao completar 50 anos, o fundador da empresa afirma que em algum momento chegará a hora de sair da linha de frente dos negócios e deixar que uma nova geração assuma. Em março, um dos cofundadores, Stelleo Tolda, deixará o dia a dia da empresa. Outros chegam. Na foto que ilustra a abertura desta reportagem, apenas Osvaldo Giménez faz parte do time inicial da companhia. Fernando Yunes, líder da empresa no Brasil, veio do Sem Parar; Tulio Oliveira, responsável pelo Mercado Pago no Brasil, veio do Itaú; ­Pethra Ferraz, vice-presidente de marketing do Mercado Pago, da XP; Julia Rueff, da CNova; Gabriela Szprinc, do PayPal. São eles os responsáveis por conduzir a segunda maior empresa da América Latina.  


Entregador da Amazon: companhia tem 175 centros de distribuição nos EUA (Alexi Rosenfeld/Getty Images)

O DESAFIO DAS BIG TECHS

Alta dos juros e da concorrência ameaça crescimento de estrelas da bolsa  | Beatriz Quesada

Depois de dois anos de fortes ganhos em meio à pandemia de ­covid-19, a conta parece ter chegado aos gigantes de tecnologia, as big techs. Com o iminente aumento na taxa de juro nos Estados Unidos e a concorrência crescente, investidores estão reavaliando as perspectivas de ganhos com as empresas com grande potencial de crescimento. O principal símbolo do maior rigor de investidores é a Meta, novo nome do Facebook, que, em um só dia de fevereiro, perdeu 1,32 trilhão de reais em valor de mercado.

O tombo aconteceu em razão da divulgação do balanço do quarto trimestre, que revelou a primeira queda de usuários ativos na história da empresa famosa pela rede social. Mark Zuckerberg, CEO e fundador da Meta, admitiu — também de forma inédita — que a popularização do chinês TikTok preocupa. Para completar o cenário desafiador, enquanto os lucros do presente estão ameaçados, o futuro segue incerto: a Meta não ofereceu perspectivas de quando o metaverso, novo carro-chefe da empresa, será lucrativo. 

O caso ilustra o ceticismo do investidor com as ações de tecnologia. A alocação líquida de capital para o setor é a menor desde agosto de 2006, segundo sondagem do Bank of America na primeira quinzena de fevereiro, e o índice de tecnologia Nasdaq acumula perdas de quase 15% no acumulado do ano. Seria a hora de deixar as big techs de lado na carteira? A resposta é não, segundo analistas.

Grandes bancos estrangeiros, como Goldman Sachs e UBS, mantiveram suas recomendações de compra para os papéis da Meta, mesmo com os recentes contratempos, e as perspectivas são ainda mais positivas para outros gigantes do Vale do Silício. “As big techs tendem a ser menos afetadas por esse cenário de alta dos juros. Mas o mercado ficou desesperado e acabou penalizando todas as empresas que têm valuations relacionados a performance futura. É uma janela interessante para a compra dessas ações”, avalia Thiago Lobão, CEO da Catarina Capital, gestora especializada em ações de tecnologia.

 (Arte/Exame)

A situação, a propósito, não é a mesma para todas as empresas. Meta e Microsoft sofrem na bolsa neste ano, mas Amazon e Apple não chegam a registrar 10% de perdas. Para Bernardo Carneiro, analista de BDRs (os recibos de ações listadas no exterior mas negociadas na B3) do BTG Pactual, a diferença entre as quedas demonstra que as big techs não podem mais ser avaliadas dentro da mesma cesta.

“O mercado preferiu companhias que entregaram um bom guidance [projeções] e não sofreram com o risco de competição. Como exemplo, a Meta deu indicações para 2022 abaixo do consenso de mercado e admitiu a força do TikTok, enquanto a Amazon surpreendeu no crescimento de receita e lucro. Cada companhia está dentro de um momento muito diferente”, afirmou. 

O que une os grandes conglomerados de tecnologia e grandes varejistas digitais hoje é a capacidade de expandir horizontes e virar referência em outras áreas. A Amazon lidera soluções de consumo digital, que abrangem de dados a conteúdo. Quando o assunto é software, a Microsoft tem mostrado força com ferramentas corporativas, com destaque para o Azure, seu serviço de computação em nuvem.

A Apple é líder em dispositivos, enquanto a Alphabet (Google) é grande desenvolvedora de inteligência artificial com aplicações diversas. As varejistas digitais com atuação no Brasil estão diante do mesmo escrutínio: apenas planos não garantem bom desempenho presente. Diversificação e consistência na entrega serão mais importantes do que nunca. 

Fonte : https://exame.com/revista-exame/invasao-amarela/

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Prazo de entrega impacta experiência do consumidor

A pesquisa feita pela Capterra apontou que 73% dos consumidores brasileiros esperam que e-commerce realize entregas ultrarrápidas, garantindo, assim, a compra pela internet. Segundo a mesma pesquisa, um quarto dos que responderam também afirmaram que trocariam de site em função do prazo de entrega ser mais curto.

De acordo com a E-commerce Brasil, as compras realizadas pela internet tiveram uma expansão de 15%, referente à comparação entre dezembro de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. A mesma pesquisa considerou os dados por região Norte (32,70%); Centro-Oeste (26,55%); Nordeste (23,69%); Sul (15,24%); e Sudeste (11,99%).

Para ele, essa tendência é justificada porque, ao contrário de outros modais, o ônibus não precisam estar com o bagageiro lotado para sair. “Como os ônibus têm horário de chegada e partida, isso proporciona uma garantia do horário de chegada, permitindo que o cliente possa programar a retirada da encomenda”, explica Gobbato.

Experiência do cliente

A experiência do cliente tem sido um fator determinante para os e-commerces. De acordo com a E-commerce Brasil, cerca de 27% das empresas passaram a se preocupar com a rapidez da entrega e a experiência do usuário, desde o início da compra até o recebimento do produto. Ainda segundo a pesquisa, a maioria das empresas modificaram suas ferramentas e meios de entrega, visando uma melhor experiência.

Gobbato conta que essa mudança no mercado foi impactada por alguns pontos da jornada do cliente, levando em consideração o tempo excessivo de espera para retirada e entrega de mercadorias, falta de rastreabilidade das cargas e formas de pagamento.

Segundo o Gartner, mudanças importantes nos modelos de negócios dispararam a automação nos centros de distribuição e atendimento no último ano, o que irá intensificar ainda mais em 2022 no que diz respeito a compras on-line. Haja visto que o faturamento do e-commerce teve um resultado expressivo no ano de 2021 com alta de 48,41%.

Fonte : https://www.terra.com.br/noticias/prazo-de-entrega-impacta-experiencia-do-consumidor,fbe45eaa16765b6aa7a40bf5cc995359gr6pxqa4.html

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Faturamento cresceu 28% em 2021, aponta estudo sobre comportamento do consumidor

Olhar e avaliar o comportamento do consumidor no ano passado traz grandes insights para o varejo aproveitar em suas estratégias em 2022. A começar pelo aumento do número de cadastros em março e novembro, o que não é coincidência, já que os meses são marcados, respectivamente, pela primeira data comercial do ano, o Dia do Consumidor, e o mais famoso de todos os eventos do varejo, a Black Friday.

O mesmo vale para visitas e vendas, que também se destacam nos períodos, com um acréscimo de agosto, momento em que o Dia dos Pais se sobrepõe e avisa ao mercado que é uma sazonalidade digna de nota para este ano.

Sobre relacionamento

O que 2021 trouxe de bom para alguns canais, não se aplica para outros. Enquanto WhatsApp vem crescendo há alguns anos como meio mais buscado para atendimento, e-mails e chats despencam cada vez mais na preferência dos consumidores, indicando que praticidade é o forte não só durante as vendas, mas também no pós-compra — afinal, o celular está sempre a mão, assim como o serviço de atendimento ao cliente também deve estar. Ainda assim, os chats tiveram um leve crescimento no segundo semestre do ano, ao contrário do e-mail, que teve sua queda crescente mês a mês.

Na entrega

Sabe mais do que os clientes gostam? Frete grátis. O varejo segue de olho nas preferências dos consumidores, já que desde 2019 é possível visualizar uma queda no valor do frete e um aumento nas promoções de entrega grátis.

E falando em entrega, é bom quando um pedido chega na porta de casa, né? Pois a seção especial de delivery do relatório apontou que as datas que registraram mais pedidos desse serviço foram Dia dos Namorados, Dia do Chocolate e Black Friday, além do que, a famosa pizza, que todo mundo ama, ganhou como a mais pedida no ano, mas quando olhamos o faturamento, comida japonesa ocupou o primeiro lugar no pódio.

Vamos falar de números?

Mesmo com as adversidades em um período de pandemia, o comércio se reinventou e mostrou que as vendas não pararam. O faturamento ficou em cerca de R$161 bilhões, contando com 353 milhões de pedidos. Além disso, a categoria de Celulares foi a campeã em receita, seguida de Eletrodomésticos e Eletrônicos.

Quanto ao pagamento, o cartão de crédito continua sendo o preferido do público. Mas, para 24,4%, o boleto foi a opção mais garantida, e a modalidade teve um crescimento de 17% no ticket médio em relação ao ano passado, o que pode apontar que o desconto em pedidos à vista tem deixado os consumidores com mais confiança para fechar pedidos de maior valor pelo meio.

O que podemos concluir, no fim, é que os cadastros tem funcionado bastante para conquistar clientes e o crescimento dessa tendência já no início do ano mostra a grande oportunidade de trabalhar sua base com antecedência e aproveitar seu engajamento nas sazonalidades que estão por vir.

E pra aprender um pouco mais e acompanhar todo o estudo sobre o comportamento do consumidor, é só acessar o almanaque do varejo de All iN | Social Miner e garantir seus insights. Boas estratégias!

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/faturamento-cresceu-2021/

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Entrega no e-commerce: dicas para quem vai vender na internet em 2022

Mesmo com a abertura total do comércio físico no Brasil, o e-commerce mostra que o aumento expressivo apresentado nos últimos anos é muito mais do que uma tendência… Esta é uma realidade que veio para ficar.

Dados do setor apontam crescimento de 21,92% no faturamento e 19,03% nas vendas do comércio eletrônico em outubro de 2021 no Brasil, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em outro levantamento, o Relatório Setores do E-commerce apurou que os sites brasileiros de vendas online receberam 1,69 bilhões de acessos em outubro de 2021, um aumento de 1,58% em relação ao mês de setembro.

Diante do mercado aquecido, planejar a entrega no e-commerce é ainda mais importante. Uma logística bem feita pode ser o diferencial que separa a sua loja virtual das demais. Mas o que precisa ser levado em consideração ao traçar estratégias de frete para e-commerce em 2022? Confira as dicas a seguir!

Quais os tipos de entrega no e-commerce?

processo de entrega no e-commerce começa bem antes da postagem da encomenda na transportadora. Por exemplo: a oferta de mais de um tipo de frete ao cliente é muito importante para que ele decida se prefere uma entrega econômica ou expressa.

Entrega econômica

É aquela que prioriza o preço do frete. É mais barata, porém o prazo de entrega costuma ser maior.

Entrega expressa

É aquela que prioriza o prazo de entrega, mesmo que o custo do envio seja maior. Muitos clientes precisam do produto o quanto antes, por isso acabam optando pela opção expressa.

A maioria das transportadoras para e-commerce dispõem dessas duas modalidades de frete. Também há a opção de contar com uma plataforma de cotação e contratação de fretes, que oferece fretes econômicos e expressos em diversas empresas de transporte.

Uma plataforma de cotação e contratação de fretes pode ser a melhor solução para quem vende na internet porque, além da economia e das opções de frete, essas tecnologias podem ser integradas a dezenas de sites de e-commerce e marketplaces, simplificando ainda mais a escolha do frete.

Como enviar produtos da loja virtual?

Após a escolha da modalidade de frete para entrega no e-commerce, cabe ao lojista embalar a encomenda e fazer a postagem na transportadora escolhida. Algumas dicas podem ajudar.

Tipo de embalagem

Sempre coloque o produto em uma embalagem quadrada ou retangular, pois esses são os formatos padrões aceitos pelas transportadoras. Pacotes em outros formatos podem ser recusados ou aceitos apenas mediante pagamento de uma taxa extra, o que encarece bastante o envio.

Tamanho do pacote

As transportadoras ditam tamanhos mínimos e máximos permitidos para entrega no e-commerce. Verifique essas informações antes de embalar o pedido. Se o produto for muito grande, uma dica é dividir ele em mais de uma caixa e enviar todas no mesmo frete.

Cuidado ao embalar

Escolha embalagens que comportem o produto sem deixar muito espaço sobrando. No caso de produtos mais delicados, preencha o espaço vazio com algum material (como papel ou isopor) que impeça que ele fique balançando durante o transporte.

Atenção à nota fiscal

Nenhuma transportadora brasileira aceita receber pacotes que não estejam com a nota fiscal ou a declaração de conteúdo anexas em lugar visível do lado de fora da embalagem. Não se esqueça disso e proteja esses documentos com um plástico ou fita adesiva.

Rastreamento de pedido

Ao postar o pacote, o lojista receberá um código de rastreio. Compartilhá-lo com o cliente é fundamental, assim como manter o consumidor informado sobre todas as etapas da entrega no e-commerce, desde a postagem até a chegada ao destino.

Detalhes que fazem a diferença

Quando falamos de entrega no e-commerce, há um conceito chamado unboxing experience, ou seja, a experiência de desembalar. São coisas que o lojista pode fazer para tornar o momento de abertura do pacote mais satisfatório para o cliente. Bilhetinhos escritos à mão, embalagem caprichada, brindes, cupom de desconto… Tudo isso pode incentivar o consumidor a comprar novamente.

Como economizar no frete ao vender pela internet?

Cerca de 55% dos abandonos de carrinho no e-commerce brasileiro acontecem por causa do valor da entrega. Esse dado nos ajuda a entender porque é fundamental dar atenção às estratégias de frete para que seu negócio venda mais e retenha mais clientes.

O maior segredo para entender como economizar no frete é ter em mente que é necessário ter mais de uma opção de transportadora. A transportadora A pode oferecer melhores condições de entrega no e-commerce para determinada região, porém a empresa de transporte B pode ser mais vantajosa em outras localidades. Cabe ao lojista consultar opções antes de decidir.

Além disso, conforme mencionado anteriormente, oferecer opções de frete econômico e expresso também ajuda a reduzir o abandono de carrinho. Dessa maneira, o cliente sentirá que é valorizado e poderá escolher aquele que melhor atender suas necessidades.

Embalar corretamente os pedidos seguindo as dicas dadas acima também tem impacto na entrega no e-commerce, pois ajuda a evitar taxas extras.

De acordo com dados divulgados por uma plataforma de fretes, as categorias de moda, joias e relógios e itens de beleza foram as que representaram a maior parcela das vendas durante a Black Friday 2021. Juntas, elas somaram mais de 40% das etiquetas de frete geradas pela plataforma na data.

Isso nos dá uma noção de que boa parte dos produtos vendidos no e-commerce brasileiro são pequenos e leves. Embalá-los corretamente e em pacotes que comportem o objeto sem deixar muito espaço ajuda o lojista a oferecer fretes mais baratos.

Por fim, contar com a ajuda de uma plataforma de cotação e contratação de fretes para e-commerce é um decisão acertada. Afical, esse tipo de tecnologia permite que o lojista se atente a questões como escolher dentre várias transportadoras e oferecer múltiplas modalidades de entrega.

Cuide do cliente após a entrega no e-commerce

A relação entre lojista e consumidor não termina quando a entrega no e-commerce é realizada. Aliás, é nesse momento que o empreendedor deve se aproximar ainda mais do cliente, tanto para entender como foi sua experiência de compra quanto para incentivá-lo a comprar novamente.

Sabemos que os consumidores online dão muita importância à opinião de outros clientes. produtos sem avaliação tendem a despertar desconfiança nos clientes e afugentar vendas. Por isso, é essencial incentivar o cliente a avaliar o produto depois que ele o recebe.

Também é importante pedir para que o consumidor diga como foi sua experiência de compra. Essas informações são úteis para identificar pontos de melhoria no processo.

Por fim, dar cupom de desconto com prazo de validade é uma maneira eficiente de incentivar o cliente a realizar uma nova compra. A questão da validade é necessária para despertar o senso de urgência do consumidor.

Lembre-se que o e-mail é um excelente canal de comunicação com o cliente e pode ser usado para o envio de ofertas e a manutenção da relação com o cliente. Mas não exagere! Lojas virtuais que bombardeiam o usuário com e-mails tendem a ser ignoradas.

Portanto, ao estruturar sua entrega no e-commerce, planeje o momento pré-entrega, o envio em si e também o pós-vendas. Quando essas três etapas estão alinhadas, as chances de atração e fidelização de clientes são maiores.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/entrega-no-e-commerce-dicas-para-quem-vai-vender-na-internet-em-2022/

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Como a tecnologia pode ajudar os e-commerces a melhorar a experiência do usuário

Uma coisa não dá para negar: a pandemia mudou o comportamento de compra do consumidor. De acordo com uma pesquisa feita pela Flashworks, 69% dos brasileiros passaram a fazer compras pela internet durante o isolamento social e pretendem manter o hábito após a crise.

No entanto, para atender o novo perfil do cliente, é necessário investir em tecnologia no e-commerce e experiência do usuário. Essa é uma boa fórmula para melhorar a reputação da marca e atravessar a crise.

Essa adaptação é necessária porque o consumidor está mais consciente e atento ao tratamento que recebe por parte das empresas. Além disso, o processo de compra online tem suas particularidades. Por se tratar de um ambiente bem mais ágil, os consumidores esperam experiências mais fluidas.

Aliás, existem diversas ferramentas que ajudam a otimizar a jornada do cliente, tornando-a mais agradável. Além de melhorar as vendas, a tática é interessante para aumentar a satisfação do cliente e deixar o e-commerce melhor ranqueado nos resultados dos motores de busca. Vou explicar melhor quais são essas tecnologias no decorrer do conteúdo.

O que é UX?

UX é a sigla para User Experience — em português, experiência do usuário. O conceito diz respeito a um conjunto de boas práticas para facilitar a vida do consumidor em um site, blog, loja virtual, entre outros ambientes online.

Fatores como tempo de carregamento da página, design, adaptação para dispositivos móveis e ferramentas de avaliação, por exemplo, contribuem para tornar a navegação no e-commerce mais agradável.

UX e jornada do consumidor: qual é a relação no e-commerce?

A jornada do consumidor é o trajeto que o cliente percorre desde o descobrimento de uma necessidade até tomar uma decisão de compra. Todas as experiências proporcionadas pelo e-commerce no decorrer dessa jornada são consideradas pelo cliente na hora de eleger a loja preferida.

Sendo assim, é fundamental trabalhar a UX no e-commerce para que a jornada do consumidor seja agradável e fluida. Quanto mais fácil for navegar pelo site, maiores são as chances de o cliente fechar a compra na loja virtual.

Quais são as principais tecnologias no e-commerce que melhoram a experiência do usuário?
As tecnologias são responsáveis por facilitar a vida do consumidor e agilizar as operações do comércio eletrônico. A seguir, vamos listar alguns fatores fundamentais de UX para e-commerce.

Design responsivo

De acordo com uma pesquisa feita pela Comscore, 91% do tempo de conectividade dos brasileiros é feito por meio de dispositivos móveis. Sendo assim, é importante investir em um layout responsivo, isto é, que se adapte automaticamente a diversos formatos de tela.

Estabilidade e tempo de carregamento

Cerca de 40% dos consumidores abandonam um site que demora mais de três segundos para carregar. E à medida que a espera aumenta, a tendência é que a taxa de rejeição cresça ainda mais. Reduzir o tempo de carregamento, portanto, é uma estratégia necessária para melhorar a experiência do usuário.

Outro fator importante é a estabilidade. Em época de muitas vendas — como Natal, Dia do Consumidor e Black Friday — é essencial aumentar a capacidade do e-commerce para suportar o alto volume de acesso. Assim, os consumidores não se frustram.

SEO

O Search Engine Optimization (SEO) — em português, otimização para os motores de busca — é um conjunto de técnicas responsáveis por colocar o e-commerce entre os primeiros resultados dos buscadores da internet. A experiência do usuário é um dos fatores de ranqueamento.

Portanto, ao fazer otimizações SEO no e-commerce, é possível ocupar as primeiras posições orgânicas do Google para que o consumidor encontre a sua página com mais facilidade.

Funcionalidades da loja virtual atualizadas

Se o consumidor entra no e-commerce e se depara com falhas de funcionamento, a tendência é que ele deixe a página e procure pelo mesmo produto em uma loja concorrente. É por isso que é fundamental deixar tudo em perfeito funcionamento, como ferramenta de cálculo de frente, sistemas de pagamento, canais de atendimento, entre outros.

Checkout simplificado e seguro

O checkout é a fase em que o consumidor concretiza a compra com a inserção de seus dados pessoais, endereço e pagamento. Quanto mais simples for esse processo, menores são as chances de o consumidor abandonar o carrinho. Vale lembrar que o cliente também fica de olho nos certificados de segurança para garantir que seus dados não sejam vazados.

Tecnologias na logística

Cerca de 53% dos consumidores desistem de uma compra por causa do frete caro, e 16% abandonam o carrinho devido ao prazo de entrega longo. Para resolver essa questão, é importante investir em tecnologias de logística para fazer otimização de rotas e garantir preços e prazos que o consumidor esteja disposto a aceitar.

Integração de canais

Oferecer atendimento omnichannel é uma forma de deixar a experiência do usuário mais fluida e consistente. Por meio da estratégia, a empresa consegue unificar os pontos de contato para o consumidor interagir com a empresa e mudar de canal quando quiser, sem entraves e desencontro de informações.

Chat online e chatbot

Aquela janela de bate-papo que fica no canto da tela oferece segurança ao consumidor. Isso porque o cliente acredita que será atendido rapidamente se tiver alguma dúvida durante o processo de compra. Nesse contexto, existem ferramentas que permitem a interação com atendentes humanos em tempo real e o atendimento automatizado por meio de chatbots.

Ferramentas de avaliação

Customer Review leva informações verdadeiras e confiáveis para o consumidor. Como o cliente está cada vez mais consciente e criterioso, ele faz inúmeras pesquisas na internet e lê opiniões de outros usuários. Tudo isso para não errar na escolha.

Logo, as ferramentas de avaliação para e-commerce são boas soluções porque dão voz aos clientes e permitem que os consumidores entendam como foi a experiência de outros usuários. Isso contribui para a taxa de conversão, já que 92% dos consumidores acreditam mais na opinião de outros consumidores que em propagandas.

Investir em tecnologia no e-commerce para melhorar a experiência do cliente é fundamental para ter um negócio de sucesso. Quanto mais fluida for a jornada do consumidor, maiores são as chances de ele fechar uma compra. Mais: disponibilizar reviews verdadeiros e confiáveis também contribui para a fidelização.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-a-tecnologia-pode-ajudar-os-e-commerces-na-experiencia-do-usuario/

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Amazon experimenta senha única para aumentar segurança em entregas

A Amazon começou a liberar um novo método de segurança para aumentar a proteção das suas entregas. Ele consiste na chamada “senha única”, utilizada no caso de compra de produtos com um valor considerável.

A intenção da iniciativa está em entregar um nível adicional de segurança, na aquisição de itens de um determinado preço, a fim que eles não sejam entregues a pessoas não autorizadas. Isso evitaria o roubo de produtos.

A senha única é composta por seis dígitos e enviada para o e-mail cadastrado na conta do e-commerce, logo após o envio. Também dá para conferir o código dentro da seção de rastreio, na própria plataforma da varejista.

Na prática, o consumidor deverá receber a senha e falar ao entregador, na hora da entrega do produto. Ela possui validade até o final do dia da entrega. Caso o usuário não esteja disponível, a Amazon permite que o código seja compartilhado com uma pessoa da sua escolha, a qual poderá receber a compra no seu nome.

Caso não tenha ninguém para ficar com o pacote no dia específico, a loja tentará entregar de novo no próximo dia útil.

Até o momento, não há uma lista de localidades que já testam o recurso. No entanto, o TudoCelular conseguiu acessar a página que detalha a função nas versões americana e italiana do site da Amazon. Já para o Brasil – onde a companhia atua em vendas mais amplas desde outubro de 2017 –, não parece estar disponível até o momento.

Fonte : https://www.tudocelular.com/seguranca/noticias/n185006/amazon-senha-unica-seguranca-entregas.html

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Logística Omnichannel: o segredo para uma ótima experiência online

A velocidade de entrega é um desafio em todo lugar do mundo. Congestionamentos nas cidades ou a distância para o ponto de entrega são alguns fatores que aumentam o tempo e o custo logístico. E as expectativas dos clientes são cada vez mais altas: nos Estados Unidos, 57% dos clientes entre 23 e 27 anos (e 56% entre 16 e 22 anos) afirmam que a entrega no mesmo dia é um fator importante na fidelidade a uma marca.

Esse fenômeno acontece no mercado brasileiro também: a rede de moda Amaro, por exemplo, aumenta em 48% sua taxa de conversão quando entrega o pedido no mesmo dia. Isso mostra que a velocidade é um fator cada vez mais importante na decisão de compra dos consumidores. Mas essa velocidade só é possível quando as lojas são usadas como parte do processo logístico.

Outro problema é o custo: a logística de última milha (o trecho final da entrega) representa mais da metade dos custos logísticos totais. Levar pacotes de casa em casa é caro e complexo – a ponto de não ser possível repassar toda essa despesa para o preço ou o frete. No mercado americano, um estudo mostra que cada entrega do e-commerce custa US$ 10,10 e o frete médio cobrado é de US$ 8,08: a diferença é abatida da margem de lucro.

A realidade brasileira tem um item extra: a cultura do frete grátis. Mais de 40% dos consumidores compram o item que tem frete grátis (mesmo que o prazo seja mais demorado) e 82,3% já desistiram de comprar por conta do valor de entrega.

Só existe uma saída para reduzir os custos logísticos e, ainda assim, conseguir entregar rapidamente as compras dos clientes: a logística precisa ser omnichannel.

O varejo já acordou. E você?

O uso de modelos de distribuição omnichannel já é uma realidade no varejo brasileiro. Na Black Friday 2021, por exemplo, números da Linx Digital mostram que houve um aumento de 27,4% no número de pedidos omnichannel em relação ao ano passado.

O número de lojas online oferecendo opções omnichannel mostra que o varejo abraçou a integração de canais: houve um aumento de 82% na quantidade de lojas omnichannel ativas nesta Black Friday. Além disso, a participação de pedidos enviados pela loja mais próxima foi 14% maior que em 2020 e representou 30,6% de todos os pedidos omnichannel. Já a retirada em loja saltou 88% em relação ao mesmo período de 2020 – um número que, embora relevante, foi impulsionado pela abertura do comércio no pós-pandemia.

Para que isso aconteça, porém, é preciso mudar o back office do varejo.

Onde está o “maestro omnichannel”?

A maneira mais rápida de aumentar a competitividade da logística é aumentar as opções de entrega. Isso porque um cliente pode ter níveis de urgência diferentes em cada momento: se a televisão queimou ou a ração do pet acabou, ele irá preferir receber em poucas horas – ou até mesmo ir até a loja retirar o pedido. Já para o presente de um sobrinho que fará aniversário no fim do mês, receber o produto daqui a uma semana é totalmente aceitável.

Dito dessa forma, parece simples. O problema é fazer isso com eficiência para despachar milhares de pedidos por dia. Nesse caso, conectar diretamente todas as opções de canais de relacionamento, processamento de pedidos e entrega cria uma complexidade intransponível. E, claro, gera uma enorme frustração nos clientes.

O caminho é usar um Order Management System (OMS), uma plataforma de gestão de pedidos omnichannel que centraliza todas as informações que circulam nos diferentes canais. Um OMS oferece diversas vantagens importantes para a gestão do negócio e para entregar uma experiência de compra de alta qualidade:

1)     Controle de estoque

A posição de estoque é o grande desafio da logística omnichannel: é preciso saber quantos itens de cada SKU estão disponíveis em cada loja e Centro de Distribuição, para entrega em quantos dias. Quando itens são despachados diretamente do fabricante para o cliente, acrescente mais um nível de complexidade. Com um OMS, as informações de estoque são centralizadas, passa a ser possível identificar onde há excesso de produtos.

2)     Melhor uso dos recursos

Ao saber onde está cada produto na cadeia de suprimentos, o varejista diminui a necessidade de investimentos em estoque e impacta menos o seu capital de giro. Com isso, utiliza melhor seus recursos e tem uma operação mais saudável.

3)     Adaptação às necessidades dos clientes

Quando o varejista tem visão total de seus estoques, ele sabe que pode entregar a um custo competitivo em diversas faixas de tempo e aumenta a possibilidade de oferecer opções de delivery que façam sentido para o consumidor.

4)     Redução de custos

A logística omnichannel reduz a necessidade de deslocar produtos do CD diretamente para a casa do cliente. Mais entregas passam a ser feitas a partir de lojas físicas, diminuindo os custos de transporte. Como isso se reflete também no valor do frete, aumenta a taxa de conversão, já que a entrega terá um impacto menor na decisão de compra.

O uso de um OMS, que centraliza as informações do estoque e evita rupturas, aumenta o conhecimento que a loja tem do cliente, impulsiona as vendas e melhora a tomada de decisões. Lojas físicas conectadas ao e-commerce em uma logística omnichannel passam a ter uma participação mais relevante nas vendas online, o que acelera a integração dos negócios. Como resultado, toda a operação de varejo ganha eficiência e passa a entregar o que o consumidor quer, na hora que ele quer.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/logistica-segredo-experiencia-online/

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