Tecnologia para Logística: Desenvolver internamente ou contratar?

Tema está presente na agenda do Logística do Futuro, que será realizado pela MundoLogística nos dias 2 e 3 de outubro, em São Paulo.

O setor de logística está em um ponto de inflexão, com as empresas enfrentam um dilema estratégico que pode definir o futuro: desenvolver soluções tecnológicas internamente ou contratar produtos prontos e serviços especializados? Essa escolha está diretamente ligada a fatores como custo, escalabilidade e sustentabilidade, segundo estudos recentes.

A digitalização segue um pilar essencial para a competitividade no setor logístico, cada vez mais abraçado por tecnologias que vão desde WMS até ferramentas de Inteligência Artificial. Em qualquer cenário, o foco é revolucionar a forma como as empresas gerenciam suas operações, que devem ser cada vez mais alinhadas com a expectativa de um mercado em constante transformação.

Nesse sentido, um estudo da McKinsey destacou que a digitalização dos processos logísticos, incluindo a automação de armazéns com robótica e a utilização de sistemas de IA para rastreamento de inventário, tem se mostrado essencial para reduzir custos e aumentar a eficiência operacional. No caso das grandes companhias, a tendência é desenvolver essas soluções internamente para manter uma vantagem competitiva, enquanto outras preferem adquirir tecnologias já disponíveis para uma implementação mais rápida.

Esse dilema atravessa modais e operações. Segundo a S&P Global, empresas do setro marítimo também se deparam com o questionamento: “comprar ou desenvolver tecnologia?” Em um passado recente, diante da pouca oferta de soluções personalizadas, a escolha de desenvolver internamente era atraente para o segmento. Porém, com a multiplicação de opções, os benefícios de comprar uma solução se fizeram as atenções do setor se voltar para essa possibilidade.

DESENVOLVER TECNOLOGIA INTERNAMENTE

A Ambev, gigante do setor de bebidas e uma das maiores cervejarias do mundo, é um exemplo de desenvolvimento de tecnologia “dentro de casa”. Com uma rede de distribuição que abrange milhões de pontos de venda, a companhia desenvolveu um sistema interno de roteirização que permite planejar as melhores rotas com base em uma série de fatores, como volume de pedidos e condições de tráfego.

Em entrevista para o portal convergência digital em julho de 2022, a então gerente de Analytics de Logística da Ambev Tech, Gabriela Madia Marques, explicou que a companhia viu valor em desenvolver tecnologia internamente.

“A gente tem rotas definidas, então, quando a gente entende a quantidade de pedidos daquele dia que caem naquela rota, precisamos avaliar quantos caminhões precisamos”, disse. “Cada vez que predizemos, minimizamos as dispersões e construímos melhores rotas. Isso contribui para melhorar os resultados.”

COMPRAR OU CONTRATAR

Em agosto do ano passado, a Citrosuco firmou parceria com a nstech para o desenvolvimento de uma central de controle logístico, com o objetivo de obter visibilidade online às operações logísticas. Além disso, a central de controle tinha o intuito de agilizar os processos de tomada de decisão e aumentar a eficiência na utilização dos ativos da exportadora de suco de laranja.

Por meio do acordo, a Citrosuco pôde monitorar, rastrear e gerenciar de forma mais eficaz cerca de 180 veículos de sua frota, com o uso de IoT (Internet das Coisas), Inteligência Artificial e análise de dados. Segundo o comunicado, a projeção era de um ganho de produtividade de 20% a 30%, bem como reduções nos custos de frete e nas emissões de CO2.

Na ocasião, o gerente de Logística da Citrosuco, Fernando Maziero Rocha, ressaltou a expectativa de que a nstech fosse “um parceiro provedor de tecnologia e nos auxilie a impulsionar a transformação digital na área de logística da Citrosuco, integrando os processos e aumentando a eficiência das operações e ressaltando o compromisso com a evolução sustentável e a excelência operacional da empresa.”

LOGÍSTICA DO FUTURO

Esse tema está presente na agenda do Logística do Futuro, evento promovido pela MundoLogística que reunirá profissionais e especialistas do setor para discutir e explorar as tendências, inovações e melhores práticas que moldarão o futuro da logística.

Com mais de 70 palestrantes abordando temas como omnicanalidade, otimização de malha e responsividade, o evento será realizado nos dias 2 e 3 de outubro no Transamérica Expo, em São Paulo.

Fonte: “Tecnologia para Logística: Desenvolver ou contratar? (mundologistica.com.br)

A ascensão do retail SEO

Recorde de vendas do Amazon Prime Day 2024 no Brasil e no Mundo consolida conceito na estratégia dos anunciantes.

O Amazon Prime Day 2024 chegou ao fim com marcas muito representativas: recorde de vendas no Brasil e no Mundo e 71% de crescimento no tráfego do www.amazonas.com.br. Valores absolutos não foram divulgados até agora, mas a Adobe Analytics projetou que o evento movimentaria mais de US$ 14 bilhões mundialmente.

Sim, esses resultados trazem fortes indicações das preferências atuais dos consumidores, mas temos que levar em consideração outro fator: as estratégias de retail SEO, que certamente alavancaram vendas e – quando não aplicadas de forma adequada – deram menos visibilidade a alguns itens.

O conceito de Retail SEO está se fortalecendo no Brasil. Utilizado há mais tempo em mercados internacionais, essa técnica foca na otimização orgânica dentro dos marketplaces para aumentar a visibilidade e a rentabilidade das estratégias de marketing, potencializando recursos e ações em mídia paga.

Essa prática refere-se a melhorar a visibilidade de produtos nos mecanismos de busca internos dos marketplaces. Isso inclui a otimização de títulos, descrições, palavras-chave, imagens e outros elementos das páginas de produtos para garantir que eles apareçam mais frequentemente e em posições mais altas nos resultados de busca dos consumidores.

A ascensão desta disciplina foi alavancada por mudanças no comportamento de busca dos consumidores. Nos Estados Unidos, 63% das pesquisas de produtos já começam na Amazon, e essa tendência precisa ser monitorada também no Brasil. Inclusive, já vemos algo semelhante ocorrer com o Mercado Livre e a Magalu, pelas facilidades que oferecem. Com o Prime Day ganhando relevância e se tornando uma data comercial esperada por muitos consumidores, o evento anual gera picos de demanda cada vez maiores, além, claro, da proliferação de outras datas promocionais.

Para aproveitar essa oportunidade, o primeiro passo é fazer o básico bem-feito, com descrições detalhadas e claras dos produtos, destacando suas principais características e diferenciais – infelizmente, muitas empresas ainda dão pouca atenção a esta área, ou não tem a expertise para fazer com eficácia. Entender as tendências de busca e ajustar as estratégias de otimização de acordo é igualmente fundamental.

O planejamento e a antecipação também são essenciais para uma estratégia de retail SEO eficaz. Isso inclui otimizar elementos das páginas de produto e usar palavras-chave de forma estratégica. Seguindo o fluxo do trabalho nesta área, deve-se monitorar os resultados constantemente e ajustar as estratégias conforme necessário.

Entre os erros mais comuns estão a falta de planejamento antecipado e a subutilização dos recursos disponíveis nos marketplaces (o que exige grande especialização e atualização constante das equipes).

Uma análise das tendências de busca pode revelar as categorias de produtos mais procuradas no Prime Day ou outras oportunidades, permitindo o desenvolvimento de uma estratégia comercial competitiva, incluindo preços atrativos e ofertas especiais. A análise da concorrência é uma ferramenta valiosa para ajustar as estratégias e garantir que a marca esteja bem-posicionada.

A utilização de dados de buscas anteriores e ferramentas de análise é a base para entender o comportamento dos consumidores e preparar-se para datas especiais e para projetos de mais longo prazo. Ferramentas como o Google Trends podem ajudar a identificar picos de demanda e ajustar as estratégias de otimização em conformidade. Pesquisar dados específicos sobre o volume de busca e categorias populares em edições passadas do Prime Day e outras iniciativas promocionais pode fornecer insights de estratégias de comunicação e negócios.

Podemos consolidar as boas-práticas em retail SEO em quatro pontos principais:

1. Fazer o máximo uso das mídias disponíveis nos marketplaces, como descrições detalhadas e visuais atraentes.

2. Otimizar as páginas de produtos com foco em SEO, garantindo que as informações estejam claras e completas.

3. Preparar-se antecipadamente para períodos de alta demanda, ajustando as estratégias conforme necessário.

4. Manter-se atualizado sobre o comportamento dos consumidores e as tendências do mercado, ajustando as estratégias de acordo.

Como vimos, a mudança do comportamento do consumidor e a consolidação de eventos do varejo digital como o Amazon Prime Day estão alavancando o retail SEO, mas ainda são poucas as marcas realmente maduras. É preciso investir e colocar essa disciplina de forma consistente na agenda de trabalho. Com isso, não apenas se aumentam as vendas, mas se aprimora a rentabilidade, ganha-se share e se fortalece a marca em um novo ambiente de competição pelo consumidor.

Fonte: “https://www.meioemensagem.com.br/opiniao/a-ascensao-do-retail-seo”

Automação de processos como meio para impulsionar a transformação digital em empresas

É comum afirmarmos que temos ao menos duas personalidades: a profissional e a pessoal. E que é possível separar esses dois “eus”. Mas a realidade é bem diferente. Somos um só e buscamos nos adaptar ao ambiente em que estamos. O CEO de uma empresa de tecnologia com foco em automatizar processos e promover a transformação digital é a mesma pessoa que em casa procura gerar uma maior economia de tempo com ações simples, como regar plantas. Então, por que não levar o que costumamos aplicar no trabalho para casa?

Foi o que resolvi fazer recentemente. Tenho como hobby cuidar de plantas em meu apartamento. Com o passar do tempo percebi que, diariamente, perdia ao menos 20 minutos com essa atividade. Vi também que elas estavam ocupando boa parte da minha varanda. Então, por que não buscar uma alternativa para organizar e automatizar a tarefa com o uso de regadores automáticos? O resultado disso foi a economia de 10h por semana ou cinco dias ao ano.

Ao levar esse exemplo pessoal para o profissional, os números tendem a aumentar. Se eu lidero uma companhia com cem funcionários e defendo com eles a importância da automação, ganharei um ano do tempo de trabalho deles. Em uma sociedade em que a tecnologia está ganhando cada vez mais força e tipos de atuação, por que não a utilizar em nosso favor?

O diferencial dessa integração vem mostrando resultados expressivos. Citando como exemplo operações financeiras, temos a criação do Pix no Brasil, com idealização em maio de 2018, através da portaria nº 97909, e implantado oficialmente em novembro de 2020. A partir de então as transferências bancárias que antes levavam de 1 a 2 dias para serem realizadas e com pagamento de taxa, passaram a ser feitas de forma imediata e sem custo algum para o usuário.

Ao permitir a economia de tempo para a população e contribuir para os processos internos de agências bancárias, a alternativa foi ganhando cada vez mais espaço na rotina dos brasileiros. De acordo com a Federação Brasileira de Banco (Febraban) e com dados levantados pelo Banco Central (BC) e Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs), foram quase 42 bilhões de transações realizadas através dessa tecnologia apenas em 2023.

Levando em consideração o exemplo acima, cabe a cada gestor incentivar – mediante a realidade de cada negócio – e pensar junto ao time caminhos para a proliferação da automação de processos básicos dentro das companhias. Assim, torna-se possível ao colaborador direcionar as atenções para ações e ideias que resultarão no que as empresas buscam: melhorar os resultados, diminuir riscos, evitando-se, também desperdícios e custos.

Mais uma vez ressalto: automação é igual a redução de custos. Tanto que, de acordo com o Gartner, pelo menos 80% das empresas seguirão por esse caminho até 2025. E a tecnologia, em especial a low code e a no code – sistemas que não fazem necessários ser um desenvolvedor para fazer as alterações para a realidade de cada companhia – são o caminho para isso. Com elas, torna-se possível levar ações que costumavam serem feitas manualmente para a tela do computador: enviar e-mail; WhatsApp de forma automática e programada antecipadamente.

Por fim, a escolha pela automação alinhada à tecnologia low code gerará mais agilidade nos processos, redução de erros, desperdícios e custos. Além de mais autonomia e ainda possibilitar a inovação contínua.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/23/08/2024/artigos/automacao-de-processos-como-meio-para-impulsionar-a-transformacao-digital-em-empresas/”

Concentrix combina robôs de interação por voz e texto e cibersegurança em novo produto

Com investimentos em IA e automação, empresa expande oferta de serviços para transformar a experiência do cliente e fortalecer sua presença no mercado brasileiro.

A Concentrix, empresa focada em soluções de serviços de Customer Experience (CX) e processos de negócios, ampliou sua oferta de serviços tecnológicos como parte de seu rebranding. A ação faz parte de uma estratégia de crescimento. Nesse sentido, a empresa tem investido em tecnologias emergentes como Inteligência Artificial (IA), automação de sistemas e processos, análise de dados e nuvem, e vem capacitando seus clientes a se destacarem em um cenário corporativo cada vez mais competitivo. Atualmente, a empresa atende mais de 60 clientes no Brasil com suas soluções tecnológicas.

“A Concentrix traz para o Brasil o que há de mais moderno em soluções de IA, automação de processos de negócios e consultoria de jornada do cliente para impulsionar a transformação digital de nossos parceiros”, comenta Cleber Santos, country manager do Brasil na Concentrix. “Além de oferecer essas soluções, é essencial aplicar essas tecnologias de forma precisa às necessidades específicas de cada cliente e seus negócios. Com base em nosso conhecimento global adquirido ao longo de décadas de atuação consultiva para mais de 2 mil clientes, nosso time de consultores garante a melhor aplicação para cada demanda”.

Parte dessa expansão da oferta de serviços e soluções tecnológicas está baseada no projeto Zeus – iniciativa tecnológica que desenvolve robôs para interação por voz e texto, além de portais de autoatendimento. Zeus aprimora a experiência do consumidor e reduz custos operacionais, oferecendo serviços de atendimento e vendas 24/7, gestão de cobranças e vendas. Além disso, tem atestado a segurança e a privacidade dos dados implementando medidas rigorosas, como criptografia de ponta a ponta, controle de acesso baseado em funções, auditorias regulares de segurança e conformidade com regulamentações de proteção de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

“Mantemos uma função de monitorização e alerta de segurança 24 horas por dia, 7 dias por semana, para proteger e responder à ameaça de atores mal-intencionados. Para apoiar a segurança dos dados, estabelecemos uma estrutura integrada de gestão de riscos com práticas derivadas das normas do setor e das normas de privacidade de dados. Os controles de segurança de dados destas normas e regulamentos são avaliados para a nossa estrutura de gestão de riscos com base nas necessidades do negócio e dos clientes, na natureza do nosso setor e nas regulamentações aplicáveis”, pontua o executivo.

Expansão de serviços

A inovação beneficia áreas como as telecomunicações, setor bancário, varejista, educacional, fintechs e market place, entre outros. No geral, a automação proporcionada pelo projeto tem melhorado a eficiência em várias frentes: no atendimento ao cliente, na otimização de processos de compliance e análise financeira, e na gestão de inventário e atendimento no varejo.

Ainda de acordo com o executivo, a tecnologia desempenha um papel fundamental na maneira como as empresas se relacionam com seus clientes e otimizam suas operações. Ao expandir a gama de serviços tecnológicos, a Concentrix tem como foco auxiliar os consumidores a alcançarem novos níveis de eficiência e satisfação. Além disso, os investimentos feitos em tecnologia, segundo Santos, têm mostrado resultados tangíveis tanto para a companhia quanto para o seu público. Nesse cenário, a meta é que, nos próximos anos, a empresa consiga dobrar sua participação de mercado no Brasil.

“Atualmente, o projeto gerencia mais de 3,5 mil robôs personalizados para diversas tarefas, adaptados a múltiplos idiomas. Utilizando Machine Learning para evoluir continuamente e interpretar as intenções dos usuários, Zeus representa um avanço significativo na automação de processos. Ele otimiza e agiliza processos operacionais, permitindo que consultores humanos se concentrem em questões mais complexas e de difícil resolução”, explica.

Tendências em CX e tecnologia

Em um cenário em que os consumidores exigem um alto nível de serviço, bem como uma variedade de opções, as empresas têm buscado destaque na gestão de relacionamentos e na promoção da lealdade à marca. Sendo assim, consultores em CRM e BPO precisam de habilidades mais sofisticadas, com a transição para suporte online e a manutenção da importância do atendimento telefônico, explica Cleber Santos.

Ainda de acordo com o executivo, a gestão da experiência do cliente evolui de soluções CRM voltadas para redução de custos para um enfoque em agregar valor durante todo o ciclo de vida do cliente. A inovação tecnológica, incluindo serviços digitais e Inteligência Artificial generativa (GenAI), tem transformado o setor, aprimorado interações e automatizado processos, com maior ênfase no suporte humano para casos complexos.

A cibersegurança é essencial, especialmente com o aumento de dispositivos conectados e ameaças cibernéticas. A pandemia evidenciou a necessidade de proteção robusta de dados, destacando a importância de soluções de segurança escaláveis para mitigar riscos de reputação e operacionais.

“Com a globalização, as empresas buscam fornecedores com capacidades completas e escaláveis, levando à consolidação do mercado”, afirma Cleber Santos. “A fragmentação atual oferece oportunidades para fornecedores que oferecem soluções integradas e modernas, especialmente em gestão de experiência do cliente e cibersegurança”.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/concentrix-zeus-automacao/”

 

Farma Conde amplia centro de distribuição com foco na expansão da rede por franquias

Com R$ 35 milhões investidos, o CD passará dos atuais 700 mil produtos distribuídos diariamente para 2 milhões.

De olho na expansão da rede pelo modelo de franquias, a Farma Conde investiu R$ 35 milhões na ampliação do Centro de Distribuição em São José dos Campos, no interior de São Paulo. O aumento da capacidade do CD é o primeiro passo para crescer e fechar 2024 com mais 40 unidades abertas. Hoje, são cerca de 500 em operação.

“A ampliação do CD vem ao encontro com as prospecções das novas unidades que devemos abrir, principalmente, após lançarmos o modelo de franquia na rede. Teremos cada vez mais unidades para abastecermos com rapidez e excelência. Sempre estamos um passo à frente quando o assunto é ampliação, uma vez que nossa expectativa é a de encerrar o ano com mais 40 unidades”, afirma Manoel Conde Neto, presidente e fundador da marca.

O espaço passará de 20 mil metros quadrados para 32 mil metros quadrados. O CD funcionará 24 horas por dia, com 400 funcionários diretos trabalhando em 20 estações de medicamentos e produtos.

Os caminhões que realizam toda a logística são abastecidos no local com cerca de 700 mil itens encaminhados a todas as lojas da rede diariamente. São distribuídos medicamentos, itens de higiene pessoal, cosméticos, suplementos alimentares e alimentos, além dos acessórios de bem-estar e beleza, inclusive de marca própria. Com a ampliação, a quantidade de produtos encaminhados às unidades chegará à marca dos 2 milhões por dia.

Sistema robotizado

O Centro de Distribuição conta com sistema robotizado e verticalizado, aproveitando melhor o espaço de armazenamento dos mais de 8 mil tipos de itens. A fim de garantir a confiabilidade de toda a cadeia de distribuição, o CD possui o sistema WMS (Warehouse Management System), que gerencia as movimentações dos produtos em todas as suas etapas e agiliza todo o processo de separação. No investimento de R$ 35 milhões, um servidor foi adquirido. O equipamento é de hiperconvergência, capaz de otimizar o processo tecnológico.

O CD tem ainda sala informatizada, que contabiliza todo o fluxo de itens, como entradas e saídas, desde o faturamento do produto, até o ponto de venda, além de acompanhar em tempo real toda a logística de entrega, com frota própria.

Segundo Eduardo Mota, diretor de Engenharia do Grupo Farma Conde, o Centro de Distribuição está localizado estrategicamente em São José dos Campos devido à facilidade de entrega para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde estão concentrados atualmente as unidades do grupo. “Isso traz rapidez na entrega dos itens para todas as lojas da rede”, destaca.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/21/08/2024/logistica/farma-conde-amplia-centro-de-distribuicao-com-foco-na-expansao-da-rede-por-franquias/”

 

 

Prevenção a fraudes e cibersegurança caminham juntas nos desafios de IA

Evento da Serasa Experian realizada na casa da Consumidor Moderno reúne especialistas para discutir as transformações do cenário de cibersegurança pela IA.

A Serasa Experian, em parceria com o Grupo Padrão, reuniu especialistas na tarde na quinta-feira (15) na casa da Consumidor Moderno para falar sobre Inteligência Artificial (IA) e prevenção a fraudes. Ronaldo Lemos, renomado acadêmico, advogado e ativista brasileiro, conhecido por suas contribuições significativas no campo do direito digital, tecnologia e cultura, foi um dos participantes do evento, apresentando as conexões entre os riscos cibernéticos e os impactos da IA – para bem e para o mal – nas fraudes no Brasil.

O especialista, que também atua como diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), professor na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e lidera pesquisas sobre propriedade intelectual, direitos autorais e regulação da internet, pontua que, cada vez mais, a Inteligência Artificial tem se feito presente em nossas vidas. Nos celulares mais novos, por exemplo, há um agente responsável por analisar ligações e filtrá-las de acordo com o interesse do usuário. Pode, por exemplo, descartar chamadas de telemarketing e prosseguir com as de interesse pessoal.

Além disso, as ferramentas têm grande capacidade de manipulação de imagem, como mudar o rosto de pessoas que não “saíram bem na foto” ou para remover objetos. A IA também tem a capacidade de alterar áudios, e até mesmo responder com textos. Ao mesmo tempo que surgem todas essas revoluções tecnológicas, existe um problema a ser enfrentado: a realidade.

“Hoje, temos ferramentas altamente capazes de manipular a realidade como a conhecemos, e isso pode ser usado para fraudes”, pontua. “Já tínhamos, no passado, ferramentas como o Facetune, que são muito usadas até hoje para retocar fotos. Mas o uso vai muito além desse uso simples. Hoje é possível usar IA para criar deepfakes e é possível inserir o rosto de qualquer pessoa em um vídeo, de forma muito perfeita. Mas, é possível usar também para manipulação política, recriar voz e imagem. Então, essas ferramentas vão causar problemas”.

Vídeo como prova e fraude

O especialista frisa que nós, seres humanos, confiamos no vídeo por ser a prova de que algo aconteceu. Ao mesmo tempo, temos entrado em um momento em que não podemos mais confiar no audiovisual, uma vez que ele esse conteúdo tem se tornado sintético e as novas ferramentas tecnológicas poderão ser usadas para fins maliciosos.

“Nos fóruns de cibersegurança tem uma discussão muito intensa sobre o uso de vídeo por IA para burlar chamadas de vídeo em que, por exemplo, seria obtido um certificado digital ou qualquer tipo de autenticação. Hoje, usamos muita biometria, inclusive facial, e o surgimento desse tipo de tecnologia vai colocar pressão sobre essas formas de autenticação. Quando olhamos para a forma que autenticamos hoje, cada vez mais, esse uso de tecnologia sintética vai permitir que seja emulada a voz, chamada por zoom, e isso pode burlar sistemas de autenticação, e esse ponto é extremamente importante”, comenta.

Nesse sentido, Lemos pontua ainda que, hoje, a internet é usada como a base para a vida contemporânea. Porém, a rede foi desenhada para conectar máquinas, e não pessoas. A consequência disso é que, na internet, as máquinas têm identidade, as pessoas não. A consequência é a necessidade de um sistema de autenticação externo. Sendo assim, é necessária uma outra metodologia para provar que a pessoa que está do outro lado é real.

A questão da identidade

Além disso, no Brasil, há um problema de identificação. Um exemplo citado pelo especialista está na emissão de RG, feita pelos estados. Essa documentação é como se fosse um “login” para a vida civil e online. É uma forma de provar que uma pessoa é real para fazer transações válidas na internet. Porém, esse sistema pode ser burlado, uma vez que um homem conseguiu ter 47 títulos de eleitor e 43 carteiras de identidades. Já em 2016, a Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu ter 46 mil CPFs sendo usados por mais de uma pessoa. Outro problema particular é o vazamento de dados no país.

“Todos os dados no Brasil já foram vazados e são facilmente comprados online. Essa é a premissa de fazer negócio no Brasil. O resultado é que o país, nos últimos anos, se tornou o paraíso dos golpes, principalmente pelo WhatsApp. Uma forma de resolver essa questão é a criação de soluções nacionais”, frisa.

Nesse cenário, Lemos pontua que o modelo usado pela Serasa Experian é interessante ao usar um coquetel de soluções que envolve desde biometria à verificação de documentos, que permite que seja aferida a identidade de uma pessoa de forma mais exata. Assim, esse modelo, para o contexto do Brasil, seria o melhor a ser usado em um país onde ainda não há uma solução nacional.

“Fraudes e Inteligência Artificial, infelizmente, têm uma conexão muito profunda e estão em permanente transformação. Assim como a IA muda toda semana, o mundo da fraude também passa por mudanças semanais. Temos que ficar de olho nesse processo de transformação, e a consequência disso é que ficar parado não é uma opção. É fundamental escolher bem os parceiros de identificação, e levar sempre em consideração uma estratégia multifatorial para garantir a certificação de uma identidade com um nível elevado de certeza”, reforça.

Prevenção a fraudes, ciberseurança e desafios de IA

Durante o evento, o painel “Como as estratégias de prevenção a fraudes e cibersegurança caminham juntas nos desafios de IA” apresentou cases de clientes da Serasa Experian sobre prevenção de fraudes em suas empresas. Estiveram presentes Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção de Fraudes da Serasa Experian, como mediador; Luís Zan, superintendente de Prevenção à Fraude do PicPay; Nathália Lolo, gerente de Segurança do Produto e Prevenção à Fraudes da C&A, e Rodrigo Monteiro, especialista em prevenção de fraudes.

Caio relembrou que já estamos em contato com a IA há algum tempo, mas o que muda agora é como isso se instala. Antes, as empresas tinham mais acesso à Inteligência Artificial que os fraudadores, mas esse cenário mudou.

Diante disso, dentro da C&A passaram a ser utilizadas alguns tipos de biometria, como a facial e a comportamental. “Não podemos falar de uma única Inteligência quando falamos de fraudador. Se focamos em apenas um tipo, ficaremos para trás. Quando temos mais de uma forma de se prevenir, conseguimos chegar mais perto, com evolução melhor nos números e contendo a fraude”, comenta Nathália Lolo.

Outro ponto necessário é o foco em experiência, proteção e privacidade no que diz respeito aos dados. Rodrigo Monteiro explica que a cibersegurança deve ser trabalhada em conjunto, porque existe uma sinergia em termos de times e ambos analisam toda possibilidade de fraude. “A fraude vai acontecer, mas não podemos deixá-la escalar. É uma engenharia social, e temos que garantir que a pessoa está autenticada, mas que não cai em algum tipo de golpe”, explica.

Luís Zan reforça a necessidade de monitorar, atuar rápido e encontrar caminhos alternativos. “Os dados que não precisamos e não utilizamos é melhor não ter e não guardar. Momentos de ataques podem acontecer e, mesmo com altas barreiras, vemos no mercado exemplos ruins. Tanto na segurança, quanto no contexto geral, o vazamento prejudica todo mundo. Por isso, trabalhamos na linha de monitoria e mudança”, pontua.

Atualmente, a biometria ainda é o método mais conhecido pelos consumidores. Porém, com o aumento da deepfakes, fraudadores podem até mesmo manipular esse método para tentar novos golpes. Com a evolução da IA, os autores de golpes podem ter mais forçar para disseminar seus golpes, lembra Monteiro.

“Mais do que só pensarmos na instituição, temos que disseminar a conscientização às pessoas, sobre como elas podem se prevenir para não cair em algum tipo de ataque”, frisa.

Para prevenir fraudes, PicPay tem trabalhado na linha da identificação do dispositivo, com uma solução proprietária e uma de mercado. Assim, é possível notar o acesso do consumidor, se é hábito comum do usuário ou manipulação. Diante disso, a instituição agrega informações para identificar se tem algum malware instalado no dispositivo. “Essa é a primeira camada de proteção, tanto do processo de abertura de conta, quanto no de troca de dispositivo. São as etapas com maior probabilidade de ataque no processo de invasão de contas”, pontua Zan.

Nessa questão da identidade, o mais importante são as camadas de proteção. A executiva da C&A reforça que nem todas as medidas podem ser usadas com todas as pessoas. É necessária a IA por trás desses processos de proteção, entender o comportamento do cliente e entender como cada um deles será protegido.

Fonte: “Prevenção a fraudes e cibersegurança juntas nos desafios de IA (consumidormoderno.com.br)

A nova era do varejo digital: como os dados comportamentais estão transformando a conexão com o cliente

Estamos vivendo uma nova era: a era da inteligência. Nela, os dados comportamentais não são apenas valiosos, mas essenciais para entender e se conectar com o consumidor do futuro. Com o auxílio da inteligência artificial para otimização de processos, esses dados nos permitem ver além das transações e interações superficiais, oferecendo uma janela para os desejos, as necessidades e os comportamentos dos consumidores. Compreender esses aspectos é vital para as marcas que buscam se aproximar e criar conexões genuínas com seus clientes.

A revolução da inteligência artificial e análise de dados

A inteligência artificial (IA) permite que as marcas analisem grandes volumes de dados rapidamente, identificando padrões e insights valiosos sobre o comportamento do consumidor. A análise de dados comportamentais envolve coletar, medir e interpretar informações sobre as interações dos usuários com a marca.

Quando coletamos dados sobre como os consumidores navegam em nossos sites, quais produtos visualizam e como interagem com campanhas de marketing, obtemos insights poderosos que nos permitem personalizar cada interação. Segundo a Syntasa, essa personalização não só aumenta a conversão e a retenção, mas também nos ajuda a entender o “porquê” por trás do comportamento do cliente, algo crucial para uma estratégia de marketing eficaz.

Automação de marketing: personalização em escala

Com a automação de marketing, podemos usar IA para criar campanhas que se ajustam automaticamente às preferências e aos comportamentos dos consumidores. Imagine enviar um e-mail ou uma mensagem no WhatsApp totalmente personalizados para um cliente que abandonou o carrinho de compras, oferecendo um desconto especial. Esse tipo de personalização mostra que estamos atentos às necessidades dos clientes e estamos dispostos a dar um passo extra para atendê-los. Estudos da McKinsey mostram que empresas que adotam a personalização veem um aumento de até 40% na receita (Niteco).

Humanização da marca: criando conexões genuínas

Embora as tecnologias de IA e automação de marketing sejam poderosas, a humanização da marca é o elemento que cria uma conexão emocional com os clientes. Mesmo com automação, é crucial que nossas interações sejam genuínas e empáticas. As mensagens automatizadas devem ser cuidadosamente projetadas para serem naturais, mostrando cuidado e atenção aos detalhes que importam para o cliente.

Exemplos práticos de automação humanizada

1. E-mails personalizados: enviamos e-mails que refletem os interesses dos clientes, como recomendações baseadas em compras anteriores.

2. Segmentação de públicos: dividimos a base de clientes em segmentos específicos e criamos campanhas direcionadas que falam diretamente às necessidades de cada grupo.

3. CRM estratégico: o envio da oferta certa, no momento certo, ou seja, quando o cliente realmente precisa recebê-la.

Conclusão: automatizar para aproximar

Estamos vivendo um grande movimento, no qual as marcas não apenas vendem produtos, mas fazem parte do cotidiano dos consumidores. Apesar de estar cada vez mais em evidência, há muito que essa conexão é buscada pelas marcas. Um exemplo clássico desse conceito é o Guia Turístico da Michelin. Nos anos 1900, a Michelin lançou um guia para motoristas, oferecendo informações sobre hotéis, restaurantes e postos de gasolina, ajudando os consumidores a aproveitar ao máximo suas viagens. Esse movimento não era apenas sobre vender pneus, mas sobre se tornar parte integrante da vida dos clientes, criando um valor duradouro e uma conexão emocional profunda.

Hoje, com a ajuda da inteligência artificial, análise de dados e automação de marketing, podemos fazer muito melhor. As marcas podem e devem oferecer experiências personalizadas e humanizadas. Ao aplicar essas tecnologias estrategicamente, podemos não apenas melhorar as taxas de conversão, mas também construir relacionamentos duradouros e significativos com nossos clientes.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-nova-era-do-varejo-digital-como-os-dados-comportamentais-estao-transformando-a-conexao-com-o-cliente”

 

Tecnologia e inovação são pilares estratégicos e transversais no Boticário

Em entrevista exclusiva, Daniel Knopfholz, vice-presidente de Gente e Tecnologia fala sobre como a inovação faz parte da cultura da empresa.

Os investimentos em inovação e tecnologia, incluindo a aplicação da IA, têm sido fundamentais no desenvolvimento de soluções em todas as frentes do Grupo Boticário. Com o desafio de otimizar a previsão de demanda e o abastecimento de seus diversos canais, a empresa substituiu sistemas de mercado por um Modelo de Abastecimento da Rede (MAR), uma ferramenta proprietária que otimiza a previsão de demanda e o abastecimento das lojas.

E não é para menos, pois gerenciar uma rede que inclui 4.000 lojas, milhares de revendedoras, mais de 10 marcas, 10.000 SKUs, 7 Centros de Distribuição e 3 fábricas é uma tarefa complexa. “Como combinar tudo isso e escolher quantos e quais produtos vão para cada lugar? Como acertar essa informação, considerando que chove no Sul, faz sol no Norte, tem festas regionais no Nordeste e feriado em algumas cidades de outras regiões? Como fazer isso diariamente, com todas essas variáveis mudando o tempo todo? E, principalmente, como fazer isso de forma inteligente, para garantir que não falte, mas que também não sobre. Temos que garantir o atendimento aos clientes, mas temos que garantir o fluxo de caixa da cadeia. E temos fornecedores brasileiros, importados, grandes, pequenos”, afirma Daniel Knopfholz, vice-presidente de Gente e Tecnologia do Grupo Boticário. O executivo é um dos painelistas confirmados no Latam Retail Show, principal evento de varejo B2B da América Latina, realizado pela Gouvêa Experience, entre os dias 17 e 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. A Mercado&Consumo é media partner e faz cobertura especial do evento.

Desenvolvido internamente por uma equipe da Boticário, que conta com mais de 100 profissionais, o sistema conta com algoritmos proprietários, que fazem a previsão de demanda dos produtos e avaliam o que deve ser solicitado por cada franqueado, loja e espaço de revendedoras, assegurando que todos estejam devidamente abastecidos. Ele já opera em 100% dos franqueados e continua a ser aprimorado, incorporando novas marcas, canais e melhorias constantes no modelo preditivo.

Personalização de oferta

Para dar maior agilidade na resposta às necessidades de seus 24 milhões de consumidores e facilitar a personalização das ofertas, a empresa também tem utilizado a Inteligência Artificial no desenvolvimento de novos produtos.

Para o processo de criação de fragrâncias, foi criado um sistema chamado Lyra, que consolida as diversas frentes de qualidade, performance de produto, pesquisa e desenvolvimento. “Antes da adoção desta estratégia de dados, o desenvolvimento de produtos envolvia muitos pontos de tentativa e erro, dependendo significativamente da expertise dos pesquisadores sêniores para identificar reações negativas e resultados insatisfatórios. Esse método, além de ser mais demorado, não garante uma precisão tão alta nos testes”, explica Knopfholz.

A IA é utilizada para simular testes e prever alterações em parâmetros como cor, viscosidade e pH. Isso acelerou o desenvolvimento e os testes de novos produtos, resultando em uma redução média de 82% no tempo de análise dos pesquisadores.

“A Inteligência Artificial nos dá mais precisão e, quando necessário, realizamos ajustes mais rápidos, eliminando a necessidade de vários testes físicos que consumiam muito tempo. Implementamos modelos preditivos para assegurar a estabilidade das fragrâncias e conseguimos eliminar todos os testes de peso do processo”, diz.

Toque humano

Apesar de toda a tecnologia embarcada nos processos de gestão e produtos, Knopfholz destaca que o toque humano é indispensável nas criações. Isso passa pelo conhecimento e individualidade dos colaboradores.

Para isso, motiva a equipe de mais de 20 mil colaboradores a testar ideias que, futuramente, podem virar serviços, produtos ou melhorias de processos. “Acreditamos que a criatividade tem relação direta com a capacidade do grupo Boticário de inovar e é essencial que a criatividade faça parte da rotina de todos nossos colaboradores”, comenta.

Como exemplo, Knopfholz diz não haver uma área específica de inovação. Cada uma das equipes, organizadas em value streams e chapters, atua com um conjunto de objetivos estratégicos e devem usar de sua inventividade para propor, testar e escalar soluções, com responsabilidade fim a fim em seus escopos. “Ao adotar esse modelo, removemos gargalos e reduzimos dependências de times, trazendo mais autonomia e maior engajamento para os grupos de trabalho.”

Transformação contínua

Knopfholz acredita que a tecnologia e a inovação serão força catalisadora para a personalização e sustentabilidade na indústria de beleza nos próximos 5 a 10 anos. Tecnologias como Inteligência Artificial e análise de dados vão permitir a oferta de produtos ajustados às necessidades dos nossos consumidores, além de uma abordagem mais precisa e eficaz.

“Vamos continuar lançando produtos com tecnologias exclusivas, tanto para os cuidados com a pele e cabelos, por exemplo. Vamos continuar criando novos processos que garantam redução do impacto ambiental e criação de ciclos positivos na utilização das embalagens. E vamos também continuar aplicando a digitalização das experiências”, destaca.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/16/08/2024/noticias-varejo/tecnologia-e-inovacao-sao-pilares-estrategicos-e-transversais-no-boticario/”

Métricas claras são chave para alinhar expectativas do consumidor

Executivos da Alice, Smiles e Aegea compartilham que indicadores da experiência são essenciais para a construção de uma jornada cada vez mais humanizada no ShowCase, da Zendesk.

Mesmo com o avanço das novas tecnologias, o atendimento humanizado continua sendo uma peça central nas estratégias de Customer Experience (CX) das empresas. Mas, na prática, como isso está sendo explorado dentro das empresas? Durante o Showcase, evento promovido pela Zendesk, o painel “O Poder do Fator Humano: Estratégias de Empresas Líderes na Experiência do Cliente” reuniu líderes da Smiles, Alice e Aegea para discutir como esse conceito está sendo aplicado em diferentes setores.

Na área da saúde, Guilherme Azevedo, cofundador da Alice acredita que a melhor definição para um atendimento excepcional ao cliente, começa por medir, ou seja, as métricas são um grande termômetro para entregar melhores experiencias, principalmente na área da saúde, seja pela procura de bons médicos ou hospitais.

“Ao apresentar métricas, as instituições demonstram genuíno interesse no bem-estar das pacientes, oferecendo segurança e autonomia para que escolham onde serão atendidas”, pontua Guilherme. O executivo mencionou um dado alarmante: 20% dos partos do setor privado são vaginais, enquanto 70% das mulheres desejam esse tipo de parto. Segundo ele, essa discrepância evidencia a necessidade de métricas claras para alinhar as expectativas e as realidades do atendimento.

“A saúde, assim como outras áreas, precisa de métricas para que os consumidores possam tomar decisões informadas. Ao colocar o paciente no centro, as instituições demonstram respeito e compromisso com a qualidade do atendimento”, contextualiza.

Azevedo acrescentou que, ao apresentar métricas, as instituições demonstram um genuíno interesse no bem-estar dos pacientes, oferecendo segurança e autonomia para que escolham onde serão atendidos. “Colocar o paciente no centro das decisões é um sinal de respeito e compromisso com a qualidade do atendimento”, concluiu.

Empatia, agilidade e clareza no atendimento

No setor de saneamento, Eduardo Mendes, diretor-executivo de tecnologia da Aegea Saneamento, falou sobre as complexidades de atender populações vulneráveis. Ele ressaltou que a jornada do cliente precisa ser extremamente humanizada, pois a falta de água impacta diretamente a qualidade de vida. “Imagine uma família de quatro pessoas sem água por três dias: a situação se torna insalubre e gera muito sofrimento”, refletiu Eduardo.

Para Mendes, o atendimento humano é essencial, pois permite gerar empatia, clareza e agilidade na oferta de soluções viáveis. “Estamos lidando com a necessidade básica de água, que é um direito de todos”, pontuou. Ele também mencionou que a diversidade regional e as particularidades de cada atendimento exigem um treinamento constante da equipe, com o objetivo de garantir que cada cliente se sinta atendido e compreenda as soluções propostas.

Apesar de ser uma empresa privada, a Aegea detém 55% do market share do setor privado de saneamento, mas atende apenas 15% da população brasileira. Eduardo destacou que a maior parte do saneamento ainda é de responsabilidade do Estado ou dos municípios, o que gera uma disparidade na evolução sistêmica e no atendimento. “Com o marco regulatório do saneamento, estabelecido recentemente, a meta é garantir que uma parcela maior da população tenha acesso à água e esgoto até 2030, o que tem impulsionado investimentos no setor”, explica.

Construção de uma jornada do cliente bem-sucedida

Carla Fonseca, CEO da Smiles e Vice-Presidente da GOL Smiles, abordou o uso de indicadores como ferramenta essencial para entender e atender às diversas necessidades dos mais de 22 milhões de clientes da empresa. “Nosso programa nasceu com o propósito de democratizar a viagem e proporcionar experiências transformadoras. Para isso, construímos um ecossistema amplo e contamos com um time focado na centralidade do cliente”, explicou.

Segundo Carla, a chave do sucesso da Smiles está em ter um time alinhado com o propósito da empresa e em utilizar metodologias ágeis para manter o cliente no centro de todas as ações. “Através de indicadores, podemos avaliar se estamos no caminho certo e se as nossas ações estão gerando o impacto desejado”, finalizou.

Carla enfatizou que, embora possa parecer óbvio colocar o cliente no centro das estratégias, essa tarefa está longe de ser simples. “Observando a curva desde o primeiro acesso até o nível de engajamento, podemos avaliar se o cliente está conseguindo resgatar pontos todo ano para viajar. É isso que buscamos: garantir o sucesso da plataforma e atrair cada vez mais clientes,” destacou.

A CEO da Smiles reforçou que a complexidade do tema exige uma atenção constante. “É necessário revisar e garantir que o foco esteja sempre presente. A palavra ‘jornada’ é muitas vezes generalizada e simplificada, mas ela envolve etapas cruciais que precisam ser cuidadosamente monitoradas,” explicou Carla. Para ela, o sucesso na construção de uma jornada do cliente bem-sucedida requer desconstruir processos, avaliar continuamente as estratégias e ajustar o caminho para garantir que o cliente esteja sempre no centro das decisões.

De fato, independentemente do setor, o fator humano continua sendo essencial para proporcionar uma experiência de cliente excepcional. Seja na saúde, saneamento ou aviação, o painel mostrou que essas empresas estão investindo em métricas, treinamento e metodologias para garantir que o atendimento seja sempre centrado nas necessidades e desejos dos clientes.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/fator-humano-cx-estrategias/”

Ri Happy está transformando loja física em mobile com pagamento feito ao lado do produto

A marca também criou uma rádio com conteúdo musical baseado em IA e pretende monetizar o canal com retail media.

Em meio a brinquedos e jogos, a loja da Ri Happy, no Bourbon Shopping, em São Paulo, foi escolhida para ser o laboratório de tecnologia e inovação da companhia. É nesta unidade que a empresa testa e aperfeiçoa as soluções que irão moldar a experiência de compra, como a integração de tecnologias que permitiram transformar o ponto de venda em uma plataforma móvel desde o primeiro atendimento até a finalização da compra.

Ao utilizarem dispositivos eletrônicos integrados, como tablets ou smartphones, os colaboradores podem realizar tarefas múltiplas, como registrar vendas, processar pagamentos e até mesmo atender pedidos do e-commerce – pelo WhatsApp, Rappi, iFood e marketplace proprietário -, diretamente do local onde o cliente está, sem a necessidade de um ponto de venda fixo.

Além de transformar a experiência de compra, o projeto também foca na integração dos meios de pagamento diretamente nos dispositivos móveis dos colaboradores. Sendo assim, os clientes não precisam mais ser conduzidos até o caixa, aguardar a fila de pagamento para depois retirar a compra. Muitas vezes, os adultos estão acompanhados de crianças pequenas, impacientes pela espera, o que deixa esse processo ainda mais desafiador para o perfil de consumidores de uma loja de brinquedos.

“Agora, os vendedores podem realizar transações em qualquer lugar da loja, ao lado do produto que o cliente deseja comprar, eliminando a necessidade de filas e proporcionando uma experiência de compra muito mais ágil e conveniente”, afirma Paulo Henrique de Toledo Farroco, chief Digital Officer (CDO) da Ri Happy. O executivo está na companhia há 2 anos e é responsável por liderar as principais mudanças tecnológicas na organização.

De acordo com Farroco, os principais meios de pagamento já estão integrados, como Pix e cartões de crédito e débito e, em breve, será implementada uma carteira digital.

Varejo fígital

A Ri Happy vinha fazendo bem a sua lição de casa em relação à tecnologia. A varejista já havia integrado os canais de compra para o omnichannel, o que deu a possibilidade de seus clientes comprarem, pagarem e retirarem o produto da forma mais conveniente. Implementou, inclusive, a prática conhecida como “ship from store”, em que os pedidos da venda online são atendidas e enviadas diretamente das lojas físicas, em vez de sair de um centro de distribuição ou armazém. Essa solução agiliza as entregas e reduz custos, vez que os CDs, geralmente, estão distantes dos bairros residenciais.

Na semana passada, a empresa confirmou a implementação do Google Workspace em processo de transformação digital e cultural. A ferramenta amplia a produtividade da equipe e reúne em uma mesma plataforma todos os serviços realizados em vários aplicativos ou telas.

O projeto piloto para o desenvolvimento das lojas físicas em unidades móveis e interativas foi implementado em 1º de julho. A previsão de Farroco é a de que em menos de 2 meses todo sistema estará integrado e poderá começar a expandir para outras as outras unidades.

Laboratório de testes

A loja do Bourbon Shopping, transformada em uma “lab sotre” para experimentação de novas tecnologias e soluções, funciona como um ambiente separado dos objetivos de lucro da empresa, permitindo testar e errar sem comprometer os resultados financeiros.

Rádio, IA e retail media

Outra aposta inovadora foi o lançamento da Rádio Ri Happy, concebida e gerida integralmente por Inteligência Artificial (IA). A rádio virtual foi criada para oferecer experiência personalizada e totalmente controlada para o público infantil, que é o foco da empresa.

“Sentimos a necessidade de ter uma mídia 100% nossa, com músicas e mensagens adequadas para crianças, sem depender de conteúdos externos”, explicou o CDO da empresa. A programação musical é gerada por IA, isto é, a tecnologia cria novas músicas e letras continuamente, sem custos de royalties, a partir de temas e contextos sugeridos. “Isso proporciona um canal de comunicação que pode ser adaptado às necessidades e preferências do público em tempo real”, complementa Paulo Farroco.

Segundo o executivo, a Ri Happy dispõe de um volume de conteúdos inéditos que lhe permite transmitir sua grade musical durante um dia todo sem nenhuma repetição.

O projeto, também de acordo com Farroco, é parte da estratégia da empresa de integrar o retail media neste canal, gerar novas receitas em parceria com anunciantes. Ele estima que metade de toda a rede já tenha integrado a rádio às suas operações. O processo de implementação envolve adaptações de hardware nas lojas, o que tem sido um desafio, mas a empresa está avançando rapidamente para que todas as unidades contem com essa novidade.

“A rádio é um exemplo de como estamos utilizando a Inteligência Artificial para melhorar a experiência nas lojas e, ao mesmo tempo, criar novas oportunidades de comunicação e monetização,” destaca Farroco.

Apesar de todas as inovações facilitarem a jornada de compra, a Ri Happy caminha para se transformar em um espaço de serviço e entretenimento em que a consequência pode ser ou não a compra de um produto. A rede oferece programação gratuita os finais de semana, que não obrigam os frequentadores a consumir na loja. Para o CDO, o bem-estar das crianças e a oportunidade de lazer e de relacionamento que o grupo oferece dentro de suas lojas têm sido o norteador das ações da empresa em direção ao futuro.

Fonte: “Ri Happy está transformando loja física em mobile com pagamento feito ao lado do produto – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)