Brasil é o principal país da América Latina em movimentação financeira no e-commerce

Um relatório do PagSeguro, empresa de pagamentos internacionais do PagBank, apontou o Brasil como o país com mais movimentação no e-commerce na América Latina. Ao todo, foram R$ 275 bilhões em 2023 e, para 2026, são esperados US$ 435 bilhões.

De forma geral, o resultado para a América Latina também foi considerado animador. Foram US$ 479 bilhões alcançados neste ano, com projeção de US$ 870 bilhões em 2026. Os dados integram a pesquisa “E-commerce and Payment Landscape in Latin America: Insights for the retail, travel, betting, gaming, streaming, online education, and cryptocurrency verticals”.

Os países presentes no paper são Brasil, Argentina, Colômbia, Peru, México e Chile. De acordo com a PagSeguro, estes são considerados os seis principais mercados da América Latina em questão de e-commerce.

Ramificações no e-commerce

Setores

O varejo é o setor mais dominante no ecossistema de pagamentos digitais na América Latina, representando 54% do volume total no e-commerce. Até 2026, por outro lado, o relatório cita uma queda para 52%.

O maior crescimento neste termo deve vir dos sites de apostas, com previsão de crescer 38% ao ano até 2026. Partindo de 4%, a esperança é que a categoria tenha mais participação nas vendas do e-commerce para 6% em três anos.

Outra vertical com expectativa de aumento no protagonismo é mostrada como “Outros”, incluindo pagamentos online de impostos, taxas, contas, serviços governamentais, planos de saúde, seguros e mais serviços do gênero.

O setor de viagens é o terceiro mais proeminente no ecossistema do e-commerce, com cerca de US$ 61 bilhões em pagamentos online ou 13% do volume total do comércio eletrônico na América Latina.

A categoria de Jogos representa um mercado de US$ 9 bilhões e espera-se que atinja US$ 11 bilhões até 2026. O Chile é o que país com melhor perspectiva para o futuro.

Em conjunto, os Top Seis Mercados, segundo a PagSeguro, estão com boa participação das transações transfronteiriças no varejo. Estas representam, hoje, aproximadamente 25% do volume do varejo online em Argentina, Chile e México.

A participação da modalidade cresce para 31% no Chile e 28% no México até 2026. Na Argentina, espera-se que ela caia de 25% para 21%, refletindo os desafios enfrentados por grupos internacionais ao operar em um mercado tão complexo, marcado por inflação desenfreada e controles cambiais.

Canais

Segundo o PagSeguro, 73% das compras online atuais nos países analisados são realizadas por meio de dispositivos móveis. Em 2020, o índice era de 55%.

O México lidera com a maior parcela de transações móveis em volume total de comércio eletrônico, seguido por Colômbia. O Chile apresenta a menor taxa.

No Peru, Colômbia, Chile e México, menos de 40% da população têm acesso a um computador. Na Argentina, a taxa é de 63%, e no Brasil, 58%.

Meios de Pagamento

Para o Brasil, acredita-se que o Pix pode crescer de 17% para 19% de utilização no e-commerce entre 2023 e 2026. Já no caso dos bank transfers (que incluem pagamentos instantâneos de outros países Latam), o uso pode sair de 5% para 7% no mesmo período de tempo.

Desde 2018, a parcela de pagamentos de e-commerce feitos por meio de cartões de crédito na América Latina saiu de 55% para 47%. A perspectiva até 2026 é de queda para 43%, mas ainda liderando entre os pagamentos online.

América Latina e e-commerce global

Em termos mundiais, o relatório do PagSeguro mostra a América Latina como destaque, sendo a região na qual as vendas do varejo online mais cresceram. As transações de e-commerce cresceram 30% neste ano frente 2022. Nos Estados Unidos e Europa, o mesmo índice foi de 14% e 12%, respectivamente.

Espera-se ainda que as vendas de varejo online continuem expandindo a uma taxa mais rápida na América Latina, com crescimento anual composta (CAGR) de 21%, em comparação com 15% na África e 11% nos Estados Unidos.

A maior vertical no comércio eletrônico, o varejo, é atualmente um mercado de US$ 258 bilhões nos seis principais mercados e espera-se que atinja US$ 454 bilhões até 2026. O Brasil e o México lideram o setor de e-commerce regional, respondendo por 70% de todas as transações dos países pesquisados.

Além disso, o México se destaca como o setor de varejo online de crescimento mais rápido na região, com aumento de vendas para este setor esperado a uma CAGR de 33% no país até 2026.

Este é segundo levantamento sobre o assunto da companhia, sendo o primeiro voltado a cada vertical de e-commerce. Esta edição completa pode ser acessada pelo link.

https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/brasil-e-o-principal-pais-da-america-latina-em-movimentacao-financeira-no-ecommerce

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AliExpress e Google Pay começam parceria para pagamento

Consumidores que utilizarem o Google Pay como forma de pagamento no AliExpress receberão R$ 25 off em compras acima de R$ 50.

O AliExpress, e-commerce do grupo chinês Alibaba, acaba de anunciar que agora será possível realizar compras na plataforma com o Google Pay, meio de pagamento do Google para compras online em apps e em lojas que aceitam pagamentos por aproximação com essa ferramenta.

Para o lançamento da parceria os clientes terão uma condição especial, por tempo limitado: aqueles que pagarem suas compras com Google Pay receberão R$ 25 off em compras acima de R$ 50. O desconto pode ser cumulativo com outros subsídios.

“Nosso objetivo é sempre abrir as possibilidades e melhorar a experiência de compra do nosso consumidor. A parceria com o Google Pay possibilitará uma experiência de compra mais ágil, prática e segura, com condições exclusivas”, afirma Briza Bueno, diretora do AliExpress no Brasil.

Referência

Vale ressaltar que o mercado chinês é usado como benchmark por várias empresas, principalmente falando em meios de pagamentos, seja no digital ou no físico.

“Por lá é supernormal você ir a um restaurante, abrir o cardápio pelo QR code e escolher o seu pedido. Só que diferentemente do que acontece aqui no Brasil, ao clicar no prato escolhido, automaticamente ele já debita da sua conta, muitas vezes após o reconhecimento fácil. Essa é a tecnologia de meio de pagamento da vez no varejo chinês”, contou Briza Bueno em sua participação no Fórum E-commerce Brasil, em julho deste ano.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/05/12/2023/noticias/aliexpress-e-google-pay-comecam-parceria-para-pagamento/

Instabilidade econômico-financeira e o crescimento do varejo de valor

É uma relação quase que direta: quando aumenta a instabilidade econômico-financeira e cai a confiança do consumidor, crescem no varejo os formatos, canais e conceitos de valor, aqueles que se propõem a vender mais por menos. E não é só no Brasil, como acompanhamos em recente giro por alguns países europeus.

Existe em vários mercados do mundo um cenário marcado pela instabilidade gerada por crises políticas, econômicas e, quase sempre, com impacto direto em inflação mais elevada e menor confiança dos consumidores. Pudemos observar esse cenário em visitas recentes a alguns países europeus (Portugal, Itália e Espanha) e também nos Estados Unidos.

E com exceção do cenário de inflação mais alta, em sentido inverso no Brasil, onde está estável com tendência declinante, também temos um quadro similar que acaba por privilegiar os formatos, canais, conceitos e modelos orientados para valor.

Em especial porque temos uma situação onde o elevado nível de endividamento das famílias associado com maiores níveis de inadimplência, heranças ainda presentes da crise da pandemia, criam uma situação de maior cautela.

A combinação da menor confiança, cautela com as perspectivas à frente e com mais informação disponível pela profusão de canais de comunicação e maior oferta de alternativas. Tudo isso contribui para maior grau de racionalidade no processo decisório de compras, impulsionando tudo que signifique maior valor percebido em especial na sua dimensão do preço.

Todos esses elementos geraram o “smart consumer” como foi definido esse comportamento emergente e que foi apresentado no Latam Retail Show deste ano.

Assim os clubes de compra no atacado, cash and carry, hard e soft discounters, outlets, e-commerce e market places crescem em sua participação de vendas nos vários tipos de varejo promovendo uma pressão relevante nos preços e na rentabilidade dos fornecedores de bens e serviços de consumo. E obrigam também outros conceitos a ajustarem suas margens e racionalizarem custos para enfrentar o cenário emergente.

Nos alimentos esse processo beneficia diretamente negócios como Costco, Trader Joe’s, Target, Aldi, Mercadona, Lidl e até mesmo Dia e outros operadores com a mesma proposta.

No Brasil os maiores beneficiados são os atacarejos, tipos de varejo que se multiplicaram tanto em número de unidades e marcas que as vendas individuais já não crescem como cresciam no passado recente, mas tiram mercado e participação dos super e hipermercados convencionais.

A nova polarização do varejo também contempla o vetor de conveniência que tem feito com que mais redes busquem formatos e conceitos que atendam essa demanda.

De forma mais global, no setor da moda mais marcas estão orientadas para essa proposta, como Primark, Zara, H&M, Mango e outras aumentando seu tráfego e crescendo em participação nas vendas, redistribuindo participação de mercado.

No Brasil, considerando todo esse conjunto de fatores o cenário, as características são um pouco distintas pelo peso da informalidade em determinadas categorias de produtos que cria uma concorrência desigual por oferecer preços mais baixos pela menor ou nenhuma taxação.

Em todos os casos o avanço do e-commerce por sua maior facilidade de comparação de preços e análise de alternativas se transformou num elemento importante de pressão sobre os preços e rentabilidade de todos os operadores.

Mas existe uma diferença significativa de práticas com respeito à entrada dos grandes operadores globais de plataformas de produtos de menor preço, em especial os com origem no mercado Asiático.

Enquanto na Europa em muitos países houve um bloqueio à concorrência predatória representada por essas plataformas, no caso do Brasil esse processo tem sido estimulado pelo benefício representado pela não tributação da importação e apenas a imposição do ICMS de 17%.

Essa flagrante e inconcebível desigualdade competitiva tem como “mérito” reduzir emprego, renda e investimentos na indústria e no varejo locais e estimular a abertura de negócios em países vizinhos para que se possa também trazer produtos com esse benefício.

Esse comportamento seria pouco inteligente, ingênuo e míope se não fosse absurdo. Mas não há como ignorar esse movimento de crescimento dos formatos, marcas, canais e conceitos orientados para valor, e sua crescente participação de mercado, e essa relação simbiótica onde a instabilidade econômico-financeira gera aumento dos conceitos de valor que por sua vez deprimem preços e rentabilidade gerando maior instabilidade.

Vale refletir e, mais importante, agir para repensar modelos e processos de varejo que permitam um novo patamar inevitável de concorrência.

Lições do Cotidiano
Aconteceu no aeroporto de Barcelona num domingo de muito movimento. O excesso de bagagem obrigaria o pagamento de um valor extra para despacho de mais uma peça. Mas havia a opção de fazer a compra usando o aplicativo da companhia aérea Vueling ao invés de comprar direto no check-in o que reduziria o valor em 58%.

A Vueling é uma empresa de serviços aéreos orientada para valor, pois opera no conceito de baixo custo e pertence ao grupo IAG, que também opera Iberia, British Airways e Air Lingus, entre outras. É a principal companhia aérea no aeroporto de Barcelona, com 38% de participação.

O funcionário do check-in, nesse caso operado pela Iberia, sinalizou essa possibilidade que traria inegável benefício ao cliente, pois havia tempo para tal e apoiou orientando no uso do aplicativo no celular para que pudesse ser concluída a operação.

Priorizou o benefício ao cliente, colocando-o no centro de tudo, ao invés de aumentar a receita da empresa naquela inevitável transação.

Vale a lição e a inspiração.
‘https://mercadoeconsumo.com.br/23/10/2023/artigos/instabilidade-economico-financeira-e-o-crescimento-do-varejo-de-valor-2/

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Open Finance: brasileiros estão menos preocupados em compartilhar dados financeiros

A preocupação sobre a forma como os dados serão usados também teve queda, saindo de 45,8% para 34% em dois anos.

A preocupação dos brasileiros em compartilhar dados financeiros diminuiu nos últimos anos enquanto o Open Finance (compartilhamento autorizado de dados entre instituições financeiras) cresceu no país. De acordo com a pesquisa Open Finance Brasil, em 2021, 45,8% das pessoas se mostravam preocupadas em como tais informações seriam utilizadas. Em 2023, esse percentual caiu para 34%.

A pesquisa online Open Finance Brasil 2023 foi realizada em maio pela Ipsos a pedido da TecBan, com abrangência nacional. Foram entrevistados 1 mil homens e mulheres bancarizados, das classes A, B e C, com acesso à internet.

Em um comparativo entre 2021 e 2023, as quatro principais preocupações dos pesquisados sobre a utilização do open banking diminuíram.

a insegurança sobre crime financeiro caiu de 48% para 36%, em 2023;
a preocupação sobre a forma como os dados serão usados também teve queda, saindo de 45,8% para 34%;
o medo da perda do anonimato sobre os dados diminuiu de 43% para 29%; e
a preocupação sobre falta de proteção dos dados reduziu de 41% para 28

Outro dado do estudo mostrou que 49% dos clientes que conhecem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se sentem mais confortáveis para compartilhar informações.

Rogério Melfi, gerente de Open Finance na TecBan, atribui essa queda da desconfiança no compartilhamento de dados a mais educação financeira por parte das pessoas e a entrada em vigor da LGPD.

“As pessoas começaram a entender o que elas têm de direitos e deveres com a Lei de Proteção de Dados”.

A recomendação do gerente ao consumidor para proteger seus dados é de sempre utilizar os canais oficiais da sua instituição financeira e observar com cuidado se links em e-mails e SMS são, de fato, provenientes do seu banco.

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Alibaba fará IPO de empresa de logística Cainiao

A Alibaba planeja listar a sua subsidiária de logística Cainiao na Bolsa de Valores de Hong Kong. A informação foi divulgada por meio de um arquivamento regulatório publicado ontem (26).

A gigante chinesa cita que continuará a deter mais de 50% das ações da Cainiao mesmo com a listagem. Essa ação faz parte de uma das reestruturações mais radicais na história da Alibaba.

Em março, a empresa anunciou que dividiria sua estrutura em seis unidades de negócios, a maioria das quais poderá levantar fundos externos e abrir capital.

A Cainiao é a primeira dessas empresas a entrar oficialmente com um pedido de oferta pública inicial (IPO).

Vale destacar que os planos de IPO da Cainiao ocorrem após a Alibaba anunciar uma grande reestruturação de liderança em junho, quando o ex-CEO Daniel Zhang renunciou e foi substituído por Eddie Wu. Zhang, que manteve a liderança da unidade de computação em nuvem, surpreendeu ao sair do negócio neste mês. Wu assumiu como chefe da divisão de nuvem da Alibaba.

A Alibaba confirmou que a Bolsa de Valores de Hong Kong aceitou a listagem da Cainiao. Detalhes sobre o preço das ações ou a data prevista para a listagem ainda não foram divulgados.

A gigante do e-commerce afirmou que o IPO melhorará o “perfil independente da Cainiao perante seus clientes, fornecedores e potenciais parceiros estratégicos, o que ajudará a Cainiao a estar em uma melhor posição para negociar e atrair mais negócios”.

A Alibaba ainda acrescentou que a listagem “levará a um maior alinhamento das responsabilidades e prestação de contas da gestão” tanto da Alibaba quanto da Cainiao com seu desempenho operacional e financeiro.

Além da Cainiao, a Alibaba também está buscando listar seu negócio de computação em nuvem, embora ainda não tenha apresentado oficialmente um pedido de separação.

Sobre a Cainiao
Fundada em 2013, a Cainiao é uma rede de logística que ajuda a Alibaba a cumprir entregas feitas em suas plataformas de comércio eletrônico, tanto na China quanto no exterior.

A Alibaba tem como objetivo atender aos pedidos dos consumidores em até 24 horas na China e em até 72 horas em qualquer outro lugar do mundo.

A empresa adquiriu a maioria das ações da Cainiao em 2017 e detém quase 70% de participação até terça-feira. A velocidade de entrega é um ponto de competição entre as empresas de comércio eletrônico chinesas.

O rival da Alibaba, JD.com, concentrou-se na entrega no mesmo dia para aumentar a atratividade de sua plataforma entre os compradores chineses.

‘https://euqueroinvestir.com/negocios/alibaba-ipo-cainiao

Marisa encontra solução para o varejo? Entenda estratégia de R$7 bilhões

A Marisa apostou em uma nova parceria para acelerar a concessão de crédito e aumentar as vendas da varejista.

Os últimos meses têm sido desafiadores para a Marisa. Não só: o varejo brasileiro vem se desdobrando para seguir, achando soluções diferentes. A Marisa resolveu transferir o negócio de crédito para consumidores para a Credsystem. 

Por quê? Depois de apresentar um grande prejuízo, a empresa aposta em um movimento para reduzir o risco financeiro do negócio, levantar capital e melhorar a estrutura financeira da empresa.

O que significa a parceria da Marisa com a Credsystem?

Fundada há 27 anos, a Credsystem atua oferecendo soluções de cartões de crédito e outros serviços financeiros focado em classes econômicas emergentes.

Já a Marisa diz que não sabe operar banco e fazer crédito. E com a entrada de um parceiro qualificado, eles criam um ciclo que é:

  • uma aceleração da concessão de crédito;
  • o que tende a estimular as vendas da varejista.
  • Além de uma melhora na experiência do cliente.

Logo, a empresa espera um volume de receita que pode ultrapassar R$7 bilhões, de acordo com o anúncio feito:

“O plano de negócios inicial concebido para o prazo de duração da Nova Parceria prevê volume de receita total potencial superior a R$ 7 bilhões, e lucro antes de impostos potencial para a Marisa da ordem de R$ 1 bilhão. Sendo assim, estima-se que através da reformulação do negócio de crédito e cartões por meio da Nova Parceria, a Marisa poderá capturar valor presente líquido de aproximadamente R$ 400 milhões, incluindo pagamentos a serem feitos pela Credsystem à Marisa nos próximos 12 meses e o recebimento de valores vinculados ao profit sharing”, escreveu a empresa em seu comunicado.

Qual o destino da instituição financeira da Marisa?

Com a Credsystem tendo exclusividade sobre o crédito para clientes (empréstimo pessoal e o cartão private label), a Marisa pode continuar dando crédito aos fornecedores.

A questão é: vale a pena manter a MBank, instituição financeira da Marisa, para isto? 

Se resolver acabar com a operação, a Marisa calcula que sobrarão R$ 100 milhões para o caixa da varejista — um saldo que inclui os empréstimos que devem ser quitados e exclui os passivos.

Como ainda há a previsão de receber mais R$ 100 milhões da Credsystem daqui a um ano, como parte do contrato, a soma de R$ 200 milhões é praticamente o tamanho da dívida da empresa.

Foco em produtividade, redução de custos e de ativos

A Marisa anunciou uma reestruturação que parecia pouco palpável para o mercado. Contudo, apostou em redução de custos e vem focando em produtividade para voltar a crescer. 

Entre as ações, nos últimos meses, a Marisa demitiu 25% de seus 8.000 funcionários e fechou 88 lojas que davam prejuízo.

Por que importa?

O crescimento acelerado durante a pandemia trouxe consequências sérias para muitas empresas. As adaptações cobram um custo, mas é possível achar caminhos alternativos. A Marisa, por exemplo, está usando sua plataforma nacional e poder de marca para endereçar soluções aos clientes através de parceiros com mais experiência.

Eles bem chamam de “monetização do nosso balcão”, uma saída propícia para o varejo.

‘https://www.startse.com/artigos/marisa-encontra-solucao-para-o-varejo/

DREX: a cara do real digital e as bem-vindas regulamentações no mercado de criptomoedas

No dia 7 de agosto, o Banco Central anunciou o nome oficial do real digital, DREX – pronuncia-se “dréx”, sem as letras separadas, sendo “D” referente a “digital”, “R”, a “real”, “E”, a “eletrônico” e “X” a “transação”, como explicou o economista Fábio Araujo, coordenador do projeto. A expectativa é que a fase de testes termine no final de 2024, quando o real digital passará a ser usado na prática.

O anúncio é o passo mais recente de um projeto que vem sendo desenvolvido desde que o BC criou, em 2020, um grupo de trabalho para avaliar o tema e que, no início deste ano, evoluiu para a criação de uma plataforma-piloto de testes da nova moeda. A rigor, o real digital é classificado como uma CBDC (“Central Bank Digital Currency” ou Moeda Digital de Banco Central), tema que vem ganhando força no mundo inteiro.

O anúncio do nome da CBDC brasileira é mais um movimento da aceitação e, mais que isso, da regulamentação do mercado cripto. Antes vistas com certa desconfiança pelos grandes players do mercado financeiro, as criptomoedas e, sobretudo, seu ecossistema (que envolve, além das próprias criptos, mecanismos de registro em blockchain, por exemplo, além da tokenização de ativos) vêm ganhando cada vez mais importância.

Tema relegado até há alguns anos a segundo plano por boa parte dos “bancões”, o uso de blockchain passou a ser visto como uma ferramenta de ganho de eficiência com segurança, justamente em um segmento em que os velhos sistemas legados muitas vezes ainda predominam. Não por acaso, a pesquisa anual de Tecnologia Bancária da FEBRABAN mostra que 67% dos gestores consideravam o tema blockchain uma prioridade.

Mas, afinal, por que tokenizar a economia implica ganhos de eficiência? Em primeiro lugar, vale voltar a um conceito básico, o de que a tokenização é a representação digital de instrumentos financeiros ou ativos já conhecidos. Nesse sentido, tende a diminuir o número de intermediários financeiros em um processo, garantindo – voltamos a destacar! – toda segurança nesse processo.

A tokenização e o uso de blockchain são uma evolução natural de um mercado que começou justamente com as criptomoedas. “Early adopter” por definição (vide a velocidade com a que as novas mídias sociais ganham espaço por aqui), o brasileiro comprou a ideia dos criptoativos, a ponto de o país já contabilizar 6,3 milhões de investidores em ativos digitais segundo pesquisa da ANBIMA.

Em cerca de uma década, as criptomoedas alcançaram o tamanho do centenário mercado de Bolsa, que contabiliza, hoje, cerca de 6 milhões de contas de PFs abertas em corretoras.

Diante dessa evolução, é natural a entrada do BC, via DREX ou regulação – e muito bem-vinda -, seja pela simples presença do órgão regulador no tema, seja pelo fato de estar “construindo” o real digital “a muitas mãos”, com a participação do mercado.

O real digital, assim como os ativos tokenizados, possui uma importante característica de programabilidade, são os chamados smart contracts, os contratos inteligentes. Para dar um exemplo bem simples, uma família poderá “programar” o pagamento em DREX a um filho menor de idade para que os recursos sejam gastos apenas em atividades ligadas à educação, como a compra de livros. Contrariando um antigo ditado popular, o dinheiro poderá, sim, “ter cara”. As possibilidades são inúmeras, podendo ser estendidas, por exemplo, a contratos de compra e venda de imóveis ou veículos.

Um ponto importantíssimo que, felizmente, não vem sendo deixado de lado nesse processo diz respeito à regulamentação desse ecossistema. Nesse sentido, um outro passo da maior importância foi dado pelo governo brasileiro com a regulamentação da chamada “Lei das Cripto” (14.478/22), que “dispõe sobre diretrizes a serem observadas na prestação de serviços de ativos virtuais e na regulamentação das prestadoras de serviços de ativos virtuais” e que, na prática, coloca ele, o BC, como órgão responsável por regulamentar e supervisionar essa nova indústria, cabendo, adicionalmente, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) supervisionar os criptoativos enquadrados como valores mobiliários.

Regulações no segmento, vale lembrar, não são exatamente uma novidade. No exterior, órgãos como o NYDFS (New York Department of Financial Services – Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York) e a MAS Singapore (Autoridade Monetária de Singapura) já vêm tratando, em alguma medida, do tema. E é importante que qualquer empresa do setor que se pretenda posicionar de forma global observe as normas dessas entidades reguladoras.

Voltando ao Brasil e à recente regulamentação, para o mercado como um todo, embora haja alguns desafios do ponto de vista da inovação, a nova norma é muito bem-vinda e tende a trazer segurança, tanto do ponto de vista dos investidores/usuários quanto dos próprios players, que passam a trabalhar com maior previsibilidade do ponto de vista de limites e responsabilidades.

A tokenização da economia está apenas começando. E o horizonte revela um sem-fim de possibilidades. Sobretudo quando se consideram questões como desenvolvimento e modernização dos mercados, além da inclusão financeira.

Juliana Schlesinger Felippe, Enterprise Partneship Manager da Paxos no Brasil.
‘https://tiinside.com.br/03/09/2023/drex-a-cara-do-real-digital-e-as-bem-vindas-regulamentacoes-no-mercado-de-criptomoedas/

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PicPay varia “prateleira” do marketplace, que tem 115 vendas por segundo

No 1º semestre, o PicPay Shop superou R$ 1 bilhão em GMV, o que representa um crescimento de 36% na comparação anual.

A oferta de soluções não financeiras por fintechs, bancos digitais e até “bancões” é uma realidade. No PicPay, super app com mais de 33 milhões de usuários ativos, a estratégia tem ganhado corpo desde o lançamento da então PicPay Store, há quatro anos. Com aproximadamente 115 vendas por segundo, o marketplace vem incrementando o leque de produtos e serviços. Agora quer crescer em categorias de maior recorrência, como mercado, farmácia e pet.

Rebatizado recentemente, o PicPay Shop superou, no primeiro semestre de 2023, R$ 1 bilhão em volume total de vendas (GMV, na sigla em inglês), o que representa um crescimento de 36% na comparação anual, informa o PicPay.. A cifra é significativa se olharmos para o retrovisor — em seu primeiro ano de atuação, em 2021, a antiga “Store” totalizou um GMV de pouco mais de R$ 1 bilhão, volume que saltou para R$ 1,6 bilhão em 2022.

Com mais de 330 lojas parceiras, o negócio registra mais de 2,5 milhões de usuários únicos transacionando mensalmente e adiciona mais 200 mil clientes todos os meses. Segundo Rita Cunha de Lemos, executiva que acaba de assumir a liderança dessa unidade, o objetivo do marketplace é ser um “hub de consumo” que contribui para o engajamento dos clientes. “Isso fortalece a estratégia do PicPay como um todo em ser a conta principal desse cliente”, diz ela, ao Finsiders.

É a primeira entrevista desde que Rita assumiu a posição — ela chegou à fintech em abril. No mercado de e-commerce há cerca de 17 anos, a executiva entende do riscado. Passou os últimos cinco na Mosaico, dona do Buscapé e do Zoom, onde foi diretora de ‘growth’. No PicPay, sua missão é expandir ainda mais a estratégia de marketplace da fintech.

Diversificação

Nos últimos trimestres, o negócio vem agregando novas categorias de produtos e serviços, assim como tem ampliado a relação de lojistas disponíveis. No PicPay Shop, é possível comprar desde gift cards de games até smartphones. A empresa tem parcerias com grandes varejistas como Amazon, Magalu, Casas Bahia, Carrefour, entre outros.

Para Rita, a decisão de entrar em novos segmentos e ampliar categorias é uma combinação entre entender o que as pessoas querem consumir e aquilo que faz sentido do ponto de vista de ‘unit economics’. Uma das apostas do PicPay Shop é viagens. “Temos uma atuação forte já no segmento e queremos ampliar e solidificar essa estratégia”, afirma a executiva.

A empresa também quer ganhar mais espaço em produtos de maior recorrência. “Hoje temos uma atuação forte em gift cards para games e aplicativos de transporte, como Uber e 99. Agora vamos partir para segmentos do comércio eletrônico que geram bastante recorrência de compra, como mercado, farmácia e pet”, conta Rita. Outra área de foco é telecom. “Temos já um relacionamento forte com as operadoras, mas podemos diversificar os produtos.”

“Personalização do cashback”

No PicPay Shop, cashbacks e cupons de desconto são os principais chamarizes. Desde a criação do marketplace, por exemplo, já foram distribuídos mais de R$ 100 milhões em cashback. Para Rita, esse recurso é uma “alavanca poderosa” para o engajamento da base de clientes, mas tem desafio de execução. Isso significa criar uma proposta de valor que faça sentido para o consumidor, o que começa desde a negociação com os parceiros e vai até a comunicação com os usuários na ponta.

Segundo ela, a companhia investe cada vez mais na “personalização” do cashback, com ofertas mais direcionadas para a necessidade do cliente. “Também apostamos em uma conexão cada vez maior com o ecossistema financeiro da companhia, que é muito amplo”, diz a executiva. “Por exemplo, podemos fazer uma campanha de cashback no Magalu, incentivando essa compra com o PicPay Card.”

Entre as novidades mais recentes, o PicPay também lançou uma extensão para Google Chrome que permite comprar no marketplace também pelo navegador. “É mais uma maneira de agregar valor para o nosso usuário.”

Tendência

Muito se fala sobre a movimentação de fintechs, neobanks e mesmo instituições tradicionais, como Itaú, Bradesco e Banco do Brasil (BB), para avançar na oferta de produtos e serviços não financeiros. O caminho é cada vez mais comum como parte do esforço para ampliar as linhas de receita, engajar os clientes e buscar a tão sonhada principalidade.

A rota inversa também é perseguida pelos principais varejistas e marketplaces no Brasil. O exemplo mais bem-sucedido é do Mercado Livre, cuja operação de serviços financeiros, o Mercado Pago, se tornou um dos players mais relevantes do setor e quer ser um dos três maiores bancos digitais no país até 2025.

A oportunidade no mercado local tem atraído, ainda, gigantes como a norte-americana Amazon, que lançou oficialmente na semana passada seu cartão de crédito para clientes brasileiros. O produto, fruto de um acordo com Bradesco e Mastercard, aposta em benefícios arrojados, como cashback de 5% para os consumidores que fazem parte do Amazon Prime.

https://www.terra.com.br/economia/dinheiro-em-dia/meu-negocio/picpay-varia-prateleira-do-marketplace-que-tem-115-vendas-por-segundo,c20dca83c022ba56048abae1bd544244vonl4zmc.html?utm_source=clipboard

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Amazon anuncia cartão de crédito sem anuidade, com cashback e parcelamento estendido

A Amazon anunciou recentemente a criação de um cartão de crédito. O produto promete até 3% de cashback, parcelamentos estendidos em compras dentro da Amazon, além de não ter anuidade.

 

Cartão de crédito Amazon

Apesar de já constar no próprio site da Amazon, ainda não foram detalhados as informações gerais do cartão. O que se sabe, até o momento, é que ele será emitido na bandeira Mastercard e em duas versões (um cartão da Amazon tradicional e outra versão do Amazon Prime).

Sobre os benefícios, por ser Mastercard, é esperado que você receba as conveniências da bandeira, como seguro viagem, além de adicionais exclusivos da Amazon, a exemplo dos listados abaixo:

Cashback de até 3%

Com o cartão de crédito Amazon, você poderá ganhar até 3% de cashback em compras, sendo divididos da seguinte forma:

  • 3% de volta em pontos em todas as suas compras feitas no site da Amazon Brasil;
  • 2% de volta em restaurantes, farmácias, entretenimento, viagens e compras internacionais;
  • 1% de volta em demais estabelecimentos (como postos de gasolina, entre outros).

Parcelamento estendido

Além disso, assim como acontece com cartões de varejistas como Casas Bahia, Extra e Ponto, por exemplo, também é informado que as compras no site da Amazon Brasil terão mais opções de parcelamento.

Atualmente, o máximo de vezes que sua compra pode ser parcelada no site da Amazon é de 10 sem juros, mas os portadores do Cartão Amazon terão opção de parcelamento em até 15x sem juros.

Anuidade grátis

Outro benefício é que o cartão não possui anuidade, ou seja, o portador pagará apenas pelo que for gasto em fatura – excluindo possíveis cobranças de mensalidades.


Programa de pontos

Mesmo sem ter muitas informações, a Amazon deixou escapar o que talvez venha a ser um programa de pontos do cartão (talvez!). Isso porque, no momento em que foi informado sobre o cashback, é dito que compras feitas dentro do site da Amazon Brasil serão creditados “3% de volta em pontos“.

Como funcionará a mecânica desses pontos acumulados, ainda não foi divulgado. Vale lembrar que a Amazon permite a compra de produtos ou a mescla de pontos + dinheiro através de parceria com a Livelo, onde os pontos acumulados no programa de recompensas bancário podem ser utilizados em compras dentro do portifólio de produtos da Amazon Brasil.


Comentário

Sempre que um cartão de crédito é anunciado, nós ficamos atentos para conhecer melhor o produto. Apesar de não ser tão chamativo para o público de alta renda, a notícia pode ser interessante para o consumidor da Amazon, que pode ter um cartão sem anuidade, com cashback e parcelamento exclusivo em compras dentro da plataforma.

No entanto, vale frisar que, em épocas de Amazon Day, em que é possível acumular até 8 pontos por real gasto, ou até mesmo Black Friday, ter um cartão que permite parcelamento em até 15x sem juros, por exemplo, pode ser bastante atrativo.

‘ https://passageirodeprimeira.com/amazon-anuncia-cartao-de-credito/

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Real Digital: explicando a ‘nova’ moeda oficial brasileira

Em breve, teremos um dinheiro “na rede”: o Real Digital; mas o que tem de específico nesta moeda, se hoje existem bancos online?

O Banco Central anunciou nesta semana as primeiras fases de ação para a concretização do Real Digital. Como o próprio nome diz, esta será uma “nova versão” do Real, completamente digital. Seguirá como a moeda oficial do Brasil, mas com o traço único que existe apenas em ambiente digital. Ela não pode ser, de maneira alguma, uma nota de real – e nem dinheiro físico. Ainda assim, é Real.

Para isso, o Real Digital – oficialmente uma Central Bank Digital Currency (CBDC) deverá seguir algumas diretrizes. A moeda será produzida e regulamentada pelo Banco Central, deverá seguir as regras e leis da política monetária do país, e terá o valor correspondente ao real “offline”.

Dinheiro Digital já existe?

E qual é a diferença entre usar o Real Digital e usar apenas bancos digitais, com valores existindo em conta e sendo usados em transações não físicas com cartões de débito? Basicamente, o intermediário e a intervenção de bancos. O Real Digital não precisa, necessariamente, ser “dinheiro de banco”. Ou seja: não precisa ser intermediado por alguma instituição financeira. Assim, não há pagamentos de taxas ao banco nem pelo comprador, nem pelo vendedor.

Outra questão bastante relevante é: não existe crédito no Real Digital. Quando você pega crédito, faz um empréstimo ou um financiamento, você pega dinheiro “emprestado” de um banco ou instituição financeira. Essa opção não existe com o Real Digital: ou você o tem, ou não pode usar. As transações em crédito seguirão sendo exclusivamente feita por intermediários.

Pioneirismo e primeiros testes do Real Digital

O Real Digital não é, realmente, novidade; a moeda está em desenvolvimento desde 2021. Também não é pioneira – alguns outros países desenvolvem projetos parecidos. Por que, então, chama tanta atenção?

Um dos motivos é que, embora o Brasil não seja o único nessa empreitada, é um dos principais. O brasileiro gosta de tecnologia e tem facilidade em absorver novas tendências. Isso é bastante prático para uma moeda digital oficial, pois os meios para fazer acontecer existem tanto na indústria quanto nas práticas diárias do consumidor.

Outra razão é que agora acontecem os primeiros passos concretos para a realização do Real Digital. O Banco Central revelou o início de um plano piloto e anunciou que em setembro de 2023 começará os testes com a moeda. 16 instituições financeiras selecionadas foram convidadas a se conectar nas redes de teste digital do Real Digital para testar a aplicabilidade do sistema.

Caso o piloto, que começa em setembro, seja eficiente, o Real Digital ganha potência para ser adotado oficialmente. O Banco Central prevê que, caso tudo desenrole com maestria, ainda em 2023 (no mais tardar, fevereiro de 2024) instituições financeiras possam ter acesso ao uso do Real Digital. O acesso público, porém, ainda será direcionado e não geral, e fará parte da fase de teste inicial, prevista para acabar em março do próximo ano.

O que precisa ser testado no Real Digital?

A fase de testes do Real Digital, na verdade, começou há tempos. Porém, não se pode testar demais quando o assunto é segurança. Pensando que é um dinheiro nacional, dá-se muita atenção à segurança e métodos de garanti-la. A privacidade também é bastante importante.

Então, o modelo piloto serve para colocar à prova a segurança e métodos de privacidade desenvolvidos. Assim, há tempo hábil de consertar erros e encontrar soluções antes de tudo ser “para valer.”

Além disso, é importante garantir que os processos estejam de acordo com as leis. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), inclusive, também se aplica ao uso do Real Digital. Portanto, a proteção de informações é tão importante quanto a da parte financeira.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/07/19/real-digital-banco-central/