Para repensar integração e cadeias de valor no varejo e outros setores

A combinação da complexidade, amplitude, profundidade e velocidade das transformações que temos vivenciado potencializa os desafios que os negócios de todos os tamanhos e setores enfrentam. Em especial no varejo, por conta do irreversível aumento da competitividade gerado por crescentes pressões sobre a rentabilidade inerentes ao aumento da oferta de produtos, marcas e canais em escala global e o maior empoderamento dos consumidores que tudo podem e quase tudo têm ao alcance de um clique.

Imaginar que eventuais segredos ou o isolamento para enfrentar esses desafios possam criar alguma vantagem competitiva é se impor um processo acelerado de perda de relevância. Tem sido um caminho natural a integração de esforços e recursos em busca de alternativas para enfrentar o quadro de crescente competitividade.

Mas é mais fácil advogar a tese do que a prática, uma vez que essa visão conflita com posturas arraigadas do passado, quando cada um por si pode ter feito algum sentido. Mas, definitivamente, não faz mais.

Nas suas mais diversas formas, modelos de integração virtuosa de negócios parecem ser parte da resposta para os cenários à frente e existem inúmeros modelos e exemplos que mostram a força transformadora da integração.

Redes de negócios, grupos voluntários, franquias, licenciamento, centrais de compras ou negócios, redes associadas e alianças de negócios são apenas alguns exemplos puros desenvolvidos ao longo do tempo e que têm cada vez mais mostrado seu valor quando se trata de combinar esforços para enfrentar o quadro mais competitivo.

A força e o crescimento do franchising no mundo e no Brasil nos mais diversos setores, de comércio a serviços, constituem um ótimo exemplo, combinando a força da marca e modelos de negócios com o empreendedorismo e a gestão direta dos franqueados.

Assim como a expansão das Centrais de Negócios, quando pequenas e médias operações se integram para comprar, desenvolver e operar de forma conjunta em determinadas áreas, no varejo, nos serviços ou na combinação de ambos.

Da mesma forma que redes de varejo se integram para criar alternativas em compras e desenvolvimento de negócios, como ocorre com a Rede Brasil de supermercados regionais, reunindo 16 operadores do setor para serem mais competitivos.

Ou quando fornecedores desenvolvem redes de distribuição integradas com seus revendedores tradicionais, como é o caso de Apple, Samsung e outros mais.

Mas também existe outra dimensão de integração importante envolvendo empresas varejistas ou operadores, com seus fornecedores de produtos e serviços, analisando e monitorando o comportamento do mercado para um entendimento mais maduro e combinado da realidade em busca do desenvolvimento coletivo.

E o que acontece aqui no Brasil no setor de foodservice, em que foi criado um benchmarking global nessa integração virtuosa por meio do IFB – Instituto Foodservice Brasil.

E o mesmo modelo começa agora a ser desenvolvido também nos setores de material de construção e pet. Mas é passível de reprodução em confecção, moda, calçados, material esportivo ou de escritório e muitos outros segmentos.

Os modelos no seu início se baseiam na consolidação das informações para criar uma visão compartilhada da realidade, em parte alimentada pelos próprios participantes e ampliada pelos estudos conjuntos de mercado.

E podem evoluir para compra conjunta de insumos, serviços e tudo aquilo que não seja estratégico, preservando os aspectos críticos da competição direta entre concorrentes.

Os desenhos, formatos, alternativas e possibilidades têm se multiplicado à medida que as dificuldades e desafios aumentam, mas a maior barreira é cultural, representada pela distância existente entre líderes setoriais e o entendimento comum dos desafios e das alternativas. E a necessária abertura para pensar diferente.

O tema merece, no mínimo, gerar muito mais reflexão de todos nós quando P&G, Apple, Nestlé, Amazon, Tencent, Samsung, Alibaba, JBS, BRF, Cacau Show, Boticário e muitos mais desenvolvem modelos de negócios integrando de forma virtuosa elos da cadeia de valor para inovarem em modelos de negócios e se tornarem mais relevantes. Mas notem a predominância de corporações globais e locais oriundas do setor industrial. E a menor participação daquelas com origem no setor empresarial do comércio e varejo.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/29/04/2024/artigos/para-repensar-integracao-e-cadeias-de-valor-no-varejo-e-outros-setores-mais-2/”

O futuro do varejo é hiperpersonalizado. Mas o que é isso exatamente?

Há um ritual que repito todo sábado. Bem cedo, desço do meu apartamento e vou até uma casa de carnes próxima. Mal atravesso a porta, o gerente levanta o braço, mostrando que me viu. Daí pra frente, só preciso sentar e apreciar o espetáculo do excelente atendimento.

Primeiro, eles me trazem água com gás e super gelada – por conta da casa! Enquanto isso, eles preparam a picanha e outros cortes para o churrasco exatamente como eu gosto. Até temperam uma carninha com espaguete que minha filha adora.

O tempo todo não preciso dizer uma só palavra. A não ser quando me despeço com um “até sábado que vem”.

Percebeu? De forma completamente intuitiva e puramente empírica, o pessoal da casa de carnes está pondo em prática uma das táticas de marketing mais atuais, avançadas e eficazes – a hiperpersonalização.

Sempre que convido um dos nossos clientes para um churrasco, faço questão de fazê-lo participar do “ritual” para que veja na prática o que tenho falado para ele o tempo todo.

Por que a hiperpersonalização é importante para o seu negócio?

Porque, ao combinar os clientes com as suas preferências, tudo se torna muito mais fácil: vendas recorrentes, up-selling, cross-selling, o que você pensar ou sonhar.

A hiperpersonalização pode conseguir isso com as técnicas certas aliadas à tecnologia, criando experiências ajustadas, personalizadas e direcionadas por meio de dados, análises, inteligência artificial e automação.

Em uma pesquisa de 2022, 73% dos entrevistados disseram esperar que as empresas compreendam as suas necessidades e expectativas únicas – e mais da metade pensa que as empresas deveriam ir mais longe e antecipá-las!

E um estudo da Gartner descobriu que as marcas correm o risco de perder 38% de sua base de clientes quando não hiperpersonalizam suas ações de marketing – ou fazem o que poderíamos chamar de “personalização preguiçosa”, em que simplesmente salpicam o nome do cliente ou prospect na comunicação. Nesses casos, o estudo descobriu que ocorrem taxas de desistência mais elevadas em todo o funil de consumo, criando um efeito dominó de fracasso.

E não fica nisso. A ausência de personalização, ou a personalização superficial, desencadeia menores retornos sobre o investimento em publicidade, redução da fidelidade do cliente, menos compras por impulso e maiores retornos de produtos.

A hiperpersonalização é complicada?

Até recentemente, o processo de identificação de clientes era desajeitado e demorado. Dados segmentados de clientes eram coletados, mas ficavam espalhados por sistemas de entrada de dados desatualizados e limitados a pontos de venda ou call centers. Podia levar semanas ou mais para processar os dados e identificar tendências de comportamento do cliente.

Ainda estava um passo acima das campanhas de mídia de massa, nas quais o planejamento de veiculação dos anúncios dependia de informações demográficas gerais com base no tipo de plataforma em que seriam exibidos, como TV, mídia impressa, rádio, no alcance geográfico dessa plataforma, no horário de exibição e outras informações genéricas.

Não é que hiperpersonalizar fosse complicado – era impossível!

Mas, agora, ao combinar a coleta avançada de dados com a tecnologia alimentada por IA, uma marca B2B ou B2C pode analisar o histórico de interações de um cliente e criar uma configuração multicanal para um envolvimento mais eficaz do cliente e insights específicos do setor – muitas vezes, em tempo real.

Conclusão: descomplique!

A importância da hiperpersonalização é tão clara quanto o preparo certo da picanha para um churrasco. Uma pesquisa de novembro de 2023 da Marigold e Econsultancy aponta que 80% dos consumidores gostam de recomendações personalizadas de produtos. E 88% dos membros da geração Z acreditam que a IA pode melhorar as compras online através de recursos como ofertas relevantes, sugestões de produtos e assistência personalizada, de acordo com uma pesquisa de maio de 2023 da Rokt e The Harris Poll.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-futuro-do-varejo-e-hiperpersonalizado-mas-o-que-e-isso-exatamente-parte-1”

WGSN elenca 8 precursores para construir um e-commerce do futuro no Vtex Day 2024

Compreender as novas expectativas do varejo, assim como as estratégias para enfrentar os desafios de um mercado em transformação, é essencial para que as marcas consigam se adaptar. O varejo do futuro foi o tema da palestra de Rafael Araujo, head de consultoria da WGSN América Latina, no Vtex Day 2024.

O executivo iniciou sua fala sinalizando o desejo, tanto das empresas quanto dos consumidores, de retomada aos níveis de receita pré-pandemia, sob um novo contexto de criatividade, tecnologias e movimentos culturais. Para perspectivas futuras de faturamento, a nível global, somente no e-commerce as vendas devem alcançar até US$ 58 trilhões até 2028, segundo a Sky Question.

Além disso, a retomada aos espaços físicos emerge, cada vez mais, como uma realidade dos consumidores. De acordo com Araujo, nos próximos dois anos aproximadamente 845 mil metros quadrados de áreas de entretenimento serão construídos; os consumidores buscam se afastar, no caso dos espaços físicos, das áreas de trabalho e da casa.

Porém, com as novas tecnologias é necessário compreender que a realidade do mercado de trabalho também passará por mudanças, diz o head. Aproximadamente 300 milhões de pessoas vão perder seus empregos para a inteligência artificial até 2040, afirma a Goldman Sacks.

Propulsores do e-commerce 

Ao longo de sua fala, Rafael trouxe cinco macro propulsores que serão responsáveis por moldar as novas tendências para o varejo. Para o mapeamento das tendências, a empresa faz uso da seguinte metodologia: observação, síntese, previsão, foco e reavaliação.

O primeiro propulsor abordado pelo executivo foi o renascimento do varejo. Para se falar sobre o futuro é necessário, muitas vezes, recriar uma realidade existente. Neste caso, o ano de 2025, será essencial para que as empresas explorem novas estratégias e tendências a partir de uma nova visão de clientes. Alguns exemplos mencionados pelo palestrante são a implementação de locais premium e testes com o conceito de brandship.

Uma realidade que não pode mais ser deixada de lado é o amadurecimento da IA, o segundo propulsor. É preciso que haja respaldo, por parte das marcas, para ir além do hype momentâneo da tecnologia e busquem soluções verdadeiramente inovadoras.

Outro ponto ainda, é que consumo baseado em valores está em ascensão. O terceiro macro propulsor é o paradoxo da polarização, no qual os consumidores cada vez mais optam por comprar de maneira coerente com seus valores pessoais, por conta de uma fragmentação política e econômica muito forte.

Entrando no quarto elemento para alavancar o varejo há a responsabilização ecológica. Esta aparece em dois cenários possíveis: marcas de luxo com investimento em capital cultural e marcas mais populares precisaram lidar com o consumo excessivo.

Para finalizar os propulsores, o último item é a ascensão do varejo hiperlocal. Nessa tendência, os consumidores aderem a novos hábitos de consumo e reconhecem o valor das empresas nacionais, fomentando a hiperlocalização.

Oito mudanças para ficar de olho

Para além dos principais pontos de aceleração do e-commerce, Araujo desenhou 8 focos de mudança para o mercado nos próximos anos. A partir desse conhecimento as empresas serão capazes de atualizar sua realidade e conquistar novos consumidores.

Descontos nem sempre são populares

Na era do desconto permanente, é necessário buscar uma estratégia diferente. Atualmente, diz o executivo, os clientes esperam por descontos e são mais racionais quanto às compras, se orientando normalmente pelo preço. Para quem compra online, na intenção de fazer um bom negócio, segundo a pesquisa Global, os descontos praticados precisam ser de no mínimo 30%.

Porém, promover descontos e promoções com tanta frequência ou em porcentagens altas pode prejudicar os empreendedores, por isso, Rafael sugere a estratégia ‘promoções intencionais’. Nesta há delimitações mais claras e com maior periodicidade para os consumidores, permitindo a sustentação dos negócios em meio a dicotomia criado pelos descontos abundantes.

Comprar subconscientemente

Estar atento às demandas é sempre uma necessidade, porém, há momentos que nem mesmo os consumidores têm clareza sobre quais são suas dores ou vontades de consumo. Com isso, o palestrante traz o segundo ponto: o comércio subconsciente.

Conhecer os consumidores, para se antecipar e atender aos novos hábitos é primordial. Hoje em dia, 95% das decisões dos clientes são feitas pelo subconsciente, a parte emocional do cérebro. Para o executivo, isso representa uma oportunidade de entender, em profundidade, como acontecem as decisões e os desejos dos usuários.

“Precisamos trazer demandas que o próprio consumidor não sabia que tinha”, afirma.

You only live once

O terceiro tópico para o futuro do comércio digital é o investimento no varejo da experiência. O termo YOLO (You Only Live Once) se mostra extremamente popular para os clientes; 52% dos brasileiros dizem aderir à tendência.

Rafael acredita que os consumidores andam com o modo sobrevivência ativado. Por conta da imprevisibilidade, “as pessoas acreditam que vivemos em uma crise constante, portanto guardar dinheiro para uma garantia no futuro deixa de ser uma prioridade”.

A necessidade de vivenciar experiências e construir momentos é uma exigência para o futuro.

E a temperatura aumenta

Pode não aparentar, mas as mudanças climáticas impactam diretamente o mercado do e-commerce. Os padrões climáticos vão ser um obstáculo para a gestão das operações de logística, portanto os modelos de negócios precisam se adaptar.

“Começamos a observar que as marcas já começaram a criar produtos segundo essa lógica; as empresas já levam em consideração a relevância de transmitir que estão atentos às mudanças. A composição dos produtos, por exemplo, é diretamente afetada pelo clima”, sumariza Rafael.

Uma luta contra fraudes

Outro tema que não falta no varejo digital é o combate às fraudes. Rafael elenca que as empresas precisam ser “duras” no combate à prática, investindo em tecnologias inovadoras e estudando o comportamento de consumo de seus clientes, a fim de identificar possíveis ações fraudulentas.

Além disso, as fraudes podem acabar ganhando maior tração com as redes sociais para os próximos anos. O executivo diz, “o tiktok por exemplo teve que derrubar algumas hashtags que ensinavam ações fraudulentas”.

IA precisa ser humanizada

Construir relações complementares, entre os clientes e os sistemas automatizados, é fundamental para a humanização das inteligências perante os consumidores à medida que as tecnologias ganham maiores espaços no varejo digital.

Até 2029, a IA generativa tem o potencial de arrecadar US$ 9,2 trilhões. “Use a tecnologia para aprimorar os serviços do varejo e não substituí-lo”, aconselha o palestrante.

Micro momentos de alegria

Construir experiências que estimulem os colaboradores e os consumidores a desenvolverem maior empatia é um dos segredos que Araujo compartilha.

Re-contextualizar a empatia é uma nova maneira de conquistar os clientes e fornecer subsídios para que ele se mantenha fiel à marca.

“É preciso entender como estabelecer uma conexão mais genuína, mesmo em uma época de incerteza”, conclui.

O comércio visual

Para finalizar sua fala, Rafael comenta sobre a relevância das buscas visuais. A procura de itens a partir das imagens redefiniu a maneira como os produtos são descobertos pelos consumidores.

Como um conselho final às marcas, o executivo diz:  “os players precisam ser um destino para a criatividade e para a busca visual dos clientes”.

Fonte “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/wgsn-elenca-8-precursores-para-construir-um-e-commerce-do-futuro-no-vtex-day-2024”

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Lojas online faturaram R$ 88 milhões na semana do Dia do Consumidor

As pequenas e médias empresas do varejo online lucraram R$ 88 milhões com as vendas durante a semana do Dia do Consumidor, celebrado na última sexta-feira (15). O montante representa um aumento de 44% em comparação com 2023, quando o faturamento foi de R$ 61,2 milhões. Os dados são da análise feita pela Nuvemshop, que levou em conta as vendas realizadas de 11 a 17 de março de 2023 e 2024 por lojistas brasileiros.

No total, foram vendidos 1,3 milhão de produtos durante esse período, um aumento de 30% em relação ao ano passado. Os itens mais populares incluíram devocionais, granola, creatina, produtos para cabelo e perfumes. Os setores que tiveram melhor desempenho foram:

  • Moda (R$ 29 milhões);
  • Saúde & Beleza (R$ 8 milhões);
  • Acessórios (R$ 5,5 milhões).

O ticket médio por compra foi de R$ 244, seguindo a média das previsões feitas para o período. O cartão de crédito seguiu como o método de pagamento mais utilizado, respondendo por 49% de todas as transações, enquanto o PIX aumentou sua participação de 34% para 42,5%.

Em relação aos estados com maior faturamento, São Paulo liderou o ranking, com R$ 42,5 milhões, seguido por Minas Gerais (R$ 8 milhões), Rio de Janeiro (R$ 6,5 milhões), Santa Catarina (R$ 6,2 milhões) e Paraná (R$ 4,5 milhões).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/lojas-online-faturaram-r-88-milhoes-na-semana-do-dia-do-consumidor”

 

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Magazine Luiza reverte prejuízo e tem lucro líquido ajustado de R$ 101,5 mi no 4º trimestre

Em 2023, as vendas totais foram de R$ 63 bilhões, um crescimento de 5% comparado a 2022.

O lucro líquido ajustado do Magazine Luiza foi de R$ 101,5 milhões no quarto trimestre de 2023, uma reversão do resultado negativo de R$ 15,2 milhões apurado no mesmo período de 2022. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado também ficou positivo ao final de dezembro: R$ 756,5 milhões, alta anual de 12,3%. A margem Ebitda ajustado foi de 7,2%, 1,2 ponto porcentual (p.p.) a mais que no ano anterior – também foi o maior resultado para o indicador desde 2019. A receita líquida teve queda anual de 5,5% e fechou em R$ 10,549 bilhões.

Sem os ajustes não recorrentes, o lucro líquido da Magazine Luiza foi de R$ 212,2 milhões, reversão de prejuízo líquido de R$ 35,9 milhões um ano antes. A empresa explica que entre receitas e despesas não recorrentes estão provisões para o diferencial de alíquota (Difal) do ICMS de 2022 e a contabilização de venda de participação na Luizaseg, entre outros.

A margem bruta ficou em 30,3%, crescimento de 2,5 p.p. em relação ao terceiro trimestre de 2022 e praticamente estável em relação ao período imediatamente anterior. Segundo a empresa, isso se deve à conclusão de repasse do difal, além de campanhas comerciais incluindo a da Black Friday. A data, no ano passado, foi a mais rentável da história da Magalu. A margem de produtos aumentou 1,1 p.p. no período, enquanto a receita de serviços contribuiu com 1,4 p.p. para a margem bruta total.

Vendas

As vendas totais, incluindo lojas físicas, e-commerce com estoque próprio e lojistas virtuais (marketplace) ficaram praticamente estáveis, com variação de -0,1%, e atingiram R$ 17,947 bilhões. Em 2023, as vendas totais foram de R$ 63 bilhões, apresentando um crescimento de 5% comparado a 2022.

Nas lojas físicas, as vendas atingiram R$ 5 bilhões no último trimestre de 2023, aumento de 4% em comparação anual. O e-commerce manteve-se praticamente estável em relação ao quarto trimestre de 2022, enquanto o mercado online brasileiro registrou uma redução de 10% no mesmo período, segundo dados da Neotrust citados no release de resultados da varejista.

Ainda, as vendas no marketplace registraram crescimento de 10% comparado ao mesmo período de 2022. No ano de 2023, com vendas de R$ 18 bilhões (alta de 17% ante 2022), o canal se consolidou como o segundo maior da empresa à frente das lojas físicas.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/19/03/2024/noticias/magazine-luiza-reverte-prejuizo-e-tem-lucro-liquido-ajustado-de-r-1015-mi-no-4o-trimestre/”

 

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Varejo registrou queda de 4,1% em fevereiro, aponta Índice Stone

O comércio varejista registrou queda de 4,1% do volume de vendas no comparativo anual em fevereiro, segundo a 14ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, em parceria com o Instituto Propague, que se baseia no comparativo entre o mesmo mês no ano anterior. No comparativo mensal (com janeiro) ajustado sazonalmente, o índice também apresentou queda do volume de vendas no índice ampliado e restrito, com 0,3% e 0,4%, respectivamente.

O estudo busca mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas, utilizando a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos EUA. Nele, são consideradas as operações feitas via cartões, voucher e pix dentro do grupo StoneCo.

“OS RESULTADOS DESSE MÊS DEMONSTRAM A CONTINUIDADE DA TENDÊNCIA DE CAUTELA PARA O PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO DE 2024, PORÉM, AINDA NÃO SÃO SUFICIENTES PARA CONFIRMAR ALTERAÇÃO DE TENDÊNCIA. DESSA FORMA, É NECESSÁRIO ACOMPANHAR OS PRÓXIMOS MESES PARA CONFIRMAR A ALTERAÇÃO DESSA TRAJETÓRIA.

MATHEUS CALVELLI, PESQUISADOR ECONÔMICO E CIENTISTA DE DADOS DA STONE”

Segmentos analisados na pesquisa

  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;
  • Livros, jornais, revistas e papelaria;
  • Móveis e eletrodomésticos;
  • Tecidos, vestuários e calçados;
  • Material de construção.

Por segmentos, o relatório identificou que cinco deles registraram uma queda anual, liderada pelos setores de tecidos, vestuário e calçados, liderando com uma baixa de 11,6%. Na sequência, estão os hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-6,5%), já os móveis e eletrodomésticos (-4,3%), material de construção (-2,8%) e os livros e jornais, revistas e papelaria (-2,4%). Entre todos, apenas um segmento apresentou alta: artigos farmacêuticos, com +2,3%.

Estatísticas por região

O estudo identificou uma queda generalizada nas vendas do varejo em fevereiro no comparativo com o ano passado, pois, de todo o Brasil, apenas três estados se destacam com resultados positivos no mês:

  • Acre (2,8%);
  • Piauí (1,8%);
  • Mato Grosso do Sul (0,3%).

Separando por região, os destaques negativos nas regiões Norte e Nordeste foram: Alagoas (18,4%), Pará (9,3%) e Pernambuco (8,6%). Na região Sudeste: Espírito Santo (10,4%), e no e Sul: Rio Grande do Sul (7,5%) e Santa Catarina (6,7%).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/varejo-registrou-queda-de-41-em-fevereiro-aponta-indice-stone”

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O que esperar do varejo nos próximos anos

Saiba o que especialistas e pesquisas internacionais apontam para o segmento ao longo de 2024 e dos próximos anos.

No varejo, assim como na vida moderna, a tecnologia está presente em quase tudo. Praticamente todos os processos em uma empresa varejista já envolvem a tecnologia em alguma medida.

Do e-commerce às plataformas de gestão de estoque e logística, passando pelos softwares de CRM (da sigla em inglês para gestão de relacionamento com o cliente) e pelas estratégias de marketing criadas com auxílio de inteligência artificial.

Muito mais do que adotar a tecnologia em suas rotinas, as varejistas estão se tornando, também, empresas de tecnologia. Para o consultor Marcelo Cherto, a atualização tecnológica e a inclusão digital deixaram de ser vistas como necessidades futuras das empresas.

“O que se esperava que fosse acontecer no futuro é, cada vez mais, uma realidade do presente. A influência da tecnologia sobre os negócios de varejo será cada vez mais profunda e deve gerar muitas inovações em termos de eficiência operacional, marketing e experiência do consumidor”, diz Cherto.

Para o consultor, pequenas e médias empresas já acessam sistemas de Inteligência Artificial antes restritos a grandes companhias, conseguindo personalizar produtos e serviços de acordo com o perfil do cliente. O uso de tecnologia no dia a dia do varejo não para por aí.

“A Internet das Coisas já permite monitorar o comportamento do consumidor dentro do ponto de venda. Plataformas como o TikTok, Instagram e outras já se consolidaram como importantes canais de branding e até mesmo de vendas. Ainda pouco utilizadas no Brasil, tecnologias como realidade aumentada e realidade virtual, que permitem ao cliente visualizar produtos num ambiente virtual antes de se decidirem a comprá-lo, ou de se motivarem a ir a um ponto de venda físico, tendem a se tornar mais comuns”, diz o especialista.

Mais do que uma ponte entre os mundos físico e digital, a tecnologia será o esteio de um ecossistema de varejo eficiente e altamente personalizado. Entre os setores econômicos mais promissores diante dos novos clientes potenciais que hoje ingressam nomercado consumidor estão aqueles ligados à sustentabilidade.

Na opinião do empresário José Carlos Semenzato, fundador private equity especializado em franquias Grupo SMZTO, o consumo irresponsável vem sendo cada vez mais substituído por hábitos de vida conscientes – a empresa atua no segmento de economia circular por meio da rede de brechós Peça Rara e no segmento de energias limpas com um investimento na HCC Energia Solar.

“As pessoas querem conhecer toda a cadeia por trás da produção de um produto, suas práticas de sustentabilidade e sua relação com colaboradores e fornecedores”, diz Semenzato.

A seguir, confira os pontos que devem nortear o segmento varejista no Brasil e no mundo, de acordo com pesquisas internacionais levantadas pelo Grupo Cherto:

Do virtual para a loja física

O estudo 2024 Consumer Research, da Salsify, indicou que 54% dos consumidores utilizam os smartphones para pesquisar produtos e preços. Quase metade dos consultados (49%) considera uma combinação perfeita a navegação entre os mundos digital e físico – o chamado “figital”.

De acordo com o estudo, um a cada quatro compradores (23%) costuma concluir as compras iniciadas online enquanto estão nos corredores de lojas físicas, em um comportamento que funde a conveniência online com a imersão na loja.

Outro estudo da McKinsey indicou que os clientes omnicanal gastam 1,7 vezes mais do que os compradores de canal único, o que impõe às empresas a missão de proporcionarem experiências de compra perfeitas para capturar e fidelizar compradores onde quer que eles estejam, seja no físico ou no digital.

PMEs como players globais

Conforme afirmou ao portal AllBusiness.com o chefe de pequenas empresas da Visa Commercial Solutions, Matt Baker, 2024 será o ano em que pequenas e médias empresas começarão a se tornar globais. Para empresas de todos os tamanhos, a mentalidade mudou: sua preocupação migrou da concorrência local para a economia digital e mundial.

Segundo Baker, os pagamentos digitais estão transformando as oportunidades para as PMEs pagarem e serem pagas, tornando possível alcançarem novos públicos, aceitando facilmente pagamentos seguros, acompanhando e monitorando despesas, aumentando a segurança e a proteção nas negociações internacionais, melhorando a eficiência e, assim, proporcionando taxas de crescimento nunca antes experimentadas por empresas de pequeno e médio porte.

Provador virtual

Aprimorado por inteligência artificial e insights de dados, o comércio eletrônico está se tornando mais inteligente. Em breve, prevê o estudo Top Five Digital Consumer Trends in 2024, da Euromonitor International, será possível experimentar roupas virtualmente, diante de espelhos com realidade aumentada, que mostrarão o caimento das peças no corpo.

Além disso, com base em dados comportamentais e de consumo, chatbots poderão recomendar os presentes mais indicados para determinadas pessoas. Conforme a Euromonitor Internacional, essa hiper personalização deverá alçar o e-commerce a um novo patamar.

Deepfakes

A inteligência artificial tornou extremamente fácil a produção de vídeos deepfake, tecnologia usada para criar vídeos falsos, porém bem realistas, com pessoas falando ou fazendo coisas que nunca fizeram de verdade. O tema foi abordado na última edição do NRF Retail Big Show, maior evento do varejo mundial, realizado em janeiro, em Nova York.

Nos últimos meses, houve um aumento maciço no uso de fraudes deepfake, e a projeção é de que o fenômeno se acentue ao longo de 2024, deixando empresas, governos e figuras públicas em alerta. Afinal, em segundos uma deepfake pode arruinar uma reputação construída ao longo de décadas. Além de todos os desafios mercadológicos, as empresas precisarão ficar atentas e prontas para reagir caso atingidas por alguma dessas obras do lado obscuro da IA.

Consumidor experiente (e mais difícil de fisgar)

A cada ano que passa, os consumidores online aperfeiçoam seus métodos de pesquisa de produtos e preços, em busca de melhores condições de frete e pagamento, além de estarem mais atentos à qualidade dos produtos.

De acordo com a Euromonitor International, os mais experientes estão se tornando verdadeiros detetives digitais, contando com a ajuda de plataformas dedicadas a encontrar as melhores ofertas, que estão em expansão e já são usadas por alguns consumidores de formas diversas. Conforme o Top Five Digital Consumer Trends in 2024, a conquista desse perfil de consumidor se tornará um verdadeiro jogo de gato e rato entre vendedores e compradores.

IA vai auxiliar o consumidor

À medida que mais ferramentas de comércio eletrônico começarem a incorporar a inteligência artificial, os compradores também passarão a aproveitar as capacidades da nova tecnologia. Segundo a Salsify, os recursos de compras com tecnologia de IA que despertam mais interesse entre os compradores são assistentes de compras virtuais (24%), recomendações personalizadas de marcas ou produtos (23%), recomendações inteligentes de tamanho para produtos de moda (23%), ferramentas de teste virtual (21%) e visitas virtuais ao showroom (20%).

Sustentabilidade das marcas

Conforme o estudo 2024 Consumer Research, da Salsify, a transformação das marcas com práticas mais ecológicas e eticamente corretas está se tornando uma mola propulsora de vendas. Entre os consumidores consultados, os principais pontos capazes de cativar e gerar decisões de compras são o uso de embalagens ecológicas (34%), práticas trabalhistas justas (27%) e fornecimento ético (23%), posições públicas sobre causas sociais ou políticas (12%) e programas de responsabilidade social (12%).

Venda de usados vai ganhar espaço

Diante do crescente interesse dos consumidores pelo tema sustentabilidade, as empresas investirão cada vez mais na circularidade, no mercado de recommerce. Com consumidores ecologicamente conscientes e com orçamentos limitados, a demanda por produtos usados tende a aumentar.

Ao mesmo tempo, conforme o Top Five Digital Consumer Trends in 2024, da Euromonitor International, as empresas estarão mais preparadas e com acesso mais fácil a uma variedade maior de itens de segunda mão, em um segmento que começa a ser mais aceito e melhor visto pelo empresariado. Com isso, a oferta de produtos usados deve ser ampliada para novas categorias.

No marketing, chegou a vez do TikTok

Os influenciadores digitais de outras redes perderão espaço e relevância. De acordo com a Euromonitor International, estarão no centro das atenções plataformas de vídeo de formato curto, como TikTok e Douyin – versão chinesa do app.

Juntos, os dois aplicativos já se aproximam de 2 bilhões de membros. Aos milhões, consumidores estão migrando para essas plataformas, enquanto as marcas correm para tentar alcançá-los. Neste embalo, as vendas serão cada vez mais impulsionadas por tendências virais orgânicas, e menos influenciadas por campanhas de marketing. E as empresas, cada vez mais, deverão investir em conteúdos próprios com o objetivo de tornarem-se virais – e gerarem vendas em escala.

E-commerce mais atrativo

A estratégia de oferecer imagens estáticas dos produtos está com os dias contados. Quatro a cada cinco (78%) dos compradores online na atualidade consideram as imagens e descrições dos produtos “extremamente” ou “muito” importantes para a decisão de compra, segundo dados obtidos pela Salsify. Em dezembro de 2023, a empresa conduziu uma pesquisa quantitativa online com um grupo de 2,7 mil compradores online nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Conforme o levantamento, os compradores desejam conteúdo mais diversificado, incluindo desde gráficos de comparação até avaliações e vídeos, com avaliações de clientes (72%) e conteúdo gerado por usuários (40%), dando maior autenticidade às avaliações dos produtos e influenciando significativamente as decisões de compra.

Fonte: “Deepfakes, Tik Tok, provador virtual e venda de usados: o que esperar do varejo nos próximos anos | Exame

 

 

 

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Com retail media, ‘vitrines vivas’ transformam varejo estático

Nos últimos anos, o varejo tem testemunhado transformações significativas impulsionadas pela tecnologia e pela mudança nas preferências dos consumidores. Dessa vez, o setor está voltando sua atenção ao conceito de retail media, que se refere à prática de marcas pagarem por espaço publicitário dentro dos ambientes de varejo físico ou digital.

A tendência pode incluir anúncios em sites de e-commerce, aplicativos de compras, redes sociais voltadas para compras, telas digitais em lojas físicas e muito mais. Objetivamente, trata-se de capitalizar os momentos-chave de decisão de compra do consumidor, fornecendo conteúdo relevante e direcionado no momento certo.

O tema inspirou a palestra “Retail Media: as estratégias da Mercado&Consumo para estar na vanguarda dessa tendência”, com Célio Martinez, CEO da MERCADO&CONSUMO, e Elaine Dias, diretora de Marketing da The LED. Os executivos discutiram a tendência nesta quarta-feira, 6, durante a Abrin, considerada a maior feira de negócios de brinquedos da América Latina.

“Nós entendemos que a evolução do cliente significa a evolução do ponto de contato. Se temos a possibilidade de aquisição do consumidor, precisamos ter o digital para atrair a atenção em todos os pontos. É mais do que uma estratégia de marketing, é a conversão em tempo real”, afirma Martinez.

Elaine Dias explicou sobre o potencial do retail media ao falar sobre a Sephora, que adotou a tecnologia da The LED em todas as suas 23 unidades brasileiras. Com o LED nas vitrines e atrás do caixa da loja, os consumidores aumentaram sua interação com as promoções e programas que passavam na tela.

“Há filas de espera de marcas querendo anunciar no painel atrás do caixa, que é um excelente lugar para trabalhar a segunda e a terceira jornada de consumo. Além de exibir a comunicação dos fabricantes, é possível divulgar promoções e planos de fidelidade. Imaginem uma vitrine física com quatro produtos. Quantos eu posso exibir em um LED? Esse é o conceito de digitalizar o ponto de venda”, Elaine explica.

Múltiplas possibilidades

Para os varejistas, o retail media pode representar uma nova fonte de receita a partir da monetização do seu espaço digital ou físico. Para as marcas, a solução oferece a oportunidade de direcionar sua mensagem para os consumidores  durante o processo de compra, aumentando as chances de conversão.

“Quando pensamos no varejo, imaginamos o produto estático na frente da loja. Esse modelo não atrai mais o consumidor. Com vitrines vivas, a indústria injeta dinheiro no ponto de venda, que se torna cada vez mais envolvente”, finaliza Célio.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/07/03/2024/inovacao/com-retail-media-vitrines-vivas-transformam-varejo-estatico/”

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ABComm lança Dia do Comércio Eletrônico

Programado para 12 de março, nova data busca homenagear profissionais do setor e movimentar a economia brasileira.

Março é um mês especial para o comércio. O Dia da Mulher (8) e o do Consumidor (15) ajudam a impulsionar as vendas e atraem clientes para diversos setores. Pensando nisso, a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) programa para 12/03 o Dia do Comércio Eletrônico, com o objetivo de homenagear os profissionais do setor e movimentar ainda mais a economia nesse período do ano.

A data escolhida faz referência ao avanço da internet. A World Wide Web, interface da rede, foi criada por Tim Berners-Lee em 12 de março de 1993.

“Já são mais de 90 milhões de brasileiros que se beneficiam com a comodidade e praticidade do comércio eletrônico. Por trás de toda essa complexidade logística e tecnológica, existem profissionais e empreendedores que tornam isso possível”, ressalta Maurício Salvador, presidente da ABComm.

Projeto de Lei
Para que a data seja celebrada anualmente e fomente o comércio, a ABComm entrou com um Projeto de Lei no Congresso Nacional para instituir para 12/03 o Dia do Comércio Eletrônico. O projeto foi protocolado pelo deputado federal Maurício Neves, do Partido Progressistas (PP/SP), no último dia 5 de fevereiro e segue para debate no Congresso.

Mercado em alta
Dados da ABComm mostram que de 2019 a 2023 o faturamento do e-commerce dobrou e mais de 50% dos pedidos foram feitos pelo celular. Hoje, o e-commerce já ultrapassou a marca dos 10% das vendas totais do varejo e, para alguns segmentos, o percentual é superior a 50%.

O levantamento aponta ainda que a receita chegou aos R$ 90 bilhões em 2019 e aos R$ 185,7 bilhões em 2023. Pelo menos 87 milhões de consumidores compraram no formato virtual no ano passado, cujo ticket médio foi de R$ 470.

“Os números mostram que o Brasil avança rapidamente no setor e que há uma mudança de comportamento sólida dos usuários, que passaram a confiar mais no canal virtual. Isso faz com que o consumidor compre cada vez mais e movimente a economia da alimentação, beleza, saúde, decoração, dos eletrônicos, entre outros mercados”, reforça Salvador.

Fonte: “ABComm lança Dia do Comércio Eletrônico – Varejo S.A (cndl.org.br)

Mesmo com queda, mercado de brinquedos registra faturamento de quase 5 bilhões de reais em 2023

Apesar de um ambiente desafiador no varejo, que registrou uma tendência de baixa global, categoria de brinquedos vendeu cerca de 66 milhões de unidades.

A indústria de brinquedos brasileira também sofreu as consequências dos desafios enfrentados pelo varejo e, seguindo a tendência mundial, registrou queda nas vendas em 2023. O mercado de brinquedos no Brasil obteve um faturamento de quase 5 bilhões de reais, com aproximadamente 66 milhões de unidades vendidas, resultando em um preço médio de 73 reais por brinquedo. Durante o ano, a categoria apresentou uma queda de 12% em faturamento e 21% em unidades. Os dados são apontados pela Circana, empresa global de data tech para análise do comportamento de consumo.

Alguns fatores influenciaram diretamente os resultados das vendas no mundo, como por exemplo a volta das experiências fora de casa após a pandemia, que acabou impulsionando as vendas de algumas categorias. O aumento do tempo das crianças em telas e videogames e a greve dos roteiristas no cinema nos EUA – o que causou uma queda da ida aos cinemas e por consequência no consumo de conteúdos que impactam diretamente na compra de brinquedos – também foram fatores que impactaram as vendas. Além disso houve o aumento da inflação, que interfere no preço dos brinquedos e faz com que o consumidor mude suas prioridades na hora de gastar.

No Brasil, a intensa crise no varejo foi mais um agravante. “A indústria acabou diminuindo seu nível de distribuição no país, principalmente de produtos com o preço médio abaixo de 50 reais, afetando a oferta e o consumo como um todo. Além disso, não tivemos em 2023 a venda das figurinhas da copa, que foram um grande sucesso em 2022. Essa foi uma das razões para a queda do número de vendas em unidades”, afirma Ana Claudia Weber, diretora de Client Development da Circana.

“Mesmo com esse resultado, se compararmos o ano de 2023 com o ano de 2019, foi registrado um crescimento de 2% em faturamento. Isso mostra que o consumidor ainda está investindo em compras na categoria e que, com a recuperação do varejo, o mercado tem muitas oportunidades de seguir evoluindo”, completa Ana.

Top 10 brinquedos mais vendidos em 2023 no Brasil:
• Carrinho Hot Wheels Veículos Básicos Sortidos – Mattel
• Hot Wheels Kit 5 Carrinhos Básicos Sortidos – Mattel
• Quadriciclo Infantil Spider com Pedal e Empurrador – Maral
• Boneco Avengers Figura Olympus – Hasbro
• Barbie Casa dos Sonhos – Mattel
• Barbie Fashionista Básica – Mattel
• Quadriciclo Caixa Multicor – Maral
• Triciclo Velobaby G2 Passeio & Pedal – Bandeirante
• Hot Wheels Monster Trucks 1:64 – Mattel
• Boneca Barbie Profissões Bailarina – Mattel

Natal e Black Friday

Quando analisadas as vendas nos meses de novembro e dezembro de 2023, especificamente, o mercado de brinquedos retraiu 14%, se comparado ao ano anterior. A porcentagem é ainda maior do que a queda de 12% registrada durante todo o ano.

Ainda assim, segundo a Circana, algumas categorias e produtos de brinquedos conseguiram se destacar positivamente como blocos de montar, pelúcias e eletrônicos infantis.

Categorias que mais cresceram no período:
• Cartas Estratégicas
• Blocos de Montar
• Veículos de Dedo
• Companheiros de Jogos Robóticos Interativos (ou Bixinho Virtual)
• Pelúcia

Brinquedos que mais cresceram no período:
• Barbie Color Reveal Boneca Looks Denim
• Boneca Infantil Wandinha Addams
• Boneca Diver New Born Vamos Brincar
• Bitzee Pet Digital Interativo
• 2 Decks Pokémon Baralho de Batalha Ampharos EX e Lucario EX

Fonte: “Mesmo com queda, mercado de brinquedos registra faturamento de quase 5 bilhões de reais em 2023 – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)