NRF 2025: “Estamos dispostos a aceitar o fracasso para inovar”, diz CEO da Amazon Stores

Doug Herrington destaca a revolução que a IA está provocando no varejo e como a empresa tem usado a tecnologia.

Uma “fábrica de startups”. É assim que Doug Herrington, CEO da Worldwide Amazon Stores, define a empresa. Num dos palcos da NRF Retail’s Big Show, a maior feira de varejo das Américas, em Nova York, ele dividiu com Matthew Shay, presidente da National Retail Federation (NRF), algumas das premissas que fazem parte do negócio – e que ao longo do tempo acabaram norteando outras companhias, incluindo concorrentes, mundo afora. O evento conta com cobertura especial da Mercado&Consumo.

Herrington chegou na empresa duas décadas atrás, quando a ideia era expandir o negócio de venda de livros online para outros itens. A decisão gerou controvérsia, e o mesmo aconteceu quando a empresa passou a apostar em entregas super rápidas. “Tivemos sorte e timing. Muitas empresas de e-commerce, boas e ruins, não sobreviveram. E nós não tínhamos um plano diretor, a não ser nos concentrar em coisas elementares. Jeff Bezos, fundador da empresa] sempre frisou isso. Que deveríamos nos concentrar no que é simples. Isso dá confiança para fazer mudanças grandes e ousadas”, diz.

Iniciativas polêmicas

No painel da NRF Retail’s Big Show, ele lembrou de quando a Amazon decidiu acoplar outros sellers à sua plataforma. “Pensávamos: será que podemos aumentar ainda mais a variedade se tivermos mais vendedores? Ninguém tinha sucesso assim. Existia o eBay, de leilão. Tentamos, mas não deu certo. Pensamos: talvez sejamos um shopping. Tentamos a Zshops, que foi ótima na teoria, mas não tivemos clientes. Finalmente, tomamos a decisão polêmica de trazer outros sellers. Hoje, eles representam mais de 60% das unidades vendidas.”

Outra criação da Amazon foi o “2-day shipping”, serviço de entrega expressa que permitia que os membros do Amazon Prime recebessem os seus produtos em até dois dias ao custo de US$ 79 ao ano. Nessa iniciativa, nem o próprio Herrington acreditava. “Mas o cliente começou a pensar: a próxima coisa que eu vou comprar talvez eu ache na Amazon. Era super conveniente.”

A velocidade de entrega continua sendo um dos pilares mais importantes da empresa. A crença é de que o cliente que tem entrega mais rápida vai voltar e comprar mais. Para uma companhia que vende a diversidade de itens da Amazon, claro que isso sempre representa muitos desafios. Nos últimos dois anos, a empresa promoveu mudanças grandes na rede para continuar oferecendo esse benefício aos clientes.

“Pegamos os centros de sortimento e os caminhões e reprogramamos, saindo de uma grande rede nacional para várias regionais. Criamos também uma rede de inbound, trazendo produtos de fornecedores para nossos centros de fulfillment. Nosso número de prédios híbridos, que combinam entrega e fulfillment no mesmo local, foi duplicado. Para ter esses benefícios, tivemos que fazer apostas ousadas. Tem sido um trabalho árduo, mas temos muita confiança nele.”

O impacto da IA no negócio

Assim como tem ocorrido em quase todo painel da NRF 2025, a Inteligência Artificial (IA) também entrou na pauta do bate-papo de Matthew Shay com Doug Herrington. Para o CEO da Worldwide Amazon Stores, a IA é a maior revolução que o mundo já viu desde a criação da internet.

“Nada foi tão grande e impactante como a IA. Nosso assistente de compras, o Rufus, responde a milhões de perguntas, o que não conseguíamos fazer no passado. A IA faz resumos de avaliações de produtos, o que é muito conveniente para o cliente. Também estamos ajudando os sellers a criar novos títulos para os produtos. Hoje, metade das interações de atendimento ao cliente usa IA de alguma forma. Nossa cadeia de suprimentos está melhorando com robótica. Tudo isso significa um grande investimento, mas, dada a amplitude de oportunidades, é uma aposta prudente”, acredita.

Herrington citou Bezos várias vezes durante o painel, destacando como o gosto por inovação do fundador da Amazon faz diferença. “Muitas empresas fazem de tudo para evitar o fracasso. Inovação e fracasso são gêmeos. Estamos dispostos a aceitar o fracasso para inovar. Para Jeff, criar uma cultura em que estamos dispostos a arriscar é o compromisso do líder. Muitos projetos recebem sinal verde e depois fracassam? Sim, e temos muitos fracassos. Mas mais valor sempre é criado por empresas que fracassam do que pelas que não tentam.”

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/14/01/2025/nrf-retails-big-show/nrf-2025-estamos-dispostos-a-aceitar-o-fracasso-para-inovar-diz-ceo-da-amazon-stores/”

GenAI de terceiros resolverão 40% do atendimento ao cliente até 2027

Ferramentas como ChatGPT estão revolucionando o suporte ao consumidor, reduzindo demandas tradicionais e elevando expectativas nos canais oficiais.

Não dá para falar de experiência do cliente sem mencionar o impacto revolucionário da Inteligência Artificial generativa (GenAI). Segundo o relatório do Gartner, até 2027, 40% de todos os problemas de atendimento ao cliente serão resolvidos por ferramentas de GenAI de terceiros. Essas soluções, como ChatGPT, Google AI Overviews e Apple Intelligence, estão ganhando espaço entre os consumidores por oferecer conveniência e disponibilidade às quais canais tradicionais não conseguem igualar.

Com a adoção crescente dessas tecnologias, o comportamento dos consumidores está mudando rapidamente. O Gartner aponta que clientes preferem as ferramentas GenAI por serem práticas, rápidas e familiares, o que está redefinindo o papel dos serviços de atendimento. Essa tendência apresenta tanto desafios quanto oportunidades para as empresas.

A transformação do comportamento do cliente

De acordo com Daniel O’Sullivan, diretor analista sênior do Gartner, “há uma transformação no comportamento do cliente e uma redefinição em suas expectativas com a GenAI continuando a remodelar o cenário de atendimento ao cliente”. Ele explica que, à medida que os consumidores resolvem problemas com ferramentas externas, haverá uma demanda reduzida por serviços de canais criados pela própria empresa, como aplicativos, sites ou serviços internos de atendimento ao cliente. Porém, quando os clientes recorrem ao atendimento oficial, suas expectativas são significativamente mais altas.

“Os líderes de serviço e suporte devem desenvolver sua experiência do cliente e estratégias de canal para refletir essas mudanças profundas e atender às necessidades dos clientes neste mundo impulsionado pela IA”, disse O’Sullivan.

Essa nova realidade exige que os líderes de atendimento ao cliente repensem suas estratégias. De acordo com outra pesquisa do Gartner com 187 líderes de serviço e suporte, 84% acreditam que as expectativas dos clientes estão maiores do que nunca.

Impactos em CX

O relatório do Gartner destaca dois impactos principais das ferramentas GenAI de terceiros no atendimento ao cliente:

Demanda reduzida por serviços

As ferramentas externas, habilitadas por GenAI, superam os canais tradicionais por serem mais eficientes e acessíveis. Para acompanhar essa mudança, as empresas devem equilibrar seus investimentos, focando na criação de experiências de autoatendimento diferenciadas e reservando os atendimentos mais sofisticados para suas equipes especializadas.

Redefinição das expectativas dos clientes

Com as ferramentas GenAI, os clientes se acostumam a interações rápidas, naturais e de baixo esforço. As empresas precisam acompanhar esse padrão para garantir a lealdade dos consumidores. Isso inclui a implementação de experiências conversacionais baseadas em linguagem natural em todos os canais e a captura da intenção do cliente com tecnologias avançadas.

O futuro do atendimento ao cliente

Embora as ferramentas GenAI de terceiros estejam ganhando popularidade, ainda há um conjunto de problemas que exigem suporte humano. Para proteger a fidelidade dos clientes, de acordo com o Gartner, as empresas devem implantar estratégias que combinem autoatendimento com atendimento humanizado de alta qualidade.

Como afirma O’Sullivan, “os líderes devem investir em soluções que complementem as opções de terceiros, garantindo que os clientes tenham acesso a uma experiência fluida e satisfatória”.

Fonte: “GenAI de terceiros resolverão 40% do atendimento ao cliente

LinkedIn Ads cresce em relevância de estratégia para empresas B2B em 2025

Consolidado com a maior rede social profissional do mundo, o LinkedIn vem ganhando destaque como um canal eficiente para o mercado B2B. Na plataforma, quatro em cada cinco (80%) perfis exercem algum grau de influência sobre decisões de negócios, conforme apontam dados divulgados pela Hootsuite.

No Brasil, o LinkedIn reúne mais de 75 milhões de usuários e cerca de 10 mil organizações brasileiras utilizam o LinkedIn Ads. Essa estimativa foi obtida pela Raizhe Projetos Digitais, com base no número de sites que possuem a tag do LinkedIn Ads instalada. O dado aponta uma oportunidade valiosa para marcas que desejam se destacar no mercado digital.

Isso acontece porque o poder de compra dos usuários do LinkedIn é o dobro da média da internet, conforme narra Gabriel Preuss, CEO da Raizhe Projetos Digitais e especialista em LinkedIn Ads. Além disso, a precisão do LinkedIn Ads pode atingir até 91%, o que faz com que os leads gerados na plataforma sejam até 50 vezes mais qualificados em comparação a outras ferramentas de anúncios online

A empresa de projetos digitais possui um case para chamar de seu na plataforma. Nos últimos anos, a atuação da companhia na frente de Marketing digital de performance passou pela gerência mais de R$ 100 milhões em campanhas no LinkedIn Ads, gerando mais de 1,7 milhão de leads, que foram convertidos em negócios bem-sucedidos.

Preuss explica que o LinkedIn é, hoje, uma das poucas plataformas com um público qualificado e ainda pouco explorado no mercado B2B. Em um ambiente digital cada vez mais competitivo, a rede oferece uma oportunidade única para construir conexões valiosas e fechar negócios de alto impacto.

Fonte: “https://mundodomarketing.com.br/linkedin-ads-cresce-em-relevancia-de-estrategia-para-empresas-b2b-em-2025”

É o fim dos ‘influencers’? Veja dez tendências de marketing que vão bombar em 2025, segundo estudo

Conquistar a atenção dos consumidores será um desafio em 2025, a economia dos criadores deve crescer e a IA pode colocar barreiras para as marcas superarem.

Inteligência artificial que cria, escreve e interage. Consumidores mais conscientes sobre sustentabilidade e inclusão. Criadores de conteúdo emergindo como protagonistas na construção de comunidades. Essas são algumas das forças que, segundo um estudo da Kantar, estão prestes a inaugurar uma nova era no marketing.

O relatório prevê que 2025 será um ano de transformações significativas, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças nos hábitos de consumo e uma crescente demanda para que marcas se alinhem a valores sociais.

Veja, a seguir, dez tendências que prometem moldar o futuro do marketing e redefinir os rumos das marcas no cenário global.

1. Inteligência artificial: revolução com desafios

A inteligência artificial está redefinindo o marketing, mas ainda há barreiras a superar. Apesar de 68% dos profissionais de marketing terem uma visão positiva dessa tecnologia, 36% afirmam não possuir as habilidades necessárias para utilizá-la de forma eficaz. Além disso, 43% dos consumidores ainda desconfiam de anúncios gerados por IA, tornando a transparência e a qualidade dos dados de treinamento fundamentais.

2. Sustentabilidade: de opção a necessidade

Com 93% dos consumidores buscando um estilo de vida mais sustentável, a sustentabilidade deixou de ser apenas um diferencial para se tornar um imperativo. Empresas que integram a agenda ESG em toda a organização – e não apenas em campanhas de marketing – já estão captando bilhões em valor de marca.

3. Diversidade e Inclusão: prioridade para o crescimento

Quase 80% dos consumidores consideram a percepção de diversidade e inclusão de uma marca um fator decisivo de compra. A Geração Z e os Millennials, em particular, esperam que as marcas sejam representativas e justas.

4. Criadores de Conteúdo: a nova força de influência

Os ‘influencers’ não vão acabar. Pelo contrário. A economia dos criadores deve crescer de US$ 250 bilhões em 2024 para US$ 480 bilhões em 2027. Conteúdo liderado por criadores oferece 4,85 vezes mais distinção de marca, tornando-se uma ferramenta indispensável para gerar engajamento autêntico.

5. Menos consumidores, mais estratégia

Com a desaceleração do crescimento populacional global, marcas precisarão encontrar novas formas de expansão. Iniciativas como a criação de novos espaços e a predisposição de mais consumidores serão vitais para sustentar o crescimento.

6. Streaming e TV: a transformação da publicidade

Enquanto a TV aberta ainda domina o alcance, 50% dos espectadores já passam mais tempo em plataformas de streaming. Com 55% dos profissionais de marketing planejando investir mais em streaming em 2025, o desafio será encontrar a combinação certa entre canais tradicionais e digitais.

7. Comércio de livestreaming

O livestreaming já é responsável por uma fatia significativa do varejo na China e deve alcançar 20% do mercado até 2026. A modalidade, que combina entretenimento e compras, aumenta a afinidade de marca e a intenção de compra, representando uma grande oportunidade global.

8. Redes de mídia de varejo: precisão em publicidade

As RMNs, plataformas digitais operadas por varejistas, estão redefinindo a publicidade personalizada. Com previsão de representar quase 25% dos gastos publicitários nos EUA até 2028, elas são vistas como uma oportunidade estratégica para engajar consumidores de maneira mais eficaz.

9. Atenção como principal moeda

Conquistar a atenção dos consumidores será um desafio crescente em 2025. Com a saturação de anúncios, marcas precisarão elevar o nível de criatividade e relevância para capturar o interesse em meio à concorrência.

10. Inovação: explorando novos territórios

Marcas que buscam crescimento incremental estão apostando em inovações disruptivas. Aquelas que exploram novos espaços duplicam suas chances de crescimento, provando que a ousadia continua a ser uma vantagem competitiva.

Fonte: “https://exame.com/carreira/e-o-fim-dos-influencers-veja-dez-tendencias-de-marketing-que-vao-bombar-em-2025-segundo-estudo/”

 

Simpress amplia estrutura logística com 7 hubs e 50 mini-hubs

Até recentemente, a logística da empresa e outsourcing de equipamentos de TI era centralizada em três centros de distribuição, localizados em Itajaí (SC) e Osasco (SP).

A Simpress, empresa de outsourcing de equipamentos de TI, anunciou um projeto de descentralização logística, com a criação de sete hubs e 50 mini-hubs nas principais capitais e regiões do Brasil. A empresa, que atualmente possui mais de 600 mil dispositivos alocados em empresas como Pague Menos, Cobasi, Yamaha, Hermes Pardini, Dasa e Harald, realiza cerca de 3 mil entregas diárias, totalizando 60 mil por mês e 700 mil por ano. 

Quando são consideradas todas as movimentações, como recepção, envio, transferência e retirada, esse número chega a 2,5 milhões por ano.

Até recentemente, a logística da empresa era centralizada em três centros de distribuição, localizados em Itajaí (SC) e Osasco (SP). Contudo, com o crescimento nos últimos anos, a empresa desenvolveu um projeto de descentralização, que inclui hubs em Santa Catarina, Espírito Santo, Brasília, Paraná, Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul. A abertura dos mini-hubs ocorrerá em outras cidades, onde a empresa tem operações importantes, permitindo entregas rápidas após o pedido.

“Hoje, nosso churn já é baixíssimo – menos de 0,5% ao ano –, e oferecer uma solução completa e que gera uma grande aprovação por parte dos nossos clientes é uma satisfação para nós. Com os novos hubs e mini-hubs, cerca de 85% da demanda emergencial de peças e equipamentos será atendida localmente com ainda mais agilidade e eficiência”, disse o CEO da Simpress, Vittorio Danesi.

Atualmente, a empresa atende 75% dos municípios brasileiros. A operação logística é realizada com o uso de diferentes modais de transporte, incluindo frota própria e terceirizada. De acordo com a companhia, o uso de hubs e mini-hubs permitirá uma maior proximidade com os clientes, aumentando a agilidade nas entregas e reduzindo custos com frete.

Além disso, a Simpress implementou Inteligência Artificial no planejamento de estoques. Segundo a empresa, a tecnologia garante que os hubs estejam sempre preparados para atender a demanda local de forma eficiente.

Fonte: “Simpress amplia logística com 7 hubs e 50 mini-hubs

Na Total Express, IA transcende e se torna chave na logística do futuro

IA ajuda Total Express a assegurar importações, melhorar entregas, prever falhas e otimizar rotas, rompendo paradigmas logísticos.

Antes mesmo de a era digital impactar as cadeias globais de valor, a circulação de mercadorias era um grande desafio. Os navios chegavam carregados de desejos, sob o crivo das aduanas, que operavam com cuidado e olhar acurado sobre cada declaração. Ainda assim, fraude e descaminho eram constantes na indústria do comércio internacional.

Hoje, diante no frenesi do fluxo de encomendas, a inteligência artificial (IA) atua como agente essencial para segurança desse processo. A Total Express, referência em logística e e-commerce, aliou-se à IA para garantir evoluções, inovações e alta competitividade em um mercado de águas turbulentas nesse oceano tecnológico.

Para compreender a dimensão do feito, é preciso voltar ao ponto de inflexão. Não faz muito tempo, a importação via remessas internacionais era um monopólio dos Correios. A chegada do Programa Remessa Conforme (PRC), programa da Receita Federal, mudou o jogo, permitindo que empresas qualificadas pudessem operar no regime de importação simplificada, garantindo benefícios aduaneiros e tributários.

A Total Express, sob a orientação do seu CIO, Juliano De Conti, foi a primeira a obter essa outorga, quebrando um paradigma histórico. “Os volumes internacionais de cross border são superlativos, com mais de 1 milhão de encomendas passando todos os dias pelos postos da aduana. Precisávamos de uma solução sistêmica para validar, de forma massiva e automatizada, a veracidade das informações declaradas. Foi aí que a IA entrou em cena”, explica ele.

O desafio era evidente. Marketplaces criativos podiam declarar um livro, mas enviar um notebook; prometer um souvenir, mas embarcar um item mais valioso ou sensível. A responsabilidade, após a mercadoria cruzar a fronteira, recai sobre a empresa que faz a entrega.

Nesse cenário, a Total Express precisaria, se a encomenda fosse barrada, repatriar o item, gerando um custo alto, de cerca de US$ 50 por unidade. Isso, em grande escala diária, representaria um valor gigantesco. A saída encontrada foi a criação de um modelo interno de IA, semelhante a um “score de crédito”, mas voltado ao risco aduaneiro. A cada item é atribuído um grau de confiabilidade, levando em conta peso, dimensões, padrões de classificação e outros sinais.

Esse uso inovador da IA no processo de cross border não era comum no mercado. E, como todo projeto de IA, não surgiu maduro e pronto desde o primeiro dia. No início, a assertividade era baixa, mas, com o passar do tempo e o acúmulo de dados, o modelo atingiu um nível de 85% de acerto. “A IA é um ser vivo. Ela se nutre de dados, refina-se e torna-se mais sábia a cada iteração”, afirma o CIO. Com a expansão do uso desses algoritmos, todo o processo de validação tornou-se totalmente automático, diminuindo fraudes, riscos e custos logísticos.

IA extrapola fronteiras na Total Express

A IA também revolucionou outros estágios da operação. Após a entrega, um problema frequente era a falta de conformidade da assinatura, como um rabisco que prejudicava o controle de qualidade. Hoje, a Total Express utiliza reconhecimento de imagem para validar assinaturas, garantindo a veracidade da confirmação de recebimento. Esse processo de auditoria e cruzamento de informações, também sustentado por IA, gerou mais confiança e segurança para todas as partes envolvidas.

Em outra frente, a empresa construiu sua plataforma de Master Data Management (MDM) baseada em IA, toda em nuvem, a fim de aprimorar dados de endereçamento, roteirização e reduzir não conformidades. O ganho não foi apenas operacional. “Ao otimizar rotas, a Total Express contribuiu para a pauta ESG, diminuindo a quilometragem percorrida por seus veículos e, consequentemente, a pegada de carbono. Ao mesmo tempo, melhorou-se o SLA, acelerando entregas e economizando recursos”, lista o CIO.

A IA também apoia o atendimento ao cliente, outro ponto crucial no e-commerce. A criação de algoritmos que respondem automaticamente a e-mails comuns permite atender 40% das solicitações sem intervenção humana. “É um superagente artificial que prepara todo o script de atendimento, reduzindo em 70% o tempo de resolução. É IA empoderando o humano, ajudando a oferecer a melhor experiência ao cliente”, destaca o executivo.

E a inovação não para. Em seus gigantescos centros de distribuição, a Total Express utiliza sensores, Internet das Coisas (IoT) e análise preditiva para cuidar da manutenção de sorters – equipamentos centrais que separam encomendas. Os sensores monitoram motores, enviam dados para uma base de Big Data e, com IA, prevê-se possíveis falhas antes que elas ocorram. Essa manutenção preventiva, e preditiva, evita paradas que custariam tempo e dinheiro, garantindo a fluidez contínua da operação.

Com cerca de 25 casos de uso de IA ativos, a Total Express consolida-se como um laboratório vivo de inovação. Entretanto, De Conti adverte: “Não basta aderir ao hype. É necessário ter base, governança de dados e uma evolução natural dos times. Aqui, não isolamos a IA. Temos um time de data science que cresce organicamente, integrando-se ao nosso ecossistema.”

Fonte:”Na Total Express, IA transcende e se torna chave na logística do futuro

Como tendências do comércio conversacional influenciam mensagens comerciais

O mundo do comércio conversacional cresce e muda a cada dia. Como 2025 acabou de chegar, as tendências do setor estão se tornando essenciais para que as empresas melhorem uma de suas principais áreas: o atendimento ao cliente e, claro, sua experiência. Segundo informações da empresa de inteligência de mercado Mordor Intelligence, o setor de chatbots está estimado em US$ 7 bilhões em 2024, e deve atingir US$ 20 bilhões até 2029 em todo o mundo.

Diante desse cenário, a expansão do mercado de bots e chatbots no Brasil tem impactado significativamente diversos setores, tornando-se essencial para empresas que buscam eficiência na automatização de processos, mas ainda focando em relacionamentos mais humanizados e personalizados. Há uma verdadeira e significativa revolução em andamento na interação com o cliente.

Com o desenvolvimento da inteligência artificial generativa (GenAI), as possibilidades de jornadas são enormes. As conversas com outro ser humano se tornaram extremamente humanizadas, pois grandes LLMs falam com você de forma muito informal. Ela não substitui os humanos; ela permite que as marcas avancem nas conversas com seus clientes. Ou seja, é possível garantir que o cliente receba um atendimento personalizado, o que ajudará o consumidor a chegar lá no menor tempo possível, consequentemente convertendo em vendas. É um grande caminho que está se expandindo, trazendo cada vez mais esse lado humanizado por meio da tecnologia.

Por isso, estar atento a essas tendências tecnológicas é essencial no mundo de hoje.

Confira as seis principais tendências que destaquei para 2025:

1. Especialização de modelos de linguagem

A tendência crescente é a personalização de LLMs (Large Language Models) para setores específicos, como varejo, saúde e finanças, criando interações mais ricas com texto, imagens e vídeos. O futuro da inteligência artificial está em soluções verticalizadas e específicas do setor que vão além de aplicações genéricas. Esses sistemas de IA especializados alavancam conjuntos de dados específicos de domínio e insights regulatórios profundos, permitindo que eles naveguem em cenários complexos do setor com precisão notável.

2. Assistentes virtuais com tecnologia de voz

A interação por voz se tornará cada vez mais predominante, à medida que os assistentes virtuais evoluem além de comandos básicos para gerenciar tarefas complexas e se envolver em conversas naturais. Os recursos aprimorados de reconhecimento de voz permitirão que esses sistemas interpretem não apenas palavras, mas também tons emocionais e contexto, tornando-os mais eficazes em várias aplicações, do atendimento ao cliente à automação residencial.

3. IA Agentic

Esta é a evolução em direção a agentes mais sofisticados que podem raciocinar, planejar e executar tarefas complexas de forma autônoma, transformando chatbots em assistentes humanos virtuais com recursos multimodais, como texto, voz e avatar. Isso permite a automação do atendimento ao cliente, vendas consultivas e suporte multilíngue. A IA Agentic representa uma evolução significativa da IA tradicional e espera-se que seja crucial em muitas áreas, como atendimento ao cliente, suporte técnico, vendas, medicina e muito mais. Ela pode automatizar tarefas repetitivas e melhorar a eficiência, mas também tem o potencial de transformar áreas como consultoria, tomada de decisões empresariais e gerenciamento de operações complexas.

4. Hiperpersonalização

A hiperpersonalização dominará as interações com o cliente, impulsionada pela capacidade da IA de analisar grandes quantidades de dados em tempo real. Ao entender as preferências e os comportamentos individuais, as empresas podem criar jornadas exclusivas do cliente que aumentam significativamente o engajamento e a satisfação. Espera-se que essa tendência gere aumentos substanciais de receita para empresas que implementam estratégias personalizadas de forma eficaz.

5. Compreensão avançada da linguagem natural

O avanço das tecnologias NLU permitirá que a IA conversacional compreenda melhor a linguagem humana diferenciada, permitindo lidar com solicitações complexas com maior precisão. Essa melhoria reduzirá mal-entendidos e facilitará conversas mais suaves e naturais entre usuários e sistemas de IA.

6. Experiências omnicanal contínuas

Os consumidores esperam interações consistentes em várias plataformas. Em 2025, a IA conversacional se concentrará em fornecer experiências omnicanal contínuas, permitindo que os usuários façam a transição entre diferentes canais de comunicação sem perder o contexto ou a continuidade em suas conversas. Essa capacidade aumentará a satisfação do usuário e agilizará os processos de atendimento ao cliente.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-tendencias-do-comercio-conversacional-influenciam-mensagens-comerciais-fator-estrategico-para-o-sucesso-em-diversos-setores”

E-commerce: Como a Inteligência Artificial pode melhorar a logística

Descubra como a Inteligência Artificial está modificando a logística do e-commerce, otimizando processos, melhorando a experiência do cliente e garantindo maior eficiência.

O e-commerce tem experimentado um crescimento exponencial nos últimos anos, especialmente com o avanço da digitalização, a popularização dos smartphones e as mudanças nos hábitos de consumo dos brasileiros. Para acompanhar a alta demanda de consumidores exigentes e melhorar seus processos operacionais, as empresas de e-commerce têm orientações para a inovação tecnológica.

Uma das tecnologias mais promissoras nesse contexto é a Inteligência Artificial (IA), que revolucionou a logística do setor, melhorando a eficiência, a rapidez e a precisão nas operações de distribuição e entrega.

Neste artigo, vamos explorar como a Inteligência Artificial está evoluindo a logística no e-commerce, destacando as principais vantagens e as formas como ela pode melhorar a experiência do consumidor e a gestão das operações logísticas.

O PAPEL DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO E-COMMERCE

Antes de abordar como a IA impacta diretamente a logística, é importante entender o que é e como ela pode ser aplicada no setor de e-commerce. A Inteligência Artificial refere-se a sistemas computacionais que imitam a inteligência humana para realizar tarefas como aprendizado, reconhecimento de padrões, tomada de decisão e resolução de problemas. No e-commerce, a IA pode ser utilizada para personalizar a experiência de compra, otimizar a gestão de estoques e, especialmente, aprimorar a logística.

A logística do e-commerce envolve desde o armazenamento dos produtos até a entrega final ao consumidor. É um processo complexo que exige coordenação entre múltiplos sistemas, transportadoras, estoques e centros de distribuição. A IA pode ser uma grande aliada para melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente, o que é crucial para a competitividade no mercado.

COMO A IA ESTÁ TRANSFORMANDO A LOGÍSTICA NO E-COMMERCE?

1. Otimização de Estoques

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas de comércio eletrônico é a gestão de estoques. A falta de visibilidade precisa sobre a quantidade de produtos disponíveis em tempo real pode gerar tanto a falta de itens populares quanto o excesso de itens de baixo giro, afetando a rentabilidade e a experiência do cliente.

A IA tem a capacidade de prever a demanda de maneira muito mais precisa, analisando dados históricos de vendas, padrões sazonais, promoções, comportamento do consumidor e até mesmo tendências externas, como eventos climáticos ou sociais. Com base nessas análises, as plataformas de e-commerce fornecem prever quais produtos terão mais saída em determinado período e ajustar o estoque de acordo, minimizando riscos de falta de produtos ou excessos.

Além disso, a IA pode automatizar o pedido de estoque, fazendo com que os itens sejam reabastecidos de maneira inteligente, com base na previsão de vendas e no tempo de ajustes de fornecedores. Isso reduz os custos operacionais com excesso de estoque e melhora a eficiência no uso dos recursos.

2. Roteirização Inteligente de Entregas

A entrega eficiente é um dos principais fatores que impactam a experiência do consumidor no e-commerce. Problemas como atrasos, entregas incorretas ou demoradas podem prejudicar a imagem da empresa e gerar a insatisfação do cliente.

A roteirização inteligente com IA pode ser uma solução fundamental. Usando algoritmos avançados, a IA pode otimizar as rotas de entrega em tempo real, considerando variações como o tráfego, condições climáticas, restrições de ruas e até mesmo a capacidade de carga dos veículos. Essa otimização reduz os custos de transporte e acelera a entrega, resultando em maior satisfação do cliente.

Além disso, a IA pode antecipar o tempo de entrega com maior precisão, informando aos consumidores a previsão exata de chegada de seus pedidos e maior transparência. Plataformas de e-commerce como a Amazon já implementam esses sistemas de otimização de rotas, que permitem entregas no mesmo dia ou no dia seguinte, aumentando a competitividade no mercado.

3. Automação de Armazéns

Os armazéns inteligentes são outra área onde a IA está fazendo uma grande diferença. Os centros de distribuição modernos, alimentados por IA, utilizam robôs autônomos para atividades como armazenamento, separação de pedidos e embalagem de produtos. Esses robôs trabalham de maneira muito mais eficiente e rápida que os trabalhadores humanos, ajudando a diminuir o tempo de processamento dos pedidos e dos erros humanos.

Além disso, a IA pode monitorar o desempenho desses robôs e realizar ajustes em tempo real para garantir que os processos estejam sempre funcionando da melhor maneira possível. Por exemplo, se um robô ficar sobrecarregado ou apresentar falhas, o IA pode redistribuir as tarefas para outras unidades, evitando atrasos na operação.

4. Previsão de Demanda e Gerenciamento de Picos de Venda

Em épocas de promoções ou datas comemorativas, como Black Friday e Natal, as lojas online experimentam picos significativos de vendas. Gerenciar esses períodos críticos de alta demanda é um desafio para qualquer empresa, especialmente em termos de logística.

A IA pode analisar grandes volumes de dados de consumidores e identificar padrões de comportamento, permitindo prever com precisão os picos de demanda . Com essa previsão, as empresas podem se preparar antecipadamente, aumentando a produção, ajustando os estoques e se conectando com as transportadoras para garantir que as entregas ocorram dentro do prazo estipulado.

Essas observações não apenas ajudam a lidar com a demanda, mas também garantem que a experiência do cliente não seja afetada por falhas nos processos logísticos.

5. Chatbots e Assistentes Virtuais no Atendimento ao Cliente

Outra forma de IA melhorar a logística no e-commerce é não atender ao cliente. Chatbots alimentados por IA são capazes de responder a perguntas frequentes, acompanhar o status dos pedidos e resolver problemas de forma automatizada, sem a necessidade de intervenção humana. Isso libera os atendentes humanos para questões mais complexas e ajuda a melhorar a eficiência operacional.

Os assistentes virtuais também são essenciais para informar os clientes sobre o status de suas entregas e fornecer atualizações em tempo real sobre eventuais atrasos ou problemas, fornecendo um nível de transparência que contribui para a confiança e a fidelidade do consumidor.

6. Análise de Dados para Melhoria Contínua

A IA não se limita à otimização das operações logísticas em tempo real; ela também desempenha um papel crucial na análise de dados para promover melhorias contínuas. As plataformas de e-commerce podem usar IA para analisar os dados de compras, comportamento dos consumidores, tempo de entrega e outros fatores logísticos, identificando áreas de melhoria e implementando mudanças rapidamente.

A partir dessa análise preditiva, as empresas podem antecipar problemas e ajustar suas operações para evitar gargalos, melhorar a experiência do cliente e reduzir custos operacionais.

Conclusão

A Inteligência Artificial está se consolidando como uma ferramenta essencial para a evolução da logística no e-commerce. Desde a previsão de demanda e otimização de estoques até a roteirização inteligente de entregas e a automação de armazéns, a IA oferece uma série de benefícios para melhorar a eficiência, reduzir custos e, principalmente, proporcionar uma experiência de compra superior ao consumidor.

À medida que mais empresas de e-commerce adotam essas tecnologias, a competitividade no setor deve aumentar, fazendo com que a IA desempenhe um papel ainda mais central na transformação digital das operações logísticas. A logística de e-commerce do futuro será cada vez mais inteligente, ágil e centrada no consumidor, com a IA como seu maior aliado.

As empresas que investem em IA têm a oportunidade de não apenas otimizar suas operações, mas também de oferecer um serviço mais rápido, eficiente e transparente, consolidando a confiança de seus clientes e garantindo o crescimento sustentável no competitivo mercado digital.

Fonte: “https://mundologistica.com.br/glossario/ecommerce-como-a-inteligencia-artificial-pode-melhorar-a-logistica”

Cerca de 50% dos brasileiros enxergam a IA como aliada para economizar nas compras

Em dezembro, o Senado aprovou o projeto que regulamenta o uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil, marcando um avanço significativo na criação de diretrizes para essa tecnologia. O texto segue para análise da Câmara dos Deputados e poderá estabelecer um marco regulatório com impactos diretos em empresas que utilizam IA.

Uma pesquisa realizada pela Infobip, revelou que 50% dos brasileiros veem utilidade na IA para economizar dinheiro, especialmente ao comparar preços e encontrar produtos mais baratos. Segundo Giovanna Dominiquini, diretora de vendas da Infobip, esses dados mostram como a IA já faz parte do dia a dia dos consumidores, ajudando-os a fazer escolhas mais econômicas e inteligentes.

IA no varejo e personalização

A pesquisa também destaca que 33% dos entrevistados consideram útil o uso de IA para criar listas de produtos personalizadas com base em seus gostos e necessidades. Giovanna acredita que o setor varejista pode se beneficiar dessa tecnologia ao oferecer experiências personalizadas e relevantes aos clientes. “É uma oportunidade para marcas com preços competitivos ganharem espaço, mesmo que ainda sejam pouco conhecidas”, afirmou.

Além disso, 41% dos brasileiros disseram preferir utilizar fotos para encontrar produtos em plataformas com IA, enquanto 44% valorizam a ajuda da tecnologia para explicar diferenças entre produtos. Já 34% consideram útil que a IA resuma avaliações de produtos, e 32% gostariam de receber recomendações de compras baseadas em históricos anteriores.

Transparência e responsabilidade

A regulamentação proposta deve aumentar a transparência no uso da IA e reduzir a disseminação de fake news, garantindo maior proteção ao consumidor e um mercado mais equilibrado. No entanto, Giovanna alerta para a necessidade de uma análise cuidadosa em casos de uso prejudicial da tecnologia. “É essencial que profissionais capacitados avaliem as responsabilidades para não prejudicar um mercado tão promissor”, ressaltou.

Impacto nos canais de vendas

Durante a Black Friaday de 2024, os principais canais de interação foram SMS, e-mail e WhatsApp, com mais de 1,6 bilhão de interações globais registradas pela Infobip no dia. Para Giovanna, as empresas devem alinhar o uso da IA aos canais preferidos de seus consumidores, garantindo uma experiência de compra fluida e assertiva.

A expectativa é de que a IA continue evoluindo como uma ferramenta indispensável no varejo, auxiliando consumidores a encontrar melhores preços e produtos com maior eficiência. “Não apenas em datas comerciais, mas ao longo de todo o ano, a IA deve ser utilizada para aumentar a satisfação do cliente e fortalecer a relação dele com a marca”, concluiu Giovanna.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/cerca-de-50-dos-brasileiros-enxergam-a-ia-como-aliada-para-economizar-nas-compras”

Comércio eletrônico: Retrospectiva 2024 – crescimento, desafios e perspectiva

O ano de 2024 consolidou o comércio eletrônico brasileiro como um dos setores mais dinâmicos da economia nacional, apresentando crescimento robusto, adesão massiva a datas promocionais e movimentos estratégicos significativos entre os principais players.

Desempenho em datas comemorativas

O desempenho em datas comemorativas foi expressivo, reforçando o papel estratégico dessas ocasiões para o setor:

– Dia das Mães: entre 22 de abril e 11 de maio, o e-commerce faturou R$ 7,03 bilhões, representando um aumento de 5% em relação a 2023. Foram registrados 14,6 milhões de pedidos, com um ticket médio de R$ 481. As categorias de moda e acessórios, eletrodomésticos e cosméticos lideraram as vendas.

– Dia dos Namorados: as vendas online cresceram 11,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando um faturamento de R$ 5,8 bilhões. Destaques incluíram joias e bijuterias, além de eletrônicos e itens de decoração.

– Black Friday: consolidada como a principal data para o varejo online, a Black Friday registrou um faturamento de R$ 9,3 bilhões, um crescimento de 10,5% em relação a 2023, com 17,9 milhões de pedidos e um ticket médio de R$ 519,75. As categorias de eletrônicos e moda mantiveram sua liderança, enquanto alimentos e bebidas ganharam destaque em nichos específicos.

Esses resultados confirmam a força das datas comemorativas como motores de crescimento e indicam um comportamento de consumo cada vez mais digitalizado e diversificado.

Principais players: desempenhos e desafios

O Mercado Livre manteve a liderança no mercado brasileiro, detendo 13,4% do share total de audiência, seguido por Shopee (8,8%) e Amazon Brasil (7,9%). A LWSA apresentou um crescimento significativo, com aumento de 25,1% no GMV durante a Black Friday em relação a 2023. Por outro lado, empresas que não investiram em tecnologias emergentes e melhorias na experiência do cliente enfrentaram desafios tiveram resultados em desempenho abaixo do esperado.

Fusões, aquisições e lançamentos relevantes no comércio eletrônico

O segmento de e-commerce em 2024 foi palco de movimentações estratégicas que moldaram o mercado e ampliaram o alcance das empresas.

Fusões e aquisições

1. Americanas S.A. e Enjoei: a Americanas adquiriu o marketplace Enjoei por R$ 400 milhões, ampliando sua atuação no mercado de produtos usados e sustentáveis.

2. Magalu e Logbee: a Magalu incorporou a Logbee, startup especializada em logística de última milha, aprimorando suas operações logísticas e oferecendo prazos de entrega mais competitivos.

Lançamentos

1. Amazon Fresh no Brasil: a Amazon lançou o serviço de entrega de alimentos frescos em São Paulo, ampliando a competição no segmento de supermercados online.

2. Plataforma Shopee Connect: a Shopee apresentou sua plataforma de gestão integrada para pequenos e médios vendedores, fortalecendo a relação com empreendedores.

Esses exemplos evidenciam a busca contínua por inovação e eficiência, com impactos diretos na experiência do consumidor e na competitividade das empresas no mercado.

Impacto da inteligência artificial e automação na logística

A integração de IA e a automação transformaram a cadeia logística em 2024, otimizando operações e reduzindo custos. Algoritmos de IA ajudaram a prever demandas e criar rotas de entrega mais eficientes, especialmente durante a Black Friday. Estima-se que 74% das empresas no Brasil já utilizam IA em suas operações, refletindo um aumento significativo na adoção dessa tecnologia.

Perspectivas para 2025 e médio prazo

As projeções indicam que o e-commerce brasileiro continuará em trajetória ascendente. A previsão é que o setor atinja um faturamento de R$ 204,3 bilhões em 2025, com crescimento anual de 10%. Tendências como a integração de inteligência artificial, o mobile commerce e a sustentabilidade continuarão moldando o mercado.

Empresas que priorizarem a experiência do cliente e investirem em tecnologias emergentes estarão melhor posicionadas para capturar oportunidades. Já aquelas que adaptarem rapidamente seus processos a novas demandas, como entregas rápidas e soluções digitais integradas, deverão liderar o setor.

Em suma, 2024 foi um ano de transformação e consolidação, lançando as bases para um futuro promissor e competitivo no comércio eletrônico brasileiro.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/comercio-eletronico-retrospectiva-2024-crescimento-desafios-e-perspectiva”