Mercado D2C: oportunidades e desafios da venda direta ao consumidor final

Nos últimos anos, o modelo de negócios direct-to-consumer (D2C) tem experimentado uma expansão significativa, especialmente no ambiente digital.

O D2C permite que marcas estabeleçam uma conexão direta com seus consumidores, eliminando intermediários e proporcionando maior controle sobre a experiência de compra e os dados de seus clientes.

Para empreendedores digitais, essa estratégia se tornou uma via estratégica para crescer, impulsionar a inovação e construir marcas sólidas e próximas do consumidor final.

Conheça mais sobre o cenário do D2C no Brasil, assim como as vantagens e os desafios desse modelo de negócio, ao longo do artigo.

Cenário atual: o crescimento do D2C no Brasil e no mundo

De acordo com um estudo da eMarketer, as vendas no modelo D2C nos Estados Unidos totalizaram US$ 182 bilhões em 2023. O Brasil segue essa tendência, impulsionado pelo aumento contínuo do comércio eletrônico. Estima-se que, nos próximos anos, o D2C venha a representar uma parcela cada vez maior das vendas online, especialmente em categorias como moda, cosméticos e eletrônicos.

A pandemia de Covid-19 foi um fator decisivo para acelerar esse movimento, com diversos negócios – tanto globais quanto locais – buscando novas formas de vender diretamente ao consumidor. Marcas como Nike e Apple investiram pesadamente em seus próprios canais digitais. No Brasil, startups e Digital Native Vertical Brands (DNVBs), como Amaro e Insider Store, têm ganhado relevância nesse formato.

De acordo com a Synapcom, as vendas D2C representam 15% do faturamento das indústrias nos Estados Unidos. No Brasil, essa fatia é de apenas 5%, destacando o grande potencial de crescimento desse modelo no país, especialmente com a crescente digitalização.

Vantagens do modelo D2C

O modelo D2C oferece uma série de vantagens competitivas para as empresas e os empreendedores digitais. Entre os principais benefícios estão:

– Controle total da experiência do cliente: ao eliminar intermediários, as marcas conseguem gerenciar diretamente o atendimento, a personalização da jornada de compra e o marketing;

– Acesso a dados estratégicos: no D2C, as marcas têm acesso direto aos dados de seus consumidores, o que permite a criação de estratégias mais direcionadas e insights valiosos. Isso inclui desde a customização de ofertas até o desenvolvimento de novos produtos com base no feedback direto dos clientes;

– Margens mais altas: sem intermediários, as marcas D2C conseguem operar com margens de lucro mais elevadas. Isso significa mais lucro ou maior competitividade em termos de preços;

– Agilidade e inovação: as marcas podem lançar produtos mais rapidamente e testar novas abordagens de marketing de forma ágil, algo que se torna mais complicado em canais de venda tradicionais. A startup de moda Amaro, por exemplo, utiliza dados de vendas em tempo real para ajustar coleções e estratégias de marketing em ciclos curtos, algo que seria inviável em um modelo tradicional de distribuição.

O boom das DNVBs

Dentro do modelo de negócio direct-to-consumer, uma tendência que se destaca são as Digital Native Vertical Brands. (DNVBs) No bom português, marcas verticais nativas digitais.

No Brasil, empresas como Insider Store, Sallve e Liv Up se destacam por operar exclusivamente no ambiente digital, oferecendo produtos diferenciados e experiências personalizadas.

Vale destacar que as marcas D2C nativas digitais são, em sua maioria, baseadas em um produto exclusivo que resolve as necessidades não atendidas dos clientes. Para isso, contam com posicionamento, design e embalagem inovadores.

E, segundo a eMarketer, os consumidores também são atraídos pelos produtos D2C devido à percepção de um produto de maior qualidade a um custo menor, justificado por um caminho mais curto até a compra.

Desafios do modelo de negócio D2C

Embora o modelo D2C ofereça vantagens claras, ele também traz desafios que os empreendedores precisam enfrentar. Os principais são:

– Concorrência crescente: com a facilidade de acesso ao e-commerce, há uma saturação crescente de novas marcas entrando no modelo D2C. Diferenciar-se torna-se cada vez mais difícil, especialmente em nichos competitivos. Nesse cenário, a construção de uma proposta de valor única, apoiada por um forte posicionamento da marca, é vital;

– Complexidade da cadeia de suprimentos e logística: indústrias que vendem diretamente para o cliente final precisam gerenciar todas as etapas da cadeia de fornecimento, desde a produção até a entrega final, o que exige alta eficiência logística;

– Aquisição de clientes: sem intermediários, atrair clientes diretamente pode ser caro e exigir investimentos consideráveis em marketing digital e construção de marca;

– Fidelização e retenção: manter a lealdade do cliente em um mercado com muitas opções exige estratégias sólidas de personalização, experiência do cliente e suporte pós-venda.

O D2C exclui outros canais de venda?

O modelo D2C não elimina completamente outros canais de venda. Inclusive, muitas marcas estão repensando suas estratégias para equilibrar o relacionamento direto com o cliente e a conveniência oferecida pelos canais tradicionais.

Embora o D2C ofereça às marcas controle total sobre a experiência do cliente e acesso direto aos dados, muitas DNVBs estão ampliando sua presença ao adotar canais de venda como varejistas físicos para alcançar mais clientes.

Um exemplo disso é a Sallve, que, além de vender diretamente em seu site, oferece seus produtos em varejistas físicos como a RaiaDrogasil, com o objetivo de atender à demanda dos consumidores por acesso mais rápido aos produtos em lojas físicas.

Até mesmo gigantes como Nike e Adidas ajustaram suas estratégias para incluir tanto o D2C quanto canais tradicionais, mostrando que a presença multicanal pode ser fundamental para impulsionar o crescimento e atender melhor os consumidores onde eles preferem comprar.

Em conclusão, o modelo D2C representa uma transformação significativa no relacionamento entre marcas e consumidores, proporcionando maior controle, personalização e competitividade no mercado digital. No entanto, junto às oportunidades, surgem também desafios complexos, como a gestão da logística e a fidelização do cliente em um cenário cada vez mais competitivo.

No Brasil, embora o modelo ainda esteja em crescimento, o potencial é imenso, impulsionado pela digitalização e pelo comportamento dos novos consumidores. Para obter sucesso no D2C, as marcas precisam não apenas de agilidade e inovação, mas também de uma visão estratégica que equilibre a eficiência operacional com a criação de uma experiência única para o consumidor.

Afinal, o D2C não deve ser visto como uma substituição de canais, mas como uma oportunidade de integrar o melhor dos dois mundos – o digital e o físico – e oferecer ao consumidor uma jornada de compra cada vez mais fluida e personalizada.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/mercado-d2c-oportunidades-e-desafios-da-venda-direta-ao-consumidor-final”

 

 

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Electric Days: Arrow e Jadlog firmam parceria para van elétrica nacional

Inspirada nas vans quadradonas utilizadas em transporte de cargas nos EUA, van nacional será utilizada pela empresa de transportes.

A startup de veículos utilitários Arrow, fundada no Rio Grande do Sul, anunciou durante o Electric Days uma parceria com a Jadlog, empresa de logística e transportes de cargas expressas. O objetivo da colaboração é aprimorar a eficiência e a sustentabilidade das operações de entrega, com a Arrow fornecendo unidades do Arrow One, uma van elétrica urbana desenvolvida no Brasil.

Inspirado nos modelos utilizados pela UPS nos Estados Unidos, o Arrow One segue o conceito “Last Mile” (última milha), que foca na entrega porta a porta para o consumidor final. Lançado em 2022, o utilitário já está em operação por outras empresas de transporte, com cerca de 40 a 50 unidades rodando desde o início de 2024.

Diferenciais do Arrow One

Patenteado pela Arrow, o One foi projetado com inovações que facilitam a operação e otimizam o tempo das entregas. Com o conceito de “Walk-in van” inédito no Brasil, o veículo permite que o motorista acesse a carga sem precisar descer, graças a um corredor interno espaçoso e um layout otimizado para circulação, que elimina obstáculos. Com uma altura interna de 2,10 metros e um volume de carga de 16,5 m³, a van oferece uma carga útil de até 2 toneladas — 60% a mais que outros veículos de porte similar.

Além disso, o acesso ao veículo é facilitado por uma pulseira de aproximação que aciona a trava da porta lateral eletronicamente. Esse recurso poupa tempo e permite economizar cerca de 1 minuto por entrega, o que, somado a outros avanços, permite que motoristas da Jadlog alcancem até 180 entregas diárias, dobrando a média usual de algumas operações.

O painel do Arrow One é composto por duas telas LCD, uma para os instrumentos e outra para o sistema multimídia, que inclui um aplicativo de gestão inteligente de rotas. A porta traseira deslizante evita o uso excessivo de espaço, otimizando a operação nas vias urbanas.

Equipado com um motor elétrico que entrega até 183 cv e 35,7 kgfm de torque, o Arrow One vem com duas opções de baterias fornecidas pela CATL: um conjunto de 70 kWh (dois packs de 35 kWh) e uma versão com 105 kWh (três packs), permitindo que o veículo atinja uma velocidade máxima de 105 km/h.

Em relação ao carregamento, a Arrow optou pelo uso de corrente alternada (AC) a 22 kW, uma alternativa mais acessível, visto que muitos centros logísticos ainda não possuem infraestrutura para carregamento rápido em corrente contínua. Os carregadores de AC para o Arrow One têm custo estimado de R$ 5 mil, viabilizando a implantação de uma infraestrutura de recarga eficiente e economicamente viável.

Impacto Ambiental e Econômico

A parceria entre Arrow e Jadlog vai ao encontro da demanda crescente por soluções logísticas com zero emissões, impulsionada por exigências de clientes corporativos que priorizam práticas ambientalmente responsáveis. Embora o custo inicial dos veículos elétricos seja um desafio, o Arrow One tem demonstrado que os ganhos de produtividade e a redução de emissões compensam esse investimento.

Combinando tecnologia nacional com uma abordagem inovadora para logística urbana, a Arrow e a Jadlog sinalizam um avanço significativo para o setor de entregas no Brasil, promovendo uma operação mais sustentável, ágil e competitiva.

Fonte: “https://insideevs.uol.com.br/news/740910/arrow-van-eletrica-jadlog-transportes/”

 

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Estoca expande fulfillment em Extrema (MG) com foco em entregas rápidas

Em quatro anos, a logitech registrou o marco de 5 milhões de pedidos entregues e espera fechar o ano com ​mais de ​7 milhões de entregas.

Com um crescimento do volume no último semestre três vezes maior em relação a de dezembro de 2023, a Estoca tem ampliado a operação no centro de distribuição em Extrema (MG) para a oferta do serviço fulfillmentSegundo a companhia, o objetivo é garantir entregas personalizadas e mais rápidas.

Com tecnologia própria, o fulfillment é monitorado em tempo real, desde o estoque até a entrega. Em comunicado, a empresa afirmou que oferece empacotamento personalizado, suporte especializado e escalabilidade para acompanhar o crescimento da demanda de seus clientes, especialmente em momentos de pico do e-commerce, como Black Friday e Natal. 

De acordo com o CEO da Estoca, Caio Almeida, a cidade de Extrema combina uma excelente infraestrutura logística com uma localização estratégica, próxima às principais rodovias de São Paulo, o que permite uma distribuição massiva pelo Brasil.

Atualmente, a Estoca trabalha com dois modelos de negócios: o fulfillment e o WMS (Warehouse Management System), tecnologia proprietária que automatiza as operações e aumenta a produtividade na gestão de estoques nos galpões próprios de e-commerce.

“Ao atuar com diversas marcas de e-commerce, nossa proposta é que o cliente final – aquele que receberá o produto do nosso cliente – tenha a melhor experiência de entrega. O foco da empresa é oferecer soluções personalizadas, que se adaptem ao volume de cada operação de e-commerce, garantindo velocidade e eficiência”, afirmou Caio.

Além de Extrema (MG), a Estoca possui centros de distribuição em Itapevi (SP), Vargem Grande Paulista (SP), Serra (ES) e Recife (PE). A logitech, que registrou em julho o marco de 5 milhões de pedidos entregues desde sua fundação há quatro anos, espera fechar o ano com mais de 7 milhões de entregas.

“Pelo movimento do mercado, prevemos um aquecimento de vendas em função das duas datas mais aguardadas pelo varejo: a Black Friday e o Natal. Na Black Friday, por exemplo, estimamos que o volume de entregas entre outubro e novembro cresça cerca de 60% em relação ao mesmo período ano passado”, complementou o CEO da Estoca.

BENEFÍCIO FISCAL EM MINAS GERAIS

Segundo a companhia, um dos grandes atrativos de Extrema é o tratamento tributário especial voltado para o e-commerce, oferecido pelo Governo de Minas Gerais. Enquanto em São Paulo o ICMS pode chegar a 18%, em Minas Gerais esse percentual é drasticamente reduzido, variando de 2% a 6% para vendas internas e até 1,3% para vendas interestaduais.

De acordo com a companhia, o estado dispensa a retenção e o recolhimento do ICMS nas entradas de mercadorias, um benefício que pode representar uma economia significativa para o e-commerce.

Fonte: “Estoca expande fulfillment em Extrema (MG)

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Black Friday: Nuvem Envio dobra capacidade logística

Empresa espera alcançar mais de 1 milhão de pacotes transportados no Brasil e na Argentina em novembro, ultrapassando o recorde obtido em outubro deste ano.

A Nuvem Envio, unidade logística da Nuvemshop, dobrou a capacidade de envios como preparação para a Black Friday 2024. A empresa também aumentou em 60% a capacidade de processamento de encomendas no Brasil, com uma expectativa de processar 10 mil pacotes por hora, e dobrou o quadro de funcionários.

Segundo o diretor de Nuvem Envio LATAM, Vitor Cunha, com a ampliação das operações, a empresa esperar suprir todas as demandas de logística. “Esperamos alcançar mais de 1 milhão de pacotes transportados no Brasil e na Argentina em novembro, ultrapassando o recorde que já tivemos em outubro deste ano e consolidando a Nuvem Envio como a melhor solução logística para as PMEs do e-commerce”, comentou.

O executivo ressaltou que os empreendedores podem preparar sua loja para garantir a eficiência na entrega. “O planejamento logístico também deve fazer parte da preparação do lojista em um evento como a Black Friday. O empreendedor precisa trabalhar em quatro pilares importantes: previsibilidade, saber qual a volumetria esperada no período; agilidade no pós-venda, para notificar inconsistências ao fornecedor logístico; ajustes no prazo de postagem, avaliando se não é necessário um aumento no período; e boa gestão de encomendas, garantindo que os pacotes estejam organizados e etiquetados corretamente para envio”, disse.

Fonte: “Black Friday: Nuvem Envio dobra capacidade logística

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Amazon investe em óculos inteligentes para otimizar entregas

Se implementados com sucesso, esses óculos permitirão que os entregadores sigam um guia visual direto em uma tela embutida nas lentes

A Amazon está desenvolvendo óculos inteligentes para ajudar entregadores a navegarem até a porta dos clientes, segundo informações de fontes ligadas ao projeto, divulgadas pela Reuters. Se implementados com sucesso, esses óculos permitirão que os entregadores sigam um guia visual direto em uma tela embutida nas lentes, economizando segundos preciosos em cada entrega. Essa tecnologia, chamada de “Amelia” internamente, visa melhorar a eficiência e reduzir custos na “última milha”, uma etapa crítica e onerosa do processo de entrega.

Além de orientações detalhadas, os óculos trarão alertas sobre possíveis obstáculos, como portões ou animais, e contarão com uma câmera para registrar a prova de entrega. Essa iniciativa também se conecta ao esforço contínuo da Amazon de construir uma rede logística autônoma, incluindo aviões, caminhões e armazéns próprios.

Desafios técnicos e reações de entregadores

Embora promissora, a tecnologia enfrenta desafios práticos, como a durabilidade da bateria, que ainda não consegue manter o dispositivo funcionando por um turno completo de oito horas sem aumentar o peso dos óculos. Outro obstáculo é a aceitação dos entregadores, que podem achar o dispositivo desconfortável, principalmente aqueles que já utilizam óculos corretivos. A Amazon, no entanto, planeja tornar o uso dos óculos uma exigência para empresas terceirizadas de entrega, caso o projeto avance.

Essas inovações refletem a resposta da Amazon à concorrência crescente de empresas como o Walmart, que está investindo em incentivos para motoristas independentes durante a alta temporada de compras.

Fonte: “Amazon investe em óculos inteligentes para otimizar entregas

 

 

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CTT dão a mão à Amazon e aumentam número de pontos de recolha de encomendas em Portugal

A partir de agora, os clientes da Amazon em Portugal poderão receber as suas encomendas em qualquer ponto da rede dos CTT, incluindo lojas, Pontos CTT agentes Payshop e cacifos Locky. Este novo serviço será implementado antes da Black Friday, inicialmente em cerca de 1.000 pontos, incluindo 600 lojas e pontos físicos, além de 400 cacifos Locky.

A parceria entre a Amazon e os CTT visa facilitar a entrega durante a época festiva, oferecendo aos clientes mais flexibilidade na receção das suas encomendas. A partir de 2025, a rede de pontos de entrega será expandida para cerca de 3.800 locais.

João Sousa, administrador-executivo dos CTT, diz que “esta parceria com a Amazon em toda a rede CTT demonstra a nossa capacidade de entregar conveniência ao cliente final e reforça o nosso posicionamento de empresa líder no segmento de expresso e encomendas.”

Fonte: “https://executivedigest.sapo.pt/noticias/ctt-dao-a-mao-a-amazon-e-aumentam-numero-de-pontos-de-recolha-de-encomendas-em-portugal/”

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Shopee x Meli

A Sea Ltd superou as estimativas de receita do terceiro trimestre de 2024 (3T24), nesta terça-feira, depois que seu negócio de comércio eletrônico Shopee tornou-se lucrativo, fazendo com que suas ações saltassem no pós-balanço.

Conforme aponta o Bradesco BBI, os dados de desempenho da Shopee Brasil oferecem algumas leituras cruzadas úteis para o Mercado Livre (BDR: MELI34) no Brasil. Cabe ressaltar que as ações do Mercado Livre na Nasdaq despencaram após o 3T24, uma vez que o balanço foi afetado por custos de crédito e logística, que ofuscaram uma expansão na receita.

O banco aponta alguns destaques positivos para a Shopee Brasil. No 3T24, a Shopee Brasil atingiu lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado positivo pela primeira vez. Isso segue sua primeira margem de contribuição positiva no 2T24, mostrando um progresso bom na lucratividade e efetivo nesta unidade de negócios nos trimestres mais recentes.

A Sea Ltd superou as estimativas de receita do terceiro trimestre de 2024 (3T24), nesta terça-feira, depois que seu negócio de comércio eletrônico Shopee tornou-se lucrativo, fazendo com que suas ações saltassem no pós-balanço.

Conforme aponta o Bradesco BBI, os dados de desempenho da Shopee Brasil oferecem algumas leituras cruzadas úteis para o Mercado Livre (BDR: MELI34) no Brasil. Cabe ressaltar que as ações do Mercado Livre na Nasdaq despencaram após o 3T24, uma vez que o balanço foi afetado por custos de crédito e logística, que ofuscaram uma expansão na receita.

O banco aponta alguns destaques positivos para a Shopee Brasil. No 3T24, a Shopee Brasil atingiu lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado positivo pela primeira vez. Isso segue sua primeira margem de contribuição positiva no 2T24, mostrando um progresso bom na lucratividade e efetivo nesta unidade de negócios nos trimestres mais recentes.

Os únicos dados quantitativos fornecidos para a Shopee Brasil no 3T24 são um aumento anual de cerca de 40% em compradores ativos mensais. Em comparação, o Mercado Livre relatou um crescimento de 21% ano a ano em compradores ativos únicos na região da América Latina. “A diferença nas taxas de crescimento reflete os diferentes níveis de maturidade das duas empresas”, avalia o BBI.

O banco destaca que a Shopee anunciou recentemente que vendeu 1 bilhão de produtos de vendedores brasileiros por meio de sua plataforma 3P (marketplace) no Brasil de janeiro a outubro, em comparação com os 1,25 bilhão de itens enviados pelo Mercado Livre em toda a região da América Latina no 3T24 até o momento. “Isso indica, em última análise, que existe uma sobreposição mínima nos perfis de transação; os números também mostram que a Shopee tem um tíquete médio consideravelmente menor”, avalia o BBI.

Para o banco, apesar do progresso da Shopee no Brasil, a visão sobre o Mercado Livre segue inalterada, visto que, em sua estimativa, o MELI continua somando mais GMV (volume bruto de mercadorias) nominal, sugerindo assim uma consolidação de participação de mercado de forma cada vez mais estrutural.

Além disso, o perfil de transações da Shopee continua significativamente menor do que o do Mercado Livre, dados volumes de transações semelhantes para a Shopee Brasil (cerca de 1 bilhão) versus MELI LatAm (cerca de 1,25 bilhão). No entanto, com GMV significativamente menor, de acordo com suas estimativas (Shopee Brasil cerca de R$ 15 bilhões-20 bilhões versus MELI Brasil de por volta de R$ 105 bilhões em 2023 – de acordo com estimativas do BBI e Euromonitor).

“Por fim, acreditamos que tanto o MELI quanto a Shopee são atualmente os principais participantes que estão liderando com sucesso a transição das compras offline para as online, sem limitar diretamente o potencial de mercado/crescimento uma da outra, e isso se deve em grande parte aos diferentes tamanhos e categorias de tíquetes”, avalia o banco. O BBI tem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para MELI, com preço-alvo de US$ 2.550.

Fonte: “O que o crescimento da Shopee do Brasil no 3T24 indica para o Mercado Livre?

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Black Friday: Pico de devoluções desafia logística reversa no e-commerce; entenda

Como todo mês de novembro, a Black Friday, marcada para o dia 29 nesse ano, é aguardada com grande expectativa por clientes e empresas do e-commerce no Brasil. Projeções da Confi.Neotrust indicam que, durante os dias que antecedem e sucedem o período, o faturamento do setor será de R$ 9,3 bilhões, um crescimento de 9,1% em relação a 2023. No entanto, um maior volume de vendas traz consigo um desafio: o aumento de devoluções.

Pesquisas da Ebit Nielsen, que monitoram o setor, indicam que os pedidos de devolução ou troca de produtos acontecem em cerca de 30% das compras on-line. Essa taxa tende a aumentar durante a Black Friday devido ao volume elevado de vendas, o que exige atenção redobrada das marcas para gerenciar a gestão da logística reversa de forma eficiente e assegurar a satisfação dos consumidores.

Para que se possa entender melhor, a logística reversa engloba todos os procedimentos de pós-venda ou pós-consumo que garantem o reaproveitamento ou o descarte correto dos resíduos de produtos utilizados pelos consumidores.

Segundo Carlos Tanaka, CEO da PostalGow, a Black Friday é um momento crítico para o e-commerce em termos de logística, de modo geral, e uma logística reversa eficiente se torna indispensável para manter a confiança dos consumidores e garantir uma experiência de compra satisfatória, mesmo diante de uma devolução.

“Uma equipe coordenada e munida de uma plataforma robusta que auxilie nesse processo, permite que as empresas gerenciem as devoluções de forma ágil e padronizada, reduzindo custos e melhorando a experiência do cliente”, afirma.

Eficiência e sustentabilidade na gestão 

Plataformas de logística reversa oferecem integração com sistemas de ERP, possibilitando que as empresas acompanhem, em tempo real, cada etapa do processo de devolução, desde a emissão do pedido até o processamento nos Centros de Distribuição.

A automação desses processos e a padronização do tratamento dos produtos devolvidos contribuem para otimizar as operações, reduzir erros e custos, e melhorar a experiência do consumidor.

“A plataforma DevolvaFácil, por exemplo, integra tecnologias e práticas padronizadas que ajudam a enfrentar os desafios de períodos de pico, garantindo tanto a satisfação do cliente quanto a sustentabilidade das operações comerciais”, explica Tanaka.

Durante a Black Friday, quando as devoluções atingem níveis críticos, essas plataformas desempenham um papel fundamental para gerir o aumento de demanda. Com esse suporte, as empresas conseguem monitorar cada etapa e ajustar rapidamente suas operações para lidar com o alto volume de produtos retornados.

A adoção de um sistema que centraliza e padroniza o tratamento das devoluções permite que os Centros de Distribuição mantenham o controle do inventário e reduzam perdas, algo que se mostra cada vez mais importante no e-commerce.

Com a proximidade da Black Friday, é essencial que as redes de comércio digital invistam em soluções que garantam eficiência na logística reversa. O aumento das devoluções exige processos ágeis e bem estruturados, que assegurem que cada produto retornado seja tratado de forma rápida e precisa.

“Isso não só fortalece a imagem da empresa perante seus consumidores, mas também impulsiona uma operação sustentável e financeiramente eficiente, adaptada às demandas do mercado”, conclui o CEO.

Fonte: “Black Friday: Pico de devoluções desafia logística reversa no e-commerce; entenda

DHL amplia uso do modal aéreo na distribuição de peças da Ford no Brasil

Além de entregas urgentes, operadora já usa o modal aéreo para distribuição de peças para a Região Norte.

A DHL Supply Chain intensificou e expandiu o uso do modal aéreo na distribuição de peças de reposição (aftermarket) da Ford no Brasil. Agora, além das entregas urgentes, toda a distribuição para a Região Norte também é realizada pelo aéreo, o que trouxe uma expressiva redução no prazo de entregas. Com o apoio de uma nova filial da DHL Supply Chain próxima ao aeroporto de Guarulhos, a operação também aprimorou a preparação e expedição de carga, o que reduziu avarias.

“O Brasil tem uma grande tradição de transporte rodoviário, mas, dado a suas dimensões, há boas oportunidades também de distribuição via modal aéreo, principalmente contando com a consolidação de carga e a escala operacional de parceiros logísticos como a DHL. Temos investido bastante nessa área, a exemplo da nossa nova filial em Guarulhos que, dentre outros benefícios, tem uma estrutura para paletização de carga aérea e está localizada há menos de 10 minutos do aeroporto”, afirma Luiz Brunherotto, Diretor de Transportes da DHL Supply Chain.

“A Ford tem um grande foco no atendimento ao cliente e chegar com as peças de maneira rápida aos concessionários é uma grande prioridade. Por conceito, já atendemos a região Norte com o modal aéreo de forma integral, mas a dependência de aeronaves comerciais limita o atendimento, por disponibilidade de voo ou capacidade. A parceria com a DHL nos traz maior flexibilidade e a redução do tempo de atendimento que queremos dar ao cliente Ford”, diz Carlos Laprega, gerente de Logística de Pós-Venda da Ford América do Sul.

A DHL Supply Chain disponibiliza uma solução completa para a distribuição de peças de reposição da Ford no Brasil (rodoviário e aéreo), incluindo a coleta da carga no armazém de Cajamar da montadora, a transferência para a Matriz de Transportes da DHL em Jandira ou para os aeroportos de Guarulhos e Viracopos, e a entrega final às concessionárias e distribuidores em todo o País (last mile). O volume de SKUs gerenciado chega a 40 mil.

“Oferecemos ainda duas vantagens importantes. Por nossa escala, a Ford consegue embarcar suas cargas em aviações cargueiros na rota de Manaus conseguindo transportar uma maior variedade de itens. Além disso, temos acesso direto aos sistemas das companhias aéreas, proporcionando visibilidade de ponta a ponta do frete em tempo quase real”, ressalta Luiz Brunherotto.

No transporte rodoviário (que abrange todas as demais regiões, com exceção da Norte), a DHL Supply Chain utiliza carros dedicados e dá acesso a sua malha de distribuição nacional, atualmente com mais de 5 mil veículos. Um dos diferenciais é a modalidade expressa que possibilita entregas ágeis em grandes distâncias com um lead time semelhante ao aéreo. Destaque também para a aplicação de tecnologias de tracking (via plataforma DHL MySupplyChain) e etiquetas inteligentes (que facilitam a expedição e acompanhamento da carga).

Fonte: “https://noticias.r7.com/prisma/luiz-fara-monteiro/dhl-amplia-uso-do-modal-aereo-na-distribuicao-de-pecas-da-ford-no-brasil-11112024/”

 

 

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Produtos indisponíveis no e-commerce atingem índice 30,5%

Alimentos e bebidas tiveram a maior taxa de ruptura no varejo digital no acumulado do ano até setembro.

O e-commerce brasileiro registrou um índice de ruptura de 30,5% no acumulado do ano até setembro, segundo o estudo E-commerce Quality Index 2024, da Lett, solução da Neogrid. O número revela um aumento de 3,8 pontos percentuais (p.p.) em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, indicando maior indisponibilidade de produtos em relação ao total de itens de uma loja considerando todo o catálogo.

O levantamento mostra que a elevação do índice de ruptura foi impulsionada principalmente pelos varejos do tipo brics and clicks (lojas físicas com presença online), que subiram 4 p.p.. Em contrapartida, marketplaces e pure players (lojas exclusivamente digitais) observaram uma queda de 1,6 p.p. Para o estudo, foram avaliadas mais de 748 mil páginas de produtos em 16 e-commerces.

“Existe uma diferença entre o sortimento de estoque nesses dois modelos de venda”, explica Franklin Lima, diretor-executivo da Lett. “Enquanto os marketplaces contam majoritariamente com centros de distribuição estratégicos, com maior variedade e quantidade de produtos, os brick and clicks dependem da disponibilidade do que cabe na loja física, nem sempre atendendo a todas as demandas dos consumidores.”

Indisponibilidade por região do País

Na análise por região, considerando o período do início do ano passado até setembro de 2024, o Sul do País lidera a taxa de ruptura (30,3%). Na sequência, vêm o Sudeste (29,3%) e o Centro-Oeste (28,2%), ao passo que o Nordeste e o Norte possuem taxas de indisponibilidade de 27,8% e 27,7%, respectivamente.

Já no quesito reposição, a região Sudeste é a mais eficiente, seguida por Centro-Oeste, Norte e Nordeste empatados e pelo Sul, a região mais lenta em repor o estoque desfalcado.

“Uma solução para a questão da indisponibilidade de produtos é aderir ao 3P. Esse modelo da venda de sellers por marketplaces otimiza toda a cadeia logística e ajuda a reduzir a taxa de ruptura”, afirma Lima. “Nosso estudo aponta que 41% das ofertas encontradas não estariam disponíveis se não fossem anunciadas por meio desse tipo de operação”, complementa.

Categorias com maiores taxas de ruptura

De acordo com o estudo, a ruptura no e-commerce brasileiro expandiu em todos os segmentos de produtos analisados entre janeiro de 2023 a setembro de 2024.

Os setores que registraram o maior crescimento no período foram o de alimentos e bebidas, com um incremento de 3,9 p.p., higiene, saúde e beleza (2,3 p.p.) e ferramentas e materiais de construção (2,9 p.p.).

Fonte: “Produtos indisponíveis no e-commerce atingem índice 30,5% – Mercado&Consumo

 

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