Amazon Prime é importante. Alibaba é ainda mais!

A Amazon divulgou na semana passada, o início do serviço Prime aqui no Brasil, notícia que mexeu com os ânimos e o otimismo do varejo nacional. Este novo modelo de ofertas impacta em um dos pontos fracos de nosso país, que é a eficiência logística. Afinal, há boas empresas cobrando caro para entregar em prazos nada amigáveis.

Historicamente temos conhecimento que a indústria automobilística americana tinha “medo” da japonesa por sua eficiência fabril (com ênfase para o modelo Toyota); que a indústria japonesa temia a coreana por sua eficiência logística (você sabia que a Kia termina a construção de seus carros no navio?); e que a indústria coreana temia a chinesa por… Bem… Ser chinesa.

Ao fazer uma correlação com esta premissa e diante de algumas análises sobre o mercado, acreditamos que a verdadeira ameaça para o varejo nacional não está na Amazon. Pensamos que está no Oriente e chama-se Alibaba.

Amazon e Alibaba

A Alibaba não é, ao contrário do que muitos pensam, a versão chinesa da Amazon. Na verdade, é completamente diferente: trata-se de uma empresa que não mantem estoque e se posiciona como uma facilitadora de vendas, tanto para os meios digitais como para os meios tradicionais.

A contribuição estratégica desta gigante está no uso aperfeiçoado de dados combinado com a coordenação de uma intrincada rede de consumidores, fabricantes, lojistas e até digital influencers – o que ela chama de “negócio inteligente”.

Quanto mais transações ocorrem por meio da plataforma da Alibaba, mais a empresa aprende a partir dos dados gerados nas transações e treina seus algoritmos para tomar decisões de forma automatizada. Trata-se da expressão máxima do que se convencionou chamar no horizonte de transformação digital, exceto pelo fato de que a companhia não tem qualquer amarra com nossas práticas podendo inovar em um ritmo mais acelerado.

A Alibaba se posiciona como uma plataforma digital de negócios e tem objetivos, no mínimo, arrojados. Em 2036, a meta é servir dois bilhões de clientes, criando cem milhões de empregos, empoderando dez milhões de empresas para criação de negócios lucrativos dentro e fora da internet. Tudo isso, se pautando na combinação da inteligência de dados e efeito de rede.

Varejo

“Se o ritmo de mudança interna de uma organização for mais lento do que o ritmo de mudança externa, o fim está próximo. A única questão é quando” (WELCH, 2000). Mais uma vez, a máxima compartilhada pelo executivo da GE Jack Welch, há mais de 19 anos, sobre a importância das empresas serem rápidas para mudar, se mostra verdadeira. O varejo nacional tem que se valer da criatividade brasileira característica para poder responder de forma eficiente.

Movimentos como esse são impulsionadores para transformação de negócios através de recursos digitais. Ou seja, transformação digital muito além do discurso vazio e de forma bem tangível.

Não temos dúvidas que nossa indústria conseguirá ser, outra vez, bem-sucedida e sabemos que, no final, o ecossistema como um todo avançará em benefício dos consumidores.

Amazon Prime é expressão da inovação incremental feita do jeito certo, por isso, causa desconforto aos competidores. Entretanto, a Alibaba é disruptiva e tem potencial para tornar a forma como pensamos varejo irrelevante.

Amazon está privilegiando produtos mais lucrativos em buscas, diz jornal

De acordo com o The Wall Street Journal, o algoritmo da Amazon está privilegiando os produtos mais rentáveis nas buscas realizadas pelos usuários, e não os mais relevantes. Esses podem ser os produtos vendidos pela própria empresa, mas não é regra.

A Comissão Federal do Comércio (FTC) dos Estados Unidos, que fiscaliza práticas abusivas de negócios, está entrevistando pequenas empresas que vendem na plataforma. O caso se repete na Europa: Margrethe Vestager, comissária europeia conhecida por investigar grandes empresas de tecnologia, iniciou uma ação na Comissão Europeia por suspeitas de práticas anticoncorrenciais. Há dois anos, o Google foi multado em 2,4 milhões de euros em uma investigação semelhante iniciada por Vestager.

A mudança no algoritmo causou polêmica dentro da própria empresa, segundo o veículo. O “A9”, time de engenheiros da Amazon localizado no Vale do Silício, discordou do time de varejo, sediado em Seattle, onde a empresa foi criada.

A reportagem cita algumas das características consideradas pelo algoritmo da Amazon para ranquear os produtos em uma busca: velocidade de entrega, avaliações, volume de vendas e quantidade disponível. A Amazon não revelou todos os critérios levados em conta pelo sistema, embora reconheça que lucratividade é um deles. “Nós não mudamos o critério que usamos para ranquear resultados para incluir lucratividade”, afirma a porta-voz Angie Newman em uma declaração por e-mail, justificando que a lucratividade a longo termo sempre foi algo considerado pela companhia.

“Quando testamos qualquer ferramenta nova, inclusive mudanças na busca, olhamos para um número de métricas, incluindo o lucro a longo prazo, para ver como essas novas iniciativas irão impactar na experiência do consumidor e em nosso negócio, como qualquer loja racional iria, mas não fazemos decisões baseadas em apenas essa métrica”, disse Newman ao WSJ.

Confiança e Crédito podem crescer o consumo e o varejo

O potencial para o crescimento do consumo interno e das vendas no varejo no Brasil é brutal e está engessado por questões que envolvem a Confiança do Consumidor no curto prazo e o acesso ao crédito no vetor mais estrutural. Como consequência, diversos setores industriais ligados ao consumo sofrem de inanição há vários anos, o investimento é limitado e o país anda de lado.

Sob o ponto de vista estrutural, existe um espaço enorme para o crescimento econômico apoiado no consumo interno impulsionado pelo crédito as pessoas físicas, especialmente porque os atuais níveis de inadimplência, comprometimento de renda e endividamento das famílias está em patamares baixos em relação ao seu padrão histórico.

No momento atual, apesar do elevado desemprego, temos um crescimento real da massa de salários em relação aos últimos três anos que poderia ser convertido em aumento de consumo e nas vendas do varejo.

Mas o Índice de Confiança do Consumidor teima em oscilar mês a mês ao sabor das notícias e informações contraditórias que misturam ações positivas de recuperação da economia com o mi-mi-mi político-partidário que desanima o mais inveterado otimista. Mesmo quando questões estruturais importantes, como a Reforma da Previdência, Tributária e outras, mostram que caminhamos na direção correta.

A combinação da gradual melhoria do emprego, mesmo que com boa parte informal, com o aumento real da massa salarial e a baixa inflação seria, em tese, fator determinante de um significativo aumento do consumo e das vendas do varejo, não fosse a confiança do consumidor que teima em oscilar em patamares mais baixos em relação ao que tivemos no período 2004-2012, período recente de maior expansão econômica e do consumo.

Em 2009, a carteira total de crédito de pessoas físicas no Brasil foi de R$ 627 bilhões, segundo dados do Banco Central. Dez anos depois, esse número atinge R$ 1.800 bilhões.

E a inadimplência está nos seus patamares mais baixos de sua série histórica.

No segundo semestre de 2013, pico do ciclo de consumo iniciado em 2004, a inadimplência, medida pelo percentual de atrasos acima de 90 dias, oscilava entre 4,8 a 5%. No primeiro semestre deste ano, esse mesmo percentual varia de 3,2 a 3,4%. Ou seja, aumentou muito a carteira de crédito para as famílias, mas nem por isso a inadimplência cresceu de forma a preocupar.

Ao contrário, os instrumentos e o rigor na análise e concessão do crédito ao consumo associados ao amadurecimento do consumidor mantém a inadimplência em patamares muito baixos, sem inspirar qualquer preocupação. Tão importante quanto analisar a inadimplência é observar o endividamento.

Em meados de 2009, o endividamento das famílias, sem contabilizar as dívidas imobiliárias, representava 28,3% da massa salarial dos últimos 12 meses. Pelo mesmo indicador, esse percentual agora é 25,6%.

Se acrescentarmos dívidas imobiliárias, ou seja, o endividamento total das famílias, no mesmo período, o índice variou de 33,9 para 43,7% mas, nesse caso, é importante lembrar que as famílias estão trocando gastos com aluguel por aquisição de imóvel, o que é saudável economicamente.

Para confirmar o potencial adormecido de consumo através do crédito às famílias, é relevante considerarmos também a evolução do nível de comprometimento da renda com dívidas para as famílias. No primeiro semestre de 2009 esse percentual de comprometimento em relação à renda do mês era de 18,5% e agora baixou para 17,7%, ou seja, as famílias têm menor comprometimento de renda com dívidas do que há dez anos atrás.

A oportunidade é ainda maior

Com base de dados do BIS, a GS&Inteligência analisou comparativamente o volume de crédito ao consumo no Brasil e em alguns países tomados como referência.

O quadro abaixo mostra quanto o crédito ao consumo em relação ao PIB desse países evoluiu nos anos recentes destacando, em primeiro lugar, o quão baixo é no Brasil e o fato de que a evolução de 2013 a 2018, período de nossa maior recessão econômica, foi muito baixa, pois variou de 26,2 para 28,2%, em relação ao PIB.

Quando se compara que no Brasil o crédito às famílias representa apenas 28,2% do PIB, enquanto nos Estados Unidos é 76,3%, na França 60,1%, no Reino Unido 87,1%, todos países maduros e avançados mas, no Chile, nosso vizinho da América do Sul o índice é 45,4%. Imaginemos que saltássemos dos atuais 28,2 para 40% do PIB o impacto econômico que isso poderia ter.

Isso mostra o quanto há de oportunidade para crescer a oferta de crédito ao consumo, gerando aumento de vendas no varejo, investimentos na indústria local de consumo e aumento generalizado de emprego, considerando que o comércio é o maior empregador privado do país. Sem falar na arrecadação de impostos que poderia ajudar a minorar os problemas de caixa dos diferentes níveis de governo.

Startup de e-commerce B2B, Gaveteiro mira receita bilionária com parceria e aquisição

Quando o norte-americano Joshua Kempf decidiu largar seu emprego como executivo do banco Goldman Sachs para empreender no Brasil, em 2012, ele foi pesquisar a fundo o mercado do e-commerce. O que notou foi uma série de lojas de nicho crescendo – de artigos esportivos, moda, produtos para pets e tantos outros – no modelo B2C. A venda direta para empresas, no entanto, tinha pouca relevância em meios digitais. Neste cenário, ele teve a ideia de criar o Gaveteiro, ao lado do sócio alemão Benedikt Voller.

O Gaveteiro é um marketplace que vende todo tipo de produto B2B: para indústrias, escritórios, lojas, restaurantes e qualquer estabelecimento comercial. Hoje, ele conta com uma variedade de 270 mil produtos de milhares de fornecedores, 30 mil vendas diárias e 5 mil clientes. O foco, no entanto, é em suprimentos industriais.  Desde o início da operação, em 2013, a startup levantou R$ 35 milhões em investimentos.

Em entrevista exclusiva à StartSe, Joshua Kempf afirma que, embora tenha enorme potencial de receita, o mercado B2B é pouco conhecido pelo público em geral. “Gosto da ideia de ser um negócio que está fora do radar, que é gigante, mas ninguém ouve falar”, diz o empreendedor.

Para crescer neste mercado, o importante foi entender que as dores das empresas são diferentes da do cliente comum. “O comprador PJ não quer receber várias notas fiscais, uma para cada vendedor. Ele não vai rastrear três ou quatro entregas diferentes. Têm tantas regras de compliance nas empresas, toda uma burocracia para cada compra”. Neste sentido, o Gaveteiro reúne toda a cadeia de logística e cobrança: independente de quantos fornecedores diferentes houver em uma mesma compra, a entrega e a nota fiscal são únicas e realizadas pela própria startup. Ela tem centro de distribuição na Grande São Paulo.

Aquisição e parceria

Joshua Kempf tem a meta ousada de atingir R$ 3 bilhões em receita e, para isso, estima ser necessária uma base de 250 mil clientes. Uma das estratégicas para chegar neste patamar foi adquirir o Grupo NEI, que tem 45 anos de experiência e reconhecimento como produtor de conteúdo e reviews de produtos do mercado industrial. O empreendedor, inclusive, tomou a decisão de, a partir de 2020, abandonar a marca Gaveteiro e se posicionar apenas como NEI.

“Com o conteúdo do NEI, o marketplace e a logística do Gaveteiro, estamos fechando toda a cadeia” explica. O conteúdo gera os leads, que já são direcionados para a página de vendas onde o comprador, em poucas etapas faz a aquisição.

Também faz parte da estratégia de crescimento da startup a parceira, anunciada em junho, com a norte-americana Grainger. A empresa é a maior vendedora de suprimentos industriais em e-commerce dos EUA, com faturamento anual de US$ 11 bilhões.

A partir de agora, o estoque da Grainger está integrado no marketplace do Gaveteiro. A parceria atende principalmente a clientes que buscam produtos muito específicos que requerem a importação, tornando este processo de compra no exterior bem mais simples.

Outra parte importante do plano de crescimento da startup – que dialoga com o propósito da empresa de fomentar a indústria nacional – é financiar equipamentos aos compradores. Com taxas menores que bancos tradicionais, e sem a mesma burocracia, o Gaveteiro oferece linha de crédito para que as empresas possam investir na própria estrutura. E, por outro lado, o Grupo NEI (como será chamado em breve) ganha tanto com a venda quanto com o financiamento.

Fonte: startase.com

AliExpress corrige: foram vendidos 6 mil smartphones em uma semana no Brasil

O marketplace chinês AliExpress corrigiu uma informação divulgada, sobre a venda de smartphones no Brasil. Segundo a empresa, foram comercializados, em apenas uma semana no País, seis mil smartphones, e não 600 mil, como havia sido anunciado.

Ainda foram vendidos 35 mil smartwatches e 25 mil fones de ouvido sem fio.

Obtidos com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, os números colocam o País como um dos principais mercados do site.

As vendas ocorreram durante a “Campanha de Meio de Ano”, um dos maiores eventos de vendas na plataforma, que aconteceu entre 17 e 23 de junho.

Entre as marcas na AliExpress mais vendidas estão Apple, Lenovo e Xiaomi. Fora os eletrônicos, outra categoria que teve apelo foi a de produtos para pele, como cremes de beleza.

Fonte: UOL

Apesar de carteira digital, a alta do Mercado Livre vem das maquininhas

Fundado em 1999, o Mercado Livre ficou conhecido por ser um lugar em que se podia não só comprar como vender de tudo na internet. Mas seus dias de foco único no comércio eletrônico ficaram definitivamente para trás.

A empresa anunciou em seus resultados do segundo trimestre, um número marcante em meio aos esforços para tornar seus serviços de pagamento tão conhecidos quanto seu braço de vendas por marketplace: no mês de junho, pela primeira vez na história, o valor total dos pagamentos transacionados pelas plataformas da empresa foi maior fora do Mercado Livre do que nas compras internas.

Isso significa que mais pessoas estão usando as soluções do Mercado Pago, braço da companhia que oferece opções como carteira digital, QR Code posicionado em estabelecimentos físicos e maquininhas de cartão de crédito para pequenos lojistas.

A área de pagamentos fora do Mercado Livre teve alta de 233% em volume transacionado no trimestre, sendo a maior responsável pelo crescimento de 90% no volume total transacionado no período (em câmbio constante). Uma alta bem maior do que a de vendas brutas no marketplace, que subiram 33% no período.

Assim, dos 6,5 bilhões de dólares transacionados pela empresa argentina no trimestre, 3,1 bilhões foram em compras no marketplace do Mercado Livre (48%) e 3,4 bilhões de dólares foram realizados em outros lugares (52% do total).

O diretor financeiro do Mercado Livre, Pedro Arnt, disse em conferência com analistas nesta quarta-feira que os pagamentos devem “trazer muito mais aquisição de usuários nos próximos anos”. “Mas não significa que não há espaço para atrair usuários do marketplace também”, disse o executivo. “Ter esses dois negócios juntos [fintech e marketplace] é uma das maiores vantagens competitivas que temos.”

Reinado das maquininhas

Em sua transição para fintech, a empresa argentina passou a oferecer um aparato de possibilidades a seus mais de 290 milhões de usuários cadastrados, como usar a carteira digital do Mercado Pago para pagar boletos, recarregar o celular ou fazer compras na rua pagando com QR Code em vez de cartão.

Mas uma mostra da verdadeira realidade da América Latina é que, de todas essas inovações financeiras, o melhor negócio até agora vem sendo as boas e velhas maquininhas de cartão.

De todas as tão celebradas compras fora do Mercado Livre, a Point, maquininha da empresa, respondeu por 42% das transações. O produto existe desde 2015 no portfólio, mas ganhou modelos diferentes e investimento nos últimos trimestres, com foco em pequenos lojistas e microempreendedores individuais. Foram quase 3 milhões de maquininhas ativas em junho, o dobro do mesmo período do ano passado.

A carteira digital, embora tenha crescido mais de 400% em volume de transações, está na casa dos 20% do total transacionado fora do marketplace. São 4,5 milhões de clientes ativos, grande parte na Argentina, onde o serviço foi lançado primeiro.

A empresa abriu ainda um braço de empréstimos, o Mercado Crédito, que cresceu 75% em relação ao segundo trimestre do ano passado e, na Argentina, já começou a ser oferecido para transações fora do Mercado Livre. O produto mais recente foi um cartão de crédito em parceria com o Itaú e bandeira Visa, lançado em julho e que será sem anuidade e controlado pelo aplicativo do Mercado Livre.

Ter as maquininhas como principal produto, contudo, faz o Mercado Livre precisar fincar o pé em um mercado que nunca esteve tão disputado. A “guerra das maquininhas” virou também guerra do QR Code e da carteira digital, desencadeada pela entrada de novos concorrentes como PagSeguro e Stone fazendo frente às tradicionais Rede (do Itaú), Cielo (de Banco do Brasil e Bradesco) e GetNet (do Santander).

Ao falar sobre o Brasil em conferência com analistas nesta quarta-feira, Arntusou a expressão em inglês late for lunch (“atrasado para o almoço”), para dizer que os argentinos, de fato, “chegaram atrasados” na alta das maquininhas e dos pagamentos digitais no Brasil.

O número de transações feitas com cartões cresce na casa dos dois dígitos trimestre após trimestre, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços. Só a procura por maquininhas no Google cresceu 129% nos últimos cinco anos, segundo estudo da Azulis.

O papel do marketplace

Apesar de “atrasado”, a empresa argentina tentará usar os 20 anos de marca construída entre seus clientes e o fato de ter no portfólio, só entre usuários ativos, 29 milhões de compradores e 7 milhões de vendedores no primeiro semestre de 2019.

Como toda transação do Mercado Livre precisa ser paga com Mercado Pago, e como o aplicativo do marketplace e da carteira digital é o mesmo, essa base de usuários é vista pelos analistas como uma grande carta na manga. “Vemos o tamanho da base de usuários de cada carteira como a chave do sucesso de longo prazo, porque é uma base de usuários crescente que pode criar um efeito cascata”, escreveram analistas do Bradesco BBI em relatório em junho.

Só no Brasil, que respondeu por 62% do faturamento total da empresa no segundo trimestre (ante 21% da Argentina), o Bradesco estima que estejam cerca de 60% dos usuários ativos do Mercado Livre.

Assim, há mais de 20 milhões de potenciais usuários brasileiros para o Mercado Pago, mais que os 10 milhões de usuários do atual líder do mercado nacional, o PicPay.

Para chegar até eles, o Mercado Livre tem, além de marca consolidada, muito dinheiro para queimar. A empresa levantou neste ano 1,85 bilhão de dólares de recursos em ofertas de capital, para investir, principalmente, em seu marketplace e em sua divisão financeira, Mercado Pago. (Boa parte do dinheiro veio do rival americano PayPal, que quer investir em pagamentos na América Latina.)

Com marketing, tecnologia e descontos para quem usar os pagamentos digitais, os gastos operacionais do Mercado Livre subiram 26% e fecharam o trimestre em 256 bilhões de dólares, com perspectiva de que aumentem ainda mais nos próximos trimestres. O que não é visto como um problema: a empresa afirmou que vai continuar investindo “agressivamente” para conseguir mais usuários, mesmo que “à custa da lucratividade de curto prazo”, segundo Arnt.

Afinal, ainda que o lado fintech continue dominando as conferências do Mercado Livre nos próximos trimestres, fazer a empresa ser vista como uma prestadora de serviços financeiros mais do que é vista como uma plataforma que “vende tudo” ainda vai exigir alguns bilhões de dólares.

Fonte: Exame.abril.com

Nimbi aprimora plataforma para mercado B2B

A Nimbi, empresa especializada em tecnologia de supply chain management, lança o Nimbi Open, um marketplace aberto desenhado para atender as demandas do mercado B2B. A partir de agora, as mais 160 mil empresas da plataforma podem comprar e vender produtos e serviços.

O objetivo é estimular novos negócios, principalmente com empresas que normalmente só atuam como fornecedores da cadeia, mas que também possuem interesse em comprar produtos e serviços com condições mais vantajosas.

Além de ser um novo canal de venda, o Nimbi Open também está integrado ao ambiente da Plataforma Nimbi. Dessa forma, todo produto publicado gratuitamente no marketplace fica disponível no catálogo das grandes corporações. Assim, empresas como Leroy Merlin, Faber Castell, MSC, CVC e Danone aumentam suas opções de fornecedores e usufruem dos preços previamente negociados pela Nimbi.

“Estamos atendendo uma demanda latente, permitindo que os mais de 160 mil fornecedores transacionem entre si. Na plataforma, por exemplo, só os clientes corporativos podem comprar. Queremos ampliar a quantidade de negociações”, explica Felipe Almeida, CEO da Nimbi.

O Nimbi Open permite que as empresas tenham uma experiência de ­­e-commerce na navegação, mas com os cuidados de compliance necessários ao mercado B2B. É possível, por exemplo, encontrar detalhes dos fornecedores na plataforma e visualizar todos os dados sincronizados com a Receita Federal.

Além disso, é possível customizar preços não apenas para a região em que deseja atuar (cidade ou estado), mas também por segmentação de cliente. Ou seja, o vendedor pode definir condições especiais, preservando o histórico de relacionamento com seus clientes e evitando conflito de canal.

Para os vendedores, não há custo de implantação, desenvolvimento e nem taxa de adesão – apenas a cobrança de uma comissão (a menor do mercado) sobre o volume transacionado. Para os compradores, é a garantia de experiência B2C com todo o resguardo e validação das informações pela plataforma.

“No B2B, a venda através dos canais digitais está começando. As soluções ou são apenas focadas no B2C ou são muito caras. Com o Nimbi Open, abrimos novas oportunidades de negócio com custo baseado apenas no sucesso da venda”, conclui Felipe Almeida.

Fonte: inforchannel.com

Banco Carrefour inova e lança marketplace de seguros

Marketplace virou uma grande tendência entre as grandes varejistas do país. Diversas empresas cedem seu espaço para que negócios menores tenham a oportunidade de colocar seus produtos em um grande site. O Banco Carrefour, iniciativa de finanças da grande rede varejista, em parceria com a insurtech Suthub, lançou um marketplace exclusivo de seguros e serviços financeiros.

Você deve se perguntar como isso funcionará, não é mesmo? Vamos partir do primeiro ponto, que é o principal objetivo declarado da companhia: a possibilidade de escolha. A plataforma permitirá comparar as condições entre os diversos tipo de seguro. Isso possibilita que o cliente faça uma decisão mais consciente.

A plataforma será separada do site já existente do Banco. Funcionará nas versões desktop e mobile, enquanto o atendimento ao cliente será via chat online com atendentes reais. Segundo Carlos Mauad, CEO do Banco Carrefour, a plataforma é viva e permite o constante crescimento no portfólio.

O objetivo do Banco Carrefour é o empoderamento do cliente

“A plataforma prioriza o empoderamento do cliente ao permitir que ele selecione o produto desejado, a seguradora que melhor atende a sua necessidade e a customização das coberturas, com a comparação entre propostas de diferentes seguradoras”, diz a companhia.

Por enquanto, o serviço é direcionado aos clientes que já possuem o Cartão Carrefour ou o Cartão Atacadão – para estes existirão condições especiais. Não adquirentes dos cartões também poderão acessar o serviço mas, as condições serão diferentes. Todo o processo funcionará dentro do site.

No entanto, a criação dos serviços de seguro do Banco Carrefour não afetará em nada os seguros contratados via cartão de crédito. O produto possui contrato de exclusividade com o BNP Paribas Cardif nos canais físicos. Uma das prováveis razões pelo qual o novo empreendimento é exclusivamente digital.

Fonte: portal no varejo

Amazon pede à imprensa que seja mais gentil com a companhia

Companhia tenta remediar acusações sobre o tratamento que dá aos funcionários; o assunto é motivo de chacota pela imprensa norte-americana

Poucos dias antes do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, o comediante John Oliver utilizou seu programa Last Week Tonight, para fazer um discurso sobre a forma que a Amazon trata seus funcionários.

Para exemplificar, o apresentador falou sobre dois episódios: quando uma lata de repelente de urso vazou em um depósito da companhia e quando funcionários foram orientados a continuar exercendo suas funções ao lado de um trabalhador que sofreu um mal súbito e faleceu. Além de citar as condições de trabalho dentro dos armazéns e centros de atendimento da empresa.

A Amazon emprega aproximadamente 650 mil pessoas em todo o mundo. Um desses funcionários, Kevin Mims, de West Sacramento – Califórnia, supostamente escreveu um artigo extenso para o portal Quillette, defendendo a companhia em que trabalha e acusando Oliver de possuir um discurso “pouco convincente”

No texto, Kevin explicou que todo o trabalho desempenhado por ele e seus colegas poderia ser feito por robôs, “se eu tivesse que adivinhar, diria que a Amazon continua a empregar muitos seres humanos porque, ao colocar dinheiro nos bolsos da classe trabalhadora, a empresa cria mais clientes”.

O funcionário termina o texto dizendo “se John Oliver e sua turma insistirem em como a Amazon desumanamente trata seus funcionários, Bezos [fundador da Amazon] pode decidir automatizar completamente a operação, e pessoas como eu estarão desempregadas. E isso não só arruinará meu 4 de julho [Dia da Independência dos Estados Unidos], como também estragará todos os outros dias do ano”.

A Amazon usou o Twitter para postar o link desse artigo e dizer “há dois lados em toda história: um funcionário do centro de triagem da Amazon forneceu sua perspectiva sobre a recente denúncia envolvendo as condições de trabalho da empresa”.

O tuíte não demorou muito para ser excluído, pois embora a intenção da companhia tenha sido melhorar própria imagem, a imprensa norte-americana criticou tanto o texto quanto à atitude da Amazon.

Especificamente, o portal Mashable produziu uma matéria ironizando e pedindo para John Oliver ser mais gentil e não ferir os sentimentos de Jeff Bezos, para que todos os funcionários da Amazon não sejam substituídos por robôs.

Fonte: olhar digital

E-commerce B2B movimentará R$ 2,39 trilhões em transações até dezembro

O índice Business-to-Business Online (B2BOL), medido há 17 anos pela E-Consulting, mostra que o comércio eletrônico B2B tem previsão de faturar R$ 2,39 trilhões até dezembro 2019 no Brasil. Um aumento de 17,1% em relação ao ano passado, que fechou o período arrecadando R$ 2,04 trilhões.

Os marketplaces fechados, que são transações feitas entre a indústria e as suas cadeias produtivas e ecossistemas, vão puxar o comércio virtual brasileiro, representando 76,1% de toda a movimentação prevista para o ano. De acordo com números da E-Consulting, a expectativa é que os negócios digitais brasileiros arrecadem R$ 1,82 trilhão somente nesta modalidade, tendo um incremento de 15,2% em comparação com o R$ 1,58 trilhão conquistado em 2018.

Segmentos mais procurados

Os segmentos que irão movimentar mais compras no período são: commodities agrícolas e minerais (15,2%), indústria de base e de capitais (12,7%), governo e agências públicas (11,4%), bens de consumo e varejo (11,3%) e convergência — telecomunicações, TI e internet, entretenimento e mídia — (10,3%).

Já as compras e vendas ocorridas em plataformas de marketplaces independentes, os chamados mercados digitais intermediários, devem gerar o montante de R$ 570 bilhões. Em 2018, este tipo de transação faturou R$ 560 bilhões.

Nesta categoria, bens de consumo duráveis e não duráveis responderam por 16,1% do total transacionado. A categoria foi seguida por atacado e varejo (12,3%), química e petroquímica (11,5%), convergência —telecomunicações, TI e internet, entretenimento e mídia — (11,4%) e utilities (10,3%).

“Após a consolidação dos últimos anos, 2019 será marcado pelo binômio eficiência-inovação. As empresas darão maior importância a conceitos como Data Productivity, Customer Self Service (CSS), a habilidade do próprio cliente gerenciar o histórico das transações e pedidos junto aos seus fornecedores. Ou seja, automação e transparência ditarão as regras comerciais na web”, explica Daniel Domeneghetti, CEO da E-Consulting.

Fonte: e-commerce Brasil