Por que a logística é um problema no Brasil?

De acordo com um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nos últimos 20 anos, o Brasil investiu somente 2,18% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, um valor muito baixo se comparado com as demais economias emergentes, que investem entre 4 e 5% do PIB para melhorar a infraestrutura.

Outro dado que confirma a falta de investimento do Brasil neste setor é o ranking do Banco Mundial sobre contratação de obras de 2015: entre os 189 países analisados, o Brasil ocupa a posição 169ª, atrás de países vizinhos como Chile e Peru que ocupam a posição 24ª e 48ª, respectivamente. Já na análise de 2018 do Logistics Performance Index and its Indicators (LPI), o Brasil ocupa a 56ª posição de 167 países, apresentando a nota 3,1 de 5 no quesito “competência logística”.

Essas informações são só a ponta do iceberg que denuncia os grandes problemas de logística enfrentados pelos brasileiros e que atrapalham o desenvolvimento do mercado interno e externo. Ao mesmo tempo, setores predominantemente dependentes da estrutura logística se encontram em expansão, como é o caso do e-commerce e do agronegócio, gerando um grande desequilíbrio entre a demanda e capacidade de entrega do setor logístico do país.

Alguns estudiosos do tema apontam que esse desequilíbrio não será superado tão cedo, afirmando que os problemas de logística vão permanecer na realidade brasileira, pelo menos, nos próximos 15 anos, principalmente em relação ao transporte terrestre, com destaque para o rodoviário, responsável por transportar 80% dos produtos no país.

E são diversos os fatores que tornam o transporte rodoviário tão ruim: a qualidade das rodovias é muito baixa, assim como a sua manutenção e conservação; os gastos com pedágios são altos e numerosos; os combustíveis utilizados – baseados em petróleo – além de muito caros, prejudicam o meio ambiente ao lançarem muitos poluentes ao ar e sofrem muita instabilidades nos valores – somente em 2017 foram 115 ajustes no valor da gasolina do Brasil.

Nesse cenário caótico, cabe ao empreendedor/a compreender melhor sobre a logística do país para que possa encontrar soluções criativas e menos custosas para esse grande gargalo que traz muitos prejuízos e problemas operacionais às mais diversas empresas. Para isso, vale responder algumas perguntas básicas.

Como a área de transportes funciona no Brasil?

O Brasil é um país extenso e muito plural em sua geografia, por conta disso, sempre foi pontuada como uma dificuldade para o país o desenvolvimento de uma rede de transportes sólida e interligada. De fato, até hoje o Brasil enfrenta muitos problemas de deslocamento, principalmente por conta do acumulo do tráfego nas redes rodoviárias e falta de investimento estatal no setor.

De qualquer modo, a rede de transportes brasileira é dividida em cinco modais cuja responsabilidade é a realização do transporte e logística de produtos e/ou pessoas, sendo que cada modal apresenta características particulares:

Modal ferroviário

De acordo com o Anuário Estatístico de Transportes de 2017, o Brasil possui 30,6 mil km de estradas de ferro, distribuídos em 32 estradas diversas sob a responsabilidade de 13 concessionárias. A rede ferroviária é responsável por 21% do transporte de mercadoria realizado no país, sendo que este modal é majoritariamente utilizado para transporte de commodities.

Apesar desta opção de transporte ser positiva em relação ao custo-benefício, o Brasil apresenta uma rede ferroviário muito incipiente, pois enfrenta diversas dificuldades na padronização das linhas devido à diversidade da geografia – e relevos – do país. Ao mesmo tempo, a garantia de segurança e manutenção é bastante difícil no modal ferroviário.

Modal rodoviário

Mesmo com todos os problemas da malha rodoviária brasileira, este modal é o mais utilizado pelo país, sendo responsável por mais de 60% da carga transportada. A principal vantagem do modal rodoviário é a sua extensão por todo o território brasileiro, já que é o único que consegue chegar a praticamente todos os pontos de envio e recebimento do país.

Por outro lado, a lista de desvantagens é enorme: alto custo para os motoristas, seja por conta da manutenção, combustíveis ou pedágios, o fato é que o custo do transporte rodoviário é alto. Em termos de logística, a média do frete praticado pelo modal ferroviário em 2016 foi de R$ 140, segundo dados da Aprosoja.

Ao mesmo tempo, o Estado paga caro para manter as rodovias conservadas e enfrenta muitas dificuldades em aplicar um padrão de qualidade de conservação geral. Da mesma forma, a manutenção da segurança nas estradas é igualmente desafiante, seja por conta do alto índice de roubo de cargas ou por causa da alta taxa de acidentes no trânsito.

Modal aeroviário

O transporte aéreo é responsável por apenas 0,4% do transporte de cargas brasileiro, sendo reservado para a logística de produtos preciosos ou extremamente perecíveis. Apesar deste modal apresentar como características centrais a agilidade e alto nível de segurança, a pouca utilização do transporte aéreo advém do custo elevado desta modalidade, assim como maior limitação dos espaços e a existência de poucos aeroportos no país.

Modal hidroviário

14% do transporte de cargas do Brasil é realizado via aquaviária, que carregam grande parte das commodities – como grãos e minérios. Apesar de o número parecer expressivo, este modal é subutilizado por aqui, tendo em vista que somente 14 mil km são explorados no país. Países como Rússia e China exploram 102 mil e 110 mil km de seu modal hidroviário, respectivamente, muito acima do que é realizado no Brasil.

Dentre as principais vantagens deste tipo de modal, encontra-se o baixo custo de manutenção e utilização, muito abaixo do rodoviário e ferroviário. Por conta disso, seria interessante se o governo realizasse mais investimentos neste setor, principalmente na modernização e ampliação do alcance dos portos.

Modal dutoviário

É um modal bastante incomum e que possui 19 km por todo o país, sendo responsável pelo transporte de grãos sólidos, substâncias líquidas e gasosas – como combustíveis.

Quais os principais desafios de logística enfrentados?

A infraestrutura é com certeza um ponto de atenção quando o assunto é logística. E, neste aspecto, duas considerações são válidas:

i) a extensão do país e sua grande diversidade tornam quase impossível para somente um responsável garantir a expansão e manutenção de toda a rede de transportes. Ao mesmo tempo, a aplicação de inovação neste setor enfrenta as mesmas dificuldades, aliadas à grande desigualdade social e econômica do país nas diversas regiões;

ii) já que é difícil para somente um ator se responsabilizar pela tarefa, o governo tem adotado como política pública as terceirizações e concessão de licitações a empresas privadas – externas e internas – para a expansão e manutenção das redes de transportes, porém, essa solução esbarra em duas questões.

Por um lado é difícil manter um nível eficaz de padronização em todos os projetos, já que eles são executados por mais de uma empresa responsável, ou seja, aplicar um gestão eficiente e homogênea é um desafio enorme; por outro lado, o país enfrenta um grande histórico de corrupção, de modo que o setor de transportes e construtoras têm um papel de destaque na questão. Portanto, garantir uma gestão de qualidade ainda enfrenta o fantasma da corrupção tão fincada na realidade do Brasil e que tanto atrapalha o desenvolvimento do país.

Falta de infraestrutura

De qualquer modo, pode-se pontuar como os principais desafios da logística brasileira a falta de infraestrutura de qualidade, a defasagem da estrutura de transporte, a ausência de conexão entre os diferentes modais, a grande concentração do transporte no setor rodoviário e falta de segurança nas vias.

Outro desafio marcante é o tempo, pois é impossível pensar e aplicar soluções eficazes para resolver todas essas questões dentro de um período curto, mas o mercado tem evoluído de maneira cada vez mais rápida e exige que as soluções lhe acompanhem. Esse desalinho pode aumentar ainda mais a desigualdade entre demanda e entrega no futuro.

Da mesma forma, a falta de especialização do mercado neste setor é ao mesmo tempo uma oportunidade e um desafio. Enquanto oportunidade, aponta-se que há grande espaço e possibilidade de desenvolvimento do setor de logística – para se ter uma noção, a única empresa que consegue atender o comércio país em termos amplamente nacionais é o Correios, que é uma empresa pública.

Solução complexa

Enquanto desafio, voltamos à questão de um só responsável por um projeto monstruoso. Voltando ao exemplo dos Correios, o ideal seria a maior participação de empresas privadas ou mesmo empresas públicas, mas que pudessem “dividir” o problema entre si. Ao quebrar as operações, a eficiência poderia ser aumentada. O monstro não seria tão assustador, já que a setorização de tarefas e regiões tornaria o processo mais localizado.

O fato é que a solução para esse grande problema é mais complexa e complicada, e não cabe dentro de uma análise geral como esta, mas a utilização de técnicas de gestão aliadas ao emprego da tecnologia pode tornar o cenário mais agradável e menos abrasivo. Para isso, o primeiro passo é investir na produção de conhecimento e estudos acerca da logística, de maneira que a teoria e a prática possam se interligar de modo eficiente e produtivo.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Em Amesterdão as encomendas também chegam de bicicleta

Se enviar uma encomenda para Amesterdão e usar os serviços da DHL Express há uma forte probabilidade de a entrega ser feita por uma das 64 bicicletas da empresa de correio expresso que diariamente circulam pela cidade holandesa. E com ganhos de produtividade face às tradicionais entregas com carrinha. “São quase duas vezes mais produtivas”, diz Ronald Leunisse, diretor-geral da DHL Express Holanda.

Esta foi uma das formas encontradas pela companhia para responder ao crescente número de entregas de encomendas em zonas urbanas, à medida que aumentam as compras online. Até 2030 a população mundial irá aumentar em mais de mil milhões, 60% estará a viver em cidades, e até 2022, praticamente todos os telemóveis terão ligação à internet, impulsionando as vendas no retalho para cerca de 2,1 mil milhões de euros, segundo dados do Euromonitor International, citados no relatório Redução das Entregas Last Mile: Estratégias Logísticas de Sucesso na Corrida ao Consumidor Urbano, da DHL.

Os consumidores são mais urbanos, compram mais online, numa altura em que os temas da mobilidade nas cidades e a redução da poluição nos centros históricos ganham expressão. Alemanha e Holanda são dois dos países onde a empresa recorreu às bicicletas para fazer as entregas “última milha”, ou seja, para o percurso final até que o produto chegue ao consumidor. Para isso, a companhia criou os city hubs, centros de distribuição mais pequenos e próximos da entrega, com ganhos de produtividade.

Amesterdão, as ruas no centro da cidade estão cada vez mais congestionadas, por isso, estávamos à procura de soluções usando os canais, porque podemos chegar ao centro da cidade de forma mais rápida e fazer a última milha com as bicicletas”, justifica Ronald Leunisse. “As carrinhas na rua deparam-se com engarrafamentos, precisam de encontrar um lugar para estacionar e, especialmente em zonas históricas, nem sempre podem fazer a rota mais curta. Se combinar todos estes fatores, vê que a bicicleta que está a fazer a rota é quase duas vezes mais produtiva.” Em Amesterdão, a DHL tem bicicletas que podem carregar um volume de encomendas até 125 quilos. “O nosso objetivo é ter uma solução carbono zero naquele código postal específico.”

 Fonte: dinheirovivo.pt

10 Tendências de consumo para 2019 segundo a Euromonitor International

Empresa de pesquisa de mercado Euromonior International lança seu relatório sobre tendências de consumo para este ano. Confira os insights.

1. Mudanças na percepção da idade

Os conceitos sobre a velhice estão mudando. À medida que as pessoas vivem por mais tempo e cuidam melhor de si mesmas, os consumidores mais velhos sentem e querem ser tratados como jovens.

2. Minimalismo em alta

Os consumidores buscam por produtos e experiências autênticos, afastando-se do materialismo e dos produtos genéricos em favor da simplicidade e de produtos de maior qualidade.

3. Consumo consciente

O posicionamento ético que costumava ser o domínio de empresas de nicho, hoje é adotado por empresas convencionais por meio de produtos que trazem maior preocupação com o bem-estar animal.

4. Compartilhamento de experiências

À medida que nossa capacidade e conforto em usar a tecnologia aumentam, também aumentará o potencial do que pode ser criado ou experimentado em conjunto, mas remotamente.

5. Todos são especialistas

Antes, os consumidores dependiam de uma determinada marca ou fonte de informação. Hoje, as empresas precisam inovar constantemente para atrair compradores especialistas, que conhecem profundamente o que querem comprar.

6. Alegria em participar

O medo de ficar de fora ou de não participar de algo (tendência FOMO “Fear of Missing Out”) deu lugar à alegria de não participar (tendência JOMO “Joy of Missing Out”). Os consumidores querem proteger seu bem-estar mental, desconectar-se da tecnologia e priorizar o que realmente gostam de fazer.

7. Eu posso cuidar de mim mesmo

À medida que as pessoas se tornam mais autossuficientes, elas tomam medidas preventivas contra doenças, infelicidade e desconforto sem consultar um profissional.

8. Plástico zero

A iniciativa de alcançar uma sociedade livre de plásticos aumenta, criando um círculo virtuoso onde as empresas ganham ao melhorar suas práticas de sustentabilidade.

9. Eu quero agora!

Os consumidores buscam gratificação instantânea e experiências simples que permitam que eles possam dedicar mais tempo em suas vidas profissionais e sociais.

10. Sozinho

Mais pessoas em todo o mundo, especialmente os consumidores mais velhos, quebram o estigma de viver sozinhos e abraçam seus estilos de vida independentes.

Fonte: portalnovarejo.com.br

iFood começa testar entrega de refeições com drones

Empresa afirma ter feito uma média de 14,1 milhões de entregas em janeiro, alta de 124 por cento ante mesma etapa de 2018

São Paulo – O iFood começou a testar o uso de drones, bicicletas e patinetes elétricos como parte dos esforços da maior empresa de entrega de comida por aplicativo da América Latina para ganhar eficiência logística e ampliar o alcance geográfico no Brasil.

“Fizemos testes com sucesso usando drones, incluindo para entrega de refeições num bloco de carnaval em São Paulo”, disse à Reuters o presidente do iFood, Carlos Moyses.

Nos próximos meses, a empresa começará a fazer testes com entrega por drones em prédios comerciais e residenciais, disse Moyses, explicando que o processo envolve aprovações de órgãos reguladores, como Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Transportadoras, varejistas e restaurantes no mundo todo têm testado robôs, drones e carros autônomos para elevar a automação como forma de reduzir o alto custo da entrega de dispositivos, mantimentos e até mesmo xícaras de café.

Expandir e diversificar a rede de modais faz parte do plano do iFood para crescer tanto geograficamente como em toda a cadeia do negócio de refeições. Criado há cerca de sete anos, o iFood ganhou visibilidade por meio dos seus entregadores de motos e bicicletas, hoje uma rede de cerca de 120 mil profissionais, que atendem quase 500 cidades no país.

Sem revelar números, o diretor financeiro do empresa, Diego Barreto, diz que o iFood pode chegar nos próximos anos a uma parcela muito maior dos cerca de 5,5 mil municípios brasileiros, adequando-se a realidades regionais de cultura, logística e renda. Segundo ele, patinetes e bicicletas elétricos tendem a ter participação importante nesse processo.

“Esses modais devem ganhar escala ainda neste ano”, disse Barreto.

O iFood afirma ter feito uma média de 14,1 milhões de entregas em janeiro, alta de 124 por cento ante mesma etapa de 2018. A empresa também tem filiais na Colômbia e no México.

Nos últimos anos, o iFood passou a operar também na cadeia de pagamentos, em parceira com a subcredenciadora Zoop. Ambas são controladas pelo grupo brasileiro Movile, que por sua vez tem como principal investidora a sul-africana Naspers.

Por último, o iFood criou um braço para intermediar a compra de insumos pelos próprios restaurantes, o iFood Shop, um portalpor meio do qual fornecedores ofertam embalagens e alimentos, hoje com cerca de 15 mil itens. O canal, diz Barreto, reduz a assimetria de informações e ajuda restaurantes a obterem melhores preços.

“Estamos fazendo para os restaurantes o que já fazíamos para os consumidores”, diz o executivo.

É nesse esquema tripartite de logística – sistema eletrônico de pagamentos e ampliação do portal para atendimento aos restaurantes – que devem ser canalizados a maioria dos 500 milhões de dólares captados pela Movile em novembro passado com investidores incluindo a própria Naspers e a Innova Capital, do megainvestidor Jorge Paulo Lemann.

O investimento envolverá a contratação de cerca 1.000 pessoas nos próximos 12 meses, a maioria profissionais de tecnologia, disse Barreto. O iFood tem hoje 1,4 mil empregados.

O movimento do iFood acontece enquanto grandes nomes do setor de entregas estão reformulando estratégias após um período de rápido crescimento no Brasil.

Segundo Moyses, porém, ainda há espaço para forte expansão do negócio de entregas de refeições no Brasil, um mercado que considera subexplorado, a exemplo do que acontece em outros grandes países, como a China.

Em janeiro, a colombiana Rappi anunciou que investiria dezenas de milhões de dólares para triplicar presença no Brasil, com planos de entrar em até 30 novas cidades em 2019 e adicionar novas categorias de serviços a seu aplicativo.

Em outra frente, na quinta-feira o grupo japonês SoftBank anunciou a criação de um fundo de 5 bilhões de dólares focado em projetos de tecnologia na América Latina e criação de operação na região para ajudar empresas do seu portfólio a ampliar alcance no continente. O foco do fundo inclui comércio eletrônico, serviços financeiros digitais e mobilidade.

Fonte: clipping.cservice

Como o “last mile delivery” pode melhorar a UX do e-commerce?

Last mile delivery! Traduzido livremente para o português, significa “última milha da entrega”. Quando aplicado aos processos logísticos, o termo remete a uma das mais importantes fases da operação: o momento em que a mercadoria deixa o centro de distribuição e chega ao cliente final, após todos os trâmites internos.

No e-commerce, a prática desponta como um diferencial interessante. De forma a aprimorar a experiência do usuário (UX), o last mile delivery dispõe de uma série de estratégias e táticas para alavancar a satisfação do cliente e, assim, maximizar os lucros corporativos.

Se você procura mais informações sobre o tema, não deixe de ler até o final! Você vai entender um pouco mais sobre o impacto do last mile delivery e conhecer as formas mais eficientes de otimizar o processo da última milha na entrega.

Preparado? Vamos em frente e boa leitura!

O impacto do last mile delivery na UX do e-commerce

Diferentemente das lojas físicas, quando a distribuição dos produtos geralmente precede a compra — e o cliente já sai da loja na posse do item —, o e-commerce pressupõe uma operação extensa e complexa para viabilizar a entrega.

O last mile delivery, como a própria expressão sugere, descreve a última etapa do transporte da mercadoria. Momento em que todas as operações internas já foram concluídas e o produto está pronto para deixar o centro de distribuição, rumo à residência do consumidor.

O impacto da prática no e-commerce é bastante significativo. Para o lojista, é uma excelente oportunidade de evidenciar a qualidade do serviço e de valorizar o compromisso da empresa com os prazos acordados. Sem descuidar, é claro, da integridade da mercadoria ao longo do escoamento.

Para o usuário, o last mile delivery é um diferencial extremamente valioso. Por seu caráter decisivo na experiência de compra, é muito provável que uma boa impressão promova a fidelização do cliente e estimule a recompra.

Critérios importantes, como tempo de entrega e condições da encomenda (ao chegar à residência do consumidor), são otimizados com a implantação de um processo de last mile delivery.

Dessa forma, é fundamental assegurar que a fase final de escoamento, justamente a última milha, seja eficiente e encante o cliente. Para evitar transtornos sérios — tais como produtos danificados ou demora na entrega, passíveis de comprometer a satisfação do consumidor —, é essencial contar com transportes rápidos e seguros.

As principais formas de otimizar o last mile delivery na operação da loja virtual

Uma vez reforçada a importância de contar com processos logísticos transparentes e eficazes, principalmente no que compete à fase final de entrega, vale indicar quais são as principais maneiras de otimizar o last mile delivery.

Assim, as lojas virtuais podem maximizar seus fluxos internos e assegurar a satisfação do usuário por meio de uma experiência de compra mais assertiva, ágil e integrada. Confira a seguir as principais formas de otimização!

Invista em diferentes opções de transportes

A etapa de transporte é, sem dúvida, uma das mais críticas para o last mile delivery. De modo a garantir a integridade do item e a velocidade da entrega, é recomendado que a loja virtual se alie a parceiros idôneos, capazes de alavancar o escoamento de produtos.

Uma ótima forma de atingir resultados positivos é analisar as diferentes alternativas que surgiram nos últimos anos impulsionados pela onda de inovação e tecnologia em transporte nas áreas urbanas. Isso, além das opções já conhecidas, como transportadoras privadas e Correios. Dessa forma é possível diminuir o prazo de entrega e seu custo com transporte, obtendo mais eficiência e proporcionando uma experiência mais completa ao seu cliente.

Busque soluções alternativas de escoamento

Nem só de caminhões, carros e vans vive o transporte de mercadorias. Na atualidade, a logística se vale de mecanismos alternativos para viabilizar uma entrega cada vez mais rápida e segura, potencializando a satisfação do cliente.

A estratégia do last mile delivery pode (e deve) contar com diferentes modalidades. A entrega expressa e super expressa pode ser um excelente atrativo. Em regiões urbanas com tráfego intenso pode se beneficiar da agilidade de modelos como: motocicletas, bicicleta elétrica e até mesmo patinete elétricos. A versatilidade de opções contribui para uma irreverência nos processos e abre um leque de possibilidades. Assim, otimizam-se os processos operacionais e a experiência do usuário.

Implante tecnologia

A tecnologia é a grande aliada das empresas que se modernizam. Hoje, é imprescindível que a loja virtual conte com um aparato robusto para suportar suas operações de backoffice, gerenciando toda a cadeia do e-commerce.

No caso do last mile delivery, no intuito de satisfazer e fidelizar o consumidor, a tecnologia também figura como uma ferramenta essencial ao acompanhamento de toda a transação. Um bom sistema de gestão facilita a verificação de prazos de entrega e melhora o acesso aos indicadores estratégicos, que fortalecem a tomada de decisão.

Faça análises e inferências

Os gestores de e-commerce já estão conscientes do dinamismo inerente à operação virtual. Tudo muda muito rapidamente, e é preciso manter-se atento para acompanhar as transformações do mercado.

De forma a validar decisões e aprimorar processos, ganhando competitividade e aumentando os lucros operacionais, os líderes precisam dispor de dados concretos e confiáveis, sobre os quais possam embasar eventuais ajustes e novas estratégias.

Considere a importância das ferramentas de análise de dados em seu sistema de gestão. É de extrema importância que as integrações com as plataformas parceiras possibilitem a extração de métricas relevantes ao seu processo. Esse controle será indispensável para uma operação enxuta e lucrativa. Inclusive no que se refere à efetividade do transporte de mercadorias.

Realize testes A/B na simulação de fretes

Os testes A/B são recursos valiosos nas decisões empresariais. Pode-se encontrar os métodos mais eficientes de escoamento por meio da análise paralela de duas opções. É isso o que otimiza os custos de frete.

Ao empreender um teste A/B na simulação de fretes, o gestor experimenta uma gama diversa de modalidades e entende a versatilidade dos processos. Dentre as opções, vale considerar, por exemplo, desde a opção de frete com prazo mais longo ao “same day delivery”. Tudo para entender as preferências do público, gerar a melhor experiência e converter o maior número de pedidos.

Construa boas parcerias

Por fim, ainda que não menos significativo, é preciso encontrar um parceiro confiável e comprometido com os resultados da loja virtual.

Ao construir uma boa parceria com empresas de transporte de mercadorias, considere sobretudo a qualidade do serviço e a performance operacional. Sem deixar de considerar a capacidade de inovação e escala — sempre priorizando a satisfação do cliente, é claro.

Assim, fica fácil entender que o “last mile delivery” é um processo altamente estratégico e com vasto potencial. A premissa básica, de garantir a satisfação dos usuários e estimular a fidelização, deve ser o norte para a formatação de processos cada vez mais orgânicos e eficazes.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Amazon vai fechar 87 lojas nos EUA, diz jornal

A Amazon.com está fechando todas as 87 lojas pop-up nos Estados Unidos, informou o Wall Street Journal nesta quarta-feira, citando uma porta-voz da empresa. Os fechamentos são esperados até o final de abril, afirmou a reportagem, citando alguns dos funcionários nas lojas. A Amazon não respondeu imediatamente a um pedido da Reuters por comentários. A empresa tem lojas pop-up em várias regiões, desde em estabelecimentos da Whole Foods a shoppings e lojas de departamento, que apresentam seus dispositivos Echo e Kindle. A Amazon também tem lojas semelhantes em inúmeros países europeus, abrindo sua primeira na Espanha em novembro. A gigante do varejo online vai abrir mais livrarias e”Lojas de 4 estrelas” – lojas que vendem itens com classificação de 4 estrelas ou superior por clientes da Amazon, disse o relatório do WSJ.

Fonte: clipping.cservice

Em fase de crescimento, Mercado Pago começa a deixar o ninho do Mercado Livre

Filhos são criados para o mundo. Mas quando o Mercado Livre decidiu lançar em 2004 um sistema para resolver os problemas de pagamento nas compras realizadas no site de comércio eletrônico, mal sabia que o negócio ganharia vida própria. Com a evolução para uma plataforma que substitui e concorre com boa parte dos serviços bancários, o Mercado Pago começa a deixar o ninho.

O mês de setembro foi um marco para o filho em fase de crescimento. Foi quando o número de transações fora das fronteiras do Mercado Livre superou pela primeira vez as realizadas no site de comércio eletrônico.

Os dados mais recentes mostram que a empresa entrou para valer na chamada “guerra das maquininhas” de cartões. No quarto trimestre, o volume de transações realizadas atingiu US$ 5,3 bilhões, um avanço de 22,1%. Sem considerar o efeito cambial (a empresa atua em vários países), o aumento foi de 68,5%.

Para efeito de comparação, a PagSeguro, concorrente direta no mercado da empresa, apresentou um volume de transações de US$ 6,4 bilhões nos últimos três meses do ano passado.

Mas se engana quem pensa que o plano é competir apenas na arena das pagamentos. A empresa já oferece dentro da plataforma os principais serviços bancários. O Mercado Pago conta com mais de 2,5 milhões de contas com saldo, das quais 1 milhão são de usuários ativos, segundo os dados da empresa.

Compre uma, leve duas

Não por acaso, muitos investidores entendem que a melhor promoção oferecida pelo Mercado Livre não está no site, mas está na bolsa: compre a ação de uma empresa e leve duas. Os papéis da companhia, que tem sede na Argentina mas tem a maior parte das receitas no Brasil, são listados na americana Nasdaq.

Para entender um pouco dessa verdadeira Babel que une compradores e vendedores de praticamente qualquer produto e agora oferece produtos financeiros, eu fui até a Melicidade, como é conhecida a sede do Mercado Livre, para conversar com Túlio Oliveira, diretor responsável pelo Mercado Pago.

Um dos desafios dele para este ano é justamente tirar a empresa “da toca”. E para isso a empresa prepara pelo menos uma novidade por mês para o sistema, que recebeu no fim do ano passado autorização do Banco Central para atuar como instituição de pagamento.

Em janeiro, anunciou uma parceria com a rede de postos Shell, que permite o pagamento do abastecimento com cartão de crédito ou saldo do Mercado Pago diretamente pelo aplicativo da empresa ou da Shell. Eu perguntei sobre a novidade deste mês, mas a definição ainda não havia acontecido na data da minha visita à sede do Mercado Livre.

Debutante

Quando o Mercado Livre lançou o sistema há 15 anos, não estava nos planos ter uma fintech que agora começa a fazer papel de banco. A plataforma na verdade foi criada para resolver um problema básico do site que une compradores e vendedores de produtos: como viabilizar o pagamento das mercadorias negociadas no “marketplace”.

“Essa atuação nos permitiu ter tem bastante controle do fluxo de operações e melhorar a qualidade dos vendedores e do que é comprado na plataforma”, afirma o diretor.

Foi apenas em 2011 que o Mercado Pago começou a prestar serviços de pagamento para outros sites. A chegada ao mundo físico ocorreu em 2015 com o lançamento da maquininha de cartões Point. No ano seguinte, passou a oferecer um cartão para a movimentação dos recursos da conta.

O Mercado Livre não abre números de quantos terminais estão em operação, mas Oliveira diz que a empresa hoje é a segunda que mais vende maquininhas no segmento de microempreendedores, o principal público vendedor do site.
Boleto e investimento

Entre as novidades já “contratadas” para este ano estão justamente os serviços que o Mercado Pago poderá oferecer depois de obter a autorização de instituição de pagamento.

“Com a licença vem uma série de obrigações, mas agora também podemos nos integrar ao SPB [sistema de pagamentos brasileiro] e oferecer aos clientes transferência via TED, DOC, além da portabilidade de conta-salário”, diz Oliveira.

A conta do Mercado Pago já oferece opções como a recarga de celular e bilhete único, além do pagamento de contas com boletos ou concessionárias de serviços.

A plataforma também colocou um pezinho no mundo dos investimentos, ao oferecer rendimento para o saldo depositado nas contas. O dinheiro rende 5,2% ao ano, o equivalente a 85% do CDI.

Embora seja um ganho melhor que o da caderneta de poupança, existem hoje opções melhores para quem quer investir. De todo modo, pode ser alternativa interessante para aquele dinheiro do fluxo mensal, usado para pagar as contas do mês.

Sem maquininha

Por falar em transferência, uma das grandes apostas da empresa são os chamados pagamentos instantâneos. O Mercado Pago possui hoje 50 mil estabelecimentos no país que aceitam pagamentos por meio da leitura de QR Code, sem a necessidade de maquininhas.

Durante a conversa, o diretor do Mercado Pago me deu uma demonstração de como o sistema funciona comprando uma garrafa de água mineral na lanchonete que fica no meio da Melicidade.

Para ele, esse negócio pode dar um saldo com uma futura regulamentação pelo Banco Central, que vai permitir a troca de informação entre os diferentes sistemas, em um esquema 24 x 7.

Crédito

Para completar a oferta de serviços financeiros, só falta o crédito. Ou melhor, não falta. Assim como as concorrentes no mercado de maquininhas de cartão, o Mercado Pago também oferece linhas como a antecipação de recebíveis aos lojistas.

O saldo de crédito encerrou o ano passado em US$ 96 milhões, uma alta de 31,5% em 12 meses, de acordo com dados do balanço divulgado ontem. “Tem muita demanda por crédito na nossa plataforma”, afirma Oliveira.

Para conceder financiamentos, a empresa opera como correspondente bancário em parceria com duas instituições financeiras: Banco Topázio e Money Plus.

Eu perguntei ao diretor do Mercado Pago se está nos planos da empresa entrar com pedido de licença para ter um banco no Brasil. “Hoje a gente funciona bem assim, mas amanhã a necessidade pode mudar”, disse.
O filho vai sair de casa?

Se os planos de crescimento forem bem sucedidos, a tendência é que o filho fique maior que o pai. Aliás, esse é um assunto discutido abertamente dentro da casa, segundo Oliveira.

“O Mercado Livre está restrito ao mundo de e-commerce, que no Brasil está próximo de R$ 85 bilhões. Já o mundo de pagamentos só em cartão de crédito e débito é de R$ 1,4 trilhão”, compara.

Então o Mercado Pago pode um dia se tornar uma empresa independente do Mercado Livre? Não seria um caso inédito na história corporativa. No ramo de pagamentos, um dos casos mais conhecidos de empresa que nasceu da costela de um grande site de comércio eletrônico e se ganhou vida própria é a Ant Financial (Alipay), do chinês Alibaba.

“Essa é uma pergunta muito frequente, mas hoje nós somos muito mais fortes juntos”, afirma o diretor do Mercado Pago.

Os números do balanço do Mercado Livre também mostram que talvez seja cedo para pensar em uma separação. Apesar do crescimento acelerado do negócio financeiro, a empresa registrou um prejuízo de US$ 36,6 milhões no ano passado, revertendo o lucro de US$ 13,8 milhões em 2017.

Matéria sugerida por Marjorie Fryszman

Fonte: Seudinheiro

Overview do varejo. O e-commerce na China e sua trajetória impressionante

A inovação no varejo na China não tem paralelo no mundo. Dado que grande parte do crescimento desse mercado varejista é muito recente, os novos empreendedores on e off-line foram capazes de adotar as tecnologias mais recentes, em vez de ter que lidar o legado de sistemas ultrapassados. Esse é um dos piores do varejo chinês que possui algumas das mais avançadas tecnologias e operações de varejo do mundo, bem como alguns dos modelos de negócios mais revolucionários. Examinar com atenção o modelo chinês, pelo que tem disruptivo, competitivo e inovador, atrai especialistas globais e traz temor a boa parcela de grandes empresas globais. No Shoptalk, a força do varejo chinês foi motivo de muita conversa e debate. Em um deles, “Overview do varejo e do e-commerce na China”, apresentado por Lily Varon, analista da Forrester, trouxe executivos que ofereceram uma visão clara e objetiva do ecossistema de varejo estabelecido no gigante do sudeste asiático, revelando as oportunidades para as marcas globais alcançarem os compradores nesse mercado gigantesco.

Hans Tsung, Managing Partner da GGV Capital fez uma imersão detalhada sobre como o modelo de negócios da China é o segredo para trazer os próximos bilhões de usuários on-line para comprar, comer, viver e muito mais. Hans esteve entre os primeiros investidores do Vale do Silício a se mudar para a China em tempo integral, passando oito anos no país, de 2005 a 2013, antes de voltar ao Vale para investir em empreendimentos de mentalidade global. Ele é investidor em quatro dos 20 principais aplicativos de compras da App Store (Wish, Poshmark, OfferUp, Ibotta) e investiu em 11 empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, incluindo os gigantes da Internet Wish, Peloton, Airbnb, Xiaohongshu e Bytedance, que é indiscutivelmente a maior empresa privada de internet do mundo.

Qual é o próximo bilhão?

“Onde está o próximo bilhão?” Essa foi a provocação feita por Hans Tsung na abertura de sua apresentação. A GGV Capital, empresa onde atua, representa mais de US$ 6,28 bilhões em 13 fundos de investimento e direciona seus aportes para empresas de internet social e digital, cloud, tecnologias de ponta, consumo e novo varejo. A GGV tem uma metodologia que é replicada em todos os seus investimentos em qualquer lugar do mundo. O foco é buscar empresas de alcance global e que recebam investimento local. Hans diz que sua empresa não deve procurar qual é o novo “Uber” a merecer investimentos nos mais diferentes segmentos. Ao contrário, as oportunidades na verdade estão no próximo bilhão que, na verdade, representa o número de pessoas que serão conectadas a internet no mundo nos próximos anos. Isso traz uma nova perspectiva para a análise do futuro. Ele destaca que o grande potencial de crescimento encontra-se claramente nos países emergentes.

Se o assunto foi US$ 1 bilhão, vale a pena atentar para um fato inquietante: a maior parte dos unicórnios não está mais nos EUA e sim na China (151 x 186, ainda que a consultoria CB Insights diga que há apenas 87 unicórnios reais no país asiático). E em sua exploração sobre o futuro, Hans afirma que o próximo bilhão será um grande mercado de massa, abrindo oportunidades excepcionais em países como o Brasil, Indonésia, Vietnã.

Super App

O desenvolvimento acelerado do comércio eletrônico e o avanço da transformação digital também contribuem para desconstruir o mercado de meios de pagamento. Apple Pay, WeChat, AliPay e outras modalidades trazem novas ideias para facilitar ainda mais as transações dos clientes. Porém, nesse ponto é importante considerar o que acontece na China: o modelo de Super App adotado no maior mercado de massa do mundo obteve excepcional adoção, oferecendo uma verdadeira “one stop shop”, simples de usar para gerenciar a vida dos consumidores, dominando a experiência e criando um espantoso ecossistema que conecta empresas, negócios e funcionalidades simultaneamente. Hans fala do WeChat que agrega venda, entrega de refeições, reserva de passagens e hospedagens, lembretes e muito mais. O modelo chama-se. “Meituan”, ou uma espécie de “Amazon Services” no formato de app.

O mercado chinês então se carateriza pela comunidade digital via Super App e também em grandes comunidades que convivem em enormes condomínios, que reúnem milhares de pessoas. Na China, a compra prioriza o grupo coordenado em um grupo do WeChat. Esse grupo é ativado por varejistas, por meio de ofertas direcionadas ao líder desse grupo. Este líder recebe os pedidos e então aciona os demais membros do grupo para que retirem seus pedidos individuais.Foi esse espírito que motivou a expansão acelerada do negócio de entrega de comida fresca, que o Alibaba impulsionou a partir do conceito do Hama.

Varejo redefinido

Na sequência, Justine Chao mostrou o conceito de “varejo redefinido” que orienta a estratégia da Alibaba. A empresa fundada por Jack Ma foi criada em 1999 com 17 associados com a missão de fazer os negócios acontecerem mais facilmente no mundo todo. A Alibaba tem o compromisso de empoderar marcas e varejistas para desenvolver negócios e hoje já é o maior negócio de e-commerce do mundo, com vendas de US$ 768 bilhões e 636 milhões de consumidores ativos com mais de 180 marcas ativas no ecossistema. A empresa tem unidades de comércio, marketing digital, pagamentos, entretenimento e mídia, logística e serviços de tecnologia e cloud. Cerca de 99% dos clientes da plataforma movimentam mais de US$ 1,5 mil ao ano. Ou seja, quanto mais ficam na plataforma, mais compram nela.

Outro destaque da Alibaba é o super app TaoBao que reúne diversas funções e facilidades para manter sempre o cliente ativo no ecossistema e no marketplace da empresa. Ao mesmo tempo, a Alibaba permite que as marcas associadas ao marketplace tenham total controle sobre o conteúdo, os produtos, a experiência e a interação dos clientes. Trata-se de uma mentalidade centrada no poder das marcas e do conteúdo digital que é impulsionado por algoritmos sofisticados que motivam os clientes a usarem 20 minutos diariamente para pesquisar e comprar oportunidades.

Essa visão que compreende o comportamento do cliente levou o comércio eletrônico a triplicar em apenas 4 anos, saltando de US$ 400 bilhões para US$ 1,3 bilhão em 2018.

O novo varejo

Essas são as características do que a empresa chama de “New Retail“, transformando o antigo para construir o novo. um bom exemplo foi a renovação das lojas de conveniência no país. De simples pontos de venda, hoje essas lojas hoje são verdadeiras unidades omnicanal, repletas de serviços e capacidade de entregar velozmente qualquer produto para seus clientes. Justine também destaca o modelo Hama, a reinvenção do supermercado e do modelo de conexão com os clientes para gerar novas vendas continuamente.

Compreender a evolução do varejo chinês é uma necessidade para executivos de mercados emergentes como o Brasil. Em que pesem as diferenças culturais, vale a pena se debruçar sobre as lições e a forma pela qual os chineses adotam tecnologias que facilitam a vida dos clientes e incrementam a qualidade da experiência. O “novo varejo” não é apenas uma expressão. É uma maneira de pensar e de fazer o negócio para adicionar valor ao cliente e aos acionistas.

Fonte: clipping.cservice

Americanas.com agora vende eletrônicos chineses na seção “Mundo”

A Americanas.com, loja que faz parte do grupo B2W, inaugurou uma nova seção chamada “Mundo” em sua plataforma, e por ali já começou a oferecer produtos importados de varejistas estrangeiros, incluindo países como Estados Unidos e China. Isso significa que, a partir de agora, lojistas internacionais que enviam produtos ao Brasil podem começar a vender por aqui usando o marketplace da Americanas, cujo nome já é um velho conhecido do mercado varejista nacional.

Para isso, as lojas “gringas” pagam uma taxa de comissão à B2W por cada produto vendido. Por enquanto, ao “fuçar” a nova seção, vemos em sua maioria produtos como alto-falantes, fones de ouvido Bluetooth, pulseiras fitness, entre outros, mas também já vimos alguns tablets da Xiaomi no novo catálogo, indicando que, talvez, mais produtos da fabricante chinesa estejam a caminho. Vale ressaltar que a Xiaomi é uma das maiores fabricantes de smartphones do mundo, e aqui no Brasil seus aparelhos fazem muito sucesso, mesmo sem venda oficial, por enquanto.

Para não gerar confusão com os produtos à venda pelo marketplace e que já estão em território nacional, a Americanas.com inclui informações específicas sobre os produtos importados, bem à vista para que o usuário não deixe de prestar atenção. Entre essas informações, a loja ressalta o frete internacional grátis, e também faz questão de informar que o produto não pertence à Americanas, com o pedido podendo ser taxado quando chegar ao país — como acontece com qualquer produto importado comprado em e-commerces de outros países.

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A seção “Mundo” da Americanas.com tem, por enquanto, pouco mais de 2,3 mil produtos à venda, com preços que variam de R$ 23,50 a R$ 4,3 mil. Para os pagamentos, o consumidor pode parcelar em até 12 vezes sem juros com prazo de entrega entre 10 e 50 dias úteis.

Rumo ao varejo global

O grupo B2W foi criado há 13 anos e engloba nomes como Submarino e ShopTime, além da Americanas.com. Agora, a empresa dá seu primeiro passo rumo ao varejo global com a inauguração da Americanas Mundo.

Isso está sendo possível graças ao chamado varejo “cross-border”, em que plataformas de e-commerce permitem que lojas estrangeiras vendam ao público local sem criar uma loja própria por aqui. Dessa maneira, o marketplace local amplia sua oferta de produtos, ao mesmo tempo em que não “assume a bronca” com os trâmites todos envolvidos (importação, burocracias e envio, por exemplo); do outro lado, lojistas de outros países têm a oportunidade de vender seus produtos a outro mercado sem a necessidade de muito investimento. Esse tipo de varejo já é bastante explorado por plataformas como eBay e Amazon, por exemplo e, segundo o Valor Econômico, vende anualmente de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões somente no Brasil, com crescimento de 15 a 20% ao ano. Em todo o mundo, o movimento é de US$ 350 bi ao ano e deve apresentar crescimento de 25% até 2020.

Ainda de acordo com o Valor, o próximo passo da BB2W deve ser a venda de produtos de lojistas brasileiros no exterior.

Fonte: clipping.cservice

Amazon registra patente de robô que busca e faz entregas

Amazon não quer “cuidar da sua vida” apenas com a Alexasua assistente virtual. A gigante varejista agora tem planos para enviar robôs para as nossas casas.

Em uma patente aprovada na terça-feira (26), a Amazon pretende buscar todas as suas encomendas de forma mais simples e rápida. Ela idealiza um “robô de recuperação” que permaneceria em sua casa e encontraria caminhões de entrega na rua para pegar seus pedidos. Sim, isso significa que o robô viveria em sua casa, pronto para pegar os pacotes assim que notificado.

Quem aqui se lembra do Amazon Scout, o carro de entrega autônomo? Este novo projeto é algo parecido, porém, com a necessidade de se deslocar menos do que veículos autônomos tradicionais. Em vez disso, eles cortam caminho de algum local físico, com uma base, diretamente para o caminhão ou van em que está a sua entrega. Seria o fim dos entregadores?

Na patente, a Amazon prevê que os robôs estejam em casas individuais, atendendo a um bairro inteiro ou complexo de apartamentos. Como é apenas um documento, então ainda há muito o que se ver e fazer sobre o projeto — uma alternativa aos drones da empresa, talvez?

Matéria sugerida pelo colaborador: Gerson Diacov