Mercado Livre deve investir cerca de US$2 bi em 2019

O Mercado Livre deve investir cerca de 2 bilhões de dólares em 2019, como parte dos esforços para otimizar a estrutura logística e ampliar a oferta de serviços de seu braço financeiro, o Mercado Pago, disseram executivos da companhia à Reuters nesta terça-feira.

O montante, que inclui despesas com a estrutura do negócio e a expansão física e do volume de produtos, sublinha foco da maior empresa de comércio eletrônico da América Latina para seguir crescendo o dobro da média do mercado de comércio eletrônico, enquanto avança em produtos bancários no Brasil, após ter obtido licença do Banco Central para ser instituição de pagamentos. Em 2018, o Mercado Livre investiu cerca de 1,5 bilhão de dólares.

A companhia fechou o ano passado com quase 2,5 milhões de usuários ativos da carteira digital.

“Nosso foco para os próximos trimestres segue sendo ganhar participação de mercado”, disse o vice-presidente de finanças e de relações com investidores da companhia, Pedro Arnt.

O Mercado Livre anunciou nesta terça-feira que teve receita líquida de 428 milhões de dólares no quarto trimestre, alta de 19,5 por cento contra um ano antes. As receitas do marketplace aumentaram 13,5 por cento ano a ano enquanto as outras tiveram crescimento de 27 por cento.

Segundo Arnt, o menor crescimento do marketplace em relação ao do Mercado Pago reflete tanto a base de comparação mais forte quanto a revisão na política de subsídios, já que a empresa passou a cobrar uma taxa para compras de valores muito baixos.

“Estamos revisando a política de subsídios para que eles tenham resultados mais efetivos”, disse Arnt.

O lucro bruto da companhia somou 204,8 milhões de dólares de outubro a dezembro, com queda de nove pontos percentuais da margem, a 47,8 por cento.

O prejuízo líquido do Mercado Livre antes dos impostos foi de 6,8 milhões de dólares, resultado negativo 89,5 por cento maior em relação a um ano antes.

Fonte: clipping.cservice

Mercado Livre atinge alta de 61,8% em receita líquida no último trimestre de 2018 e anuncia novo recorde de transações com Mercado Pago

Mercado Livre (Nasdaq: MELI) (http://www.mercadolivre.com), empresa de tecnologia para o comércio eletrônico, divulgou hoje seus resultados financeiros do quarto trimestre de 2018, finalizado em 31 de dezembro.

“Os números do último trimestre demonstram que mantivemos o nosso foco em proporcionar a melhor experiência para os usuários do nosso marketplace de maneira sustentável e equilibrada com os resultados financeiros da companhia. Com o mesmo princípio, seguimos avançando com Mercado Pago, que em dezembro anunciou que o saldo da carteira digital dos seus quase 2,5 milhões de usuários ativos passaria a render acima da poupança e sem cobrança de tarifa, incrementando a sua oferta e se consolidando como a fintech mais completa do mercado”, comenta Stelleo Tolda, COO do Mercado Livre.

Destaques do quarto trimestre de 2018

Mercado Pago:

  • O volume total de pagamentos com Mercado Pago ultrapassou a marca de US$ 5 bilhões pela primeira vez, alcançando US$ 5,3 bilhões, um aumento de 22,1% em dólar e de 68,5% em moeda constante – sem considerar o impacto cambial – em relação ao quarto trimestre de 2017. O total de transações de pagamentos aumentou 71,7%, totalizando 125,6 milhões de transações no trimestre.
  • O Mercado Pago manteve sucesso contínuo na execução de transações fora da plataforma do Mercado Livre (on-line e off-line) por meio dos serviços de pagamentos, terminais móveis (MPOS) e carteira digital. Em uma base consolidada, o volume total de pagamentos fora da plataforma cresceu 90,1% em relação ao ano anterior em dólar e 172,2% em uma base de moeda constante.
  • Pela primeira vez, os pagamentos fora da plataforma processaram mais de US$ 2 bilhões em transações, alcançando quase 70 milhões de transações de pagamento em um único trimestre.
    O negócio de MPOS ainda é uma das unidades de negócios que mais cresce, representando 46,6% do volume total de pagamentos fora da plataforma no trimestre. Em uma base consolidada, o volume total de pagamentos cresceu 365,3% em relação a 2017 em moeda constante.
  • A carteira digital da fintech atingiu 2,4 milhões de pagantes ativos durante o quarto trimestre, enquanto o volume total de pagamentos de carteira cresceu três dígitos no Brasil, Argentina e México.
  • No final do trimestre, o Mercado Pago anunciou que passaria a rentabilizar o saldo da conta digital no Brasil, o segundo país em que a empresa passa a oferecer todo o seu conjunto de soluções fintech: dispositivos MPOS, pagamentos com Código QR, carteira digital e investimentos.

Marketplace e Envios

  • O volume de vendas (Gross Merchandise Volume – GMV) superou a marca de US$ 3 bilhões, atingindo US$ 3,2 bilhões, uma queda de 10,6% em relação ao ano anterior em dólar, e um aumento de 17,6% em moeda constante.
  • Considerando o recorte apenas o mercado brasileiro, o GMV cresceu 24,4% no trimestre, o que aponta consistência na evolução das vendas mesmo com a base de comparação de crescimento acelerado do último trimestre de 2017, quando o GMV aumentou 71,3%.
  • Foram vendidos no marketplace do Mercado Livre 85,6 milhões de itens, alta de 5,4% em relação ao mesmo trimestre de 2017, contra 57,5% obtidos no mesmo período do ano passado. A redução em relação ao ano anterior é atribuível ao lançamento no Brasil, no último trimestre, de uma taxa fixa de R$ 5 para itens abaixo de R$ 120 e exclusão de anúncios abaixo de R$ 6.
  • A quantidade de compradores únicos cresceu 7,5% no quarto trimestre, contra 9,4% no terceiro trimestre. Essa taxa de crescimento em queda é atribuível principalmente a ajustes de preços, incluindo a eliminação de itens de baixo valor na plataforma e a obrigatoriedade de pagamentos no Chile e na Colômbia, o que também afetou temporariamente o crescimento de compradores únicos.
  • Os anúncios oferecidos no marketplace do Mercado Livre atingiram 182,1 milhões no quarto trimestre de 2018, um aumento de 59,7% em relação ao ano anterior, ultrapassando a marca de 150 milhões pela terceira vez.
  • O volume de vendas via dispositivos móveis cresceu 42,5% em moeda constante, atingindo 60,9% do GMV no último trimestre.
  • Os itens enviados através do Mercado Envios atingiram 62,1 milhões, um aumento de 28,5% em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pela evolução do programa de frete grátis. O número de itens expedidos na Argentina, México, Chile e Colômbia foi destaque no trimestre, crescendo 84,0%, 88,3%, 72,0% e 54,7%, respectivamente, na comparação ano a ano.

Destaques financeiros:

  • A receita líquida no quarto trimestre cresceu para US$ 428,0 milhões, um aumento ano a ano de 19,5% em dólar e 61,8% em uma base de moeda constante.
  • As receitas do marketplace aumentaram 13,5% ano a ano em US$ e 51,9%, em moeda constante, enquanto as receitas não relacionadas ao marketplace tiveram um crescimento de 27% em relação ao ano anterior em dólar e 74,2% em moeda constante.
  • O lucro bruto da companhia foi de US$ 204,8 milhões com uma margem de 47,8%, comparado aos 56,8% obtidos no quarto trimestre de 2017. A maior parte da compressão da margem bruta é atribuída a um aumento nos subsídios de frete grátis.
  • As despesas operacionais totais foram de US$ 205,6 milhões, 23,3% abaixo do registrado no ano anterior. Como percentual das receitas, as despesas operacionais representaram 48%, contra 74,8% no quarto trimestre de 2017.
  • O prejuízo líquido, antes dos impostos, foi de US$ 6,8 milhões, um aumento de 89,5% em relação ao ano anterior.

Fonte: ecommercenews.com.br

Gigante do e-commerce da Índia faz parceria com plataforma de logística e transportes Blockchain

A empresa de comércio eletrônico da Índia, a Mjunction services limited, firmou uma estratégica parceria com empresa de transporte blockchain Shipnext, informou a agência marítima global de notícias Sea News em 20 de fevereiro.

A nova parceria pretende aumentar a eficiência em todos os aspectos supply chain, trazendo serviços de valor agregado para seus clientes, disse o CEO Vinaya Varma.

Alexander Varvarenko, fundador e CEO da Shipnext, disse que a grande base de carga da mjunction deverá atrair mais tráfego, armadores e operadores de navios para as plataformas da Shipnext.

A Mjunction Services Ltd é uma joint venture de duas gigantes do aço indianas – a Steel Authority of India (SAIL) e a Tata Steel. Mjunction é supostamente a maior empresa de comércio eletrônico da Índia, além de operar o maior mercado eletrônico de aço do mundo. A empresa também passou para as esferas de negócios, como e-finance, e-retail e outros serviços.

De acordo com a Sea News, os armadores ou operadores de navios que desejem participar do transporte de carga pelos principais provedores de remessas da Índia, como a Tata Steel e a Indian Steel Bord, podem se registrar na plataforma da Shipnext. Dentro do acordo, a Shipnext irá gerenciar os procedimentos de conhecer o seu cliente (KYC) dos remetentes.

Recentemente a  russa Infotech Baltika transportes e logística, anunciou o desenvolvimento de um sistema com blockchain para operar com portas. O projeto faz parte da parceria entre a empresa e a startup blockchain situada em Moscou, a Iconic.

Matéria sugerida pelo colaborador Alexandre Coelho Franco

Fonte: cointelegraph.com

6 tendências mundiais para o mercado varejista em 2019

Reunindo os principais varejistas do território nacional e internacional em Nova Iorque, em janeiro, a NRF 2019, maior evento de varejo do mundo, apresentou tendências que vão alavancar o setor varejista este ano e destacou diversas oportunidades para o mercado. Além de insights que englobam muita inovação, cultura digital e a necessidade de construir histórias com experiências. Confira as seis principais tendências:

1 – Inovação a caminho da disrupção: mudanças exponenciais e com agilidade necessitando reestruturação e fortalecimento no sistema imunológico das empresas para evitar atrito durante o processo.

2 – Tecnologia e Dados: trazer uma nova abordagem para a tecnologia, transformando e aperfeiçoando o mecanismo para obter um banco de dados seguro.

3 – Excelência operacional: gerar inovação e experiência ao cliente, utilizando ativos e sustentabilidade para desenvolver uma logística estratégica para o mercado.

4 – Relação direta na jornada do cliente: as empresas necessitam entender a necessidade e desejo do seu consumidor e colocá-lo como centro da estratégia no planejamento ativo na execução.

5 – Lojas e Ecossistemas: plano estratégico sem atrito, fácil, inteligente, oferecendo soluções convenientes e com experiência elevada. Sistema integrado através da loja, soluções financeiras, redes sociais e entretenimento.

6- Cultura, Posição e Transformação:

  • Cultura: com princípios e propósitos – empresas e marcas precisam ter “alma”, transmitir o seu valor para o cliente se sentir abraçado;
  • Posição: transparência e autenticidade – as marcas necessitam de um posicionamento definido mesmo quando não agradam todos os públicos;
  • Transformação: cultura digital e desafio do modelo de negócios – as empresas precisam ter coragem para se transformar sem perder a sua essência.

Outro ponto bastante discutido durante a NRF foi o desenvolvimento da cultura digital, bem como a integração de dados e a inteligência artificial. Além disso, ganharam destaque cases de transformação digital com foco no mapeamento da jornada do consumidor.

Dentre os cases apresentados sobre inteligência artificial durante a NRF, estão: app de integração de promoções e descontos; plataforma completa de integração com todos os detalhes do mercado de e-commerce e comércio eletrônico; totem interativo para pesquisas com foco em lojas físicas; prateleiras inteligentes controlando estoque das mercadorias com foco em supermercado e drogarias.

Já na área de transformação digital, destacaram-se: Navegação 3D no mundo do e-commerce, promovendo uma experiência de realidade virtual; soluções de cloud de pagamentos omnichannel – um sistema que cruza a automação de e-commerce com mundo físico; glass mídia, painel oferecendo interação inovadora ao consumidor; e visual Merchandising, mecanismo para uma boa exposição dos seus produtos.

Foram dias de imersão em novidades no mundo do varejo, além da oportunidade prestigiar o espaço de nome “Innovation Lab”, que reuniu mais de 50 startups de todo mundo, com predominância das israelenses. No geral, a conclusão que se tira do evento é que todas as empresas precisam se tornar PHD, ou seja: Physical, Human and Digital.

Fonte: ecommercenews.com.br

Confira as novas tecnologias que devem impactar o e-commerce

Todo ano surge uma nova tendência ou nova tecnologia no mercado, impactando a forma como você vende seus produtos ou posiciona a sua loja virtual. São novidades que mudam completamente a experiência de compra do consumidor no ambiente online, fazendo com que ele venha a consumir mais. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), estima-se que o faturamento das vendas no setor chegue a R$ 79,9 bilhões em 2019, um crescimento de 16% em comparação a 2018.

Esse aumento nas vendas deve alavancar o setor e movimentar ainda mais a economia do país. Dessa forma, quem quiser aproveitar e surfar nessa onda precisa estar atento as novidades e oferecer inovações para seus usuários. Na minha opinião essas novas tendências vão facilitar a vida do cliente na hora da compra, além de proporcionar uma experiência diferenciada do mercado tradicional. Por isso, separei abaixo algumas novidades que devem impactar o e-commerce nos próximos anos:

Realidade Aumentada (AR)

Alguns marketplaces já utilizam dessa tecnologia para atrair os seus clientes e oferecer uma nova experiência de compra. Site como os de turismo, segmentos imobiliários ou empreendimentos comerciais já estão aproveitando dessa tendência. Com a realidade aumentada o seu consumidor pode experimentar como seria se ele tivesse “adquirido” aquele produto, sem precisar estar lá.

Chatbots

Essa tecnologia já vem sendo usada por grandes marcas, propondo uma qualidade maior para o atendimento. Com os chatboats, por exemplo, os clientes conseguem sanar suas dúvidas sobre produtos ou informações sobre suas compras de forma rápida, fácil e mais natural possível. A cada pergunta e resposta, sua base de dados é alimentada com novas informações, gerando assim um leque de respostas maior para futuras perguntas.

Blockchain

A tecnologia de blockchain vai trazer para o consumidor e para o lojista uma confiança e transparência maior quando falamos de informações e dados. Por meio dele é possível aumentar a eficiência nas operações, diminuindo custos para as empresas e o tempo gasto nas transações. Por ser uma tecnologia nova, as empresas que implementarem essa solução em suas lojas terão de se preparar para investir em plataformas completas e disruptivas.

Pedidos por voz

Quem aqui nunca fez uma pergunta para a Siri ou para o Google? Agora imagine poder fazer o seu pedido em alguma loja virtual por meio do comando de voz. Isso já é possível! Nos Estados Unidos, por exemplo, empresas como o Uber e a rede de franquia Domino’s já aceitam solicitações por comando de voz. Aqui no Brasil essa tecnologia ainda está sendo implementada, mas é provável que em breve se torne realidade.

Os pedidos por comando de voz trarão uma agilidade e facilidade na hora de comprar seus produtos. Em datas comerciais como a Black Friday, em que o volume de vendas é muito grande, essa tecnologia possibilitará a realização de compras de forma rápida e segura.

M-commerce

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil terminou o mês de outubro/18 com mais de 233,3 milhões de celulares ativos. Esses números comprovam que estamos cada vez mais conectados aos smartphones e o quanto isso influencia as vendas online. Durante a Black Friday, uma das maiores datas do cenário internacional, o acesso às lojas virtuais por dispositivos móveis superou os 90% em vários momentos do dia. Em um dia comum, por exemplo, os números são de 50% a 80%, variando bastante de acordo com a hora do dia.

Grandes empresas já entenderam o que essa experiência de consumo pode trazer e que a proximidade na palma da mão de seus clientes é importante para uma fidelização. Alguns marketplaces já possuem seu próprio aplicativo, como o Magazine Luiza, Americanas, Submarino, entre outros.

Para finalizar, podemos ver que as novas tecnologias chegam para somar e trazer muitos benefícios aos lojistas e consumidores. São soluções inovadoras que há algum tempo estavam fora da nossa realidade, mas hoje já podemos desfrutar delas e aceitar que são grandes aliadas aos negócios. Por isso devemos ficar sempre de olhos bem abertos no que a tecnologia do futuro pode nos proporcionar. Nós só temos a ganhar!

Fonte: ecommercebrasil.com.br

O e-commerce ajuda ou atrapalha as vendas das lojas físicas?

Muitos acreditam que as lojas virtuais podem concorrer com os pontos físicos, mas os dados provam o contrário.

Quando converso com lojistas, ainda vejo que, de forma geral, impera a visão de que o e-commerce é um inimigo.

Eles ainda veem a loja online como um concorrente desleal, que está em todos os lugares, 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um mix de produtos mais vasto.

Sempre desconfiei dessa impressão, mas precisávamos de dados para provar que a realidade é um pouco diferente.

Ao invés de atrapalhar as vendas no mundo offline, o e-commerce e todas as demais iniciativas digitais contribuem para o aumento de vendas nas lojas físicas.

Por incrível que pareça, até o mercado americano ainda vê esta colaboração como novidade.

A CEO da marca de moda Chico’s, Shelley Broader, deu uma declaração recentemente dizendo que o fato de vender produtos dentro do e-commerce da Amazon está direcionando tráfego para as lojas físicas.

Li também um artigo da Vivianne Vilela há algum tempo, mostrando uma pesquisa que dizia que “consumidores que são impactados pelo digital compram e gastam mais” e que “cada interação digital influencia U$ 64 centavos de cada dólar gasto nas lojas americanas”.

Por aqui no Brasil, temos referências parecidas. O diretor de E-commerce da Constance Calçados, Marcelo Linhares, já apontou que, no caso da marca, 30% das pessoas que compraram nas lojas passaram antes pelo e-commerce.

Em um artigo sobre o assunto, ele conclui: “No fim, continuo acreditando que tudo se resume a varejo, que o futuro será cada vez mais omnichannel, e o lucro será a consequência natural das empresas que conseguirem fazer isto bem.”

O que está faltando para que o varejo brasileiro enxergue isso? Bem, vamos debater sobre isso no artigo de hoje.

O que dizem os números?

O Google encomendou uma pesquisa com a Forrester Research que traz números bastante otimistas com relação à influência da internet nas vendas do varejo offline.

Segundo o estudo, até 2021, cerca de 32% das vendas do varejo tradicional terão participação da internet em algum momento da decisão de compra do consumidor.

Isso confirma que, ao contrário do que muitos pensam, o e-commerce também gera tráfego para as lojas físicas. Isso vem sendo chamado de comportamento RoPo, sigla para “Research Online, Purchase Offline”.

Em outras palavras, os consumidor usa o digital como vitrine para conhecer bem o produto, entender sobre o preço, mas conclui sua compra no mundo físico, depois de experimentar ao vivo.

Os consumidores querem e precisam de uma experiência de compra integrada ou omnichannel.

Comprar um produto na internet e retirar na loja, ou olhar um produto na loja e finalizar a compra no e-commerce, têm sido atitudes muito comuns hoje em dia.

Produtos eletrônicos, eletrodomésticos e livros são os itens que as pessoas mais buscam online para posteriormente comprar na loja física.

Ainda segundo o Google e a Forrester Research, 6 em cada 10 desses produtos são comprados dessa forma hoje. Até 2021 essa influência deve crescer para 8 em cada 10 vendas.

Pensando na experiência de compra do cliente foi criado o conceito de Guide Shops. Consistem em lojas físicas enxutas que servem apenas para o consumidor ver e experimentar o produto, para finalizar a compra online.

A ideia é: a experiência física contribui para o consumidor ter uma relação sensorial com o produto, dando mais segurança e fortalecendo o vínculo emocional com a marca.

Guerra fria, conflito de canais

Mesmo com tantos dados, ainda encontramos resistência nos lojistas mais tradicionais, especialmente com franqueados das marcas.

Para quebrar este paradigma é preciso uma campanha de conscientização que parta da alta direção. Mas, pela minha experiência, a colaboração entre os dois mundos só acontece, de fato, quando temos dados.

Fui há alguns dias comprar uma presente para minha esposa em uma loja no Rio. Fiquei esperando a vendedora me perguntar sobre o cadastro, e nada. Aí eu mesmo questionei e ela topou receber meus dados “gratuitamente”.

Nome, gênero, data de nascimento, CPF, endereço, telefone. Passei tudo. Afinal, tenho interesse científico em saber o que fariam com minhas informações.

Será que fariam bom uso dos meus dados de cadastro e de compra para criar uma experiência mais personalizada? Mas, peraí! Faltou algo: “Por que você não perguntou meu e-mail?”

Ela desconversou: “Até tem aqui no sistema para cadastrar, mas não usamos muito o e-mail. Geralmente, eu mesma pego o telefone e mando um WhatsApp para os clientes falando de promoções e novidades”.

Vi que estava diante de um caso de conflito de canais. Além de quase 50 lojas no Brasil, a marca também tem um e-commerce e a vendedora estava com medo de “perder” um cliente para o digital.

Até hoje é muito comum ver isso. Só vai acabar quando provarmos com dados que o omnichannel não é só uma buzzword.

3 pontos para começar a quebrar esta barreira e promover a colaboração entre os canais:

  1. Relatório sobre o comportamento ROPO (Research Online, Purchase Offline). Segundo pesquisa do Google, este número vem crescendo e chega a 86% no fim do ano, época mais quente para o Varejo.
  2. Relatório sobre a receita gerada nas lojas físicas pelas campanhas disparadas nos canais próprios da marca: e-mail, SMS, etc.
  3. Agenda segmentada de contatos na mão desta mesma vendedora para ela atuar como canal de comunicação com as clientes de forma controlada.

Veredito

Depois de todos os números e explanações, imagino que tenha ficado claro que o e-commerce não atrapalha as vendas das lojas físicas, ou vice-versa. Afinal, um complementa o outro, levando em conta a experiência de compra omnichannel.

Se você acredita, mesmo depois de ler esse artigo, que o e-commerce está atrapalhando as suas vendas nas lojas físicas, tente ler novamente analisando os números que trouxemos.

Grandes marcas brasileiras já têm apostado no omnichannel e em formas de facilitar a jornada de compra dos clientes, com ótimos resultados. As empresas que demorarem a perceber isso podem sofrer da seleção natural do mercado.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

Order Ahead: a semente do Click and Collect bem sucedido

Estamos em 2019. O e-commerce matura há mais de 20 anos e já nos permite comprar tudo à nossa volta? Na verdade, ainda não. Talvez, por isso, o e-commerce ainda seja uma fração do varejo físico estimada em cerca de 3% no Brasil. Porém, isso está mudando e em breve será muito difícil separar as compras online das compras físicas. A motivação do consumidor imediatista deu origem ao que se apelida de “I want it now economy”, ou simplesmente “Now Economy”, a economia do agora.

Isso cria uma demanda latente por um novo tipo de venda, na qual o cliente compra online, mas retira em uma loja física. Essa modalidade é chamada de Click and Collect e traz diversos desafios. Na minha experiência como empreendedor, encarar estes desafios foi uma escolha e o segmento foi o de food service, mais precisamente iniciando por pedido de comida em praças de alimentação. Neste setor, chamamos de Order Ahead a experiência de comprar online e retirar no balcão do restaurante, seja para comer no local ou para levar. Nos Estados Unidos, a jornada do Order Ahead cresce puxada por grandes redes como o Starbucks, Cipotle, Shake Shack, Dunkin Donuts além de McDonald’s e Burger King. Há também marketplaces de Order Ahead.

Mas, o consumidor americano está muito acostumado com a retirada de pedido para viagem. A realidade das praças de alimentação no Brasil é diferente: mais de 90% das vendas são realizadas para consumo no local e os pedidos de Order Ahead são servidos na bandeja. Isso cria desafios adicionais. É preciso sincronizar o tempo de preparo da refeição com a chegada do usuário, caso contrário, a comida pode ficar fria. O tempo médio entre o pedido e a retirada é de menos de 15 minutos. Em uma experiência com um tempo tão curto, não podemos deixar que a falta de determinado alimento estrague tudo. O cardápio deve estar atualizado com os itens faltantes para evitar a frustração.

Tempo

Quais os aprendizados da experiência do Order Ahead para o Click and Collect? Há dois componentes críticos que precisam ser bem adequados para a realidade do varejo: tempo e disponibilidade. No food service, a “fabricação” – ou ao menos a preparação – do produto final é feita no ponto de venda. Existe um componente de serviço importante e, é justamente este componente que faz do segmento o mais interessante para uma experiência inicial bem sucedida de “click and collect”. Para esta modalidade varejo também precisa “fabricar” o produto final, pois de nada adianta o cliente chegar na loja depois de realizar uma compra online e ainda precisar pegar na prateleira os produtos que adquiriu. Ele quer saber quando pode pegar sua compra, chegar lá e ter tudo pronto.

Disponibilidade

Para isso é crítica também a gestão do segundo componente: disponibilidade. A diferença é que em um cardápio do restaurante de balcão, um sortimento de 200 itens é muito adequado, mas em uma loja física de produtos, este número pode facilmente chegar a milhares de itens. É praticamente impossível entregar uma informação de disponibilidade adequada sem uma integração com o estoque da loja.

Enxergamos dois caminhos sendo tomados para entregar o Click and Collect com sucesso. Como nas demais verticais de varejo individualmente a recorrência tende a ser menor que em comida, a agregação da oferta de várias lojas em um marketplace facilita a entrega de valor para o consumidor e, consequentemente, seu engajamento. Esse é o primeiro caminho. Marketplace de retirada de produtos na loja combina com Shopping Center e, por isso, vamos observar nos próximos meses cada vez mais iniciativas de Click and Collect puxadas por redes de Shoppings.

Integração

Mas se já é difícil integrar um único sistema para oferecer informação real de disponibilidade de estoque de uma loja, imagine o desafio de fazer isso para centenas de estabelecimentos, com dezenas de sistemas diferentes de gestão. Por isso, alguns destes marketplaces estão começando com um sortimento reduzido e sem integração, o que evita uma experiência de compra ruim, mas também não entrega todo o sortimento que o cliente espera.

Neste caminho o componente de serviços pode ser compartilhado. Um “shopper” pode correr o shopping selecionando um produto em cada loja até concentrar as compras para retirada em uma única área. Pode ser uma boa experiência para o consumidor, mas provavelmente terá um tempo de retirada maior. Para o varejista, embora ele não precise se preocupar com a componente de serviço, isso faz com que o comprador não venha à sua loja, consequentemente, não se exponha à marca e não seja provocado a realizar uma compra adicional, o que poderia ser uma das oportunidades do Click and Collect.

Engajamento

O segundo caminho é o Click and Collect da própria empresa. Grandes varejistas estão se esforçando para, individualmente, desenvolver soluções e encarar o alto custo de engajar o freguês. Pode ser um caminho caro, já que é necessário fidelizar e a recorrência de compra tende a não ser tão alta. Por outro lado, é bem mais fácil resolver a sincronia de estoque com apenas um sistema para integrar. Nesse caminho, a marca tem que necessariamente se preocupar com o componente de serviço e treinar seu pessoal para que os pedidos sejam atendidos rapidamente. Como o varejo move seu staff muito fortemente baseado em comissões, é preciso conciliar esse canal com o modelo de remuneração.

Diferentemente do segmento de food services, é impossível implementar o Click and Collect sem colocar em prática um novo processo, mas existem grandes oportunidades. O Order Ahead pode ajudar, não só com o aprendizado, mas também com vendas cruzadas. Foi almoçar no Shopping e pediu online? Que tal aproveitar e buscar na farmácia o que estava precisando? Ou comprar aquele presente sem perder tempo? É a nova era onde o e-commerce e o varejo se fundem. E ela já está acontecendo na praça de alimentação.

Fonte: ecommercebrasil.com.br

E-commerce do Walmart vai ameaçar domínio da Amazon, diz analista

Comércio eletrônico do Walmart teve o dobro de crescimento na comparação com a Amazon, que ainda tem ampla vantagem e domina o e-commerce norte-americano.

“O Walmart se tornará o pior pesadelo da Amazon”. Esta afirmação é do analista Burt Flickinger, diretor do Strategic Resource Group. Flickinger disse à CNBC que a maior varejista do mundo vai despontar no varejo online dentro dos próximos dois anos. O motivo é simples: o Walmart está contratando as pessoas certas.

O caminho do sucesso, segundo Flickinger, foi estabelecido após a contratação de uma equipe que trabalhou na Amazon. O analista cita dois profissionais-chave para a estratégia do Walmart: Marc Lore, que trabalhou na empresa de Jeff Bezos antes de assumir a gerência de todas as operações de e-commerce do Walmart; e David Criscione, que desenvolveu o formato “Amazon Go”, antes de sair da Amazon, em 2016.

Briga pela liderança

A declaração vai além da tradicional discussão sobre a eficiência do online versus presença física. Em 2018, o Walmart conseguiu provar que a integração entre os canais pode alavancar um negócio. A aposta em soluções que conectam o online com o físico foram essenciais para o crescimento de valor de mercado da companhia: 50% em dois anos, chegando a US$ 290 bilhões.

No geral, as vendas da rede renderam US$ 519 bilhões em 2018. O e-commerce foi o grande destaque do ano passado. As vendas no online cresceram 43%, premiando os investimentos feitos pela empresa para crescer e se aproximar da Amazon, que hoje domina com folga o e-commerce norte-americano.

Em 2018, o Walmart investiu US$ 20 bilhões de dólares em mais de 12 lojas online e assumiu a terceira posição no ranking das maiores varejistas online dos Estados Unidos, ultrapassando a Apple. No último ano, o Walmart comprou a indiana Flipkart por US$ 16 bilhões. Com isso, a varejista se impôs em um mercado importante para Amazon, que planejava investimentos na Índia e também tinha interesse na aquisição da Flipkart.

Apesar do crescimento robusto do Walmart no online em 2018, superar a Amazon é uma realidade ainda muito distante. A gigante do e-commerce domina 48% de todas as vendas feitas pela internet nos Estados Unidos, enquanto a participação do Walmart no mercado é de apenas 4%. Em 2018, as vendas da Amazon continuaram a crescer e trouxeram US$ 72,4 bilhões para empresa, 20% a mais do que o volume arrecadado em 2017.

Fonte: clipping.cservice

Logística reversa é meta audaciosa da Natura

A Natura ressalta em seu site que há 36 anos oferece refis de seus produtos. Com essa medida, a empresa revela que economiza, por ano, o equivalente ao lixo produzido por 3,5 milhões de pessoas. Além disso, todos os anos, a fabricante reutiliza 432 toneladas de plástico nas embalagens de seus cosméticos. A cada ano, 9 milhões de garrafas PET de 2 litros deixam de ir para o lixo. A empresa destaca ainda que foi pioneira ao adotar vidro reciclado na perfumaria. “Assim, evitamos anualmente o descarte de 944 toneladas de vidro”.

A Natura lembra de que a Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que, em 2050, haverá 9 bilhões de pessoas na Terra, produzindo 4 bilhões de toneladas de lixo por ano. “Para evitar esse cenário catastrófico, pessoas e empresas têm de assumir seus papéis. Por isso, implementamos cada vez mais ações para nos responsabilizarmos pelos resíduos provenientes do nosso negócio”.

Para 2050, a meta da empresa é audaciosa: “queremos coletar e destinar para a reciclagem uma quantidade de material pós-consumo maior do que a gerada pelas nossas embalagens. Esses compromissos estão estabelecidos no documento Visão de Sustentabilidade 2050, que reúne nossas causas e nossos compromissos para um desenvolvimento sustentável”, explica em nota publicada neste mês em seu site.

 

Logística reversa

O tema da logística reversa já vinha sendo tratado pela empresa por meio de duas iniciativas: os programas Elos e Dê a Mão para o Futuro. O Elos é um programa de responsabilidade compartilhada entre fornecedores de embalagem e a empresa para garantir rastreabilidade, homologação e logística reversa nas cadeias de fornecimento de materiais reciclados pós-consumo incorporada em embalagens – como PET e vidro reciclado.

Como forma de atender ao que determinou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2010), a Natura apoia o Dê a Mão para o Futuro, iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). O programa tem, entre seus objetivos, fortalecer e profissionalizar a cadeia de reciclagem no País. Por meio desse programa, a empresa fomenta ações voltadas para o desenvolvimento de cooperativas de catadores, aumentando sua eficiência, as boas práticas de produção e aumento dos volumes de resíduos pós-consumo destinados para a reciclagem.

Inventário de resíduos

A participação das empresas no programa da associação do setor tem como base a quantidade de resíduos de embalagem que cada companhia coloca anualmente no mercado. Esse cálculo é feito na Natura por meio de uma metodologia de inventário de geração de resíduos, criada em 2011. O sistema quantifica o volume de resíduos gerados em três das principais etapas da cadeia: os processos internos de produção, a distribuição dos produtos e o descarte das embalagens pelos consumidores.

Considerando os volumes recuperados por meio do Elos e do Dê as Mãos para o Futuro, em 2017, a Natura lançou o índice de recuperação de produtos e seus materiais de embalagens de 29%. “Agora é trabalho duro para chegar a 50% em 2020”.

Fonte: Redação Revista H&C

Marketplace na prática: todos os macetes para se destacar, vender mais e encantar consumidores

De acordo com estimativas da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, a ABComm, o volume de vendas do comércio eletrônico deve chegar a R$ 79,9 bilhões em 2019, um crescimento de 16% em comparação com o ano passado. Para ajudar os sellers a aproveitarem todo o potencial de vendas neste ano, o ANYMARKET, um hub para integração com marketplaces e a Intelipost, startup focada em gestão de logística, acabam de lançar o e-book “Marketplace na prática: Um guia completo para suas operações no dia a dia”, que pode ser baixado gratuitamente em http://bit.ly/guia-marketplaces

De acordo com Rodolfo Helmbrecht, Gerente de Pré-Vendas e desenvolvimento de novos negócios da DB1 Global Software para o ANYMARKET, “o material traz dicas de como contratar um ou mais marketplaces para aumentar as vendas e dar os primeiros passos para expandir a operação de e-commerces. Tudo porque vender em marketplaces é muito diferente de gerir um único e-commerce. São dezenas de termos específicos, além de exigências que cada marketplace define para seus parceiros”, explica.

O e-book apresenta um glossário com diversos termos específicos, utilizados nos marketplaces, além de explorar ao máximo a forma como cada canal trabalha, as categorias, variações, e exceções para facilitar a navegação do cliente até o produto, tornar a experiência mais intuitiva e colaborar para o aumento nas vendas.

O ANYMARKET também explorou a fundo as funcionalidades Match e Buy Box com dicas de como aumentar a exposição dos produtos e, consequentemente a oportunidade de venda, além de esclarecer os pontos avaliados pelos marketplaces para destacar um seller frente a outras lojas.

Seção bônus: importância do TMS e planejamento logístico no marketplace

Parceira do ANYMARKET, a Intelipost listou neste e-book com exclusividade a importância de um TMS (Sistema de Gerenciamento de Transportes) na gestão logística de um marketplace, afinal, não basta criar anúncios campeões, é preciso entregar com excelência.

Com um TMS é possível realizar cálculos de frete automáticos, definindo qual a transportadora ideal para realizar a entrega de cada envio, por meio da interpretação das tabelas de fretes. Além de reduzir custos, melhora a oferta de fretes para os seus consumidores. O sistema de gerenciamento também acelera os processos de despacho, automatizando o fluxo de informações, criando diversas possibilidades de utilização delas para outras funções, como o rastreamento automático da entrega e status dos pedidos. Também há explicações preciosas de como o uso da tecnologia pode ajudar os sellers a otimizar alguns pontos com:

  • Gestão de frete
  • Otimização dos custos e prazos de entregas
  • Gestão Omnichannel
  • A importância do pós-venda na gestão do cliente
  • Automatização dos processos da cadeia da logística

Fonte: ecommercenews.com.br