Moda Center Log é lançado para tornar a logística mais eficiente no Polo de Confecções

Nesta segunda-feira (17), o Moda Center, em Santa Cruz do Capibaribe-PE, lançou uma solução inovadora que facilitará a conexão entre comerciantes, clientes, excursões e transportadoras. O Moda Center Log, que surgiu com a implantação do Marketplace do Moda Center, também integrará, em um só lugar, os serviços oferecidos pelos Correios e o Aplicativo Moda Center.

O evento contou com a participação de comerciantes, imprensa, diretoria, gerentes e gestores do centro de compras. Nele, foram detalhados o funcionamento e objetivos do Moda Center Log, mostrando que a plataforma pode ajudar os confeccionistas a ganhar mais tempo com a logística das mercadorias, assim como as excursões podem aumentar sua cartela de clientes e ter mais lucratividade.

O Moda Center Log, apresentado no evento por Kaká Sabocinscki (gerente comercial do Moda Center) e Edson Carneiro (gestor comercial do Moda Center e diretor da ZAX), faz parte das estratégias do centro de compras para facilitar a vida dos comerciantes e aumentar a competitividade do polo atacadista, garantindo que os produtos cheguem aos compradores de todo o Brasil de forma mais rápida e segura. Dentre seus benefícios, estão:

*Envios estratégicos através de excursões, Correios e transportadoras, atendendo todo o país;

*Sistema exclusivo para excursões, facilitando o fluxo de compra e envio direto do Marketplace do Moda Center;

*Prazos e preços mais competitivos, garantindo economia para lojistas e clientes;

*Monitoramento otimizado, trazendo mais segurança e rastreamento em tempo real de todos os envios.

Fonte: “Moda Center Log é lançado para tornar a logística mais eficiente no Polo de Confecções

Sucesso de Ana Castela e Madonna aquece vendas de Moda e Beleza no Mercado Livre

Plataforma lançou ferramenta que permite que os usuários revisitem suas compras e descubram seu perfil de consumo.

Eventos culturais desempenham um forte papel no comportamento de compra dos brasileiros. Em 2024, o sucesso da cantora Ana Castela e o show de Madonna no Brasil geraram uma onda de buscas e compras relacionadas no Mercado Livre, que lançou a primeira edição do Meli Trends Brasil, publicação que mostra como os hábitos de consumo refletem os interesses dos usuários da plataforma.

A ascensão de Ana Castela, especialmente entre os jovens, motivou uma crescente demanda por produtos relacionados à sua imagem, como roupas, acessórios e cosméticos. Durante o ano, itens associados à artista tiveram quase dez buscas por minuto em todo o território nacional e puxaram as vendas da categoria Moda e Beleza.

O show da Madonna na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, estimulou a procura por produtos relacionados à artista, especialmente itens de moda e colecionáveis, incluindo camisetas, acessórios e outros artigos exclusivos.

Já a expectativa das estreias de filmes como Divertida Mente e 2 e Lilo & Stitch estimularam as buscas por brinquedos e itens personalizados.

“A forma como o brasileiro pesquisa e compra está em constante evolução, e é por isso que, no Mercado Livre, nos conectamos com o nosso público e inovamos continuamente para levar sempre a melhor experiência para o usuário”, destaca Roberta Donato, diretora sênior de Marketplace do Mercado Livre.

Outros destaques

Além dessas influências, o relatório destaca a forte procura por produtos nas categorias de Casa e Decoração, Tecnologia e Supermercados. O jogo de Lençol Queen, por exemplo, foi o item mais buscado no Mercado Livre durante o ano.

Outros produtos populares incluíram o Samsung Galaxy S23, o Apple iPhone 13 e a Creatina Monohidratada, mostrando como as tendências de bem-estar e tecnologia dominaram as compras.

Para tornar a experiência ainda mais personalizada, o Mercado Livre lançou a funcionalidade “Meu Unboxing”, que permite que os usuários revisitem suas compras e descubram seu perfil de consumo. A ferramenta ajuda a traçar um panorama mais claro sobre os gostos e preferências de cada cliente, destacando perfis como home lover, beauty e gamer.

A experiência mostra, por exemplo, a primeira compra realizada, o total de pedidos feitos ao longo do tempo, a distância percorrida pelos envios e até mesmo o tempo de entrega mais rápido já registrado.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/19/02/2025/noticias-varejo/sucesso-de-ana-castela-e-madonna-aquece-vendas-de-moda-e-beleza-no-mercado-livre/”

 

Tentativas de golpe no e-commerce crescem 3,5% em 2024 ante 2023, aponta Equifax BoaVista

As tentativas de golpe no e-commerce aumentaram 3,5% em 2024 ante 2023, ano em que houve 7 milhões de registros, mostra uma pesquisa da Equifax BoaVista. Na mesma base de comparação, o ticket médio das compras fraudulentas teve alta de 18,1%, atingindo o valor de R$ 343,90 no ano passado.

Conforme o levantamento, no Brasil, 27,5% ou mais de 2,2 milhões dos golpes ocorreram no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

Por outro lado, com o menor registro, estão o Acre, Amapá e Roraima, representando somente 0,2% dos casos.

Com o maior número de vendas online – 15,9% de um total de 35 milhões -, a sexta-feira também é o período favorito para as fraudes no e-commerce: segundo a pesquisa, 15,1% das ocorrências foram registradas nesse dia.

Em contrapartida, nos fins de semana, especialmente aos domingos, são menores as movimentações de vendas e tentativa de golpes, correspondendo a 11,3%.

Já o horário com mais fraudes no comércio eletrônico em 2024 foi às 14 horas e o período com menos, foi às 4 horas da madrugada.

O vice-presidente de Produtos e Pré-Vendas da Equifax BoaVista, Rogério Signorini, observa que “os dados nos mostram os padrões de comportamento mais frequentes dos fraudadores, que costumam agir durante horários de alta movimentação no e-commerce para se camuflarem entre transações legítimas, dificultando a detecção”

Fonte: “https://diariodocomercio.com.br/legislacao/tentativas-golpe-e-commerce-crescem-2024-ante-2023-equifax-boavista/”

A nova regra do jogo: como a automação inteligente está reduzindo custos e aumentando lucros no e-commerce

Imagine uma equipe de marketing de e-commerce gastando horas preciosas consolidando relatórios de desempenho, ajustando campanhas manualmente e lidando com processos operacionais repetitivos.

Enquanto isso, um concorrente que investiu em automação inteligente está ajustando lances de mídia paga em tempo real, personalizando recomendações para cada cliente e reduzindo custos operacionais.

A diferença? A automação inteligente não é apenas uma conveniência; ela está se tornando a nova regra do jogo.

No cenário atual do e-commerce, a pressão por eficiência e ROI nunca foi tão alta. Gerentes e diretores precisam justificar investimentos, reduzir custos de aquisição de clientes e aumentar a conversão. E a verdade é que estratégias manuais simplesmente não acompanham a velocidade do mercado digital.

Como disse Jeff Bezos: “Se você dobra o número de experimentos que faz por ano, você dobra sua inventividade”. E a automação permite exatamente isso: testar, aprender e escalar rapidamente.

A pergunta é: sua operação está pronta para jogar esse novo jogo? Ou ainda está presa a processos manuais que limitam seu crescimento?

O problema: o custo oculto do trabalho manual

O mercado mudou. O consumidor mudou. E o jeito de vender online também precisa mudar. A automação inteligente deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade para e-commerces que querem crescer sem aumentar custos.

Mas aqui está a questão: muitas empresas ainda operam no modo manual, gastando tempo e dinheiro em tarefas que poderiam ser automatizadas. O resultado? Processos ineficientes, desperdício de recursos e perda de vendas.

Muitos negócios online ainda operam como se estivessem na década passada. Processam pedidos manualmente, enviam e-mails um a um e perdem vendas por não nutrir leads corretamente. Isso custa tempo, gera erros e impacta diretamente o faturamento.

Além disso, a concorrência está mais feroz do que nunca. O consumidor digital espera rapidez, personalização e eficiência. Se sua loja não entrega isso, alguém mais entrega.

A boa notícia? A automação inteligente pode resolver esses problemas e transformar sua operação.

O que é automação inteligente?

Diferentemente da automação tradicional, que apenas executa tarefas repetitivas, a automação inteligente usa inteligência artificial e aprendizado de máquina para tomar decisões e otimizar processos.

Isso significa que seu e-commerce pode:

– Enviar e-mails personalizados com base no comportamento do cliente.

– Ajustar preços dinamicamente conforme a demanda e a concorrência.

– Reabastecer estoques automaticamente quando os níveis estiverem baixos.

– Segmentar clientes e sugerir produtos de forma precisa.

Tudo isso sem intervenção humana, permitindo que você foque no que realmente importa: crescer.

Redução de custos: como a automação corta desperdícios invisíveis

Muitos e-commerces acreditam que seus maiores custos estão nos produtos e na logística. Mas o verdadeiro vilão pode estar escondido em processos ineficientes, erros humanos e tempo desperdiçado.

Aqui estão três formas como a automação inteligente reduz custos:

1. Menos erros, menos prejuízo

Erros humanos em pedidos geram retrabalho, trocas e insatisfação do cliente. Softwares de automação garantem que dados como endereço, pagamento e disponibilidade de estoque sejam processados corretamente, reduzindo falhas e custos operacionais.

2. Atendimento ao cliente mais rápido e barato

Chatbots inteligentes e respostas automáticas resolvem dúvidas comuns sem precisar de um atendente humano. Isso reduz a necessidade de uma grande equipe de suporte e melhora a experiência do cliente.

3. Marketing automatizado: campanhas mais eficientes

Em vez de disparar e-mails e mensagens manualmente, a automação permite segmentação inteligente. Clientes recebem ofertas no momento certo, aumentando as taxas de conversão sem esforço extra.

Automação para aumentar o lucro: mais vendas com menos esforço

A automação inteligente não apenas reduz custos, mas também impulsiona as vendas.

1. Recuperação de carrinhos abandonados

Estudos mostram que cerca de 70% dos carrinhos de compra são abandonados antes da finalização da compra. Com a automação, é possível enviar e-mails ou mensagens personalizadas incentivando o cliente a concluir a compra, recuperando parte dessa receita perdida.

2. Personalização na comunicação

Clientes querem sentir que são únicos. Com inteligência artificial, sua loja pode recomendar produtos com base no comportamento de navegação e compras anteriores, aumentando as chances de conversão.

3. Gestão de estoque eficiente

Nada é pior do que perder uma venda porque o produto esgotou sem aviso. A automação inteligente monitora os estoques em tempo real, evitando excessos ou faltas e garantindo que seu e-commerce esteja sempre preparado para vender.

Casos reais: quem já está ganhando com isso?

Reserva IN

A marca brasileira de moda masculina Reserva implementou um sistema automatizado de e-mails e CRM, aumentando a taxa de conversão e reduzindo o tempo de resposta no atendimento ao cliente.

Wine

A loja online de vinhos Wine.com.br usa automação para recomendar rótulos com base no histórico do consumidor, aumentando a taxa de recompra.

Se grandes players do mercado já estão lucrando com automação, por que seu e-commerce ficaria de fora?

Amazon: logística totalmente automatizada

O segredo da Amazon não é apenas o preço, mas a eficiência. Com robôs em centros de distribuição e algoritmos que preveem compras futuras, a empresa entrega rapidamente e reduz custos operacionais drasticamente.

Passo a passo: como começar a automatizar seu e-commerce

Se você quer aproveitar os benefícios da automação, siga este plano:

1. Identifique tarefas repetitivas – quais atividades tomam tempo da sua equipe? Atendimento, estoque, marketing? Liste os processos que podem ser automatizados.

2. Escolha as ferramentas certas – plataformas como Dinamize, RD Station, HubSpot e Octadesk e várias outras ajudam na automação de marketing e atendimento.

3. Implemente aos poucos – comece pelos processos mais críticos e vá expandindo gradualmente.

4. Monitore os resultados – acompanhe métricas como tempo de resposta, taxa de conversão e redução de custos para medir o impacto da automação.

Minha dica final

A automação inteligente não é um luxo, é uma necessidade para quem quer crescer no e-commerce sem aumentar custos desnecessários.

Se você ainda depende de processos manuais, está deixando dinheiro na mesa. Comece pequeno, implemente aos poucos, mas não ignore essa tendência.

A nova regra do jogo já está em vigor. A pergunta é: seu e-commerce está pronto para jogar?

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-nova-regra-do-jogo-como-a-automacao-inteligente-esta-reduzindo-custos-e-aumentando-lucros-no-e-commerce”

 

Mercado Livre traça perfil do consumidor em 2024

Em 2024, o consumidor do Mercado Livre procurou mais por três categorias: Casa & Decoração, Moda & Beleza e Eletrônicos. Estes são alguns dos dados compartilhados pela companhia na primeira edição do Meli Trends Brasil. O estudo trouxe os principais hábitos de consumo dos usuários da plataforma no país.

O tênis foi o produto mais vendido em Moda, com aumento de 40% em relação a 2023. Se enfileirados, os itens que saíram do Centro de Distribuição do Mercado Livre em 2024 poderiam dar 947 voltas na Avenida Paulista

Os perfumes foram os mais vendidos em Beleza, com aumento de 61% sobre 2023. Os itens transacionados empilhados equivaleriam a 505 vezes a altura dos obeliscos do Ibirapuera.

Também foram tendência, os produtos fitness, com média de 30 buscas por segundo pelo termo no Brasil e que teve a Creatina entre um dos cinco itens mais procurados no ano.

A publicação revela ainda a consolidação das categorias Moda, Beleza e Supermercados, que tiveram forte crescimento ao longo do ano, impulsionadas pelo aumento da recorrência de compra.

Entre os produtos mais buscados, estão:

1. Jogo de Lençol Queen
2. Samsung Galaxy S23
3. Kit camisetas básicas masculinas
4. Apple iPhone 13
5. Creatina Monohidratada

Os campeões em vendas na categoria Supermercados foram:

1. Azeite De Oliva Terras De Camões
2. Sabão Em Pó OMO
3. Cerveja Heineken Long Neck

Impacto cultural

Entre os fatos culturais que mais influenciaram o consumo estão o sucesso da cantora Ana Castela, cujos produtos associados tiveram quase dez buscas por minuto no Brasil durante o ano; e o show histórico da rainha do pop Madonna na Praia de Copacabana. Já a expectativa das estreias de filmes como Divertida Mente e 2 e Lilo & Stitch estimularam as buscas por brinquedos e itens personalizados.

De acordo com Roberta Donato, diretora sênior de Marketplace no Mercado Livre, a forma como o brasileiro pesquisa e compra está em constante evolução. Por conta disso, a executivo explica que a conexão com público é uma parte importante público para elevar a experiência do usuário.

“Segundo pesquisa da Kantar, 86% dos brasileiros utilizam a nossa plataforma diretamente para comprar e para buscar ofertas. Isso significa que os interesses de compra que revelamos nesta publicação refletem os hábitos e tendências culturais do país”, afirma.

Regional

A publicação revela ainda qual foi o item mais vendido em cada estado brasileiro. O jogo de lençol queen manteve-se na ponta em mais de um terço dos 27 estados. Os suplementos alimentares foram outro destaque, com itens liderando o ranking de vendas em nove. Já a cerveja liderou em quatro unidades federativas.

Fonte: “Mercado Livre traça perfil do consumidor em 2024 – E-Commerce Brasil

As apostas das empresas para melhorar a jornada do cliente

Hiperconveniência, hiperpersonalização, experiências imersivas, sustentabilidade, economia circular e economia do bem-estar são algumas das tendências para criar conexão com o consumidor.

Reter clientes nunca foi uma tarefa fácil, mas as novas tecnologias, se bem utilizadas, podem ser um caminho para melhorar a experiência do consumidor. Nesse contexto, a revolução da inteligência artificial tem tudo para transformar o varejo, implicando em mudanças nas estratégias das marcas e na forma como elas se relacionam com seu público.

Alessandro Milagres, Chief Metaverse Officer da Cidade Matarazzo, explica como a IA e o uso estratégico de dados estão moldando este cenário. “É preciso entender o papel do metaverso nas experiências do cliente. Se você não sabe o que é IA e dados, você tende a levar a sua empresa a não existir mais nos próximos cinco anos. Sabe por quê? Porque o seu concorrente já está fazendo isso ou pelo menos estudando formas de como fazer.”

Para ele, o metaverso não é uma realidade distante, mas uma extensão da forma como as pessoas interagem com os espaços e produtos no dia a dia. “O metaverso está presente em todas as interações digitais que fazemos hoje, e as empresas que souberem integrar essas duas realidades – a física e a digital – de forma eficaz serão as vencedoras no futuro do varejo.”

No entanto, as novas tecnologias, por si só, não são suficientes para manter uma marca viva.

Cecília Rapassi, sócia diretora da Gouvêa Fashion Business, traz uma abordagem analítica sobre como as emoções dos consumidores influenciam suas decisões de compra e como o varejo precisa se adaptar à crescente demanda por novas práticas na chamada nova jornada dos clientes.

Hiperconveniência, hiperpersonalização, experiências imersivas, economia circular e economia do bem-estar são algumas das tendências para criar essa conexão com o consumidor.

HIPERCONVENIÊNCIA

São diversos os fatores que fazem com que a hiperconveniência do varejo esteja em alta. O principal deles é a falta de tempo. Esse conceito cresceu muito por conta da pandemia.

O consumidor não quer mais um e-commerce cheio de produtos aleatórios que não são de seu interesse. Ele quer que o lojista o conheça, saiba dos seus gostos e histórico de compras e entenda suas necessidades para oferecer produtos ou serviços que ele esteja realmente desejando.

“É como se fosse um corredor cheio de itens aleatórios e ele demorasse a encontrar o que precisa. Se você diz para seu cliente onde está o produto que ele quer, ele não desperdiça tempo. É o que chamamos de hiperconveniência”, conta Cecília.

Segundo a diretora, o Amazon Go – um supermercado inteligente que não tem caixas e funciona sem intervenção humana tanto na loja física quanto no site – é um exemplo. Essa tecnologia chegou ao Brasil, em 2022, pelo Grupo Muffato, com a loja sem funcionários Mgo, em Curitiba, no Paraná.

A tecnologia utilizada é chamada de “Just Walk Out” (Apenas saia). No Amazon Go, o cliente entra usando o aplicativo, escolhe os produtos e sai da loja. O sistema identifica quando o cliente retira um produto da prateleira, adiciona o produto ao carrinho virtual, identifica quando o cliente devolve um produto à prateleira e fatura o valor da compra e envia o recibo para o smartphone via cartão de crédito.

HIPERPERSONALIZAÇÃO

As empresas têm investido para conseguir oferecer serviços mais precisos e eficazes de forma a hiperpersonalizá-los. Isso se inicia com o uso de ferramentas digitais capazes de identificar perfis e, a partir daí, exibir conteúdos mais relevantes para cada um dos clientes. Por exemplo, mostrar ofertas de passagens aéreas apenas para os locais que interessam a um consumidor de uma agência de viagens.

Milagres, da Matarazzo, destaca a importância de entender profundamente o cliente e como isso está intimamente ligado à personalização da experiência. Em um ambiente tão competitivo, não basta oferecer produtos e serviços de qualidade. É essencial criar uma conexão emocional com o consumidor, fazendo com que ele se sinta parte da marca por meio de um produto ou serviço.

“Não importa se a sua empresa é a melhor do mundo, a mais legal. Se o empresário não der a experiência para o cliente, por meio de um profundo conhecimento do seu perfil, de nada importa.”

Este conceito, segundo Milagres, é fundamental para que os clientes estejam dispostos a compartilhar seus dados e, assim, se tornarem leais à marca.

“Temos 40 mil clientes na nossa base de dados. Conseguimos rastrear seus hábitos por meio de dados que eles nos fornecem de forma autorizada. Sei o caminho que ele fez no dia em que foi até a Cidade Matarazzo. No caminho, posso personalizar as ofertas para ele e, certamente, ele ficará feliz em não receber mensagens quando não tiver um interesse específico”, conta.

A Cidade Matarazzo tem autorização de boa parte de seus clientes para fazer rastreamento via aplicativo e realiza mapeamento da sua jornada digital com análise das redes sociais. Também faz pesquisas por meio de entrevista com o próprio cliente, cria comunidades criativas e utiliza dispositivos IoT (smartwatches, óculos inteligentes, rastreadores de saúde etc.), que conectam objetos sem fio para coletar, detectar e transferir dados.

Outro ponto importante nesta nova jornada abordado por Milagres foi a transformação do conceito de “Omnichannel” para “Unichannel”, em que o cliente se conecta com a marca por um único canal, mas de forma integrada e personalizada, seja no ambiente digital ou físico. Ele reforça que a experiência do cliente deve ser única e fluida, sem a frustração de ter que repetir informações em múltiplos pontos de contato.

Cecília, da Gouvêa, cita alguns cases para mostrar como a hiperpersonalização tem funcionado na prática. A loja de tênis nova-iorquina Foot Locker tem uma tecnologia que escaneia o pé do cliente, entende como ele pisa no chão ou se tem joanete. A partir desses dados, indica qual calçado disponível na loja é mais indicado para aquele pé.

Já a loja de brinquedos FAO Scharwz possui uma linha de diversos produtos que o cliente pode personalizar, entre opções de carrinhos, jogos, bonecas e outros itens.

No Brasil, a Criamigos, criada em 2016, permite algo parecido, onde a criança dá vida a uma pelúcia, customizando roupas, acessórios, calçados e, inclusive, cria uma mensagem de voz exclusiva do bichinho. Cada produto é único.

EXPERIÊNCIAS IMERSIVAS

Outra estratégia importante para atrair o novo consumidor são as experiências imersivas, que visam envolver o cliente em uma narrativa ou ambiente por meio da tecnologia e dos sentidos. O objetivo é que o cliente se sinta parte da experiência, e não apenas um espectador.

Esse tipo de abordagem tem conquistado cada vez mais as marcas na busca por melhorar a jornada do consumidor. Trata-se de uma combinação entre o uso avançado da tecnologia e o apelo aos nossos cinco sentidos humanos para que o cliente tenha a sensação de estar imerso em um mundo criado especialmente para ele.

Em dezembro do ano passado, a Hering convidou o chef confeiteiro francês Cédric Grolet para uma ação de Natal. Ele preparou panetones especiais e participou de uma master class na pop-up store da Hering em São Paulo.

O Walmart é outro exemplo. Eles criaram o Walmart Land dentro do jogo Roblox e seus 52 milhões de usuários, de olho em uma parcela de consumidores mais jovens e dispostos a estar presentes e gerando experiências dentro da gamificação.

No Roblox, o Walmart tem suas ilhas, nas quais o jogador consegue viver uma experiência imersiva. Essa é a capacidade de ir mais fundo, conhecer produtos e tirar esse consumidor daquele contexto padrão.

A joalheria Tiffany desenvolveu um NFT (Token não fungível) que podia ser trocado por um pingente real, avaliado em cerca de R$ 47 mil. Um NFT é a representação de um item exclusivo, que pode ser digital – como uma arte gráfica feita no computador – ou física. Isso mostra como até o mercado de luxo precisa se conectar com esse novo comportamento, com o consumidor mais jovem, e precisa reter atenção.

SUSTENTABILIDADE E ECONOMIA CIRCULAR

A questão ambiental também tem sido olhada com cuidado pelas marcas que focam em adotar práticas mais sustentáveis e melhorar a jornada do cliente.

A crescente preocupação com o meio ambiente exige que o varejo se reestruture, principalmente no setor de moda, que tem um papel significativo na poluição global.

Cecília enfatiza que as empresas precisam agir agora para minimizar os efeitos ambientais, independentemente das políticas governamentais.

Um estudo feito no fim de 2024 pela Koin, fintech especializada em “Buy Now, Pay Later” (BNPL), uma modalidade alternativa de pagamentos parcelados, mostra que 87,5% dos consumidores brasileiros preferem comprar roupas de marcas que adotam práticas sustentáveis.

O trabalho mostrou que os principais fatores que influenciam na escolha dos consumidores por uma marca de moda sustentável incluem o tecido (31,1%), a origem dos materiais (18,6%), a forma de produção (12,4%), o apoio a causas sociais e ambientais (11,2%) e práticas de reciclagem e logística reversa (4,3%).

Segundo a pesquisa, 89,1% dos entrevistados disseram doar peças que não usam mais. A prática contribui para a economia circular, promovendo a reutilização e o prolongamento da vida útil dos produtos.

“O Walmart criou recentemente uma polêmica ao ter que tirar de circulação uma bolsa que era muito parecida com uma Birkin, da Hermès. Dias depois, a rede fechou uma parceria nos EUA com a Rebag, uma plataforma de varejo sediada em Nova York desde 2014, especializada na compra, negociação e venda de bolsas de luxo usadas”, conta Cecília.

ECONOMIA DO BEM-ESTAR

A diretora da Gouvêa aponta que hoje a geração mais nova de consumidores está praticando mais esporte e bebendo menos. “O mercado precisa se adaptar a essa realidade.”

Um bom exemplo disso, segundo Cecília, é a ascensão do Strava, um aplicativo que conecta milhões de corredores, ciclistas, exploradores e outras pessoas ativas por meio dos esportes. “O Strava é o novo Tinder. Com isso, as marcas que investem em conforto e oferecem melhor o bem-estar, por exemplo, estão à frente porque enxergam para onde seus clientes estão caminhando.”

Ela também cita a Lululemon, marca canadense de peças esportivas. Os produtos são projetados para atletas. Até aí, nada de diferente de outras marcas. Mas, a diferença é que as peças atendem às necessidades físicas e emocionais dos consumidores, além de promoverem o máximo potencial de desempenho.

Percebendo a falta de roupas apropriadas para a prática de yoga no fim dos anos 1990, o idealizador da Lululemon começou a produzir peças e as entregava para professores de yoga testarem. Em troca, queria deles um feedback sincero sobre como elas poderiam gerar mais conforto. Esses insights se transformaram em uma linha de vestuário completamente alinhada aos desejos dos consumidores.

Hoje, a Lululemon é sinônimo de Esportivo Urbano, a tendência que coloca peças de treino até no escritório e é uma marca global que conversa com consumidores de todas as faixas etárias com um mix de produtos que vai da moda atual ao básico com muita tecnologia.

CLIENTE NO CENTRO

Todas essas tendências levam, segundo os especialistas, a um único objetivo: o cliente no centro do negócio para gerar um relacionamento de longo prazo.

Alexandre Sá, CEO da NK Store, enfatiza a importância de entender profundamente o comportamento do consumidor.

A chave para o sucesso está em colocar o cliente no centro da operação e isso pode ser feito com ações que melhoram essa jornada. Na NK Store, diversas ações fazem parte da estratégia, como o acompanhamento das preferências de compra; envio de presentes exclusivos; criação de eventos, como a exibição antecipada das coleções para clientes especiais; convites para jantares, eventos e desfiles internacionais; e até abrir a loja para uma única pessoa antes ou depois do horário de funcionamento, se for preciso.

Sá revela que 35% da receita da marca é gerada por 3,8% da base de clientes registrados. “Queremos fazer com que o cliente potencialize sua relação com a NK por meio dessas ações. Cerca de 55% das nossas vendas são influenciadas por ações de CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente). Não há como deixar isso em segundo plano”, revela.

Fonte:”As apostas das empresas para melhorar a jornada do cliente – ACICAMPINAS

Nove em cada dez varejistas utilizam aplicações de IA ou estão em fase de implementação

É o que aponta uma pesquisa recente da Nvidia.

Nove em cada dez empresas de varejo utilizam ativamente aplicações de Inteligência Artificial (IA) ou estão em fase de implementação da tecnologia em suas operações. É o que aponta uma pesquisa recente da Nvidia. Do total de instituições consultadas para o estudo, 42% utilizam ativamente IA, 47% avaliam ou estão em fase de implementação, e apenas 11% não usam.

O principal desafio para os varejistas na implementação da IA, segundo a pesquisa, é a falta de conhecimento sobre as ferramentas (33%). Em seguida, há um empate entre as dificuldades com a contratação de especialistas e a falta de verba (31%). Por fim, aparecem o entendimento de que a tecnologia não é adequada para os objetivos traçados ou a falta de clareza sobre o retorno do investimento (28%).

Mesmo com os desafios, as motivações para seguir com a implementação são fortes. Quatro em cada cinco respondentes afirmam que a IA pode ajudar a aumentar seu faturamento e, entre eles, um quarto relata que a tecnologia contribuiu para um incremento superior a 20% nas receitas. Além disso, 94% também afirmam que a IA ajudou a reduzir custos operacionais anuais – mais de um quarto desse grupo acredita que essa redução foi superior a 20%. Esse é um forte motivo para ampliar o orçamento de TI, e, de acordo com 97% dos executivos consultados, esse investimento deve crescer no próximo ano fiscal. Entre eles, 52% planejam aumentar o orçamento em pelo menos 10%.

O varejo digital, ou e-commerce, por sua afinidade natural com a tecnologia, é o segmento do varejo no qual a IA é mais aplicada (57%). A tecnologia também está sendo implementada no back office, ou seja, nas tarefas administrativas dessas empresas (50%), um pouco menos na cadeia de suprimentos (31%) e nas lojas físicas (31%). Segundo as empresas, os principais benefícios da IA têm sido na tomada de decisões e geração de insights (43%), no aumento da produtividade e das habilidades dos funcionários (42%) e na melhoria da eficiência operacional.

Entre os casos de uso, o que gerou maior retorno sobre o investimento (ROI) foram os conteúdos de marketing (23%). Em seguida, destacam-se a análise e segmentação de clientes (19%), as recomendações hiperpersonalizadas (18%), a previsão de demanda (17%) e as análises preditivas (17%).

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/17/02/2025/tecnologia/nove-em-cada-dez-varejistas-utilizam-aplicacoes-de-ia-ou-estao-em-fase-de-implementacao/”

Mercado de arte brasileira cresce no e-commerce, mas esbarra na adoção de tecnologias digitais

mercado de arte online tem crescido rapidamente nos últimos anos, impulsionado pela pandemia de COVID-19 e pela crescente digitalização do comércio. Em 2021, por exemplo, as vendas de obras de arte no comércio eletrônico atingiram um recorde de US$ 13,5 mil milhões, representando um aumento de 72% em relação ao ano anterior. Para este ano, o setor prevê continuidade no crescimento e estima atingir US$ 20 milhões em vendas.

A sétima edição da Pesquisa Setorial do Mercado de Arte no Brasil, realizada pela Act Arte, encomendada pela Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT) em parceria com a ApexBrasil, traz um panorama sobre esse mercado que gradualmente está ganhando espaço no país. Mesmo lançada em 2025, os resultados se referem a 2023, ano de recuperação da pandemia. A última edição da pesquisa foi publicada em 2018.

A pesquisa entrevistou 76 galerias de arte e 45 profissionais do setor, incluindo artistas, colecionadores, consultores, representantes de feiras, casas de leilão e curadores.

Cenário atual

Apesar do crescimento, o mercado de arte online ainda enfrenta o desafio da falta de familiaridade com o mercado de arte “institucional”, a dificuldade de avaliar a qualidade e a autenticidade das obras de arte no ambiente digital e a necessidade de construir relações de confiança entre compradores e vendedores.

Existe uma variedade de plataformas de comércio eletrônico que oferecem uma ampla variedade de obras de arte para venda, desde pinturas e esculturas até fotografias e arte digital. Entre as mais populares, estão:

  • Artnet
  • Artsy
  • Saatchi Art
  • Paddle8
  • Artfinder

O perfil dos compradores é heterogêneo, com diferentes níveis de experiência e conhecimento sobre arte. No entanto, o estudo observou um crescimento na quantidade de jovens consumidores desse mercado, com idade entre 25 e 40 anos. As mulheres representam cerca de 40% dos compradores.

Quando perguntados, os respondentes informaram que a paixão pela arte, o investimento e a decoração de interiores são alguns dos motivos para aquisição das obras. Entre outros fatores para a preferência do canal, estão a conveniência, a acessibilidade e a variedade de obras de arte disponíveis online.

Principais canais de compra

Apesar do crescimento das vendas no e-commerce, a experiência presencial ainda predomina no mercado de arte. Em 2023, 42% do Valor Geral de Vendas (VGV) das galerias veio de transações presenciais, um declínio em relação aos 55% registrados em 2018. Parte dessa redução foi compensada pelo aumento das vendas online diretas, que passaram de 8% em 2018 para 20% em 2023, impulsionadas pelo uso de plataformas digitais após a pandemia.

As feiras de arte continuam sendo um canal relevante, representando 25% do VGV para feiras nacionais e 9% para internacionais. Algumas galerias relataram que até 55% de suas vendas ocorreram em feiras internacionais, demonstrando sua importância para determinados negócios. Já as vendas por marketplaces de terceiros tiveram impacto reduzido, representando apenas 1% do total.

Embora as plataformas digitais tenham avançado, as galerias com maior faturamento ainda dependem menos desses canais, que são mais utilizados para transações de menor valor. Além disso, a retenção de clientes adquiridos digitalmente permanece um desafio. O estudo indica que o futuro pode trazer maior relevância para os marketplaces, conforme compradores se familiarizem com esse ambiente.

Fonte: “Mercado de arte brasileira cresce no e-commerce, mas esbarra na adoção de tecnologias digitais – E-Commerce Brasil

 

Estrela abre loja oficial na Shopee para expandir e-commerce de brinquedos

A fabricante de brinquedos Estrela anunciou sua entrada na seção de lojas oficiais da Shopee, integrando-se a um grupo de mais de 800 grandes marcas presentes na plataforma. A parceria reflete a expansão do e-commerce no setor de brinquedos, que registrou um aumento superior a 60% nas vendas na Shopee em 2024, comparado ao ano anterior.

Com a iniciativa, a Estrela busca fortalecer sua presença digital e ampliar o alcance de seus produtos. “A Estrela, sempre atenta aos movimentos do varejo, compreendeu a importância crescente da Shopee na distribuição de brinquedos”, destaca Aires Fernandes, diretor de Marketing da empresa. A expectativa da fabricante é que a nova loja oficial impulsione as vendas online, com um crescimento estimado de pelo menos 15%.

Para Felipe Lima, responsável por Desenvolvimento de Negócios da Shopee, a parceria reforça a relevância do comércio eletrônico na conexão entre marcas e consumidores. “A chegada dessa grande marca amplia o portfólio do marketplace e melhora a experiência de compra, acompanhando a alta na demanda por brinquedos no digital”, afirma.

Brinquedos nostálgicos

A Estrela tem apostado no comércio eletrônico para o relançamento de brinquedos que ficaram na memória das crianças dos anos 80 e 90. Esse público, conhecido como “kidult”, é formado por adultos com poder de compra e interesse em itens nostálgicos. Ano passado, a marca relançou a boneca da Xuxa exclusivamente no próprio e-commerce, e o produto esgotou em menos de 24 horas.

O diretor de marketing da Estrela complementa ao dizer que marca tem utilizado o e-commerce principalmente para atingir esse público mais nostálgico. “Além da nossa coleção normal. Até porque, estrategicamente, não é interessante pra gente competir com as lojas físicas, que são os nossos clientes. Estamos alinhados com o novo movimento que surge no mundo do brinquedo, que são chamados ‘kidults’, que são os brinquedos que despertam gatilhos de felicidade para gerações que tiveram contato com esses brinquedos em décadas passadas, principalmente a partir das décadas de 90, 80, 90, 2000. Esses produtos são vendidos exclusivamente no ecommerce”, esclareceu.

A fabricante pretende lançar 15 produtos desta categoria para 2025. Os brinquedos mais queridos dessa linha nostálgica são os bonecos Falcon, a boneca Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o Genius, o Pogobol, a coleção moranguinho e o autorama Ayrton Senna.

Fonte: “Estrela abre loja oficial na Shopee para expandir e-commerce de brinquedos – E-Commerce Brasil

 

No limite da inovação: e-marketplace e almoxarifado virtual em compras públicas

Se implementadas corretamente, ferramentas podem revolucionar compras pela Administração Pública.

Duas noções próprias da administração, da logística e do marketing vêm sendo recentemente utilizadas na Administração Pública brasileira para designar a automação e um novo regime (inovador) para as compras públicas: e-marketplace público e almoxarifado virtual.

marketplace pode ser entendido como um local físico ou um meio ou plataforma virtual em que transações e negócios, compras e vendas, podem acontecer.

As transações poderão ocorrer de forma direta, com o fornecimento feito diretamente pelo mantenedor da plataforma aos consumidores (seria o caso de produtos vendidos diretamente pela Amazon ou pela Americanas, a partir de seus próprios estoques); mas, principalmente, ocorrem de forma intermediada, oportunizando-se a fornecedores externos utilizar a plataforma mantida pelo intermediário para oferecer bens e serviços aos consumidores, ficando a cargo dos fornecedores externos (lojas e e-commerces, por exemplo) a maior parte das etapas do negócio e do processo logístico, como precificação, recebimento da demanda, separação, envio, distribuição, etc.[1]

Quando tais transações são realizadas em meio virtual, por meio de plataformas digitais, fala-se em e-marketplace, marketplace onlinemarketplace virtual, marketplace digital. Trata-se de uma ferramenta de inovação tecnológica amplamente utilizada pelas pessoas em geral no âmbito privado, para a realização de todo o tipo de compras (basta lembrar de e-marketplaces como a Amazon, o Mercado Livre, o Aliexpress e a Americanas), mas que apenas recentemente vem sendo aplicada no âmbito da Administração Pública.

O almoxarifado virtual, por sua vez, é um conceito oriundo da logística, que começou a ser discutido na academia a partir de 1995, e se refere a uma inovação na gestão da cadeia de suprimentos, que visa diminuir custos e otimizar operações por meio de recursos tecnológicos.

Conceitualmente, trata-se de um modelo de negócio que visa utilizar a tecnologia da informação e algoritmos de decisão em tempo real para proporcionar eficiência operacional e visibilidade global ao inventário, automatizando a cadeia de suprimentos. É possível identificar no almoxarifado virtual forte inspiração no modelo just in time toyotista de cadeia de suprimentos virtual e ressuprimento, aliada ao uso da tecnologia da informação.

No âmbito empresarial brasileiro, o almoxarifado virtual tornou-se uma solução, isto é, um produto, que vem sendo comercializado por diversas empresas no mercado privado. Tais empresas vêm oferecendo-o como terceirização (o chamado outsourcing) da cadeia de suprimentos com diversos elementos de automação e inteligência empresarial.

Em termos resumidos, portanto, o almoxarifado virtual no Brasil seria a terceirização e automatização da gestão da cadeia de suprimentos de uma determinada organização, visando diminuir ou eliminar custos com estoques, distribuição, custos de propriedade, etc.

Em termos práticos, com a utilização de ferramentas inovadoras na Administração Pública, se teria dois cenários: (a) o da simples automação de processos licitatórios e contratações diretas com o e-marketplace público; e (b) com o almoxarifado virtual, um mais complexo, no qual, em vez de sempre se licitar e contratar item por item, o gestor público ter a possibilidade de acessar um ambiente virtual, para, nessa plataforma, realizar pedidos de materiais e insumos à contratada (terceirizada), que providenciaria a entrega desses bens ao órgão ou entidade pública, de acordo com determinados parâmetros e limites regulamentares e contratuais – sempre ao menor preço possível, por meio de uma licitação única cujo objeto seria a terceirização.

Almoxarifado virtual e e-marketplace na Administração Pública brasileira

O debate sobre a possibilidade da utilização de e-marketplaces e do almoxarifado virtual pela Administração Pública foi acendido recentemente na literatura jurídica brasileira, com a aprovação da nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei 14.133/2021). Ocorre, entretanto, que no contexto brasileiro se vem muitas vezes utilizando as denominações e-marketplace público e almoxarifado virtual como sinônimos – o que revela algum grau de imprecisão conceitual.

O almoxarifado virtual, mais especificamente, vem sendo implantado na Administração Pública brasileira pelo menos desde 2013, por uma iniciativa pioneira do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A iniciativa se materializou no Contrato 59/2013, que teve como objeto a contratação da “prestação de serviços continuados de outsourcing – para operação de almoxarifado virtual in company –, para suprimento e ressuprimento de insumos em plataformas virtuais, com execução mediante o regime de empreitada híbrida (por preço global e preço unitário), para atender às necessidades do ICMBio

Depois dessa experiência, diversos órgãos e entidades da Administração brasileira, como a Advocacia-Geral da União, o Banco do Brasil e a Infraero adotaram o almoxarifado virtual para determinadas categorias de insumos e produtos, como é o caso de materiais de expediente, informática, copa e cozinha e outros tipos de materiais de consumo. Mais recentemente, os estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro criaram seus almoxarifados virtuais.

O movimento mais conhecido do país nesse quesito ocorreu por parte do Ministério da Economia, que criou em 2020 o chamado Almoxarifado Virtual Nacional (AVN) para materiais de consumo administrativo, realizando uma licitação na modalidade pregão, em dois lotes divididos por regiões geográficas, geradora de uma ata de registro de preços à qual poderiam aderir (pegar “carona”), a princípio, os órgãos da Administração Pública direta federal. O AVN atualmente é um importante complemento ao sistema federal de compras públicas, em que são realizadas diversas atas de registro de preços e licitações em diversas modalidades, mas sobretudo por pregão.

O modelo de contratação do Almoxarifado Virtual Nacional (AVN) é muito promissor em termos de contratação, remuneração e de controle, podendo ser replicado em diversos entes, órgãos e entidades. Nesse modelo, se tem a contratação centralizada no ente federativo, com a possibilidade de adesão de órgãos e entidades, que realizariam seus próprios contratos com as empresas classificadas no pregão realizado pelo ente federativo.

Abrange-se apenas compras de alguns tipos de materiais (apenas materiais de escritório, expediente e consumo, por exemplo) e se tem uma remuneração do contratado por taxa de administração fixa (com um valor entre 8 a 11% do valor da aquisição, no caso do AVN), fretes inclusos, e redutores de remuneração nos casos de aquisições via marketplace (isto é, fora de tabela).

Nos objetos dos contratos de almoxarifado virtual já celebrados no Brasil, é comum que se preveja a prestação de serviços de terceirização do gerenciamento logístico, com diversos serviços agregados – entre eles, mas não somente, o e-marketplace. Entretanto, apesar de o marketplace ou serviços semelhantes por vezes estarem previstos nos objetos dos contratos, quando se está a tratar de contratos de almoxarifados virtuais públicos, o que se vê na prática é uma utilização muito limitada da ferramenta.

De fato, no cumprimento dos contratos celebrados pela Administração, não se está a utilizar e-marketplaces propriamente ditos, uma vez que em vários dos contratos de almoxarifados virtuais públicos analisados, as compras muitas vezes são realizadas diretamente da contratada; isto é, dos estoques da própria empresa terceirizada, que é a responsável por manter o almoxarifado virtual e por toda a cadeia de suprimentos.

Portanto, utilizando-se a classificação de Hagiu e Wright, nos almoxarifados virtuais mantidos perante a Administração Pública brasileira, atualmente, a empresa contratada parece estar mais a funcionar como um reseller (revendedor) do que como um marketplace.

Tudo isso faz com que a prática dos contratos se afaste da lógica dos e-marketplaces propriamente ditos, nos quais a escolha da melhor proposta dentre os fornecedores cadastrados perante a plataforma ficaria a cargo do órgão ou entidade contratante e que a alocação de direitos de controle sobre decisões quanto ao fornecimento, ficaria mais pendente para os fornecedores finais e não para a intermediária mantenedora da plataforma.

O que se verifica é que, na execução dos contratos de almoxarifado virtual que já analisamos, o que mais se assemelha a um e-marketplace no cumprimento das avenças é a plataforma ou sistema web que os usuários internos das entidades da Administração utilizam para realizar pedidos pelo almoxarifado virtual.

Diante desse cenário, além de não se confundir mais e-marketplace com almoxarifado virtual, algumas precauções merecem ser tomadas para a utilização dessas novas ferramentas, sem que se esbarre em entraves legais e até mesmo constitucionais.

Fonte: “https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/regulacao-e-novas-tecnologias/no-limite-da-inovacao-e-marketplace-e-almoxarifado-virtual-em-compras-publicas”