Shopee registra mais de 280% de crescimento em vendas no Dia das Mães

Marketplace promoveu liquidação especial para a data.

A plataforma de comércio eletrônico Shopee registrou um aumento de mais de 280% de vendas em 5 de maio na comparação com a média de um dia comum do mês. O dia 5 foi a principal data da campanha “5.5 Liquidação Dia das Mães”. Entre os maiores vendedores, o crescimento chegou a quase cinco vezes. Já os menores venderam mais de dez vezes no período.

A campanha ocorreu entre os dias 26 de abril e 9 de maio. Foram mais de R$ 1,5 milhão em vouchers de descontos (no dia 5 de maio), além de cupons de frete grátis, cashback e promoções-relâmpago. Os produtos mais vendidos foram roupa íntima, artigos para cozinha e produtos para skincare. O produto mais caro foi um iPhone 12 Pro Max de R$ 9.850. Os produtos mais pesquisados foram ring light, fone de ouvido e maquiagem.

As cidades que mais registraram compras na plataforma da Shopee foram São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA). Já as cidades pequenas com mais crescimento foram Marabá (PA), Guariba (SP) e Rio Branco (PA), com um aumento de mais de 1.000% no número de pedidos.

O head de Marketing da Shopee no Brasil, Felipe Piringer, destaca que a data é uma boa oportunidade para movimentar e desenvolver o e-commerce no País. “Temos uma base importante de vendedores locais que está crescendo e incentivamos o empreendedorismo em todas as regiões do País. Para o consumidor brasileiro, a Shopee oferece a possibilidade de conhecer novas lojas e acesso a um processo rápido, divertido e seguro”, afirma.

Moedas e entretenimento

A Garantia Shopee retém os pagamentos aos vendedores até que os usuários confirmem que os produtos foram recebidos em boas condições. Além disso, é possível filtrar produtos com as melhores avaliações. A plataforma conta, ainda, com ações de entretenimento que rendem prêmios e recompensas em forma de moedas virtuais que podem, depois ser trocadas por descontos.

Durante a ação do Dia das Mães, mais de 57 milhões de moedas Shopee foram usadas, correspondentes a mais de R$ 570 mil de economia. A moeda Shopee é o “dinheiro” virtual do markeplace que pode ser usado para descontos a qualquer pedido. Elas podem ser adquiridas sempre que uma compra bem-sucedida for feita. Outra forma de ganhar moedas é por meio de jogos do aplicativo que rendem prêmios e recompensas.

Fundada em 2015 em Singapura como parte da Sea Limited, a Shopee está no Brasil desde 2019. O propósito é conectar consumidores, marcas e vendedores e capacitá-los a comprar e vender de qualquer lugar e a qualquer momento. A Sea Limited também é proprietária de outros negócios, como Garena, o braço de entretenimento digital, e SeaMoney, de serviços financeiros digitais.

Alibaba tem 1º prejuízo operacional após multa antimonopólio

O Alibaba, principal plataforma de comércio eletrônico da China, reportou na última quinta-feira (13) seu primeiro prejuízo operacional trimestral desde a abertura do capital em 2014, afetado por uma multa antimonopólio recorde.

As ações da companhia listadas nos EUA recuavam mais de 2%, mesmo com a previsão de fortes receitas em 2022, com a empresa apostando que a mudança impulsionada pela pandemia para as compras on-line permanecerá resiliente.

O Alibaba estimou uma receita anual de 930 bilhões de iuanes (US$ 144,12 bilhões) para o ano fiscal encerrado em março de 2022, um pouco acima da estimativa média dos analistas de 928,25 bilhões de iuanes.

A projeção foi ofuscada por escrutínio regulatório, que resultou na suspensão do IPO de US$ 37 bilhões de sua afiliada financeira Ant, e em uma multa de US$ 2,8 bilhões por práticas comerciais anticompetitivas.

A multa levou a um prejuízo operacional de 7,66 bilhões de iuanes (US$ 1,19 bilhão) no quarto trimestre encerrado em 31 de março.

A receita como um todo subiu para 187,4 bilhões de iuanes no período, acima dos 180,41 bilhões previstos por 30 analistas compilados pela Refinitiv.

Lucro líquido da Magazine Luiza salta 740% no primeiro trimestre e chega a R$ 259 milhões puxado pelo app

Crescimento do e-commerce foi de 114% de um ano para o outro; em entrevista, Frederico Trajano destacou o marketplace: uma plataforma em oceano azul.

O bom desempenho das vendas on-line continuou impulsionando o balanço da varejista Magazine Luiza (MGLU3) no começo de 2021. Entre janeiro e março, a companhia viu seu lucro líquido crescer 739,7% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 258,6 milhões — quase nove vezes mais que o resultado de R$ 30,8 milhões atingido no primeiro trimestre de 2020.

No critério “ajustado”, sem considerar as despesas e receitas não recorrentes, o lucro líquido trimestral da companhia somou R$ 81,5 milhões, frente aos R$ 8 milhões negativos visto um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 109,1% de um ano para o outro, totalizando R$ 695,6 milhões nos três primeiros meses de 2021. O Ebitda ajustado subiu 56%, para R$ 427,2 milhões.

A receita líquida da varejista também cresceu dois dígitos, um salto de 57,7% sobre o primeiro trimestre de 2020, para R$ 8,253 bilhões. Com isso, a margem Ebitda (relação percentual entre o Ebitda e a receita líquida) ficou em 8,4%, alta de dois pontos percentuais na comparação anual. A margem Ebitda ajustada se manteve em 5,2%.

“O forte ganho de market share foi impulsionado pela excelente performance do app, com 31 milhões de usuários ativos mensais. Também contribuíram a entrega mais rápida do varejo, a evolução do marketplace e o crescimento das novas categorias”, destacou em empresa no resultado.

Lojas físicas

Em entrevista ao InfoMoney, Frederico Trajano, CEO da Magalu, enfatizou que, apesar da pandemia, a Magalu conseguiu ter crescimento de 4% nas vendas na comparação anual. “Tínhamos mais lojas físicas fechadas nos três primeiros meses deste ano do que no mesmo período de 2020. No ano passado, só começamos a fechar as lojas no final de março”, disse.

O desempenho reflete a iniciativa da empresa de fornecer aos vendedores recursos para que eles pudessem continuar vendendo através de redes sociais, por exemplo. “Alguns vendedores mantiveram até 70% das vendas mesmo de casa”, afirmou. Embora sejam feitas de forma remota pelos vendedores, essas vendas são computadas como sendo em lojas físicas.

No total, considerando tanto e-commerce quanto o varejo físico, as vendas da Magalu cresceram 63% de um ano para o outro. “Muito está ligado à nossa multicanalidade. Ela permite uma alavancagem grande e proporciona diluição de despesas, gerando caixa. Nos últimos 12 meses, geramos R$ 2,7 bilhões de caixa operacional. A empresa de fato tem uma sustentabilidade de resultados”, completou Trajano.

O executivo destacou que a companhia vai continuar crescendo em abertura de lojas, mesmo que a tendência atual mostre claramente uma aceleração do digital. “Queremos e estamos aumentando o protagonismo das nossas lojas, cujas funções vão além de vender. Hoje, as nossas lojas funcionam como hubs de distribuição de produtos comprados no internet, pequenos Centros de Distribuição [CDs], além de captar sellers na região para vender pela gente, em nosso marketplace. Ela é parte do nosso ecossistema”, disse o CEO.

A companhia terminou o primeiro trimestre de 2021 com 1.310 lojas em todo o país, contra 1.156 unidades no final de março de 2020. As unidades dedicadas à logística, como CDs e hubs last mile, passaram de 26 para 103. A Magalu possui 45 lojas que fazem a entrega em até 1 hora e disse que vai aumentar essa quantidade neste ano.

Logística ao marketplace

Segundo Trajano, o plano é continuar investindo boa parte do Capex em logística e aumento de eficiência e o objetivo é transportar ao marketplace, onde são vendidos produtos de terceiros, a eficiência logística que a companhia já possui na venda de produtos próprios. Os sellers, comércios que vendem seus produtos via marketplace da Magalu, aumentaram de 26 mil para 56 mil em um ano. “Há 5,6 milhões de sellers no Brasil. Lançamos uma plataforma que é um oceano azul”, disse o CEO da Magalu.

Entre as áreas que a companhia vai continuar apostando neste ano estão moda e beleza, que inclui a Netshoes, que já deu resultado positivo, e a categoria nova no superapp: mercado. Segundo a companhia, 40% dos itens totais vendidos no primeiro trimestre foram da categoria mercado.

“Nós também crescemos em produtos alimentícios preparados. Compramos o Aiqfome [app concorrente do iFood], que vai integrar no superapp Magalu no terceiro trimestre deste ano”, disse Trajano. Ele afirmou que a companhia continua atenta a novas oportunidades de aquisições. A Magalu recentemente adquiriu algumas empresas para agregar serviços em diferentes canais, inclusive de conteúdo digital.

O executivo também destacou a performance forte do braço financeiro da Magalu, com 3 milhões de clientes no Magalu Pay, carteira digital integrada no superapp da companhia. “Lançamos o cartão digital com 100 mil usuários em 3 semanas. Fora os mais de 5 milhões que já tínhamos nos cartões tradicionais”, disse.

 

 

Estratégia de gamification: mais proximidade do cliente com a marca

A estratégia de gamification não é nova no marketing, mas com o avanço das tecnologias passou a ficar mais conhecida e popularizada no comércio on-line. Esse é um termo que tem origem em games, onde são utilizados sistemas de ranqueamento e pontuação para, posteriormente, serem realizadas trocas, descontos ou premiações.

De maneira geral, a estratégia de gamification no e-commerce é utilizada para premiar de alguma forma o cliente por ele realizar uma determinada ação.

A estratégia tem ganhado forças à medida que empreendedores querem aumentar a fidelização e retenção de clientes, a fim de gerar relacionamento, proximidade e garantir a recompra, já que ela gera um gatilho de prazer e satisfação por meio da recompensa. Isso acontece porque o estímulo lúdico torna aquela atividade mais interessante para as pessoas.

Além disso, com a quantidade de informações que recebemos hoje em dia, conteúdos diferentes têm a capacidade de chamar mais atenção.

Existem alguns pontos que o lojista precisa ficar atento ao implementar uma estratégia de gamification, como ser criativo e ter um bom storytelling e/ou justificativa. Outro ponto importante é o estímulo à competição que pode ser feito por meio de um ranking ou também por meio de prazos, fazendo com que o consumidor complete cada etapa do jogo.

Ainda no e-commerce, podemos citar um exemplo de gamificação muito comum quando o varejista devolve ao cliente um benefício pela frequência ou montante em suas compras e o escalonamento de valores, com faixas de frete ou porcentagens de desconto mediante utilização de uma pontuação gerada com a fidelidade.

Quando o lojista realiza uma campanha de gamification para os clientes, ele estabelece uma regra, então pode-se prever qual a receita terá com aquela ação, assim como custos, lucros e o retorno em si.

Estratégia de gamification na hora do pagamento

Essas ações também aparecem nos meios de pagamento, isso porque muitas vezes o varejista prefere oferecer descontos com a utilização do pagamento via boleto ou cumulativos e progressivos, por exemplo.

Outra opção é criar links de pagamento que podem ser gerados para um cliente especificamente ou ser aberto. Então, para conceder o desconto, o lojista pode tanto realizar a cobrança inserindo os dados específicos do consumidor, quanto selecionar uma faixa que está com aquela pontuação. Na segunda opção, é possível usar o e-mail marketing ou enviar esse link para uma massa maior.

Para que isso ocorra de maneira segura e ágil, após o esforço da recompra, o lojista precisa de um meio de pagamento que ofereça sistema antifraude e não deixe ele à mercê de tentativas de fraude ou chargebacks – conhecidos como estornos. Além disso, uma vez que o cliente realiza a compra por um meio de pagamento, quando ele for realizar a compra novamente o processo de checkout será mais ágil, pois, as plataformas de pagamento tem alguns dados dos clientes já registrados.

 

Design a serviço da experiência do cliente

A relação entre as disciplinas e por que o Design é a melhor ferramenta para quem quer proporcionar melhores experiências aos seus clientes.

Vivemos em um mundo de serviços. A melhor maneira de organizações se diferenciarem é proporcionando boas experiências aos seus clientes. Designers pensam em como estas experiências
poderiam ser melhores para clientes e as organizações. São catalisadores de mudança. Quem faz a
mudança acontecer são os profissionais de CX, responsáveis por gerir todos os aspectos associados a experiência do cliente em uma empresa.

Parece a mesma coisa, mas não é. Neste artigo, tento aprofundar um pouco as semelhanças, diferenças e complementaridades entre as áreas.

CX e a sua intenção de cuidar da experiência dos clientes

Como o nome indica, CX, Customer Experience ou Experiência do Cliente (como você preferir) é uma área ou disciplina que se preocupa em ajudar organizações a proporcionar boas experiências aos seus clientes. A função de quem trabalha com isso em uma organização é garantir que a relação que se estabelece entre uma marca e seus clientes seja equilibrada e relevante para as duas partes. Para isso, deve assegurar que canais e pontos de contato, que fazem parte da jornada dos clientes, estejam funcionando e que os departamentos internos entendam como participam e geram valor na jornada.

Dentro desse escopo, profissionais responsáveis pela experiência do cliente precisam determinar, a
partir da visão e posicionamento da empresa, como ela deve estar estruturada para que a experiência de diferentes clientes aconteça. Além disso, precisam gerir essa operação conciliando o objetivo de aumentar a satisfação dos clientes aos de eficiência operacional e resultados para o negócio. Uma parte importante dessa gestão está em definir e acompanhar métricas que comprovem que estes objetivos mencionados sejam atingidos. Em resumo, áreas e profissionais que trabalham com CX (experiência do cliente) buscam garantir que clientes tenham uma boa experiência.

Design e a sua maneira de imaginar como as coisas deveriam ser

Ainda hoje, muitas pessoas entendem design como um atributo estético. Diz-se que algo “tem design” quando é bonito e parece ter valor agregado em aspectos não associados à sua função primordial. No entanto, a parte do termo que tem ganhado cada vez mais evidência no mundo dos negócios está associada à sua abordagem para resolver problemas.

Quando falamos em “Design Thinking”, estamos nos referindo a um jeito de encontrar respostas por meio da empatia, colaboração e experimentação.

Empatia tem a ver com a busca incessante de designers em compreender profundamente as pessoas que serão beneficiadas pela solução. Em vez de ter ideias baseadas em gosto pessoal, designers utilizam ferramentas para mergulhar na realidade das pessoas, mapeando aspectos como seus desejos e necessidades e atuais barreiras em suas jornadas.

A colaboração tem a ver com trazer pessoas de diversas áreas de uma empresa ou até mesmo
clientes para o processo criativo. Além de trazer mais pontos de vista e ser capazes de gerar mais
ideias dessa forma (aumentando a probabilidade de encontrar uma boa solução), quando envolvemos as pessoas no processo elas se sentem mais engajadas para implementar a solução.

Finalmente, a experimentação trata de visualizar soluções de maneira rápida e barata, por meio de
protótipos que simulem uma realidade imaginada. Ao mostrar para as pessoas o que estamos
pensando em fazer, aprendemos muito sobre o que elas valorizam e quais as suas principais dúvidas. Isso nos ajuda a realizar ajustes bem cedo no processo, economizando tempo e dinheiro em erros que poderiam custar muito mais no futuro.

O Design a serviço da experiência do cliente

Quando utilizamos a abordagem mencionada acima para ajudar as organizações a pensarem em
como proporcionar boas experiência aos seus clientes, acionamos o Design de Serviço. Serviço é
qualquer coisa que ajude alguém a fazer algo. É a estrutura que permite que um cliente tenha uma
experiência ao se relacionar com uma organização. Graças ao serviço que a experiência acontece. Não se projetam experiências, que são únicas de cada pessoa, mas apenas estas estruturas, os serviços.

Clientes se relacionam com uma organização em uma jornada que inicia na descoberta, passa pela
avaliação, tem o aprendizado do primeiro uso, se estabelece no uso contínuo e pode chegar a um
eventual abandono ou retorno. O Design de Serviço pensa, da estratégia à operação, em como os
diferentes canais e pontos de contato de uma empresa devem estar organizados para garantir que
essa jornada seja a melhor possível para clientes e para a organização que oferece o serviço.

O objetivo do Design de Serviço é projetar serviços que sejam úteis, fáceis de usar e desejados pelos seus clientes enquanto são tecnicamente viáveis e trazem resultados positivos (lucro) para a organização que os oferece.

CX e Design de Serviço, o mesmo objetivo com escopos e abordagens diferentes

Design é sobre o projeto de um serviço futuro. CX é sobre a garantia de que organizações são capazes de implementar essa visão e entregá-la no dia-a-dia de sua operação, alinhando diferentes áreas e provando a todo instante o valor de proporcionar boas experiências aos clientes.

Quando profissionais de CX desejam repensar a maneira como o serviço de sua organização existe, da estratégia de posicionamento da marca ao comportamento de seus canais e pontos de contato,
profissionais de Design de Serviço passam a ser seus aliados. Estes últimos trazem métodos que
tornam este processo mais fácil e com maior potencial de retorno sobre o investimento.

Quando Designers de Serviço estão pensando no futuro de uma organização com base na experiência que elas deveriam proporcionar aos seus clientes, profissionais de CX passam a ser seus aliados. Estes últimos são a conexão deles com o dia-a-dia da organização, conectam ideias a números e podem mobilizar organizações para que implementem suas recomendações.

Não dá pra viver sem Design ou CX

Uma organização que queira ter sucesso em nossos tempos precisa proporcionar uma boa experiência aos seus clientes, investindo em CX. O Design é a melhor ferramenta para quem quer pensar na melhor experiência possível pois ele coloca os clientes no centro de seu processo (empatia), envolve diferentes áreas na construção desse cenário futuro (colaboração) e minimiza riscos ao visualizar cedo o que se está pensando em fazer para aprender o que funciona e o que deve ser alterado (experimentação).

Design ajuda a pensar o que deve ser feito. CX garante que isso realmente aconteça. Esse é o
casamento perfeito para uma organização que deseje se diferenciar e vencer no mercado atual.

* Luis Alt é sócio-fundador da Livework São Paulo, criador do primeiro curso de Design Thinking da América Latina na ESPM e autor do livro “Design Thinking Brasil”


Com avanço das vendas digitais, lucro da Via cresce 1.284%

Impactadas pelas restrições da segunda onda da covid-19, o GVM das lojas físicas caiu 9,6%.

Com o avanço de 23,4 ponto percentuais das vendas digitais, a Via, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, registrou lucro líquido de R$ 180 milhões no primeiro trimestre de 2021, apontando um desempenho 13 vezes maior (1.284%) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a Via, as vendas digitais atingiram 55,9% do volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) no período, alcançando R$ 10,33 bilhões. Impactadas pelas restrições da segunda onda da covid-19, o GVM das lojas físicas caiu 9,6% no comparativo trimestral, para R$ 5,33 bilhões.

“Nossa boa performance on-line mais que compensou o desempenho das lojas físicas, cuja receita bruta retraiu cerca de 9% no trimestre por conta da segunda onda do covid-19. Mesmo assim, continuamos a manter um forte ritmo de crescimento total nas vendas e ganhos de share no segundo trimestre de 2021”, informou em comunicado.

O avanço do e-commerce  foi de 23% no comparativo anual, e o marketplace alcançou R$ 1 bilhão em volume bruto de mercadoria.

A carteira de crediário da companhia alcançou R$ 4,6 bilhões entre janeiro e março, alta de 30% no comparativo anual. A companhia finalizou o trimestre com caixa total de R$ 7,2 bilhões.

Logística como diferencial competitivo

Como cerca de 50% das vendas on-line passam pelas lojas físicas, modalidade retira-em-loja ou usando a loja como hub de última milha, a companhia informou que pretende reforçar a estrutura de distribuição com um novo centro de distribuição no segundo semestre de 2021, em Extrema, Minas Gerais.

“Mais de 50% dos sellers ativos já estão utilizando o serviço da Envvias, nossa plataforma de serviços logísticos para o marketplace”, informou.

Segundo o comunicado, todas as lojas passarão a funcionar como hub também para a operação de marketplace, tanto na entrega como na coleta e na logística reversa de produtos.

 

Dados mostram o crescimento do e-commerce durante a pandemia de covid-19 e as tendências para 2021

O e-commerce se desenvolveu acima do esperado durante o ano de 2020 e tem previsões positivas para 2021; veja as previsões para cada segmento do mercado.

A criação de sites nunca foi um serviço tão buscado como tem sido desde o início da pandemia de Covid-19.

A tendência de migração de vendas do comércio físico para o mercado on-line foi definitivamente transformada e agora não pode mais ser assim chamada. Não é mais uma tendência, é uma realidade.
Lojas físicas precisaram se adaptar ao novo normal e desenvolveram novas formas de vender seus produtos, tanto por atendimento via WhatsApp e divulgação por mídias sociais quanto através de novos e-commerces e participação em marketplaces.
Marcas que já possuíam presença no mundo digital também transformaram sua estrutura e funcionamento.

Consolidação e crescimento do e-commerce

Brenda de Almeida, gerente de vendas do e-commerce Boutique Baby, especializado em enxoval para gestantes e bebês, conta que até a linha de produtos oferecida foi modificada para atender aos consumidores: “Devido a oscilação grande de preço dos produtos importados no mercado e inclusive a demora para entrega destes itens (devido ter sido dada prioridade para o recebimento de produtos desaúde), introduzimos marcas mais acessíveis, como a linha de puericultura da Fisher-Price, que além do preço mais competitivo mantém a qualidade dos produtos importados.”
Além disso, Brenda conta que recebeu o agradecimento de diversos clientes que estavam receosos em fazer compras presencialmente e que os procedimentos para envio das peças passou a ser ainda mais criterioso e cuidadoso do que antes. “Para proteger esse público tão especial, foi necessário iniciar a medição de temperatura diária, fornecer máscara e álcool gel para todos os colaboradores, aumentar os cuidados com a higiene do espaço físico e preparação logística.”
Em 2020, estudo realizado pelo Mobile Time e Opinion Box, as categorias que mais se destacaram no e-commerce foram:

  • refeições – 49%;
  • roupas – 43%;
  • alimentos – 42%;
  • eletrônicos – 33%; e
  • remédios – 30%.
O resultado do aumento de opções on-line, da divulgação e do esforço dos novos lojistas e de todos os investimentos e melhorias aplicados por quem já estava no mercado, resultou em um número animador sobre o consumo pós-pandemia.
Segundo dados da Neotrust, o e-commerce brasileiro registrou mais de 300 milhões de pedidos e faturou mais de R$ 126 bilhões em 2020, sendo que 47% dos consumidores estavam realizando sua primeira compra on-line.

Tendências do E-commerce para 2021

A Ebit|Nielse divulgou uma pesquisa que aponta que 95% dos brasileiros pretendem continuar comprando on-line quando o surto de Covid-19 acabar.

Para 2021, as tendências são um pouco diferentes do que ocorreu em 2020 e os setores devem se destacar com a seguinte participação de crescimento:
  • pet shop – +48%
  • casa e construção – 47%
  • eletroportáteis – 43%
  • alimentos e bebidas – 40%
  • brinquedos – 39%
Os dados são da Neotrust.

Com isso podemos concluir que…

Ainda que possa parecer um clichê, é uma realidade que existe um “novo normal”.
Após mais um ano de pandemia, há a consolidação de novos hábitos, como as compras on-line, o envio de presentes via Correios ou transportadoras, o uso de cartões digitais, o entendimento da facilidade de compra sem a necessidade de desperdício de tempo em trânsito e filas, e diversos benefícios que foram compreendidos pelos consumidores, não deixarão de fazer parte de suas rotinas e escolhas quando a pandemia finalmente acabar.

Americanas passa a aceitar pagamento com Pix em 100% das lojas físicas

Operação estava em teste em São Paulo e no Rio desde o ano passado.

Todas as 1.707 lojas físicas da Americanas espalhadas pelo Brasil agora aceitam o Pix como meio de pagamento. Em dezembro de 2020, a plataforma digital da Americanas já havia sido o primeiro grande e-commerce a aceitar o serviço desenvolvido pelo Banco Central. As operações vinham sendo testadas em unidades da Americanas no Rio de Janeiro e em São Paulo nos últimos meses.

“Os consumidores escolhem o Pix na medida em que se informam sobre as vantagens do meio de pagamento. Este início da aceitação do Pix nas lojas físicas será acompanhado por uma comunicação visual nos caixas para orientar o cliente sobre a nova opção de pagamento. Nossos operadores de caixa também receberam treinamento para melhor atender os clientes que desejarem utilizar esta modalidade. O Pix trará mais comodidade pra os clientes, que não precisarão portar cartão ou dinheiro em espécie para pagamento, reduzindo o tempo da jornada de compra e aumentando a praticidade”, afirma o CFO da Americanas, Carlos Padilha.

O pagamento via Pix na Americanas é gratuito para pessoas físicas ou jurídicas – isento de cobranças operacionais – e pode ser efetuado por meio da instituição financeira ou carteira digital de preferência do cliente. Mesmo clientes que não tenham chave cadastrada podem usar essa forma de pagamento, bastando apontar o celular para o código gerado no momento da compra.

Mudanças nas lojas

A implementação do Pix nas lojas demandou mudanças no software do sistema de caixa, de modo a incluir funções específicas, como a exibição do QR Code no monitor.

A tecnologia por trás desta solução na Americanas foi desenvolvida pela Ame Digital – fintech e plataforma mobile de negócios do Universo Americanas – que viabiliza o fluxo de todas as transações realizadas com Pix nas lojas físicas, integrando o cliente, o ponto de venda, bancos e carteiras digitais, e o sistema do BC.

O Pix foi criado para reduzir custos e trazer mais conveniência aos consumidores, entre outros benefícios. Os pagamentos são realizados em até dez segundos, de forma gratuita para pessoas físicas. O pagamento instantâneo é uma opção ao uso de dinheiro em espécie, cartões e boletos.

Brasileiro quer Pix no varejo

Uma pesquisa realizada pelo C6 Bank e pelo Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) aponta que 67% dos brasileiros querem usar o Pix para pagar compras no varejo. A disposição para adotar essa modalidade de pagamento em estabelecimentos comerciais é superior na faixa mais jovem entrevistada, que tem entre 16 e 24 anos. Nesse grupo, o número de pessoas que quer usar o sistema é quase seis vezes maior que o que não quer adotar.

A resistência à novidade aumenta conforme a idade. Na população com mais de 55 anos, por exemplo, essa relação é de dois para um – ou seja, para cada duas pessoas, uma não quer pagar contas com Pix no varejo.

A pesquisa do C6 Bank também revela que o índice de aceitação é maior nas regiões Norte/Centro-Oeste e nas cidades com até 500 mil habitantes. As entrevistas foram feitas entre os dias 22 e 28 de abril deste ano com 2 mil brasileiros com acesso à internet no País todo. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Varejo on-line corre atrás de carrinho virtual abandonado

Softwares que acompanham o movimento do consumidor, envio de e-mails personalizados com ofertas e telefonemas são estratégias para melhorar as vendas digitais.

O número de consumidores que entram na internet para comprar um produto e desistem no meio do caminho caiu com a pandemia, mas ainda é alto — num grupo de dez, quase sete abandonam seus carrinhos de compra.

A preocupação com as desistências ganha importância pois, com o fechamento das lojas físicas por meses a fio devido à pandemia, o canal on-line é fundamental para continuar faturando. Segundo dados da consultoria eBit|Nielsen, considerando a média anual, o e-commerce colaborou com 9% das vendas totais do varejo, em 2020 — essa fatia era de 5% em 2019.

AliExpress e Amazon acirram disputa por entrega rápida de compras internacionais

Empresas anunciam prazos menores e vantagens para compras feitas fora do País.

Com as restrições de funcionamento a lojas físicas por medidas de isolamento social, muitos consumidores migraram para os canais digitais de vendas. A entrega de encomendas com prazos cada mais curtos tem sido uma das grandes apostas entre as maiores empresas de e-commerce no país. Um dia depois da gigante AliExpress, do  Grupo Alibaba, anunciar entregas de compras internacionais em até 12 dias na cidade de São Paulo, a Amazon informou que as entregas de mercadorias dos Estados Unidos serão feitas em até duas semanas.

Segundo reportagem publicada na Folha de S.Paulo, a Amazon anunciou também uma modalidade de frete gratuito para compras internacionais a assinantes do serviço Prime, que cobra R$ 9,90 para acesso a catálogo de filmes, música e frete gratuito. Na nova divisão de compras internacionais, o valor final dos itens já incluirá as tributações de importação.

A divisão de compras internacionais terá produtos das categorias de casa e cozinha, música, eletrônicos, beleza, informática e moda. Segundo Tiago Abel, líder de operações de varejo no País, a empresa criou uma tecnologia que conecta os centros de distribuição brasileiros com a operação americana, o que permitiu reduzir os prazos de entrega em 40%. Alguns produtos já estarão disponíveis para pronta-entrega no país, com prazo de dois dias ou entrega no mesmo dia com uma taxa extra para consumidores do centro expandido de São Paulo.

Entrega em 12 dias

Na AliExpress, a entrega em até 12 dias é feita pelo método “AliExpress Standard Shipping”, uma das modalidades de frete oferecidas pelo marketplace, que pode ou não ser gratuita, de acordo com o produto escolhido.

Para cumprir o prazo de até 12 dias, a empresa opera quatro voos fretados para o Brasil e integra prestadores de serviços logísticos.  Após a compra, o usuário poderá rastrear on-line o deslocamento de sua encomenda desde o envio pelo vendedor, no exterior, até a chegada na porta de sua casa.