Em nova estratégia, AliExpress oferece descontos de até 99% e entrega em 15 dias

Aprimoramento na oferta de produtos e mudanças na logística possibilitarão o crescimento exponencial da empresa em 2021.

marketplace AliExpress já é conhecido como um dos principais nomes do e-commerce da China e oponente direto da gigante Amazon em escala global. Buscando o crescimento contínuo desde sua fundação em 2010, a empresa voltada para o varejo decidiu investir cada vez mais em inovação, maiores descontos e prazo de entrega reduzidos.

No início de maio, por exemplo, uma nova ferramenta chamada “Pechincha” ficará disponível no site e aplicativo. Ao adentrar no menu principal, os usuários poderão encontrar uma lista de produtos que terão acesso a um link de compartilhamento. Ao divulgar o anúncio entre amigos e parentes, é gerado um desconto para o consumidor.

Sendo assim, quanto mais pessoas clicarem no link, mesmo sem efetivamente ter de comprar o produto, maior será o desconto para quem conseguiu mais acessos pela divulgação. A redução pode chegar a 99% do valor original cobrado.

Em relação aos vendedores, no entanto, não haverá desconto no valor anunciado. Isso porque a diferença entre o valor anunciado e o vendido para os consumidores será abonado pelo próprio AliExpress que, inclusive, já conta com uma verba separada para isso.

“Na China, essa ferramenta trouxe conversão dez vezes melhor do que a das vendas via e-commerce tradicional. O social commerce já ocupa 20% do varejo digital chinês, com crescimento de 58% de um ano para o outro. Quase cinco vezes mais do que o e-commerce tradicional. Nós acreditamos que o crescimento no Brasil também deve seguir um ritmo bastante favorável e investimos nisso”, declara Yan Di, diretor geral de operações do AliExpress para o Brasil, em entrevista à revista voltada para os negócios, EXAME.

Logística para diminuir prazo de entrega

No fim do ano de 2020, o AliExpress deu início ao processo de melhoria no setor de logística, no intuito de trazer mais agilidade na entrega de produtos. Até então, compras realizadas pelo e-commerce da empresa demoravam de 60 a 90 dias para chegar às mãos do consumidor brasileiro. Agora, o prazo está na média de duas semanas (15 dias).

Ao ser questionado sobre os desafios acerca do varejo digital no Brasil, Yan Di diz que a parte de atendimento ao cliente e logística exercem um papel essencial, porém, indo além disso, existe a necessidade de desenvolvimento do ecossistema de vendas pela internet como um todo.

“Todo mundo que compete pelo varejo digital no Brasil está competindo por uma porção muito pequena do mercado. Todas as empresas que atuam dentro disso têm que trabalhar para desenvolver o setor como um todo e, assim, garantirem uma ‘fatia’ maior dentro do que o setor pode representar. Estou no país há vinte anos, vejo muito potencial a ser explorado por aqui”, declara o diretor da empresa.

Desde sua fundação há 11 anos atrás, o AliExpress já possui cerca de 6.800 lojas cadastradas que aguardam ansiosamente o crescimento no volume de vendas até o fim de 2021.

Áustria testa entregas em domicílio sem precisar de ter alguém em casa

Áustria testa um novo serviço de entregas em domicílio em que os clientes não necessitam de estar presentes na residência para que as encomendas sejam depositadas no interior da habitação.

O serviço passa por uma aplicação associada a um serviço de fechaduras eletrônicas da empresa Nuki e a um sistema de câmaras de vigilância a que os clientes aderem voluntariamente.

Um carteiro é previamente apresentado aos clientes e recebe autorização para entrar na residência e concluir a entrega de encomendas postais, num processo que pode ser registrado ou vigiado à distância.

Na Áustria, os carteiros estão autorizados a entrar apenas ao “hall” de entrada, não podendo ir além desse espaço na residência dos destinatários.

Receber cartas e encomendas postais em casa vinha-se tornando cada vez mais complicado à medida que o trabalho doméstico se tornou cada vez mais raro. No entanto, agora, a pandemia impôs a muita gente o tele trabalho e limitou muitas lojas às vendas pela Internet, com posterior entrega em domicílio ou num ponto de coleta pré-estabelecido.

Já pensando certamente na retomada do trabalho normal após a pandemia, a Áustria apostou na inovação dos serviços de entrega de encomendas e tem em curso um teste envolvendo uma centena de voluntários.

“Mandei vir uma série de encomendas. Ter este serviço de entrega em que não preciso de estar em casa, é extremamente útil para mim, admito. Tive logo vontade de participar neste teste e inscrevi-me de imediato”, disse à Euronews,  Christoph Heimel, um dos participantes no teste.

Outros testes deste tipo de serviço de entregas já foram realizados antes nos Estados Unidos e em alguns países escandinavos. As impressões recolhidas mostraram que a maioria dos consumidores não permitem a entrada do carteiro nas respectivas residências devido ao receio de furtos.

Os serviços postais austríacos pretendem melhorar a percepção de segurança das pessoas e, por isso, deram a cada participante a possibilidade de conhecer apenas um carteiro, a quem foi dada permissão de entrar em casa.

“O cliente decide se adere a este serviço ou não. Têm de haver também medidas de segurança como uma câmara de vigilância e nós também vamos testar isto. Somos os líderes do mercado na Áustria e pretendemos manter essa posição. E isso requer inovação”, Peter Umundum, administrador dos serviços postais austríacos.

O sistema de entregas postais em casa em teste é descrito na Áustria pela própria empresa como uma novidade na Europa. Deve começar a ser devidamente utilizado a partir do próximo ano no país, mas também em algumas regiões dos Balcãs.

O correspondente da Euronews na Áustria, Johannes Pleschberger, salienta que também “o fato de haver mais pessoas em casa devido à pandemia” tem contribuído “para que mais encomendas fossem devidamente entregues logo à primeira tentativa”.

“A taxa de sucesso pode agora aumentar com esta nova aplicação para entregas em casa”, estima o nosso jornalista.

O teste está ocorrendo nas cidades de Viena, Graz e na região da Baixa Áustria.

 

Primeiro trimestre de 2021: vendas no e-commerce têm alta de 57,4% em comparação ao mesmo período de 2020

Em pesquisa realizada com os dados de compra no e-commerce durante o primeiro trimestre de 2021, a Neotrust mostra que houve continuidade do crescimento das vendas on-line no Brasil.

Foram realizadas 78,5 milhões de compras on-line nos três primeiros meses do ano, um aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Esta quantidade de compras resultou em um faturamento de R$ 35,2 bilhões para o e-commerce entre janeiro e março de 2021, aumento de 72,2% na comparação com 2020.

“No começo deste ano de 2021 havia uma expectativa de redução da intensidade da expansão, mas com a chegada da nova variante do Covid-19 e, consequentemente, da segunda onda de contaminação que atinge nosso país, nos deparamos com uma evolução ainda mais intensa das vendas no e-commerce não somente brasileiro, mas ao redor do mundo”, explicou Fabrício Dantas, CEO da Neotrust, na apresentação do relatório.

Os principais motivos para o crescimento estão relacionados às diversas promoções realizadas nos três primeiros meses do ano, além do Dia do Consumidor, realizado em março. Outro fator determinante foi o agravamento da pandemia no país, resultando em uma nova onda de fechamento ou redução de circulação no comércio físico em diversos estados.

O consumidor também tem investido mais nas compras on-line: houve aumento de 9,4% no valor do ticket médio em comparação com o mesmo período de 2020. Atualmente, o gasto registrado está em R$ 447,90.

Para efeito de comparação, o aumento do ticket médio no quarto trimestre de 2020 foi de 2,9%.

“O mês de março em 2021, foi o segundo maior mês da história em termos de volume de vendas do e-commerce brasileiro, ficando atrás somente do mês de novembro de 2020, que evidentemente, tem o impacto positivo das promoções da Black Friday”, explicou o executivo.

Destaques por região do Brasil

A região Sudeste ainda é a que mais se destaca em volume de compras e no quarto trimestre de 2020 foi responsável por 63% do total de pedidos feitos on-line no país. Mesmo que siga na dianteira, caiu 3,9 pontos percentuais em comparação com o trimestre anterior.

Isso porque as demais regiões têm apresentado crescimento também. A região Nordeste se destaca por ocupar a segunda posição em total de vendas no e-commerce, concentrando 14,6% das que realizadas entre outubro e dezembro de 2020. Esse número representa um crescimento de 2,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. A região Sul segue próxima, com 14,1% do total de pedidos realizados.

Frete grátis

De acordo com o relatório aumentou também a quantidade de compras que foram feitas com entrega gratuita. No primeiro trimestre de 2021, 53% dos pedidos foram entregues sem que o consumidor pagasse pelo frete. No primeiro trimestre de 2020, a porcentagem de entregas gratuitas era de 47%.

Também na marca de 47% estão os pagantes de frete neste período. Eles, no entanto, também foram beneficiados. A pesquisa mostrou que houve redução de 15,5% no valor pago pelas entregas. Dessa forma, o valor médio do frete no período foi de R$ 18,15.

Por categoria

Com relação ao comportamento de consumo por categoria, a pesquisa mostrou um padrão semelhante ao dos outros trimestres: os produtos com ticket médio mais baixo foram os mais procurados. Em contrapartida, os produtos mais caros foram responsáveis pelos maiores faturamentos.

As categorias que mais se destacaram por total de pedidos foram: moda e acessórios (16,5% dos pedidos); beleza, perfumaria e saúde (15,2%); e entretenimento (12,6%).

Já as categorias com melhor faturamento são: telefonia (com 21,2% do total faturado no período); eletrodomésticos e ventilação (17%); e entretenimento (12,4%).

O relatório aponta ainda que os números refletem as promoções realizadas no começo do ano e a duração estendida do Dia do Consumidor neste ano.

Como destaque para categoria mais comprada, moda e acessórios teve 13,3 milhões de pessoas comprando no primeiro trimestre de 2021 (considerando uma compra por consumidor). O gasto médio total foi de R$ 145,00.

A categoria telefonia não apresentou tantos consumidores, mas conquistou um gasto médio mais impressionante: foram apenas 2,9 milhões de consumidores, mas com um gasto médio total de R$ 2.232,00.

Na contramão deste dado, o setor atinge hoje apenas 17,2% do total de pessoas com acesso à internet no país.

De março de 2020 a março de 2021

O relatório apontou ainda quais foram as categorias mais compradas on-line durante o isolamento social, ou seja, de março de 2020 a março de 2021. De maneira geral, elas corroboram os dados levantados no primeiro semestre de 2021, pois apontam para as mesmas categorias apontadas aqui em mais vendidas e em faturamento.

As subcategorias que mais cresceram e venderem de março de 2020 a março de 2021 foram (representação do share da subcategoria dentro do segmento): livros (variação de 97,2%), fones de ouvido (76,1%), aparelhos de televisão (80,5%), remédios (56,7%) e aparelhos elétricos para o cabelo (50,4%).

Os que mais faturaram de março de 2020 a março de 2021 foram (representação do share da subcategoria dentro do segmento): ar condicionado (86,9%), celulares e smartphones (81,6%), TV (80,5%), notebook (22,6%) e geladeiras/refrigeradores (19,7%).

Quem são os consumidores?

A pesquisa confirmou os dados das edições anteriores: as mulheres compram mais, mas os homens gastam mais. As mulheres representam 58,1% dos consumidores e o ticket médio masculino é de R$ 538,20.

A pesquisa mostrou ainda que a idade média do consumidor é de 37 anos. O público consumidor mais significativo foi o de 36 a 50 anos, com 33,9% do total de consumidores digitais. Seguidos de perto pelos consumidores de 26 a 35 anos, com 33,1% do total.

Os consumidores até 25 anos representam 19% das compras on-line, enquanto o público acima dos 51 é responsável por 14% das compras.

Novos consumidores e consumidores únicos

O primeiro trimestre do ano teve queda em 16,4% na quantidade de novos consumidores, com 3,8 milhões de consumidores comprando pela primeira vez online. A comparação foi feita com o primeiro trimestre de 2020.

Porém, para o e-commerce o saldo foi positivo, pois obteve um aumento de 43,9% no número de consumidores únicos: 22,8 milhões.

Frequência

Analisando exclusivamente as vendas no e-commerce feitas no feitas nos três primeiros meses do ano, houve uma média de 3 compras por consumidor digital, com um gasto médio de R$ 1.340,00 para o total das compras, aumento de 14,1% em comparação ao primeiro trimestre de 2020.

Ao analisar os consumidores que fizeram pelo menos uma compra nestes meses, as mulheres também compraram mais (58,6% dos consumidores únicos), com a média de idade mais relevante para consumidores homens e mulheres entre 26 a 35 anos (31,2%).

Após mudança na marca, Via prevê atingir 20% do e-commerce em 2025

A Via já é uma das grandes varejistas brasileiras, mas não pretende ficar estagnada. No mesmo dia em que anunciou a mudança de nome (antes era Via Varejo), se posicionando de vez como uma empresa além do varejo, a companhia fez a previsão de aumentar o seu market share no e-commerce nos próximos anos. A expectativa é de atingir ao menos a fatia de 20% do setor até 2025.

Pelos cálculos da empresa, o que possibilitará o ganho de espaço são: mais visitas ao site; ampliação da base de clientes e da taxa de conversão nos sites de e-commerce da Via.

De acordo com matéria da Compre e Confie, a companhia espera que as taxas de vendem cresçam acima do mercado. Esta já foi uma tendência em 2020. No ano passado, a companhia superou o crescimento do mercado on-line em cerca de 2 vezes.

De acordo com a Via, o comércio on-line deve movimentar, só no Brasil, R$ 500 bilhões em 2025. Para alcançar a fatia de 20% deste mercado, a empresa esperar dobrar, em quatro anos, a sua base de clientes, que hoje está próxima de 22 milhões. A empresa calcula que seu Gross Merchandise Volume (GMV) de vendas seja de 2/3 para canais on-line e 1/3 para canais off-line.

“Queremos ser o maior marketplace do país”, disse Helisson Lemos, Chief Digital Officer (CDO) da Via durante a teleconferência Investor Day. A estratégia consiste em ampliar a base de clientes investindo em tecnologia, logística e pagamentos, através de parcerias com startups.

Varejo faz ‘combo’ para diluir perdas com abre e fecha

Reaberto há pouco mais de uma semana, o comércio de shoppings e da Rua 25 de Março, o principal varejo popular do País, está vendendo hoje entre um terço e a metade do que faturava em épocas normais.

Para tentar rebater a crise e trazer o consumidor de volta às compras em meio a tantas incertezas, lojistas isoladamente estão mais agressivos nas liquidações dos estoques encalhados desde o fechamento das lojas em meados de março. Já os shoppings optaram por fazer um “combo” de datas – Mães, Namorados e Pais – para sorteio de prêmios. A intenção de ter campanhas longas é diluir custos de promoção e se resguardar dos riscos de novos fechamentos do comércio.

“Vale qualquer estratégia para trazer o consumidor de volta ao shopping”, afirma Ricardo Portel, gerente de marketing do Shopping Ibirapuera. Com 420 lojas, ele conta que as liquidações estão muito agressivas, especialmente nas lojas de vestuário, com descontos de até 70%. Até compras “casadas”, quando o cliente que compra um item pode levar outro por um preço bem menor, são oferecidas.

A outra estratégia, esta coordenada pelo shopping, é de uma campanha de prêmios de quase três meses, que inclui Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais. Ela começa hoje e vai até o segundo domingo de agosto. Serão sorteados 100 iPhones para quem gastar R$ 300 em compras no shopping. Detalhe: pode entrar nesse pacote compras feitas desde do dia 1.º de janeiro deste ano. “Além de diluir custos da campanha para os lojistas, se ocorrer um novo fechamento das lojas nos próximos três meses não vamos precisar cancelar a promoção.”

Com 170 lojas e um público predominantemente da classe C, o Shopping Penha optou por caminho semelhante. “Unificamos Mães e Namorados justamente para ter um prazo maior e incentivar mais os clientes”, afirma Renata Barros, gerente de marketing. A campanha que começa na sexta-feira e vai até 13 de junho prevê o sorteio de um SUV Tracker, da GM, que custa cerca de R$ 95 mil, e cinco vales-compra nas lojas, cada um de R$ 5 mil.

O investimento em prêmios dessa campanha é maior do que a última para o Dia das Mães, que ocorreu de 2019, porque no ano passado as lojas estavam fechadas. Na ocasião, o shopping sorteou apenas um carro. No entanto, diante do cenário econômico adverso, Renata conta que o valor da compra, que dá direito a premiação, é o mesmo de dois anos atrás: R$ 250.

Popular

No entanto, para o polo da Rua 25 de Março, que no último ano viu cerca de 1.500 lojas fecharem as portas por causa da crise, restam poucas opções para estimular o consumo. “Na média, estamos vendendo hoje um terço do que vendíamos em épocas normais”, diz Marcelo Mouawad, porta-voz da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco). As excursões de compras de consumidores de outras cidades, uma fonte importante de receita do polo, caíram 80%.

Segundo Mouawad, como as lojas da região já trabalham com preços reduzidos, não há margens para se fazer liquidações. Também não existe uma coordenação conjunta como ocorre em shoppings para campanhas promocionais. “A situação está muito difícil.”

Apesar do baixo-astral que existe no varejo, o setor tenta se animar olhando para resultados de pesquisas de intenção de compra para o Dia das Mães, a segunda melhor data para o comércio depois do Natal. Enquete nacional realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que 58,6% dos brasileiros pretendem presentear na data, com destaque para artigos de vestuário (65,2%).

“Talvez maio seja um mês de recuperação de vendas”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), Tito Bessa, levando em conta esse resultado e o destaque dos itens de vestuário, o grande filão de vendas dos shoppings. Desde a reabertura, as lojas satélites dos shoppings registram queda de 30% a 50% em relação a igual período de 2019.

Apesar da intenção de compra indicada pela pesquisa, que pode levar a um avanço de 20% nas vendas nas contas de Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP, ele pondera que o quadro é complicado. É que no Dia das Mães de 2020, as vendas caíram 40% ante 2019. Portanto, crescer 20% neste ano significa continuar no vermelho.

 

A jornada do cliente é o maior desafio das empresas?

Painel do CVX 2021 aborda o uso dos comandos de voz na jornada do cliente.

Conquistar um cliente é uma das tarefas mais desafiadoras que as empresas enfrentam hoje. E isso ocorre não apenas pela concorrência — em especial em mundo no qual quase todos os produtos e serviços vendíveis se encontram na internet —, mas também pela adaptação das corporações às necessidades do consumidor: a aposta na jornada do cliente.

Em uma realidade na qual o consumidor é cada vez mais omnicanal, o uso dos assistentes de voz na jornada do cliente tem sido cada vez mais comum. Dessa forma, a busca pela integração dos canais, pela implementação da voz e pela adaptação dos atendimentos e processos representam alguns dos principais desafios das corporações hoje. Eles foram abordados no painel “A jornada do cliente e a voz da experiência”, do Costumer Voice Experience 2021, que contou com a participação de Carolina Trancucci, Diretora de Clientes da Gol Linhas Aéreas Inteligentes; Juliana Sandano, Superintendente Executiva do Ciclo de Vida do Cliente do Banco Original; Jaqueline Machado, Diretora executiva da experiência do consumidor e aquisição do BTG+; e a mediação de Fernando Moulin, Business Partner da SPONSORB.

“Em 2020, mais ou menos 30% das buscas na internet já foram sem toque na tela, só por voz. O cliente é omnicanal. A impressão que dá, com essa digitalização forçada, é que não é um canal ou outro, são vários em conjunto”, explica Moulin.

A jornada tem o cliente sempre no centro

Se antes pensar a jornada do cliente já era uma tarefa bastante trabalhosa às empresas, depois da pandemia isso se tornou ainda mais difícil. Além de ter um consumidor mais exigente e tecnológico, as empresas também tiveram que contar com mudanças de logística e de atendimento em um curto período de tempo.

“A pandemia fez com que a gente passasse a se preocupar em antecipar a necessidade do cliente. Até em uma operação de aeroporto, temos muita oportunidade de tirar processos que poderiam ser automatizados e que existem há anos. Isso exigiu que mergulhássemos de fato para entender a necessidade do cliente, com o canal que trará a melhor solução a ele”, aponta Trancucci, da Gol Linhas Aéreas Inteligentes.

Nesse processo, uma parte considerável das empresas recorre aos recursos tecnológicos para desenhar uma jornada mais assertiva, assim como para desenvolver os canais. Para Juliana Saldano, do Banco Original, para chegar a um resultado satisfatório ao consumidor, é preciso ver a tecnologia como meio e não como resultado final. “O desafio é pensar em como trazer inteligência, administrar os dados para trazer valor ao cliente. Essa é a grande charada que todo mundo tenta chegar. A tecnologia é uma ferramenta, mas precisamos de estratégias e pessoas qualificadas para construir essa experiência.”

Ela complementa que o fato de colocar o cliente no centro também direciona para ele a autonomia de escolha. “Se hoje o cliente tem muito mais poder de escolha, a pergunta que fica é: somos bons o suficiente? Escutamos o cliente para retê-lo? Acho que essa mudança do próprio mercado está exigindo bastante das empresas, para que não só tenhamos um serviço disponível ao cliente, mas que também agreguemos valor a ele.”

O uso da voz e do ominicanal

No fim, a jornada do cliente passa inevitavelmente por três pilares: “Não conseguimos mais evoluir sem: pessoas, estratégia e tecnologia. Não dá para separar e nem dizer que um tem mais importância que o outro”, destaca Jaqueline Machado, do BTG+. Para ela, é dentro desses âmbitos que as empresas têm a possibilidade de atender às expectativas dos consumidores. “Vivemos um tempo em que a tecnologia tirou a possibilidade de algumas commodities, ela tirou a possibilidade de criar monopólios. Todo mundo tem acesso hoje. O cliente espera, em qualquer serviço ou produto que estejamos preparados para suportá-lo em qualquer canal.”

Desenvolver o ominicanal hoje é uma das etapas mais essenciais para conseguir atingir os clientes, um consenso geral entre as participantes do painel. No entanto, Machado destaca que estudar a experiência do cliente é fundamental antes de aplicar uma opção de multicanais, para que o investimento seja, de fato, efetivo. “Um dos nossos pilares na diferenciação é que passamos um ano desenhando a experiência do cliente antes de lançar a plataforma do Banco, justamente por acreditar que isso poderia trazer uma imagem muito mais positiva para o mercado e para os clientes.”

Dentro do omnicanal, uma tendência que vem crescendo é justamente o uso de assistentes de voz. Juliana Saldano destaca a importância de estar atento às mudanças “Temos essa responsabilidade com o cliente, temos estudos que mostram que o uso de voz será cada vez mais forte, as pessoas usam mais os assistentes por voz e precisamos incorporar isso ao banco. Temos uma responsabilidade com o cliente de que precisamos estar atentos a essas mudanças, porque o cenário mudou — seja pela pandemia ou pelo próprio mercado.”

Dados para aprimorar a jornada do cliente

Hoje, muito se fala sobre os dados e a importância deles para o andamento dos negócios. No caso da experiência e jornada do cliente, o acesso às métricas a partir desses dados se faz muito importante para construir um relacionamento entre as empresas e os consumidores.

“Não existe um segredo: o processo de retroalimentação do cliente precisa ser levado muito a sério e não existe uma forma de fazer isso que não seja uso da tecnologia e dados, para capturar sensações, palavras e frases”, explica Machado. A diretora executiva da experiência do consumidor e aquisição do BTG+ aponta, ainda, que o trabalho é mais difícil do que parece e exige tempo e paciência. “É preciso ter um time dedicado a olhar o processo e a jornada do cliente. O time tem que ter perfil para fazer isso e acompanhar desde o início, como trabalho de formiguinha.”

Para além do uso dos dados apenas como mandatório das ações da rotina da empresa em relação ao consumidor, também é importante pensar fora da caixa. Trancucci explica que é por meio deles que surgem ideias e, ainda que representem sair do normal, é preciso dar atenção a elas. “É muito difícil inserir como parte do dia a dia a dinâmica de olhar os dados que vem do cliente como insights. Não adianta usar NPS, pesquisa de satisfação etc. para ficar olhando apenas o retrovisor. Isso tem que ser impulsionador do que vamos fazer para frente, de criar o próximo grande movimento de que fato tenha o cliente no centro.”

Por fim, Saldano ressalta que, ainda que o uso de dados seja de suma importância, ele não define todo o processo. “Dados e métricas existem aos montes, todas as empresas buscam isso. O desafio é o que fazer com essas métricas. Quando falamos de cliente no centro, estamos falando de mudança de cultura. O dado, nesse caso, é uma ferramenta, não a solução.”

Mandaê prevê crescimento de 120% no volume de encomendas para o Dia das Mães

Este semestre mostra-se bastante aquecido com expansão de 60% no número de envios no balanço do primeiro trimestre.

A Mandaê, plataforma de inteligência logística que conecta e-commerces a transportadoras, está aumentando em 20% o número de colaboradores contratados para atender um aumento previsto de cerca de 120% no volume de encomendas para o dia das mães.

“As restrições impostas pelo agravamento este ano da pandemia impulsionaram ainda mais a migração das compras efetuadas em lojas físicas para o online”, observa Marcelo Fujimoto, CEO da Mandaê. “Tivemos um aumento de 60% no envio de encomendas no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2020, e estamos nos posicionando e fortalecendo a infraestrutura operacional para atender, com a mesma qualidade e rapidez, a demanda para uma das principais datas comemorativas do ano”.

Segundo dados da “Compre & Confie”, parceiro da consultoria Social Miner, especializada em dados de comportamento, a data, que movimentou 6 bilhões em vendas pela Internet em 2020 (aumento de 117% em relação a 2019), deve repetir esse crescimento este ano, exigindo ainda mais das empresas de logística de entregas. A previsão é baseada em pesquisa sobre o “Futuro do consumo pós-Covid”, que revelou que 50% dos entrevistados vão seguir fazendo suas compras on-line. A enquete mostra que os principais segmentos do varejo que estão impulsionando essa alta são novamente Moda e Acessórios (29,88%), Beleza (20,65%) e Eletrônica e Informática (19,60%).

Resultados positivos e expansão

Para este ano, Marcelo Fujimoto destaca que a Mandaê tem uma perspectiva muito positiva, tendo iniciado um plano de expansão para aumentar suas operações em importantes regiões do País. A empresa se prepara para continuar acompanhando a aceleração do e-commerce que, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico/Neotrust, cresceu no ano passado, 68% na comparação com 2019. Segundo as estimativas da associação, 20,2 milhões de consumidores realizaram pela primeira vez uma compra pela internet em 2020 e 150 mil lojas adotaram vendas em plataformas digitais.

“Já começamos a fase de contratações e negociações para iniciar, ainda neste semestre, nossas operações em mais um Estado”, adianta o CEO da Mandaê. Até o fim de 2021, por meio de parcerias com players logísticos regionais, a empresa vai expandir a sua atuação em mais quatro regiões, oferecendo o serviço de coleta para e-commerces baseados nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Sobre a Mandaê:

A Mandaê é uma plataforma logística que conecta pequenos e médios comércios eletrônicos com players logísticos. Utilizamos tecnologia, dados e algoritmos para oferecer aos e-commerces custos de transporte reduzidos, tempos de envio mais rápidos e melhor qualidade de envio. A nossa missão é devolver ao comércio on-line liberdade e controle através da melhor logística do Brasil.

 

 

Adobe e FedEx fazem parceria para impulsionar a inovação em comércio eletrônico

Os comerciantes da Adobe em breve poderão entrar na rede digital e física líder do setor da FedEx para apoiar o crescimento do comércio eletrônico, oferecendo remessa gratuita em dois dias, devoluções fáceis, check-out direto e mais.

A Adobe (Nasdaq: ADBE) e a FedEx (NYSE: FDX) anunciaram na última terça-feira (27), uma nova colaboração de vários anos começando com a integração da ShopRunner, uma plataforma de comércio eletrônico líder e subsidiária da FedEx Services, com a Adobe Commerce. Em um ano, quando as compras on-line nos EUA cresceram 42% de acordo com o recente Índice de Economia Digital da Adobe , o e-commerce se tornou um recurso decisivo para todas as empresas, independentemente do tamanho ou setor.

Marcas e comerciantes podem lidar melhor com o forte aumento no volume de pacotes, oferecendo remessa gratuita em dois dias e check-out e devoluções perfeitos. A integração dará aos comerciantes da Adobe acesso à inteligência de logística pós-compra da FedEx, que os ajudará a impulsionar a demanda, reduzir custos e obter percepções do cliente.

“Estamos orgulhosos da parceria com a FedEx para desbloquear uma nova era de experiências de e-commerce baseadas em inovação, velocidade e conveniência que permitem que nossos clientes em conjunto possam competir e vencer na economia digital em primeiro lugar”, disse Shantanu Narayen, presidente do conselho, presidente e CEO da Adobe.

“A oportunidade de fazer parceria com a Adobe é mais um passo à frente na jornada da FedEx para criar um ecossistema de comércio eletrônico aberto e colaborativo que ajudará as marcas e comerciantes a oferecer experiências perfeitas para seus clientes”, disse Raj Subramaniam, presidente e diretor de operações da FedEx . “Com a liderança da Adobe em experiências de clientes, a plataforma ShopRunner e nossa inteligência digital e logística, podemos aumentar a competitividade de marcas e comerciantes e criar novas possibilidades no e-commerce.”

A economia mudou fundamentalmente à luz do COVID-19, passando de um mundo com economia digital para uma economia digital. Durante esse tempo, o comércio eletrônico desempenhou um papel vital, permitindo que marcas e comerciantes sustentassem seus negócios e continuassem atendendo aos consumidores. O mais recente Índice de economia digital da Adobe mostra que 2022 deve ser o primeiro ano de trilhões de dólares para o e-commerce nos Estados Unidos, à medida que mais consumidores migram on-line para atender às suas necessidades diárias de compras. A colaboração da Adobe com a FedEx e o ShopRunner ajudará as marcas e comerciantes a gerenciar melhor suas remessas e logística e lhes permitirá oferecer uma excelente experiência de entrega de última milha como forma de reter clientes e fidelizar. Marcas e comerciantes que enviam com a FedEx também se beneficiarão da inteligência logística pós-compra da FedEx para ajudar a criar uma experiência mais eficiente e confiável para marcas, comerciantes e seus clientes.

Benefícios antecipados para marcas, comerciantes e consumidores:

  • Frete em dois dias: as marcas e os comerciantes terão a opção de habilitar e promover o frete gratuito em dois dias para seus consumidores.
  • Devoluções fáceis: as marcas e os comerciantes podem fornecer aos clientes um processo de devolução fácil e gratuito apoiado pela FedEx, com serviços como devoluções sem etiqueta, acesso à embalagem de devolução nas unidades da FedEx, entrega fácil e muito mais.
  • Maior fidelidade e valor de vida do cliente: Com milhões de compradores ativamente comprando por meio da plataforma ShopRunner, os comerciantes da Adobe terão acesso a um grupo de consumidores fiéis.
  • Seamless Checkout: Por meio do ShopRunner, os consumidores poderão armazenar suas informações de pagamento, cobrança e envio para concluir as compras com facilidade.

“À medida que uma parcela cada vez maior de todo o comércio muda para canais on-line, marcas de todos os tamanhos estão enfrentando pressão competitiva para oferecer experiências de comércio envolventes, relevantes e sem atrito para seus clientes. Além do mais, os clientes têm expectativas cada vez maiores ao interagir com as marcas”. disse Jordan Jewell, gerente de pesquisa, comércio digital e aplicativos corporativos da IDC. “O Adobe Commerce é adequado para marcas em crescimento para se diferenciarem em termos de experiência. A parceria mais recente com a FedEx deve ajudar os comerciantes a atender melhor e superar essas elevadas expectativas dos clientes, permitindo um comércio mais tranquilo.”

Tempo e disponibilidade

Os planos são de que os comerciantes Adobe Commerce e Magento Open Source nos EUA possam baixar a extensão FedEx do Magento Marketplace no final de 2021.

Sobre Adobe

A Adobe está mudando o mundo através de experiências digitais. Para obter mais informações, visite www.adobe.com .

Sobre FedEx

A FedEx Corp. (NYSE: FDX) oferece aos clientes e empresas em todo o mundo um amplo portfólio de transporte, comércio eletrônico e serviços empresariais. Com receita anual de US $ 79 bilhões, a empresa oferece soluções de negócios integradas por meio de empresas operacionais que competem coletivamente, operando de forma colaborativa e inovando digitalmente sob a respeitada marca FedEx. Consistentemente classificada entre os empregadores mais admirados e confiáveis ​​do mundo, a FedEx inspira seus mais de 570.000 membros de equipe a permanecerem focados na segurança, nos mais altos padrões éticos e profissionais e nas necessidades de seus clientes e comunidades. Para saber mais sobre como a FedEx conecta pessoas e possibilidades em todo o mundo, visite about.fedex.com.

Sobre ShopRunner

ShopRunner, uma subsidiária da FedEx, conecta seus milhões de membros de alto valor com frete grátis em 2 dias e devoluções grátis, bem como ofertas exclusivas para membros e benefícios de suas lojas favoritas. Para os varejistas, o ShopRunner ajuda a impulsionar o e-commerce sem atrito por meio de um conjunto abrangente de produtos apoiado por ricos insights do consumidor e ciência de dados.

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Muito além do varejo: como os analistas avaliam a nova Via (VVAR3)

Uma das principais caras do e-commerce na Bolsa deixou o varejo para trás para alçar voos maiores: a partir da última segunda-feira (26), a Via Varejo se tornou apenas ‘Via’ (VVAR3). A companhia anunciou que pretende seguir uma estratégia mais ampla e se tornar a principal via de compras dos brasileiros, como o próprio nome sugere.

“Os resultados da companhia, apresentados ao mercado em março, mostram que a Via não é mais uma empresa de varejo. Que já está indo além”, afirmou a companhia, em comunicado. “No último ano, a empresa se reinventou, rompeu e unificou as barreiras físicas e digitais das lojas, sites e aplicativos, também se associou a startups que deram ainda mais velocidade ao sistema logístico e tecnológico, rejuvenesceu a marca Casas Bahia e mudou toda a plataforma de marketplace.”

Na sexta-feira (23), outra marca que pertence à Via também anunciou mudanças no posicionamento. A septuagenária Pontofrio virou ‘Ponto’. “Demos um grande salto. A marca ficou mais jovem, moderna e inovadora. E também trouxe mais protagonismo a uma personalidade descontraída, divertida, bem-humorada e focada no digital”, afirma Ilca Sierra, diretora de marketing e marca da Via Varejo.

A alteração de rota da companhia veio atrelado ao anúncio de metas para 2025. A primeira delas é aumentar em duas vezes a base de clientes, de 22 milhões para 44 milhões, além de conseguir uma fatia de 20% do mercado de e-commerce brasileiro.

Preços atrativos, metas agressivas

A reestruturação já era trabalhada há algum tempo e está no preço dos papéis, que chegaram a subir após o anúncio das novidades, mas cederam ao longo da sessão da segunda-feira (26). As ações terminaram o dia em baixa de 2,06%, cotadas a R$ 12,85.

“Esse é um movimento interno que vem desde meados de 2019. Percebemos que a principal bandeira era de focar no digital, uma vez que existia um espaço muito grande refletido no valor de mercado entre a então Via Varejo e sua principal concorrente, Magazine Luiza (MGLU3)”, afirma Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos.

A pandemia acelerou esse processo, que teve que direcionar ainda mais esforços para o digital. “A Via Varejo teve que se reinventar. Aliás, o mercado foi se reinventando e agora veio a nova marca. Mas é algo que o mercado já esperava e vinha acompanhando”, afirma Carvalo. “A questão de ir muito além do varejo é poder entrar em outros segmentos, de tecnologia e pagamentos, por exemplo.”

Essa diversificação de segmentos ficou clara no último domingo (25). Em comunicado, a Via anunciou a compra da Celer, empresa de pagamentos, que oferece o serviço de Bank-as-a-Service (BaaS). Por meio dessa tecnologia, é possível que fintechs disponibilizem contas digitais completas aos clientes.

“Precisamos acompanhar de perto essas projeções futuras para 2025”, diz Carvalho. “A nossa visão para a Via é que ela está muito barata, atrativa e mantemos nosso preço-alvo de R$ 29, com recomendação de compra. Entendemos que a transformação da Via aconteceu de forma muito importante.”

O preço-alvo de R$ 29 representa um potencial de valorização de 125% em relação ao preço do fechamento de segunda-feira (26). É importante lembrar que a empresa já acumula um salto de 100% nos últimos 12 meses. Para a Ágora Investimentos, entretanto, as novas metas apresentadas pela Via são bastante agressivas.

“Ele pressupõe um mercado de comércio eletrônico de R$ 500 bilhões em 2025, enquanto nossa previsão está próxima de R$ 350 bilhões. A Via tem como meta R$ 100 bilhões de Gross Merchandise Volume (GMV) de vendas de comércio eletrônico até 2025, contra a nossa estimativa de R$ 40 bilhõe”, afirmam Richard Cathcart e Flavia Meireles, em relatório.

Na visão dos analistas da Ágora, as melhores apostas do setor estão em nichos menores, como a Enjoei (ENJU3) e a Mobly (MBLY3). “Achamos que a orientação é negativa para os outros grandes nomes do comércio eletrônico, Mercadolibre, Magalu e B2W”, dizem Cathcart e Meireles. “Se a Via quiser atingir sua meta de GMV, acreditamos que a concorrência ficará muito mais agressiva.”

Experiência do usuário, motor de transformação com IoT

No último ano, o foco tem sido a experiência do cliente como nunca antes. Com os consumidores seguindo as diretrizes para ficar em casa e fazendo um número recorde de compras on-line, a função de atendimento ao cliente de todos os tipos de organização foi severamente testada. É claro que os agentes de atendimento ao comprador também têm trabalhado em casa, o que em alguns casos resultou em uma experiência que deixa muito a desejar.

A ligação entre a experiência do funcionário (EX) e a experiência do cliente (CX) é crítica. Isso ocorre porque eles são os dois lados de uma equação: se o EX for bom, ele se traduzirá em um bom CX. Para as empresas que lidam com o cliente, a busca por um CX positivo é um dos principais impulsionadores das iniciativas de transformação digital.

De acordo com a Pesquisa de Sentimento Executivo de Transformação Digital 2019 da IDC, uma média de 3,7% da receita de uma empresa é gasta em iniciativas de transformação digital com o objetivo de ser mais competitiva por meio de otimização operacional e inovação para ganhar agilidade e ser mais ágil e focada no cliente.

IoT e transformação digital

Junto com a inteligência artificial (IA), o Big Data, o desenvolvimento de redes móveis 5G, entre outras tecnologias, a Internet das Coisas (IoT) é uma das ferramentas digitais que as empresas procuram aproveitar na busca pela transformação digital.

A McKinsey prevê que, em 2023, o número de dispositivos conectados à IoT usados ​​pelas empresas triplicará em relação a 2018. Avanços em outras tecnologias, especialmente na nuvem, facilitaram a implantação da IoT e levaram a um novo modelo econômico digital baseado em Anything as a Serviço (XaaS) e faturamento com base no consumo.

Um estudo recente da IDC de Serviços de Infraestrutura de Impressão de Próxima Geração mostra que as organizações preferem esmagadoramente o faturamento baseado em assinatura quando se trata de financiar suas iniciativas estratégicas de DX.

Na verdade, 70% das organizações preferem modelos como serviço ou baseados no consumo em vez dos métodos de financiamento tradicionais para reduzir os custos iniciais, colher os benefícios da mudança de CAPEX (despesas de capital) para OPEX (despesas operacionais) e facilitar um mês mais previsível estrutura de faturamento.

IoT e CX

Quer sejam impressoras, scanners, carros, sistemas HVAC ou equipamentos pesados, os dispositivos hospedados em nuvem habilitados para IoT oferecem uma série de vantagens de negócios.

Isso inclui tempo de atividade ininterrupto, o que significa que os funcionários sempre podem fazer seus trabalhos com eficiência e a produtividade é maximizada como resultado de interrupções limitadas. Isso é importante, pois os recursos de automação avançados que podem melhorar a produtividade, na maioria das vezes, dependem da tecnologia funcionando da maneira que deveria o tempo todo.

A manutenção e as revisões também se beneficiam, pois podem ser realizadas em tempo real de qualquer lugar do mundo por engenheiros especializados, resultando em menos chamadas de serviço no local, o que é mais importante do que nunca hoje.

Outra vantagem é a flexibilidade, principalmente em termos de capacidade. Isso pode ser ampliado ou reduzido com base nas necessidades de negócios (pense nas mudanças sazonais nos hábitos dos compradores ou na chegada repentina de um novo projeto de negócios que durará apenas alguns meses) sem ter que fazer alterações caras em servidores e redes que normalmente interromperiam trabalho diário dos funcionários.

Por último, mas não menos importante, a nuvem e a IoT reduzem a carga de trabalho das equipes de TI para que elas possam se concentrar no fornecimento de soluções e experiências que tornam o trabalho dos funcionários mais produtivo e fácil, aprimorando ainda mais o EX.

Impressão e CX

Uma plataforma de infraestrutura de impressão como serviço de próxima geração é um ótimo exemplo de tecnologia que os funcionários usam todos os dias, que aproveita a nuvem e a IoT para ajudar a acelerar a transformação digital para uma melhor experiência do cliente ou do funcionário.

Como a função de impressão de escritório existe no setor comercial há muito tempo, pode ser uma surpresa saber que as impressoras foram um dos primeiros componentes habilitados para IoT no mundo dos negócios.

Hoje, as impressoras não são mais dispositivos independentes, mas componentes habilitados para IoT nas empresas. Alguns são equipados com mais de 120 sensores dedicados à coleta de dados que ajudarão a pesquisa e o desenvolvimento para construir melhores produtos e soluções para melhorar a experiência do usuário.

Um bom EX desempenha um papel importante em fornecer um CX melhor. As empresas que se preocupam com as experiências de seus funcionários e lhes fornecem soluções de tecnologia que tiram proveito da tecnologia digital, incluindo dispositivos habilitados para IoT, ganham uma força de trabalho mais satisfeita e produtiva, capaz e motivada para entregar melhor. CX, que é um resultado comercial positivo.

Um investimento em nuvem e infraestrutura de impressão de próxima geração habilitada para IoT deve ser uma prioridade estratégica para organizações que buscam acelerar o sucesso de sua transformação digital.

Gabriel Ocadiz, diretor de Canais do SME da Lexmark.