Amazon e Magazine Luiza são as marcas mais citadas no Twitter durante a Black Friday

Levantamento realizado na plataforma mostra que a data movimentou do varejo à marcas de beleza, aplicativo de entrega e bancos
A Black Friday se popularizou de vez no país, oferecendo promoções aguardadas por meses pelos consumidores. E a data movimentou as pessoas no Twitter, tornando o Brasil o segundo país que mais Tweeta sobre Black Friday no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

O levantamento realizado pelo Twitter aponta as dez marcas mais mencionadas pelas pessoas que usam a plataforma até o último domingo, 29 de novembro.

A lista traz segmentos diversos, desde varejistas, aplicativos de entrega, marcas de beleza, de material esportivo e banco.

Confira abaixo o ranking das dez marcas mais mencionadas pelas pessoas que usam o Twitter quando o assunto é Black Friday:

  1. Amazon
    2. Magazine Luiza
    3. Americanas
    4. Apple
    5. Nike
    6. Nubank
    7. O Boticário
    8. Rappi
    9. PlayStation
    10. iFood

O levantamento foi realizado entre 01 de janeiro e 29 de novembro.

Assim como nos outros anos, a conversa sobre Black Friday no Twitter segue crescendo. Desde o início de 2020, foram contabilizados mais de 8,3 milhões de Tweets sobre o tema em todo o mundo. Isso significa um aumento de mais de três vezes no volume de conversas, já que em 2019 foram registradas 2,6 milhões de menções na plataforma.

Neste ano, o Brasil ficou novamente na segunda colocação dos que mais falam sobre Black Friday no Twitter, atrás apenas dos Estados Unidos. O Japão aparece na terceira posição.

 

6 lições de Customer Experience para o varejo a partir da pandemia

Customer Experience (CX) sempre foi um tema essencial para a relação entre empresas e cliente. Em 2020, isso se tornou ainda mais verdadeiro.

Durante a pandemia de COVID-19, empresas precisaram mudar muitas de suas estratégias, alterando inclusive a forma como se relacionam com o cliente. Com isso, precisaram se preocupar ainda mais com Customer Experience (CX): hoje, esse elemento é essencial para a performance de uma marca. Agora, ao final de 2020, o varejo viverá um momento de grande importância, considerando as tradicionais compras de fim de ano que, desta vez, estão envolvidas em um contexto totalmente novo – de segurança, higiene, limitações de mobilidade e financeiras.

“Antes da Covid-19, as marcas já não estavam entregando uma boa experiência. Com a chegada da pandemia, ela se tornou essencial para que os clientes fizessem negócios”, comenta Juliana Honda, líder de CX da Kantar. A empresa realizou, inclusive, um estudo focado nesse tema. Chamada CX+, a pesquisa contou com mais de 100 mil pessoas em 17 países, com a proposta de entender as experiências com algumas das maiores marcas de varejo – locais e globais. As respostas, então, foram comparadas com o Barômetro COVID-19, também elaborado pela Kantar, para identificar o que muda e o que fica em termos de tendências de Customer Experience.

A empresa de pesquisa avaliou marcas de varejo geral, de supermercados e de moda, e com isso conseguiu extrair aprendizados que vão além da preparação para as vendas de fim de ano, mas também para lidar com um futuro pós-COVID “Apenas 17% dos entrevistados acreditavam estar satisfeitos ou maravilhados com as experiências entregues por marcas de varejo geral”, revela Juliana. Nesse sentido, ela explica que o trabalho dos funcionários é parte essencial de uma boa experiência, mas apenas 37% dos entrevistados pela Kantar achavam que os colaboradores das marcas de varejo geral estavam entregando uma excelente CX.

Com base no estudo, confira insights da Kantar.

6 lições de Customer Experience

  1. Capacite os funcionários para atender aos clientes

Longe da vista não significa fora da mente para os clientes e a pesquisa mostra que a frustração do consumidor no presencial pode ser tão alta quanto a falta de ajuda on-line imediata. Encontre maneiras de garantir que os clientes recebam a ajuda de que precisam.

  1. Velocidade é importante

Os varejistas precisam trabalhar para ajudar as pessoas a controlar sua experiência em termos de tempo para não levar à frustração. O prazer exige certa eficiência, além de surpresas na navegação.

  1. Flexibilidade de realização de comércio eletrônico

Os dados CX+ e da Kantar demonstram a importância de uma variedade de opções de atendimento no varejo para os clientes. Este é um atributo que o CX+ mostra ser mais desejado pelos consumidores do varejo geral em comparação aos de moda ou alimentos. Essa necessidade da disponibilização de um e-commerce integrado aos outros canais se fortaleceu durante a pandemia.

  1. Revisite a promessa da sua marca

As marcas começaram a delimitar um território ético e político claro antes da pandemia com campanhas, como o apoio da Nike a Colin Kaepernick. Mas o movimento #MeToo, Black Lives Matter e atividades relacionadas à pandemia esmaeceram a linha entre a autoridade comercial e cívica que torna este território desconhecido. Cada vez mais as marcas deverão tomar posição em questões pertinentes à consciência coletiva. Determinar como exemplificar o propósito e os valores na promessa da marca de uma forma que atenda às necessidades emocionais, sociais e funcionais modernas será fundamental para os varejistas no futuro.

  1. Repense radicalmente a experiência na loja

A experiência na loja do futuro está configurada para mudar drasticamente, tanto como resultado das mudanças para o on-line quanto nas atitudes do consumidor. Varejistas cujas portas permaneceram abertas foram forçados a enfrentar uma situação de “fazer ou morrer” para continuar a servir o público. No processo, eles perceberam como sua organização realmente pode ser ágil e como os clientes são receptivos às mudanças e ávidos por novos serviços.

Os varejistas que foram forçados a fechar devem aprender com aqueles que passaram por testes de resistência e inovaram para sobreviver. A experiência na loja e o papel dos funcionários continuarão a evoluir. O desejo do cliente por funcionários que tragam uma ótima experiência na loja não desaparecerá, então os varejistas precisarão descobrir como incentivar uma interação social significativa, mesmo à distância.

  1. Reinvente a experiência omnichannel

As empresas que carregam um DNA mais ágil usaram a pandemia como uma oportunidade de reinvenção, mas devem continuar a expandir os limites. À medida que as atitudes e o comportamento do consumidor evoluem e o panorama do consumo se transforma após a pandemia, a importância da experiência omnichannel continuará a crescer.

Embora a pandemia tenha impulsionado a inovação no espaço on-line, com os varejistas aprendendo a fornecer serviços off-line e on-line com eficácia, um ambiente omnichannel verdadeiramente combinado surgirá em um futuro próximo. Este será um em que a Realidade Aumentada e a Realidade Virtual e outras tecnologias ajudarão os varejistas a oferecer experiências ricas em conteúdos e sensoriais nesses espaços. Mas os varejistas que oferecem excelência em Customer Experience omnichannel são aqueles que pensam criticamente sobre como a tecnologia pode aprimorar a experiência humana. “Compreender onde e como fornecer produtos, serviços e experiências que beneficiam os clientes da melhor maneira exigirá pesquisas e reavaliações contínuas”, diz Juliana.

Cyber Monday 2020 movimenta mais de R$ 700 milhões em compras via e-commerce

Prejuízo evitado com fraudes foi de R$ 6,6 milhões. Com patrocínio da Elo, dados de compra são do Neotrust/Compre&Confie e informações sobre fraudes pertencem à ClearSale.

Seguindo o ritmo de sucesso demonstrado na Black Friday, a Cyber Monday também trouxe resultados expressivos para o varejo brasileiro. Ao todo, as compras on-line realizadas na segunda-feira (30) somaram R$ 702,7 milhões, aumento de 41,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi realizado pela Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce.

O incremento está relacionado principalmente à maior quantidade de pedidos realizados: 1,5 milhões de compras foram feitas nesta segunda-feira, aumento de 37,6% em relação à mesma data de 2018. Consumidores gastaram em média R$ 462,13 nas compras, variação de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“O consumidor está cada vez mais experiente para comprar on-line e conhece formas de economizar em datas sazonais. Muitos usuários acompanharam os preços de produtos durante toda a Black Friday e conseguiram economizar em promoções adicionais que foram disponibilizadas pelos varejistas durante a Cyber Monday”, destaca André Dias, fundador da Neotrust/Compre&Confie.

Fraudes

Com o aumento significativo em compras on-line, o prejuízo evitado com fraudes dobrou de um ano para outro. De acordo com a ClearSale, líder em antifraude no Brasil, o valor na Cyber Monday deste ano foi de R$ 6.643.845, alta de 98% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Pedidos por região

De acordo com a Neotrust/Compre&Confie, o Sudeste ganha mais uma vez o destaque quando o assunto são as compras on-line: ao todo, a região foi registrou R$420,2 milhões em faturamento. Em seguida, estão: Nordeste (R$112,7 milhões), Sul (R$103,9 milhões), Centro-Oeste (R$46,4 milhões) e Norte (R$19,6 milhões).

Perfil de consumo

Ainda segundo o levantamento, a maior parte das compras foi feita por consumidores entre 36 e 50 anos (34,7% do total de pedidos), seguida por brasileiros de 26 a 35 anos (32,3%) e por aqueles de até 25 anos (18,7%). Por último, estão os consumidores com 51 anos ou mais (14,4%). A idade média de compradores é de 37 anos. Na divisão por gênero, o público feminino comprou em maior quantidade, totalizando 58% das vendas. Já os homens, representaram 52% da totalidade.

Entre as categorias mais compradas, estão: Moda e Acessórios, Beleza, Perfumaria e Saúde, Entretenimento, Artigos para Casa e Móveis, Construção e Decoração.

Divididas por faturamento, as categorias que mais geraram receita foram: Eletrodomésticos e Ventilação, Entretenimento, Informática e Câmeras, Móveis, Construção e Decoração e Moda e Acessórios.

Sobre a Neotrust | Compre&Confie:

Com metodologia inovadora e única no mundo, a Neotrust busca oferecer decisões assertivas e inteligência de mercado através de relatórios, análises e Dashboard exclusivos, contando com a maior base de dados reais de grande parte dos varejistas brasileiros. A Neotrust faz parte da Compre&Confie, aceleradora do T.Group, holding multinacional formada a partir dos negócios gerados pela ClearSale.

Black Friday 2020: varejo sofre queda mesmo com recorde de vendas on-line

E-commerce movimentou 3,1 bilhões de reais apenas no dia 27 de novembro, mas faturamento do varejo físico teve queda de 25,5%.

Como já era esperado, as vendas on-line dominaram a Black Friday 2020. Dados da consultoria Ebit|Nielsen mostram que o e-commerce movimentou 3,1 bilhões de reais apenas no dia 27 de novembro, aumento de 24,8% em relação à mesma data do ano passado. Ao todo foram 4,6 milhões de pedidos com ticket médio de 679 reais.

Neste ano, o período conhecido como “esquenta” para a data também foi muito importante para os varejistas. A antecipação de ofertas para atrair os consumidores que se mostraram mais cautelosos e planejadores surtiu efeito. O faturamento das lojas on-line entre os dias 19 e 27 de novembro cresceu 30% em relação ao mesmo período do ano passado.

“A pandemia fez os consumidores terem um comportamento diferente. As compras ficaram diluídas e o comércio eletrônico soube aproveitar o momento e fisgá-los”, disse Julia Avila, líder da Ebit/Nielsen, em relatório.

Não foi suficiente

Os ótimos números do e-commerce, porém, não foram suficientes para evitar a queda do Varejo total. Com baixa de 25,5% no faturamento do varejo físico, os dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) mostram uma queda de 14,5% no resultado geral da sexta-feira de promoções deste ano em comparação a de 2019.

Segundo o ICVA, as maiores baixas foram verificadas nos segmentos de turismo e transporte (-50,7%), cosméticos e higiene pessoal (-41,4%) e vestuário (-36,7%). Os setores que se destacaram e registraram crescimento foram o de materiais de construção (9,9%), drogarias e farmácias (2,6%) e pet shops (1,7%).

Comparação entre 27/11/2020 e 29/11/2019. Fonte: Cielo | ICVA

“Desde o início da pandemia as pessoas buscaram o e-commerce para realizar compras. Essa mudança de comportamento se reflete nos resultados da Black Friday, uma data tradicionalmente mais forte nesse canal. Os números das vendas nas lojas físicas apresentaram retração devido ao maior isolamento e a uma possível antecipação das compras ao longo do mês de novembro”, afirma Gabriel Mariotto, superintendente-executivo de Inteligência da Cielo.

Em meio à pandemia, varejistas inauguram lojas e investem em estratégia phygital

Pernambucanas e Wine investem na abertura de lojas físicas para manter a conexão com os clientes e proporcionar experiências diferenciadas.

Transformação digital. Se tem uma palavra que caracteriza o ano de 2020, tanto para as empresas quanto para os consumidores, é essa. O isolamento social causado pela pandemia do novo coronavírus impulsionou o uso de canais digitais. Para se ter uma ideia, o crescimento do e-commerce no primeiro semestre foi o maior visto nos últimos 20 anos. Na Black Friday, as vendas on-line tiveram um aumento de 24,8% apenas na sexta-feira, enquanto o varejo físico registrou queda de 25,5%. Apesar do destaque dos canais on-line, alguns varejistas estão investindo em uma estratégia phygital.

Entre eles está a Pernambucanas, que inaugurou 12 lojas em novembro – 8 somente no Rio de Janeiro – e pretende finalizar 2020 com 38 novas unidades. Sergio Borriello, CEO da companhia, explica o motivo disso: “Acreditamos que a digitalização é o nosso driver de perpetuidade, mas nossa força vem do relacionamento firmado junto aos nossos clientes, que é feito por meio do contato físico, de dentro para fora. As mais de 400 lojas da Pernambucanas atuam como um hub de experiência. A empresa tem uma crença muito forte que o canal físico vai coexistir com o digital”.

Também pensando na experiência do cliente, o clube de assinatura de vinhos Wine, que funcionou 11 anos exclusivamente no on-line, acaba de abrir sua terceira loja física na cidade São Paulo – agora são seis endereços no Brasil. “Vimos uma oportunidade de atender melhor e mais rapidamente os nossos sócios na compra não programada e de última hora”, conta Carlos Geraldo, Head of Product & Growth da Wine.

Novo conceito de loja física

Mas, as lojas físicas não serão da mesma forma como conhecemos. As empresas têm pensado experiências para surpreender os clientes que estão cada vez mais acostumados com o digital. Na Pernambucanas, isso é feito unindo os dois mundos.

Nas lojas físicas da Wine o assinante pode degustar as garrafas do mês.

“O canal físico e o digital não poderão funcionar separadamente, é preciso existir a integração de todos os pontos, dando o poder de escolha para o cliente. Nos comunicamos tanto no ponto físico como no digital. Na loja, o cliente encontra todo o apoio de nossos colaboradores, além dos totens de autoatendimento e os tablets que ficam com os vendedores, possibilitando comprar de forma on-line os produtos que não estejam na loja física, por exemplo. Já no digital, o cliente pode fazer as compras pelo aplicativo e site e, se quiser, retirar em uma loja física. Ou seja, os canais são integrados para possibilitar uma jornada de compra personalizada, ágil e dinâmica”, explica Sergio Borriello.

O entendimento é de que apenas ter uma loja física não atende e não conquista os consumidores. Por isso mesmo, a Wine transformou seus endereços em centros de experiência e conveniência voltados para a interatividade. Um exemplo é a máquina que serve doses e permite que os sócios provem as garrafas do mês. Outro são os móveis com rodinha que possibilitam a organização de cursos, jantares e eventos de degustação no espaço.

“O digital é parte do futuro, mas a conexão entre pessoas nunca deve ser substituída. O ecossistema de Clube de Assinaturas, e-commerce e lojas físicas vem para reforçar o nosso propósito que é conectar pessoas por meio da paixão pelo vinho”, diz Carlos Geraldo.

Muito bem, obrigado

A estratégia de inaugurar lojas físicas na pandemia foca na experiência do consumidor e não significa que o on-line das empresas está indo mal, pelo contrário. Com o isolamento social, a Pernambucanas concentrou seus esforços no e-commerce e o resultado foi um incremento de 1.700% no faturamento dos canais digitais no segundo trimestre, em comparação ao mesmo período de 2019. Todas as categorias tiveram crescimento de, no mínimo, 350% no faturamento.

Mais dentro de casa, as pessoas aumentaram o consumo de vinho e a Wine viu suas vendas do e-commerce aumentarem em 40% logo no início da pandemia.

Para esses varejistas, a estratégia phygital é apenas mais uma forma de continuar crescendo. “Continuaremos com foco grande na expansão das lojas. Também seguiremos trazendo novas categorias de produtos, tornando a oferta cada vez mais completa. Este ano, a companhia incluiu em seu portfólio as linhas de brinquedos, bijuterias, bebês, esportiva e uma linha com confecção e acessórios para os pets. Diversificamos ainda mais nossos produtos para que os clientes possam encontrar em nossas lojas tudo o que precisam”, diz Sergio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mercado Livre cresce 130% na Black Friday

Categoria com maior número de produtos vendidos foi a de eletrônicos.

Black Friday do Mercado Livre, que teve início ao meio-dia da última quinta (26), já superava em 130% a de 2019 em volume de vendas, até as 16 horas da última sexta (27). A plataforma de e-commerce descola da média do mercado, que cresce 26%, segundo dados da Ebit | Nielsen.

As categorias com maior número de produtos vendidos foram as de eletrônicos, casa e decoração e moda. Alguns dos termos mais procurados foram: notebook, celular, ventilador, geladeira, Iphone 11 e PS4.

Qual o grande motor de persuasão dos consumidores?

Na abertura do segundo dia do Conarec 2020, o Keynote Michael Barbera, especialista global em Psicologia do Consumidor, apontou os aspectos mais importantes na hora de adquirir a confiança do consumidor.

Como os consumidores tomam suas decisões? Os mais desavisados restringiriam a resposta ao oferecimento de um bom produto ou serviço. Oferecer um bom produto é um fator importante, é claro. Mas a experiência de persuadir passa por conceitos mais complexos, como construir uma boa jornada, adquirir a confiança do cliente e proporcionar uma experiência memorável.

No painel “Qual é o grande motor de persuasão dos consumidores nesta nova realidade?”, que abriu o segundo dia do Conarec 2020, o keynote Michael Barbera, especialista global em Psicologia do Consumidor apontou os aspectos mais importantes na hora de convencer o consumidor. O especialista apresentou o modelo chamado Retrust: Notável, Experiencial, Transparente, Recíproco, Útil, Status Social e, claro, Eterno. Confira os melhores momentos:

Confiança percebida

Durante o painel, Michael Barbera trouxe uma série de exemplos que ilustram as práticas que, segundo ele, convencem o consumidor a confiar em uma marca e, consequentemente, os fazem adquirir os serviços e produtos oferecidos. O primeiro conceito apresentado é o da confiança percebida.

A confiança percebida é alcançada quando um cliente deseja comprar pela primeira vez produtos ou serviços de uma determinada marca. O consumidor não tem certeza sobre a experiência disponibilizada pela marca, mas é curioso o suficiente para arriscar. E um fator significativo que contribui para a construção da confiabilidade percebida é a quantidade de esforço exercida por um consumidor ou usuário para que seu problema seja resolvido.

Em um dos exemplos, o keynote cita a ida a uma Apple Store. Ao entrar, mira os MacBooks sobre a mesa de madeira. O preço médio é $1200, considerado um preço ‘salgado’. “. Você compraria sem antes ter tocado, degustado, sentido? ”, questiona Barbera. Pensando nisso, a Apple deixa todos os computadores a um ângulo de 76º. O motivo? Você não consegue ler exatamente o que está escrito na tela, logo, terá que tocar no produto para ajustar a tela de forma que consiga experimentar o produto. “Assim, estamos engajando, convencendo e persuadindo o consumidor a tocar o MacBook. Isso cria a percepção de confiança”, explica o especialista.

Outro exemplo apontado por Barbera é o da loja Ikea, nos EUA, do setor de móveis e decorações. Nela, você nunca encontrará uma mensagem dizendo que o produto está em falta ou fora de estoque, mas sim que o produto está esgotado. “Assim, você não culpa a empresa, mas culpa os consumidores. E pensa: ‘Essa mesa é tão boa que todos querem, por isso está esgotada’. Queremos que nossos consumidores estejam na zona de amizade da nossa marca”, diz.

Reduzindo o esforço do cliente

O especialista global em Psicologia do Consumidor afirma que o cliente tende a desistir mais rapidamente de um produto ou serviço quando não há facilidade na hora de adquiri-lo. ” Esforço do cliente é a quantidade de energia que o consumidor coloca para ter seu problema resolvido ou para comprar um produto. ”

Um exemplo já ilustrado por Barbera é o do rage clicking. “O rage clicking ocorre quando uma pessoa clica de forma contínua em uma parte de um website onde deveria haver um botão que direcionasse para o destino da página que o usuário deseja, mas nada acontece. Após um curto período de rage clicking, a probabilidade de você permanecer no site é muito menor”, explica.

A jornada do consumidor é fundamental, segundo o especialista. Segundo ele, nos dois primeiros meses da pandemia nos Estados Unidos, os clientes costumavam perdoar imprevistos ou falhas no serviço ao consumidor mais facilmente, claro, devido à crise e à mudança repentina de cenário. Após esse período de dois meses, a paciência foi decrescendo. “Não estamos vendendo o produto, estamos vendendo conveniência e confiança. ”

Retrust

O especialista apresentou o modelo Retrust, composto por algumas sensações positivas ao consumidor na hora de decidir sobre um produto de uma marca. São elas: Notável, Experiencial, Transparente, Recíproca, Útil, Status Social e Eterna.

Em um dos exemplos, Barbera fala sobre o case da pizzaria Boston Pizza. O estabelecimento substituiu a mesinha que separa os pedaços de pizza por uma cadeirinha mais personalizada. Assim, criou uma experiência mais “memorável”.

“A experiência positiva é o que torna as coisas memoráveis e marcantes. A cadeirinha personalizada faz os clientes tirarem fotos da pizza para compartilhar no Instagram ou outras redes sociais. É claro, enviando uma foto você não tem como confirmar que a comida está boa, mas, de certa forma, você está dizendo ‘puxa, isso é demais’. Colocar algo divertido na pizza tornou a experiência mais memorável e a partir daí o cliente está menos propenso a eventualmente reclamar do alimento. ”

O especialista dá outro exemplo. “Imagine que você vai a um restaurante. Após se sentir satisfeito, pede para o garçom embrulhar o restante da comida para que você leve para casa. Minutos depois, o garçom volta com a embalagem de batata completa.

“Isso deve ter custado centavos ao restaurante ou até mesmo nada, devido ao valor atribuído. Mas é marcante para o consumidor”, diz Barbera.

Outras práticas exemplificadas pelo Keynote foram transparência, reciprocidade e status social.  Para ilustrar transparência, Barbera citou uma campanha da M&Ms nos anos 90, na qual os consumidores puderam votar a nova dor do confeito. À época, a cor escolhida foi a azul. “Neste tipo de campanha, você cria um sentimento de pertencimento. O consumidor agora é parte da empresa, pode opinar, isso é marcante”, destaca.

O conceito de reciprocidade é intuitivo. É o ato de proporcionar algo para obter algo em troca. Como exemplo, Barbera fala sobre um garçom de um restaurante que dá balas de brinde ao consumidor. “A gorjeta dele tende a subir em torno de 18 a 20%”, acredita.

Já no quesito status social, Barbera afirma que o consumidor gosta de se sentir exclusivo, importante, bem quisto. “Muitas vezes, é fazendo o cliente se sentir importante que as marcas conseguem engajamento, como oferecendo sky clubs, lounges em aeroporto, cartões exclusivos. Quando você vai a uma loja, é provável que goste menos de uma camisa que vende em muitos lugares. No entanto, se a roupa for de venda limitada, as chances de engajamento são muito maiores”, finaliza Michael Barbera.

 

Frete caro e demora faz consumidor optar por compra on-line com retirada na loja

A compra on-line com a retirada de produto em loja se tornou um dos modelos preferidos do consumidor no Brasil em meio à pandemia de Covid-19. E isso não se deve, apenas, à necessidade de distanciamento social, mas também ao frete, visto como caro e com prazo muito longo pela maioria dos consumidores. O alerta é da vice-presidente do Facebook para a América Latina, Maren Lau.

Pesquisas feitas pelo próprio Facebook mostram que a compra virtual se tornou prioritária e isso está relacionado diretamente com os efeitos da pandemia. Um indicativo disso é que mais de 70% das pessoas mudaram os hábitos de compra e estão se preocupando mais com filas e multidões, enquanto que 58% querem evitar aglomerações na temporada de compras de fim de ano.

Ao mesmo tempo, o frete, componente das compras on-line, se apresenta como um entrave para a conclusão das compras: 90% dos consumidores disseram que se importam com o tempo que a compra leva para ser entregue ou ter como opção retirar o produto em loja; 71% declararam estar insatisfeitos com o valor do frete.

Por conta dessa insatisfação, a opção de retirada na loja se mostra uma solução: 72% dos consumidores se importam que a loja ofereça esta opção quando vão decidir suas compras de fim de ano. “O brasileiro aprendeu a se importar mais com o frete e, diante do atual contexto de pandemia, prefere comprar on-line e retirar na loja”, alerta Maren.

Outro comportamento que surgiu durante a pandemia da Covid-19, e que cresce entre os consumidores, é a valorização do comércio local, incentivando a produção de produtos feitos por pequenos empresários e os negócios de bairro. “Com o surgimento da pandemia, as empresas locais ganharam novas oportunidades de estabelecer relacionamentos”, explica Maren.

Expectativas para a Black Friday

Um levantamento do próprio Facebook mostra que, desde 1º de novembro deste ano, no Brasil foram registradas mais de 1,9 milhão de menções no Facebook e no Instagram relacionadas a compras de fim de ano e Black Friday. A previsão do mercado é de que, em 2020, a Black Friday supere os resultados do ano anterior, que apresentou faturamento de R$ 3,2 bilhões em vendas on-line – superando, inclusive, os R$ 2,6 bilhões de faturamento do Natal.

Estudos anteriores conduzidos pela rede social mostram que o celular se tornou o principal canal de pesquisa e de compras em 2020, e a recomendação da empresa é de que as marcas trabalhem para proporcionar uma experiência segura e um e-commerce de qualidade: 85% das pessoas dizem que o mobile é a maneira mais fácil para descobrir novos produtos e serviços, enquanto que 60% das pessoas acreditam que o celular é uma fonte de inspiração para pesquisa de compras de fim de ano, um crescimento de 71% em relação a 2019.

Maren revela ainda que, por conta do cenário atual, as expectativas dos consumidores no mundo todo estão sendo redefinidas, e isso vem ocorrendo também no Brasil. “Durante a pandemia, um a cada quatro brasileiros comprou produtos para entrega em domicílio pela primeira vez e outros 30% afirmaram que, após a pandemia, pretendem realizar pelo menos metade de suas compras por meios digitais”, diz ela.

Para a executiva, os empresários, independentemente do porte ou a área de atuação da empresa, devem se preparar para o novo momento, desenvolvendo uma mentalidade que permita ao seu negócio acompanhar as mudanças, oferecendo produtos e serviços que sejam relevantes para os consumidores.

 

Em décima aquisição, startup reforça big data da mídia

A Knewin monitora 1,2 milhão de sites, 11 mil veículos de comunicação impressos, 1,5 mil emissoras de rádio e 350 canais de tevê no mundo inteiro. Agora, está agregando inteligência a esses dados com a incorporação da Plugar.

O empreendedor Lucas Nazário usou sua formação de programador e seus conhecimentos de machine learning para desenvolver sistemas para uma série de clientes avulsos.

Ao longo do tempo, ele resolveu se especializar e passou a atender empresas que coletavam informações, as chamadas clipadoras, que compilam dados a partir de palavras-chaves para o monitoramento de mídia.

Foi assim que nasceu, em 2011, a Knewin, que já recebeu R$ 19,9 milhões de investimentos de fundos de venture capital como KPTL e Invisto. Desde então, a empresa vem crescendo via aquisições, que incluíram desde clipadoras rivais até empresas que agregaram novos recursos ao seu sistema ou permitiram entrar em novas áreas, como o governo.

Agora, a Knewin está fazendo a sua décima transação com a compra da Plugar, uma consultoria de tecnologia para inteligência de mercado. O valor do negócio não foi divulgado. “Até a compra, o nosso produto ia mais na linha de monitoramento, análise de sentimento e identificação de porta-vozes”, diz Lucas Nazário, fundador e CEO da Knewin. “Estamos colocando uma capa de business intelligence em cima dos dados. ”

A Knewin atualmente monitora 1,2 milhão de sites, 11 mil veículos de comunicação impressos, 1,5 mil emissoras de rádio e 350 canais de tevê no mundo inteiro – a maior parte na América Latina. Esse número gigantesco de conteúdos gera 10 terabytes por dia.

Esses dados são manipulados de forma bruta para monitoramento de mídia, ajudando na gestão de crises e de marcas por companhias da área de comunicação. A Knewin usa algoritmos de inteligência artificial para capturar em tempo real as informações e as apresenta em painéis que permitem diversas análises dos dados.

Com a Plugar, a Knewin entra no business de consultoria. As duas empresas já tinham uma parceria há mais de dois anos, antes de fecharem negócio. “Somos uma empresa de ciência de dados. Antes não se falava em big data”, afirma Fabio Rios, que era CEO da Plugar e que agora se tornou Chief Marketing Officer (CMO) da Knewin.

A análise dos dados não será feita de forma automática. Uma equipe de consultores pega as informações dessa gigantesca base de dados para gerar relatórios mais analíticos sobre temas definidos pelos clientes, que vão desde o monitoramento de imprensa e redes sociais até análise da concorrência e da reputação da marca.

Atualmente, a Knewin conta com aproximadamente 1 mil clientes, que vão de empresas de relações públicas a agências de propaganda e departamento de marketing de empresas. O principal modelo é o SaaS (software as a service), que através de uma mensalidade dá acesso a uma ferramenta para que o cliente faça sozinho o seu monitoramento.

A startup, que tem 200 funcionários, informa que a meta é faturar R$ 30 milhões em 2020. No próximo ano, a estimativa é chegar a R$ 75 milhões.

Além das operações no Brasil, a companhia atua nos Estados Unidos e no México. E conta com representantes comerciais na Colômbia, Panamá e Equador. “Estamos começando a lançar ações comerciais em Portugal e Espanha e devemos testar esses mercados em 2021”, diz Nazário.

 

Ticket médio de comerciantes que entram para o mundo on-line cresce 17%

Os estabelecimentos comerciais que entraram para o mundo on-line durante a pandemia de 2020 viram o ticket médio aumentar 17%, mostra estudo da Visa Consulting & Analytics, braço de consultoria da Visa. De acordo com a pesquisa, feita entre abril e junho deste ano, mais de 70 mil comércios que atuavam apenas no mundo físico no mesmo período de 2019 entraram para o mundo on-line.

A análise destaca, ainda, um crescimento expressivo em alguns dos Estados brasileiros que tiveram o maior crescimento na migração para o mundo digital: Roraima (145%), Tocantins (113%) e Rondônia (84%). Ainda sobre os Estados, entre os que tiveram o maior número de estabelecimentos comerciais atuando em ambos os canais e-commerce e no mundo físico, estão Espírito Santo (73%), Minas Gerais (47%) e Paraná (42%).

O Estado de São Paulo, que representa 31% do total de estabelecimentos comerciais estudados, registrou um crescimento de 27% no número de negócios provindos dos dois canais, quando comparados os meses de abril a junho de 2020 com o ano anterior.

“Falamos muito sobre a influência da pandemia na transformação digital das empresas. Os números mostram resultados diretos desse movimento em suas vendas, além do ganho em benefícios, como aumento da segurança, expansão da clientela e praticidade. Acreditamos que essa entrada no mundo digital é um processo sem volta, que tende a crescer e a ditar uma nova forma de comprar e vender no País, contribuindo com a inclusão digital e financeira de comércios e consumidores”, comenta Oscar Pettezzoni, diretor da Visa Consulting Analytics.

Supermercados e postos de gasolina

O time da Visa Consulting & Analytics também analisou os setores da economia que mais tiveram empresas migrando para o mundo on-line durante a pandemia. Os supermercados e os postos de gasolina registraram o maior aumento no número de estabelecimentos atuando nos dois canais ao mesmo tempo (presencial e on-line), com 373% e 407% de aumento, respectivamente.

“O segmento de postos de gasolina teve um crescimento expressivo por conta das inovações mais recentes lançadas no mercado, como aplicativos que permitem que o motorista efetue o pagamento sem precisar sair do carro. E o aumento em supermercados pode ser influenciado pelo aumento do uso de apps de entrega e delivery”, completa Pettezzoni.

Em relação aos segmentos de estabelecimentos comerciais que já atuavam no mundo on-line mesmo antes da pandemia, os setores com o maior crescimento de vendas foram as lojas de departamento (462%) e os restaurantes de fast food, com aumento de 221%.