Imagens vendem: como a qualidade visual impacta as conversões no e-commerce

No ambiente digital competitivo, a primeira impressão pode ser a diferença entre uma venda concretizada e um carrinho abandonado. As imagens de um produto desempenham um papel fundamental na decisão de compra dos consumidores, influenciando diretamente a taxa de conversão de um e-commerce.

A psicologia das imagens no e-commerce

Pesquisas indicam que 75% dos consumidores consideram a qualidade das imagens um fator essencial ao decidir comprar online. Em um cenário no qual o cliente não pode tocar ou experimentar o produto, as imagens são a ponte entre a dúvida e a confiança na compra.

Imagens de alta qualidade transmitem profissionalismo, reduzem incertezas e criam uma experiência mais próxima da compra presencial. Além disso, ajudam a diminuir taxas de devolução, pois oferecem uma visão clara e realista do produto.

Estratégias para melhorar o impacto visual

1. Alta resolução e múltiplos ângulos: fotos nítidas, em alta resolução, e exibindo o produto de diferentes perspectivas permitem que o consumidor tenha uma visão completa.

2. Contextualização do produto: além de imagens de estúdio, fotos mostrando o produto em uso ajudam a criar conexão emocional e reforçam seu valor.

3. Zoom e detalhamento: recursos de zoom e imagens ampliadas permitem ao cliente visualizar detalhes que poderiam passar despercebidos em fotos pequenas.

4. Vídeos e elementos interativos: o uso de vídeos curtos demonstrando a aplicação do produto pode aumentar significativamente as chances de conversão.

5. Otimização para SEO: nomear corretamente as imagens e adicionar descrições ALT impacta não apenas a acessibilidade, mas também a indexação nos motores de busca, aumentando a visibilidade da loja.

O futuro das imagens no comércio eletrônico

Com o avanço das tecnologias de realidade aumentada (AR) e inteligência artificial (IA), as imagens de produto estão evoluindo para oferecer experiências ainda mais imersivas. Ferramentas que permitem ao consumidor visualizar um produto em seu ambiente real ou customizar características antes da compra já são diferenciais competitivos no mercado.

Empresas que investem na qualidade visual de seus produtos colhem os frutos de um maior engajamento, confiança do consumidor e, consequentemente, melhores taxas de conversão. No e-commerce, imagens não são apenas estética – são dinheiro.

E na sua loja virtual, as imagens estão ajudando ou prejudicando suas vendas?

Fonte:”https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/imagens-vendem-como-a-qualidade-visual-impacta-as-conversoes-no-e-commerce”

 

 

 

Do estoque ao encantamento: a loja como orquestradora da experiência e da logística no varejo

Não é de hoje que falamos de omnichannel. O conceito está estabelecido, as tecnologias estão disponíveis e os cases de sucesso se multiplicam. Mas há uma diferença gritante entre conhecer o conceito e operar, de fato, uma estratégia omnichannel eficaz e fluida. No discurso, o setor varejista reconhece a importância da integração entre canais. Na prática, ainda vemos loja desconectada dos estoques digitais, sistemas que não se comunicam entre si e consumidores forçados a escolher entre experiência e conveniência. É hora de mudar essa equação.

De fato, a loja física precisa ir além da venda. Ela precisa ser um centro de distribuição local, ponto de retirada, hub de devoluções, espaço de experimentação, centro de relacionamento e até canal de conteúdo ou engajamento comunitário. Em outras palavras, ela deve ser o elo vivo e versátil que conecta canais, otimiza recursos e responde às expectativas do consumidor contemporâneo.

Mais do que nunca, o papel da loja é dinâmico. Ela deixa de ser um fim e passa a ser um meio estratégico para tornar a jornada do cliente mais fluida, conveniente e personalizada.

Porém, a complexidade da operação exige inteligência e visão. A adoção de modelos como webrooming, showrooming, BORIS (Buy Online, Return In-Store), endless aisle e ship-from-store não é só uma questão tecnológica — é uma mudança de mentalidade e de modelo operacional. Ela requer integração real de estoques, capacitação de equipes, arquitetura sistêmica robusta e, acima de tudo, decisão estratégica.

É também um caminho para a eficiência operacional: ao utilizar estoques locais, o varejo reduz custos logísticos, acelera entregas e libera os CDs centrais para operações mais complexas. Mas os ganhos não param aí. Quando bem executada, a tão conhecida estratégia omnichannel gera satisfação, recorrência e diferenciação em um mercado cada vez mais competitivo.

O varejo verdadeiramente omnichannel não é estático; está em constante evolução, impulsionado por tecnologia, dados e — acima de tudo — pelo comportamento do consumidor. O que estamos testemunhando agora é uma nova fase dessa transformação, na qual a integração entre canais precisa ser não apenas operacional, mas inteligente, preditiva e automatizada.

A Inteligência Artificial, combinada com analytics avançado, está se tornando um elemento crítico para orquestrar operações omnichannel com precisão. Sistemas baseados em IA já são capazes de analisar variáveis como geolocalização, volume de estoque, rotas logísticas, histórico de compras e capacidade operacional de cada ponto físico para decidir, em tempo real, de onde atender a um pedido com o menor custo e maior agilidade — sem comprometer a experiência do cliente.

Essa sofisticação também se reflete na infraestrutura física. Lockers urbanos, armários inteligentes e pontos automatizados de retirada surgem como soluções altamente escaláveis e convenientes, especialmente para áreas urbanas de alta densidade. Eles oferecem uma alternativa eficaz tanto para quem deseja evitar filas quanto para redes que buscam reduzir custos com entregas de última milha — um dos maiores gargalos logísticos da atualidade.

Outro pilar dessa evolução é a integração total dos estoques físicos e digitais. A separação entre estoque da loja e estoque do e-commerce está se tornando obsoleta. Para que a experiência seja fluida e sem rupturas, o varejo precisa enxergar o inventário como uma rede unificada e responsiva. Ferramentas como digital twins — réplicas virtuais que simulam e monitoram estoques em tempo real — já são adotadas por players de vanguarda, permitindo visibilidade total, antecipação de demandas e prevenção do chamado apagão de estoque.

Por fim, o futuro aponta para experiências híbridas e altamente personalizadas, em que o papel da loja física vai além da função transacional. Modelos em que a unidade física é simultaneamente um espaço de venda, atendimento, engajamento comunitário e logística exemplificam como a fronteira entre físico e digital se dissolve em favor da relevância e da conexão com o cliente. Essas lojas multifuncionais são projetadas para entregar valor sob diversas perspectivas — conveniência, experiência, relacionamento e propósito — criando um patamar de fidelização e diferenciação.

A verdadeira logística omnichannel acontece quando cada ponto de contato se torna uma oportunidade de entrega e encantamento. A loja deixa de ser um silo e passa a ser parte orgânica de um ecossistema interligado. O consumidor ganha autonomia. O varejo ganha agilidade. E a experiência se torna contínua — do clique à loja, da loja até a casa.

Não existe mais online ou offline. Existe o cliente no centro — e a tecnologia ao redor dele.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/11/04/2025/artigos/do-estoque-ao-encantamento-a-loja-como-orquestradora-da-experiencia-e-da-logistica-no-varejo/”

 

 

 

Transformação da compra: conveniência, tecnologia e fidelização no varejo

O momento da compra se consolidou como um diferencial competitivo, à medida que os consumidores passaram a buscar não apenas o produto, mas também conveniência, personalização e inovação ao longo de sua jornada de compra. Cada vez mais, os clientes priorizam experiências e deixam para trás a ideia de uma simples transação.

O estudo “Dados sobre Consumo e Fidelização no Brasil”, realizado pela Neogrid em parceria com o Opinion Box, revela que, além de valorizar conveniência e personalização, o brasileiro está disposto a pagar mais por uma experiência inovadora. Segundo a pesquisa, 41% dos consumidores estariam dispostos a aumentar o gasto com produtos ou serviços, caso a experiência de compra seja inovadora e imersiva. Além disso, 84% dos entrevistados consideram vantajoso o acompanhamento de seu histórico de compras por marcas e estabelecimentos em troca de descontos, e 66% afirmam participar de programas de fidelidade.

Esses dados ressaltam que o momento da compra pode ser crucial para marcas e estabelecimentos, pois 45% dos consumidores revelam que, embora sigam uma lista de compras, frequentemente acabam adquirindo itens adicionais por impulso.

Tecnologia como aliada

A constante evolução da tecnologia tem transformado a rotina de consumo, e o setor varejista não fica atrás. À medida que as expectativas dos consumidores aumentam, cresce também a demanda por inovações que aperfeiçoem a experiência de compra. A pesquisa aponta que 48,6% dos entrevistados esperam mais tecnologia e inovação nas lojas do futuro, com 21,5% destacando a personalização como uma prioridade.

A principal vantagem do uso de novas tecnologias no varejo, segundo 34,6% dos respondentes, é a facilidade de compra. Outros benefícios incluem economia de tempo (33,5%), aprimoramento da experiência de compra (17,8%) e acesso a informações detalhadas sobre os produtos (13,2%).

A aplicação dessas tecnologias já é uma realidade para muitos consumidores. Quando questionados sobre a experiência de compra em supermercados sem atendimento humano, por meio de caixas automáticos ou self-checkout, 61,6% dos entrevistados afirmaram já ter utilizado essa modalidade e ficado satisfeitos. Já 10,7% relataram uma experiência negativa, e 22,6% nunca experimentaram, mas demonstraram interesse em testar.

Programas de fidelização em alta

Do lado dos varejistas, as estratégias para atrair e fidelizar clientes se intensificaram. O estudo revela que 7 em cada 10 consumidores brasileiros (66%) aderiram a programas de fidelidade de supermercados, sendo que 59% participam de duas a quatro iniciativas. No ambiente digital, 59,7% dos entrevistados fazem parte de algum programa de fidelidade de lojas virtuais.

Quando questionados sobre os benefícios que mais os atraem para aderir a programas de fidelidade, 60,4% destacaram as milhas aéreas como o principal atrativo. Em seguida, aparecem os descontos (53,7%), o acesso a promoções exclusivas (42,3%) e sorteios (22,5%).

A fidelidade dos consumidores no varejo físico e digital apresenta diferenças marcantes. A pesquisa mostra que 51,7% dos consumidores costumam visitar regularmente o mesmo supermercado físico. Para 49,8% deles, a variedade de marcas e produtos é o principal motivo, seguido por descontos (43,4%) e conveniência da localização (42%). No entanto, 45% dos entrevistados seguem uma lista de compras, mas acabam levando itens por impulso.

Por outro lado, no ambiente digital, a fidelidade é menor. Apenas 27% dos consumidores compram regularmente na mesma loja virtual, enquanto 51% o fazem ocasionalmente. Apenas 4% compram sempre na mesma plataforma, e o mesmo percentual nunca repete a compra no mesmo e-commerce.

Meios de pagamento

Em relação aos métodos de pagamento, 62,5% dos consumidores utilizam o cartão de crédito como principal forma de pagamento nos supermercados, seguido pelo cartão de débito (16,4%), Pix (9%) e aplicativos de pagamento, como Apple Pay, Google Pay e Mercado Pago (4,1%). O pagamento em dinheiro é a opção escolhida por apenas 3,8% dos respondentes.

Esses dados reforçam a crescente influência da tecnologia e da experiência personalizada nas decisões de compra, seja no ambiente físico ou digital, e a necessidade das marcas em se adaptar para atender a essas expectativas.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/transformacao-da-compra-conveniencia-tecnologia-e-fidelizacao-no-varejo”

 

 

 

Do virtual para o físico, como os brindes impulsionam vendas no e-commerce

O uso de brindes personalizados, no varejo, é uma estratégia amplamente conhecida, afinal, ao presentear consumidores, é possível fortalecer relacionamentos, criar conexões emocionais e aumentar a exposição à marca.

Para você ter uma ideia, 81% dos consumidores afirmam manter brindes por um ano ou mais, de acordo com pesquisa da Gitnux.

Quando falamos do setor de e-commerce, os brindes personalizados desempenham um papel ainda mais importante. Ao contrário de uma loja física, onde é possível trabalhar todos os sentidos do cliente, as lojas virtuais possuem maior dificuldade com o tato e o olfato.

Nesse sentido, ofertar brindes agrega mais valor à experiência do consumidor, elevando a experiência de compra e incentivando maior fidelidade.

Aquisição, vendas e visibilidade de marca

Quando realizada de maneira estratégica, uma ação promocional com brindes é excelente para aumentar a taxa de aquisição de clientes. Oferecer um presente incentiva novos consumidores a finalizarem a compra e, de quebra, você já começa o relacionamento com o pé direito, ofertando um item tangível para que a pessoa se lembre da loja.

Os brindes também podem ser usados durante ações, ofertas e campanhas para aumentar o senso de urgência e de oportunidade. Essa é uma excelente estratégia, inclusive, para elevar o ticket médio.

Por fim, quando bem escolhido, um brinde personalizado ajuda a criar buzz sobre a marca, seja nas redes sociais ou no offline, ao incentivar as pessoas a postarem o item e o usarem em suas rotinas.

Como acertar na escolha do brinde para e-commerce

Para que o brinde se torne um aliado para aumentar o faturamento e a fidelização de clientes no e-commerce, é importante fazer a escolha e a distribuição de forma estratégica. Algumas dicas são:

– Distribua brindes para compras acima do ticket médio: presenteie os clientes que fizerem compras maiores para incentivar o aumento do faturamento no período.
– Escolha itens que estejam alinhados à marca: os brindes são uma extensão da marca e, portanto, precisam ir ao encontro de seus valores e identidade. Brindes ecológicos, por exemplo, são uma ótima maneira de reforçar o posicionamento de empresas que se preocupam com o meio ambiente.
– Mostre o brinde no carrinho: reforce, na finalização da compra, que o cliente está sendo presenteado. Esse ato pode parecer simples, mas tem o poder de reduzir as taxas de abandono de carrinho.
– Prefira qualidade e durabilidade: lembre-se de que o brinde está comunicando a sua marca, portanto, o item deve possuir alta qualidade e durabilidade para não transmitir uma mensagem errada e, de quebra, ficar mais tempo com o seu cliente.
– Use técnicas de copywriting: em vez de apenas destacar “ganhe o item X”, prefira frases como “oportunidade exclusiva de ganhar um item de luxo” ou “seja um dos poucos a ganhar esse item de edição limitada”. Dessa forma, você vai conseguir despertar ainda mais o desejo dos clientes.
– Reative a sua base de clientes: os brindes não precisam ser usados apenas para atrair novos clientes. Eles também são excelentes para criar uma nova aproximação com clientes que não compram há um tempo. Pense em uma ação dedicada para resgatar quem está sumido.
– Integre o brinde à campanha: por fim, pense sempre no brinde como uma extensão da campanha que está acontecendo no momento e/ou no uso que o seu cliente faz do produto. Por exemplo, pet shops podem apostar em necessaires e bolsas personalizadas para transportarem os itens dos pets. Uma marca de biquíni pode surpreender com uma toalha ou uma viseira personalizada.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/do-virtual-para-o-fisico-como-os-brindes-impulsionam-vendas-no-e-commerce”

Tecnologias disruptivas e a evolução do comportamento do consumidor no varejo digital

O e-commerce já não é mais uma tendência em desenvolvimento, mas uma realidade consolidada que está redefinindo o varejo como um todo. Acelerado pela pandemia e impulsionado por uma onda de inovação tecnológica, o comércio eletrônico evoluiu para atender a um novo perfil de consumidor: mais exigente, conectado e em busca de experiências personalizadas.

Para se manter competitivo, é necessário não apenas acompanhar essas mudanças, mas antecipar-se a elas, adotando novas tecnologias e estratégias que maximizem a eficiência e a satisfação do cliente.

Nos últimos anos, as tecnologias emergentes desempenharam um papel fundamental na transformação do e-commerce. Soluções como inteligência artificial (IA), machine learning, automação e realidade aumentada estão modificando a forma como os consumidores interagem com as lojas digitais.

A IA tem sido uma das tecnologias mais transformadoras no mercado. Empresas estão utilizando algoritmos de machine learning para analisar o comportamento do consumidor e oferecer uma experiência de compra cada vez mais personalizada. A personalização vai muito além de recomendar produtos com base em compras anteriores; ela envolve prever as necessidades do consumidor, otimizar campanhas de marketing e criar jornadas de compra únicas.

Segundo um estudo da McKinsey, 71% dos consumidores esperam que as empresas ofereçam experiências personalizadas e, quando bem-feito, isso pode aumentar em até 40% o valor médio das transações. A IA permite que as lojas online criem perfis detalhados dos consumidores, ajustando automaticamente recomendações de produtos, ofertas e até mesmo a disposição de elementos no site, tornando a experiência de compra mais fluida e eficiente.

A evolução do comportamento do consumidor digital

Muitas têm sido as inovações tecnológicas que impactam o e-commerce, a maioria de forma muito positiva. Para citar poucas, podemos lembrar do uso de realidade aumentada, especialmente em setores como moda e decoração, e também as melhorias nos processos de gestão e logística com automação de processos, o que leva a uma melhor eficiência operacional, sem dúvida, mas também converge diretamente para a experiência do cliente.

O comportamento do consumidor, aliás, é algo que está em evolução tão ou mais rápida que as tecnologias. Mais do que uma simples transação de compra e venda, o cliente de hoje busca experiências significativas, marcas que tenham valores alinhados com os seus e conveniência em todas as etapas do processo de compra.

Com a crescente adoção de smartphones e o fácil acesso à internet, tem-se um consumidor cada vez mais conectado: 84% das compras online no Brasil, em 2023, foram realizadas por meio de dispositivos móveis, de acordo com o Ebit/Nielsen. Esse consumidor “multicanal” pesquisa produtos online enquanto visita lojas físicas, compara preços em tempo real e espera que a transição entre os diferentes canais de venda seja absolutamente fluida e contínua, sem quebras no processo.

Essa realidade impulsionou o crescimento do omnichannel, estratégia que integra os canais de venda online e offline, proporcionando uma experiência única para o cliente. Lojas físicas estão se tornando pontos de experiência, enquanto as plataformas online garantem a conveniência e a personalização.

Economia da conveniência e ESG

Esse mesmo consumidor, que busca a experiência na loja física e a conveniência da plataforma online, é impaciente – cada dia mais. Pesquisa da PwC revela que 88% dos consumidores esperam que suas compras online sejam entregues em até três dias, enquanto 45% já consideram as entregas no mesmo dia como um fator decisivo na hora de escolher onde comprar.

Isso levou ao aumento da chamada “economia da conveniência“, em que empresas competem não só pelo preço ou qualidade, mas pela rapidez e facilidade no processo de compra e entrega. Além disso, a demanda por praticidade é visível em outras áreas, como métodos de pagamento.

Soluções como carteiras digitais, pagamentos via Pix e Compre Agora, Pague Depois (do inglês, Buy Now, Pay Later – BNPL) estão se tornando comuns, refletindo as expectativas de uma geração que prioriza facilidade e velocidade.

Outro fator que está ganhando relevância é o aumento da consciência social e ambiental dos consumidores. Hoje, muitos consumidores buscam marcas que demonstrem estar alinhadas às práticas ESG (Governança Social, Ambiental e Corporativa), indo além do mero discurso de responsabilidade social e sustentabilidade em suas operações. De acordo com o Global Consumer Insights Pulse Survey 2023, da PwC, 55% dos consumidores globais preferem comprar de empresas que demonstram práticas sustentáveis.

Essa mudança está levando muitas marcas a adotar práticas mais verdes, como embalagens recicláveis, otimização da cadeia de suprimentos para reduzir a pegada de carbono e transparência em relação às práticas de produção, entre outras ações ligadas ao ESG. No Brasil, grandes varejistas estão começando a adotar essas práticas como forma de diferenciação no mercado.

Tecnologia, transparência e experiência

O futuro do e-commerce promete ser ainda mais dinâmico, com tecnologias emergentes moldando o setor e consumidores cada vez mais exigentes. As empresas que se destacarão serão aquelas que conseguirem equilibrar inovação tecnológica com a capacidade de entender as novas demandas do consumidor e atendê-las, claro.

A inteligência artificial continuará a evoluir, tornando-se cada vez mais integrada a todas as etapas do processo de compra, desde a personalização até o atendimento ao cliente. O blockchain pode emergir como uma solução para garantir a transparência nas cadeias de suprimentos e na autenticação de produtos, especialmente em setores como moda e eletrônicos. Já as plataformas de social commerce, que combinam e-commerce com redes sociais, continuarão a crescer, transformando as interações digitais em transações de compra.

No entanto, ao adotarmos essas novas tecnologias, devemos lembrar que o sucesso no e-commerce do futuro não será medido apenas por inovação, mas também pela capacidade de entregar valor real ao consumidor. O foco precisa estar em oferecer uma experiência personalizada, ágil e transparente, que respeite as novas expectativas de conveniência e sustentabilidade.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/tecnologias-disruptivas-e-a-evolucao-do-comportamento-do-consumidor-no-varejo-digital-2”

Six dragons of e-commerce: os próximos donos do e-commerce brasileiro e global

Em 1999, surgiram os sites 8848, EachNet, Alibaba e Dangdang, marcando o início do comércio eletrônico na China. Coincidentemente, no mesmo ano, nasceram alguns dos principais players da América Latina, como Submarino e Americanas, no Brasil, e Mercado Libre, na Argentina.

Ao revisitar os 26 anos de evolução do e-commerce chinês, o ano de 2014 se destaca como um dos momentos cruciais: em 22 de maio, a JD.com foi listada na Nasdaq, arrecadando aproximadamente US$ 1,78 bilhão. Quatro meses depois, em setembro, o Alibaba estreou na Bolsa de Valores de Nova York, levantando US$ 25 bilhões e estabelecendo o recorde do maior IPO global da época.

O sucesso dessas entradas no mercado de ações consolidou a era da “batalha dos dois gigantes” no e-commerce chinês. O Alibaba, atuando como um marketplace puro, e a JD.com, em um modelo híbrido de varejo e marketplace. Aqui na América Latina, nós tínhamos modelos correspondentes: Mercado Livre e B2W.

A evolução do e-commerce chinês

Mesmo com esse cenário estabelecido, novos fatores entraram em jogo. No mesmo ano, 2014, a popularização dos smartphones impulsionou a expansão da internet móvel, transformando profundamente os hábitos dos consumidores chineses. Isso abriu espaço para modelos de negócio inovadores, como a economia compartilhada, as redes sociais, vídeos curtos e livestreaming, pavimentando o caminho para novas plataformas de e-commerce em todo o mundo.

Em 2020, o Pinduoduo, focado no social commerce e nos mercados de cidades menores, cresceu rapidamente, ultrapassou a JD.com e se tornou a segunda maior plataforma de e-commerce da China. O e-commerce chinês evoluiu, então, da “batalha dos dois gigantes” para um cenário de “três forças dominantes”.

Vale lembrar que o Pinduoduo é dono da Temu, que, em menos de dois anos, já domina alguns mercados relevantes. No Brasil, onde chegou em 2024, a Temu rapidamente se tornou o app de e-commerce mais baixado e o segundo mais acessado, superando o Mercado Livre e ficando atrás apenas da Shopee.

Em 2024, o Douyin (versão chinesa do TikTok), impulsionado pelo social live commerce, superou a JD.com e assumiu a terceira posição no ranking das maiores plataformas. Assim, o setor entrou em uma era de “múltiplos líderes coexistindo”. A JD.com, que antes tinha vantagens claras em mercados premium, logística e cadeia de suprimentos, agora vê a diferença para seus concorrentes aumentar. Em 2024, seu GMV (Volume Bruto de Mercadorias) ficou US$ 414 bilhões abaixo do Pinduoduo, enquanto o Douyin registrou um crescimento impressionante de 30%.

Como o panorama chinês mudou tanto em apenas 10 anos? O impacto do social live commerce

O principal fator de transformação do mercado chinês foi o social live commerce. Em 2024, as vendas no varejo por transmissões ao vivo atingiram US$ 593 bilhões, representando 30% do total das vendas online. Mais relevante ainda, 80% do crescimento do e-commerce chinês veio dessa modalidade. Os números mostram que quem domina o social live commerce lidera o mercado: o Douyin cresceu mais rápido que seus concorrentes, enquanto a JD.com, com dificuldades nesse segmento, perdeu posição. Já a Taobao (do grupo Alibaba) integrou o social live commerce à sua estratégia de crescimento, garantindo estabilidade.

As projeções indicam que o social live commerce continuará crescendo entre 20% e 30% ao ano, muito acima da média do e-commerce chinês. Diante desse cenário, a JD.com não desistiu: em 2024, lançou três grandes iniciativas para fortalecer sua atuação no setor, incluindo o avatar de IA de seu fundador, Richard Liu, para conduzir vendas ao vivo.

O Alibaba também priorizou o crescimento do Taobao Live para 2025. Por sua vez, o WeChat, que sempre foi cauteloso com monetização, refletindo sua filosofia de “pequeno, mas sofisticado”, investiu pesado no social live commerce por meio do Video Channels, de acordo com declaração de Pony Ma, CEO da Tencent (criadora do WeChat), no início do ano passado. Como resultado, o GMV dos Video Channels alcançou US$ 41 bilhões.

Recentemente, o Pinduoduo também anunciou uma colaboração com o Douyin para criar um modelo de social live commerce em duas plataformas, potencializando o tráfego e as vendas ao vivo.

O impacto no Brasil: a chegada dos “seis dragões do e-commerce”

No Brasil, o sucesso do social live commerce na China foi uma promessa não cumprida. Mas isso não por responsabilidade do modelo chinês, mas sim da visão parcial dos players brasileiros sobre o conceito completo. Na primeira onda de live commerce por aqui, os brasileiros copiaram apenas o formato, mas não a estratégia – a mecânica existiu, o “o quê”, mas não foram considerados fatores importantes como o “onde”, ou seja, as redes sociais e seus algoritmos de recomendação. Por isso que o conceito chinês na sua plenitude é o social live commerce.

O palco está montado e a batalha está apenas no início. Agora, o Brasil não apenas se tornará um novo campo de disputa para as plataformas chinesas, mas também será o único país com a presença dos seis dragões do e-commerce: Ali Express, Shopee, Shein, Kwai, Temu e TikTok Shop. Estimativas feitas por consórcio formado por IEST, CENet e Chinnovation, empresas das quais sou sócio, indicam que, juntos, esses gigantes poderão deter mais de 50% do mercado brasileiro de e-commerce nos próximos anos.

A evolução do e-commerce brasileiro dependerá da capacidade das empresas locais de compreender e adotar modelos inovadores, como o social live commerce, antes que os dragões chineses abocanhem tudo e assumam o controle definitivo do mercado.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/six-dragons-of-e-commerce-os-proximos-donos-do-e-commerce-brasileiro-e-global”

IA e WhatsApp: a dupla que escala vendas no e-commerce

Se você trabalha com e-commerce, já deve ter se perguntado: como melhorar a comunicação com meus clientes e tornar a jornada de compra mais eficiente? Com as mudanças constantes no comportamento do consumidor e a evolução tecnológica, encontrar a abordagem certa para gerar desejo e levar o cliente à compra é um desafio constante.

A resposta pode estar na combinação entre inteligência artificial (IA) e WhatsApp. Essa dupla está revolucionando a forma como as empresas se relacionam com os clientes e impulsionam suas vendas. E o melhor: não é mais uma tendência do futuro, é realidade.

O WhatsApp é muito mais do que um canal de comunicação

Hoje, o WhatsApp é o principal canal de contato entre consumidores e empresas no Brasil. De acordo com um estudo da Meta em parceria com a Boston Consulting Group (BCG), 80% dos consumidores brasileiros preferem falar com marcas por meio do aplicativo. Ou seja, ele não é só um canal de atendimento: é uma verdadeira plataforma de vendas.

Agora, imagine unir o WhatsApp com inteligência artificial. Já pensou no impacto disso para o seu e-commerce?

IA + WhatsApp: a nova era das vendas digitais

IA vem transformando a experiência do consumidor, automatizando processos e personalizando interações. Não estamos falando apenas de chatbots simples que respondem a perguntas básicas. A verdadeira revolução acontece quando esses bots são impulsionados por IA, tornando cada interação mais inteligente e assertiva.

Veja alguns exemplos práticos de como a IA pode potencializar suas vendas no WhatsApp:

1. Chatbots personalizados para atendimento instantâneo

Nada pior do que perder uma venda porque o cliente ficou sem resposta. Com um chatbot baseado em IA, você garante respostas rápidas e relevantes 24/7, sem depender da disponibilidade humana. Imagine que um cliente acessa seu WhatsApp às 22h para tirar dúvidas sobre prazos de entrega. Em vez de esperar até o dia seguinte, um chatbot com IA entra em ação imediatamente, responde com base na localização do cliente, identifica o produto citado e informa o prazo exato de entrega para aquele CEP. Além disso, o bot pode captar a intenção de compra e oferecer um cupom de desconto personalizado, incentivando a conversão ainda na mesma conversa.

2. Recomendação inteligente de produtos

Um estudo da McKinsey aponta que a personalização pode elevar as taxas de conversão em até 25%. Então suponha que um cliente comprou recentemente uma calça jeans na sua loja. Na próxima interação, a IA reconhece esse histórico e sugere uma camisa que costuma ser comprada junto, com base em padrões anteriores de compra de outros consumidores com perfil semelhante. A recomendação aparece de forma contextual na conversa, como uma dica útil, e não como uma propaganda genérica, o que aumenta significativamente a taxa de aceitação e conversão.

3. Automatização de follow-ups e nutrição de leads

Sabe aquele cliente que demonstrou interesse, mas não finalizou a compra? A IA pode automatizar o envio de mensagens estratégicas, ofertas personalizadas e lembretes no momento certo. Digamos que um cliente adicionou um produto ao carrinho no site, mas não concluiu a compra. A IA identifica esse comportamento e, após algumas horas, dispara automaticamente uma mensagem no WhatsApp com um lembrete gentil e uma oferta limitada. Se o cliente interagir, o bot pode engajar com respostas personalizadas e encaminhá-lo para o fechamento da compra de forma fluida.

4. Análise de sentimento em tempo real

Durante uma troca de mensagens, a IA analisa o vocabulário e o tom usados pelo cliente – por exemplo, frases como “estou muito frustrado com o atraso” são interpretadas como sinais de insatisfação. Nesse momento, o sistema interrompe o fluxo automático e transfere a conversa para um atendente humano com prioridade, sinalizando que se trata de uma situação crítica. Isso evita crises maiores e mostra ao cliente que ele está sendo ouvido e bem tratado.

5. Campanhas automatizadas e segmentadas

Chega de disparar mensagens genéricas! Em vez de enviar a mesma mensagem para toda a base, a IA analisa variáveis como localização, histórico de compras, nível de engajamento e até datas comemorativas relevantes. um cliente que está inativo há 90 dias pode ser impactado com uma oferta de reativação personalizada. Essa automação estratégica aumenta a relevância da comunicação e impulsiona o ROI das campanhas.

O momento de investir em IA é agora

implementação de IA no WhatsApp exige investimento e adaptação, mas os benefícios são claros:

– Redução de custos operacionais
– Atendimento mais rápido e eficiente
– Engajamento e conversões mais altas

Se 2025 é o ano para transformar suas vendas no WhatsApp, então agora é o momento de investir em IA. Quem sair na frente vai conquistar não só clientes, mas verdadeiros fãs da marca. E você, já está preparado?

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/ia-e-whatsapp-a-dupla-que-escala-vendas-no-e-commerce”

Creamy aposta em expansão física e digital para sustentar crescimento

A Creamy registrou um crescimento superior a 110% nas vendas no último ano, impulsionada por sua estratégia omnicanal e expansão da presença física no varejo. A empresa não divulga valores absolutos de faturamento, mas projeta manter um ritmo acelerado de crescimento em 2025, investindo em novos pontos de venda, parcerias estratégicas e inovação.

De acordo com Gabriel Beleze, CEO da Creamy, a marca tem como meta dobrar novamente o número de pontos de venda, ampliando sua atuação principalmente nas regiões Sul e Sudeste, além de expandir para novas localidades. A empresa já conta com mais de 5 mil pontos de venda no Brasil, incluindo farmácias, perfumarias e marketplaces.

“Os pontos físicos terão um papel ainda mais relevante este ano. Nossa intenção é ampliar o alcance da marca e proporcionar a melhor experiência possível aos consumidores, e os quiosques são uma peça fundamental nessa estratégia. Eles complementam nossa presença digital ao proporcionar uma experiência sensorial única, permitindo que os clientes conheçam de perto as texturas, fragrâncias e a eficácia dos nossos produtos”, afirma Beleze.

Apesar de considerar a internacionalização no futuro, o foco atual da Creamy permanece no fortalecimento da marca no mercado nacional. A estratégia omnicanal tem sido um dos pilares da empresa, com iniciativas como o serviço Clique e Retire e a integração de estoques entre lojas físicas e e-commerce, proporcionando uma jornada de compra fluida para o consumidor.

“Nossa prioridade é fortalecer os canais de venda em que já atuamos e garantir uma experiência integrada entre o online e o offline. Ainda vemos muito potencial de crescimento em todos esses canais e, por isso, nosso foco está em explorá-los ao máximo antes de considerar a entrada em novos segmentos de varejo”, conta.

A Creamy também avalia novos formatos de lojas, incluindo a possibilidade de flagship stores e espaços diferenciados em shoppings durante o ano. “Estamos estudando novas maneiras de aproximar a Creamy dos consumidores. Formatos que vão além dos quiosques oferecem experiências diferenciadas e reforçam nosso posicionamento no varejo”, diz o CEO.

Os investimentos em marketing seguirão robustos em 2025, com estratégias focadas na presença digital e no relacionamento com os consumidores. Os influenciadores continuam a desempenhar um papel central, ajudando a ampliar o alcance da marca e fortalecer a conexão com o público. Com forte presença nas redes sociais, a marca trabalha com personalidades conhecidas no nicho de skincare, como Jardel Edebran (420 mil seguidores no Instagram e 666,3 mil no TikTok) e Miguel Silva (1 milhão no Instagram e 472,1 mil no TikTok).

“Nossa estratégia no online passa por várias etapas para o fortalecimento da marca, do conhecimento à decisão de compra. Além disso, buscamos educar os brasileiros sobre a importância do skincare para a saúde e bem-estar, nos consolidando como uma marca educadora. Essa estratégia nos permite não apenas engajar, mas também transformar seguidores em clientes fieis e embaixadores espontâneos”, afirma o empresário.

Em termos de inovação, a Creamy pretende lançar novos produtos e tecnologias no segmento de skincare. “A pesquisa e o desenvolvimento de novas fórmulas fazem parte do nosso DNA. Nosso compromisso é oferecer soluções eficazes e acessíveis para os consumidores”, explica Beleze.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/03/04/2025/noticias-varejo/creamy-aposta-em-expansao-fisica-e-digital-para-sustentar-crescimento/”

 

Do local ao digital: estratégias para o varejo de moda na competição com o mercado global

O varejo de moda brasileiro passa por uma transformação acelerada. Com a crescente digitalização do consumo e a forte concorrência de grandes redes e plataformas internacionais, os varejistas independentes precisam se reinventar para se manterem relevantes. A capacidade de adaptação, a proximidade com o cliente e o uso estratégico da tecnologia são fatores essenciais para garantir competitividade nesse novo cenário.

O papel do pequeno empreendedor na economia da moda

O varejista independente de moda desempenha um papel fundamental na economia brasileira, não apenas por sua expressiva representatividade numérica, mas também por sua capacidade de adaptação e inovação. Segundo dados do Sebrae, micro, pequenas e médias empresas constituem 97,5% dos cerca de 1,9 milhão de CNPJs ativos na indústria da moda no Brasil. Em 2022, essa cadeia produtiva faturou aproximadamente R$ 193,2 bilhões, evidenciando sua relevância econômica.

A flexibilidade inerente aos pequenos negócios permite uma rápida adaptação às mudanças do mercado. Durante a pandemia da Covid-19, muitos varejistas de moda adotaram estratégias multicanais, utilizando redes sociais e aplicativos de mensagens para impulsionar vendas online e oferecer serviços de entrega. Um modelo já bastante difundido no varejo independente é a venda condicional, também conhecida como “malinha”.

Esse formato de venda personalizada já fazia parte do dia a dia de muitos lojistas bem antes da pandemia. Um exemplo marcante que conheci em meados de 2013 foi o de Margarete, uma empreendedora de Caruaru – PE, que já nesta época operava um modelo extremamente organizado e eficiente de venda condicional. À frente de uma loja multimarcas que revendia produtos femininos, masculinos e infantis, seu grande diferencial não estava apenas na curadoria de marcas, mas na forma estruturada de operar o fluxo de vendas.

Margarete organizava sua equipe com duas assistentes no escritório e um motorista responsável pelos envios e retiradas dos produtos. Cada cliente recebia uma mala montada estrategicamente com base no seu histórico de compras, tudo anotado à mão em fichas organizadas por ordem alfabética. A mala era lacrada, e um segundo lacre era enviado dentro dela para garantir que os produtos realmente fossem visualizados. Após o prazo combinado, o motorista retornava com a máquina de cartão para efetuar a cobrança das peças escolhidas. Esse processo, totalmente manual, já era altamente eficiente: cerca de 45% do faturamento da loja vinha desse modelo de venda. Mesmo sem tabulação dos dados nem ferramentas de CRM, a equipe era avaliada pela assertividade dos produtos enviados versus o vendido. Afinal, o tempo que os produtos passavam fora da área de vendas podiam significar outras vendas perdidas. Uma aula de gestão estratégica de varejo!

Quando a pandemia fechou as portas das lojas físicas, as grandes redes enfrentaram o desafio de se adaptar a esse tipo de venda personalizada. Como estruturar um sistema semelhante em uma cidade como São Paulo, em que a escala e o perfil de consumo são completamente diferentes? Como conquistar a confiança do cliente para enviar produtos sem um contato direto? Essa capacidade de personalização e relacionamento próximo, tão natural no varejo de moda independente, se tornou um grande diferencial competitivo.

Apesar dessa vantagem, os varejistas enfrentam desafios cada vez maiores. A concorrência com as grandes redes e a necessidade urgente de digitalização são barreiras a serem superadas. Segundo o IEMI, em 2023 o comércio eletrônico representou 8,3% das vendas totais do varejo brasileiro, um percentual que continua crescendo. Além disso, plataformas asiáticas como Shein, Shopee e Temu estão conquistando um espaço significativo no mercado, não apenas pelos preços competitivos, mas pela eficiência em logística e marketing digital.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/02/04/2025/artigos/do-local-ao-digital-estrategias-para-o-varejo-de-moda-na-competicao-com-o-mercado-global/”

Estratégias de aceitação em e-commerce: como equilibrar conveniência e segurança

O comércio eletrônico segue em constante expansão, impulsionado por novas formas de  pagamento e pela crescente busca dos consumidores por conveniência. A cada momento,  as transações vêm evoluindo para se tornarem mais rápidas, seguras e eficientes, apoiadas  por tecnologias avançadas e soluções inteligentes. No entanto, criminosos continuam

explorando vulnerabilidades, tornando essencial que varejistas e credenciadores adotem  estratégias que conciliem inovação e proteção contra fraudes. O mais recente Relatório  Global de Fraude e Pagamentos1, conduzido pela Visa Acceptance Solutions em parceria  com a Verifi, empresa especializada em prevenção de disputas e chargebacks, reforça essa  necessidade.

A pesquisa, realizada com mais de 1.100 comerciantes globais, revela que 82% dos  estabelecimentos entrevistados passaram a aceitar pelo menos um novo método de  pagamento no último ano, incluindo pagamentos em tempo real (Real-Time Payments – RTP),  compre agora e pague depois (Buy Now, Pay Later – BNPL) e carteiras digitais. Mesmo que  essa diversificação amplie as opções para os consumidores e impulsione a inclusão  financeira, os casos de fraudes ainda acontecem, o que reforça a necessidade de soluções  avançadas de segurança para lojistas e seus clientes.

Além disso, a falta de recursos internos para a gestão de fraudes e a necessidade de  acompanhar mudanças rápidas no setor, sem comprometer a experiência do consumidor,  são desafios crescentes para os comerciantes. De acordo com o Relatório Global de Fraude  e Pagamentos, 3% da receita global do e-commerce é perdida para fraudes anualmente,  impactando não apenas o faturamento, mas também a confiança dos consumidores e  parceiros.

Os tipos de fraudes mais comuns incluem:

  • Fraude de primeira parte – consumidores fazem compras legítimas, mas  posteriormente alegam não ter recebido o produto para obter reembolsos indevidos. ? Apropriação de conta – criminosos utilizam credenciais roubadas para realizar  compras fraudulentas.
  • Fraudes de fidelidade e triangulação – envolvem o uso indevido de pontos de  programas de fidelidade e esquemas fraudulentos de intermediação.

Para mitigar esses riscos, varejistas têm adotado soluções avançadas de segurança sem  fricção, como:

  • Parcerias com provedores confiáveis para fortalecer a segurança nas transações. ? Automação de processos antifraude e uso de inteligência artificial (IA) para  identificar padrões suspeitos.
  • Tokenização de pagamentosautenticação multifator roteamento inteligente  de transações.
  • Incentivo ao uso de métodos de pagamento mais seguros no checkout.

O relatório também revela que, atualmente, mais de 90% dos varejistas já utilizam pelo menos  uma ferramenta para melhorar as taxas de autorização, reduzindo falhas nas transações e  prevenindo fraudes. Além disso, a adoção de múltiplos processadores de pagamento e  credenciadores tem sido uma estratégia eficaz para aumentar a segurança e otimizar  aprovações.

A integração de tecnologias avançadas tem sido essencial para combater as fraudes de  primeira parte. Os comerciantes vêm adotando iniciativas como:

  • Monitoramento com IA para identificar transações fraudulentas antes da aprovação.  (Tornei a frase mais objetiva, eliminando “sinalização de padrões suspeitos”.) ? Maior transparência e comunicação com os consumidores, incluindo notificações  claras sobre cobranças e políticas de devolução para reduzir disputas indevidas. ? Uso eficiente de evidências convincentes, enviando múltiplos pontos de dados em  disputas com emissores de cartão para fortalecer contestações.

Além das perdas financeiras, a fraude compromete diretamente a relação entre lojistas e seus  clientes. O levantamento indica que cerca de 6% dos pedidos são rejeitados por suspeita de  fraude, e as taxas de falsos positivos variam entre 2% e 10%, prejudicando a experiência do  consumidor e a reputação da marca.

À medida que o e-commerce cresce, a segurança digital precisa acompanhar esse ritmo.  Investir em estratégias robustas de aceitação e gestão de fraudes é fundamental para um  ambiente confiável. A combinação de tecnologias avançadas, colaboração entre instituições  e equilíbrio entre segurança e experiência do consumidor é um fator-chave para minimizar  perdas e fortalecer um ecossistema de pagamentos mais seguro e eficiente.

Fonte: “https://tiinside.com.br/18/03/2025/estrategias-de-aceitacao-em-e-commerce-como-equilibrar-conveniencia-e-seguranca/”