Dux Logistics inaugura hub logístico e armazém de distribuição em São Paulo

Durante o ano de 2023, a companhia focou em um escopo operacional para a transportadora: ganhar malha, capilaridade e market share nos produtos de first e last mile.

A Dux Trucking, divisão de transporte rodoviário e aéreo nacional da Dux Logistics, anunciou a inauguração de um novo hub logístico e centro de distribuição em São Paulo. Entre os investimentos, está a aquisição estratégica de veículos leves e pesados e a inauguração de um armazém de cargas, com mais de 1,7 mil m² de área útil em condomínio logístico localizado a 10 minutos do aeroporto de Guarulhos, em uma das principais rodovias do país e com acesso a outras vias como Rodoanel, Dutra e Ayrton Senna.

Além disso, a inauguração de um novo escritório operacional com capacidade para cerca de 60 funcionários. A torre de controle e o setor de Gerenciamento de Riscos também receberam investimentos significativos. A empresa investiu em mais duas bases operacionais e no aumento do quadro de motoristas da empresa, com a possibilidade de abertura de mais vagas no decorrer do ano.

Durante o ano de 2023, a companhia focou em um escopo operacional para a transportadora: ganhar malha, capilaridade e market share nos produtos de first e last mile, entregas em veículos dedicados, armazenagem, cross-docking, saída de aeroportos, DTA e cargas projeto.

Fonte: “https://mundologistica.com.br/noticias/dux-logistics-inaugura-hub-logistico-e-armazem-em-sp”

 

BBM Logística cresce com e-commerce e carga fracionada

A BBM Logística, uma das maiores operadoras logísticas rodoviárias do Brasil e do Mercosul, conquistou novos contratos com margens melhores e alongou suas principais linhas de financiamento/empréstimo no último trimestre de 2023. Internamente, continua implantando uma série de iniciativas visando melhoria de processos, otimização da estrutura organizacional e aumento de produtividade.

No período, a empresa paranaense apresentou crescimento acima do planejado nos segmentos de comércio eletrônico e carga fracionada, que possuem cobertura nacional. Isso ocorreu graças à maior Black Friday registrada pela empresa, que resultou em recordes no volume de entregas e conquistas de novos clientes no segmento fracionado.

A receita operacional líquida do e-commerce cresceu 27,3%, em relação ao mesmo período de 2022, enquanto a de carga fracionada atingiu um recorde histórico de faturamento, alcançando R$ 162,9 milhões, um aumento de 12,1%. Com Ebitda de R$ 173,3 milhões, excluindo efeito da desmobilização de uma operação florestal não recorrente, 19,6% melhor do que em 2022.

No quarto trimestre de 2023, a empresa registrou vendas líquidas no valor de R$ 418,1 milhões, enquanto o Ebitda atingiu R$ 40,6 milhões, 18,7% inferior ao último trimestre de 2022. Contudo, mesmo com esses impactos, o Ebitda do ano atingiu R$ 158,6 milhões, cerca de 9,5% superior que o do ano anterior.

O presidente da BBM Logística, Antonio Wrobleski, conta que todos os esforços da companhia continuam voltados a busca da eficiência operacional e, consequentemente, o aumento da rentabilidade do negócio. “Estamos realizando uma grande revisão em todos os nossos processos e os esforços estão em nosso tripé que foca em pessoas, processos e tecnologia. Somente com essa base fortalecida acreditamos na perenidade do crescimento”, destaca o executivo.

Fonte: “BBM Logística cresce com e-commerce e carga fracionada (gazetadopovo.com.br)

O futuro on-demand do supply chain: seis insights de alto impacto

Mudanças são a única constante no setor de supply chain, impulsionadas por exigências dos consumidores, novas tecnologias e transformações globais. A demanda por serviços on-demand e entregas instantâneas está redefinindo nosso setor. Inovações em rastreamento de produtos, automação e fabricação acelerada e próxima do destino são cruciais, mas há desafios claros pela frente. O capital e o talento necessários para abraçar essas mudanças requerem investimentos significativos, e muitas empresas menores podem se sentir sobrecarregadas.

1 – Entregas personalizadas e automatizadas

A automação está permitindo que as empresas de logística criem redes complexas de entrega, atendendo às necessidades específicas de cada cliente. Algoritmos de roteamento inteligentes, combinados com sensores e dispositivos IoT (Internet das Coisas), estão possibilitando entregas personalizadas em tempo real. Por exemplo, drones e veículos autônomos estão sendo utilizados para entregas rápidas e eficientes, enquanto sistemas de gestão de armazéns automatizados garantem a precisão e a velocidade no processamento de pedidos.

2 – Seguro contra mudanças climáticas

O impacto do clima está incentivando os provedores de logística a buscar seguros contra eventos climáticos extremos, um custo que pode ser transferido para os consumidores, especialmente aqueles em regiões mais instáveis. Além disso, as empresas estão investindo em estratégias de resiliência, como diversificação de rotas de transporte e localização de centros de distribuição em áreas menos suscetíveis a desastres naturais.

3 – Combate à escassez de habilidades

A automação e os agentes virtuais demandam uma força de trabalho qualificada e capaz de gerenciar tarefas habilitadas por tecnologia. A solução? Upskilling através de aprendizagem remota e oportunidades de trabalho. As empresas estão investindo em programas de treinamento especializados para capacitar seus funcionários nas mais recentes tecnologias e práticas de supply chain. Além disso, parcerias com instituições educacionais e programas de estágio estão sendo implementadas para atrair e desenvolver talentos promissores.

4 – Agentes virtuais no comando

A escassez de trabalhadores está levando os agentes virtuais a assumirem funções de back-office. Em breve, eles poderão se autogerenciar, trabalhando lado a lado com seus colegas “cobots”. Os agentes virtuais estão sendo integrados em sistemas de gerenciamento de armazéns, sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP) e plataformas de comércio eletrônico para automatizar processos como monitoramento de estoque, geração de relatórios e atendimento ao cliente. Esses softbots são capazes de aprender e se adaptar continuamente, melhorando a eficiência operacional e liberando os funcionários para se concentrarem em tarefas mais estratégicas.

5 – Fabricação instantânea para atender à demanda

Com o crescimento do e-commerce, as indústrias estão sendo realocadas para mais perto do consumidor, visando atender às demandas de maneira mais rápida e eficiente. A manufatura aditiva, também conhecida como impressão 3D, está revolucionando a produção ao permitir a fabricação sob demanda de peças e produtos personalizados. Além disso, a fabricação próxima do destino reduz os custos de transporte e o tempo de entrega, aumentando a satisfação do cliente e a competitividade das empresas.

6 – Verificação baseada em valores

Em um mundo de conflitos globais e consumidores cautelosos, a demanda por transparência na cadeia de suprimentos nunca foi tão alta. A coleta e transmissão de dados granulares se tornarão essenciais. Tecnologias como blockchain estão sendo adotadas para rastrear a proveniência e o histórico de produtos, garantindo a integridade e a ética em toda a cadeia de suprimentos. Além disso, iniciativas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade estão se tornando cada vez mais importantes, com empresas buscando parceiros e fornecedores alinhados com seus valores e objetivos.

A jornada é intrincada e desafiadora, mas o destino é inequívoco: estamos avançando rumo a um sistema de logística e cadeia de suprimentos que se destaca pela inteligência, agilidade e, fundamentalmente, adaptabilidade. No contexto brasileiro, já presenciamos operações logísticas robustas e sofisticadas que incorporam modais tecnológicos avançados, assemelhando-se à representação abaixo, que ilustra bem a nossa progressão para essa nova era logística.

Fonte: “O futuro on-demand do supply chain: seis insights de alto impacto – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

 

Temu: o que é e quando o e-commerce chega ao Brasil?

Descubra porque gigantes do varejo como Shopee, Shein e Amazon veem a novidade como uma ameaça

Com valor de mercado na casa dos US$ 150 bilhões, a Temu compete com a rival Alibaba pelo primeiro lugar entre as empresas chinesas mais valiosas listadas na bolsa de valores dos EUA. Além disso, a nova plataforma de vendas on-line vem ganhando destaque pelos altos investimentos em propagandas e por emplacar estratégias diferentes dos demais concorrentes.

No entanto, o que exatamente é o Temu, e quando o e-commerce chega ao Brasil? Entenda mais detalhes sobre esta novidade das compras online e suas polêmicas.

Temu é mais uma empresa chinesa de comércio eletrônico, mas que promete se destacar e, na verdade, já vem se destacando mundo afora. A plataforma é uma espécie de Shein com Shopee e aposta em tudo, desde a venda de roupas a eletrônicos e móveis.

O novo e-commerce foi lançado em 2022 nos Estados Unidos e em seguida no Reino Unido e agora já está tomando espaço em diversos países.

Seu sucesso é tão evidente, que um especialista em varejo chegou a dizer que a Temu é a “Amazon com esteroides”. E se você pensa que ele exagerou no comentário, é porque ainda não viu os números de alcance do aplicativo dessa plataforma.

Desde que surgiu, a Temu tem liderado as paradas globais de downloads de aplicativos, com quase 152 milhões de americanos usando a plataforma todos os meses, segundo dados coletados pela ferramenta de análise SimilarWeb.

O marketing da empresa investiu simplesmente em seis comerciais de 30 segundos durante um dos maiores eventos americanos, o Super Bowl. Para se ter ideia, cada comercial do Super Bowl custa em torno de US$ 7 milhões, o equivalente a R$ 35 milhões. Além disso, as propagandas do Temu carregam um slogan um tanto polêmico “compre como um bilionário”, que alimentou ainda mais a popularidade da plataforma.

Outro investimento da empresa é direcionado ao micromarketing, que acontece através de influenciadores que promovem os produtos da Temu, ao sugerir compras na plataforma por meio de redes sociais.

A plataforma também investe em uma estratégia de coleta de dados, onde coletam informações sobre as tendências de consumo, os produtos mais pesquisados e clicados, e, em seguida, fornecem tais dados aos fabricantes individuais, o que impulsiona ainda mais suas vendas.

Quando a Temu chega ao Brasil?

Com produtos a preços baixos, a empresa chinesa, que já fatura mais que rivais nos Estados Unidos, gera expectativas para sua chegada no Brasil. Ainda mais por que promete bater valores de produtos de compras das nossas queridas Shein e Shopee.

A promessa é que a Temu chegue oficialmente ao mercado brasileiro ainda no primeiro semestre de 2024. Então, prepare-se para baixar o app e comprar como um bilionário, enchendo o seu carrinho na plataforma!

Fonte: “https://olhardigital.com.br/2024/03/28/pro/temu-o-que-e-e-quando-o-e-commerce-chega-ao-brasil/”

 

Simpar (SIMH3) afunda e arrasta JSL (JSLG3), Movida (MOVI3) e Vamos (VAMO3)

Os papéis da Simpar e de suas controladas no setor de transporte e logística operaram em forte queda no pregão de hoje, repercutindo os resultados da holding no quarto trimestre, divulgados ontem à noite.

As ações da Simpar (SIMH3) fecharam em queda de 6,4%, negociada a R$ 7,20. O papel da Vamos (VAMO3), que compõe o Ibovespa, perdeu 4,4%, a R$ 8,26, o da JSL (JSLG3) caiu 3,5%, a R$ 11,77, e o da locadora de veículos Movida (MOVI3) teve desvalorização de 6,7%, a R$ 8,22.

A Simpar reportou prejuízo líquido de R$ 718 milhões, no quarto trimestre de 2023, ante um lucro líquido de R$ 288,2 milhões, no mesmo período do ano anterior. A receita líquida teve aumento de 16,1%, na mesma base de comparação, somando R$ 8,5 bilhões no mesmo intervalo de 2023.

O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 1,6 bilhão, no último trimestre do ano passado, 10,6% menor que o registrado no mesmo período de 2022.

Para o Jefferies, os resultados da Simpar no quarto trimestre foram decepcionantes, apontando que o Ebitda ajustado consolidado permaneceu estável e que a margem diminuíram 1,70 ponto percentual, para 29,5%.

“Olhando para o futuro, Vamos e Movida já indicaram melhoria nas performances operacionais no primeiro trimestre de 2024, o que deve beneficiar a Simpar no curto prazo. Além disso, a consolidação das atividades de gestão de resíduos não listadas do grupo sob a recém-criada Ciclus Ambiental também poderia abrir caminho para gerar valor nesta parte do negócio”, destaca relatório.

O Jefferies tem recomendação neutra para a Simpar, com preço-alvo a R$ 11.

Para o BTG Pactual, a Simpar reportou números dentro das projeções, com Ebitda impactado pela reclassificação de veículos e ajuste de valor residual da Movida, bem como projetos estratégicos e reestruturação de lojas. A locadora de veículos já havia divulgado resultados fracos, com números operacionais estáveis mas despesas financeiras altas. A controlada Vamos teve números positivos em seu negócio de aluguel, mas fracos no segmento de concessionárias.

Já a JSL teve resultados positivos com crescimento orgânico e margens resilientes, enquanto os números da Automobforam impulsionados por empresas adquiridas e crescimento forte de receita, dizem os analistas. Para o BTG, o ano de 2024 deve ser melhor para a Simpar, com a normalização da transição para o Euro 6, uma recuperação gradual dos concessionários e melhoria na divisão de seminovos.

BTG Pactual tem recomendação de compra para Simpar, com preço-alvo de R$ 17.

E seu relatório, o Itaú BBA aponta que os resultados evidenciam uma dívida mais baixa para a holding. De acordo com o banco, o controle da alavancagem continuou no período, enquanto a dívida líquida diminuiu em R$ 883 milhões em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 3 bilhões, apoiada pelos recursos da venda de algumas ações de suas subsidiárias.

Fonte: “https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2024/03/27/simpar-simh3-afunda-e-arrasta-jsl-jslg3-movida-movi3-e-vamos-vamo3.ghtml”

Mercado Livre mira expansão de equipe e logística com investimento de R$ 23 bi

Empresa de comércio eletrônico diz que planeja fazer investimento recorde no Brasil em 2024; número de cidades com entrega no mesmo dia deve aumentar.

O Mercado Livre (MELI) fará um investimento recorde de R$ 23 bilhões no Brasil neste ano, com aumento de contratações e apoio ao negócio de logística.

Os investimentos anuais do gigante de comércio eletrônico saltaram de apenas R$ 2 bilhões há cinco anos para R$ 19 bilhões em 2023, à medida que a empresa cresce exponencialmente em seu maior mercado.

“As vendas cresceram 35% no ano passado e os novos recursos vão ajudar a contratar milhares de funcionários”, segundo o comunicado.

Entre as principais áreas estão tecnologia, logística, comércio eletrônico, banco digital, marketing e um negócio incipiente de anúncios, disse a empresa.

O número de cidades que recebem entregas no mesmo dia aumentará com o plano de investimento. Mais de 22.000 dos 58.000 funcionários da empresa estão no Brasil.

“Estamos apenas no início da nossa jornada,” disse Fernando Yunes, vice-presidente sênior de commerce e líder do Mercado Livre no Brasil. “Com muitas oportunidades de aprimoramento em nossas operações plataformas tecnológicas”.

A empresa registrou recorde de vendas de US$14,5 bilhões em 2023, com mais da metade de seus negócios vindo do Brasil.

O plano de investimento segue anúncios semelhantes em outros mercados, incluindo o México onde a empresa está reforçando seus espaços de armazenamento e a oferta de produtos financeiros.

Fundado em 1999 o MercadoLibre é hoje a segunda empresa de capital aberto da América Latina, com uma capitalização de mercado de US$ 78 bilhões.

Fonte: “Mercado Livre mira expansão de equipe e logística com investimento de R$ 23 bi (bloomberglinea.com.br)

 

Na estrada de resultados fortes, JSL (JSLG3) vê lucro líquido saltar 81% em 2023

Cerca de três anos depois do IPO, a JSL contabiliza um crescimento médio anual de 36%.

A aposta da JSL (JSLG3) de combinar crescimento orgânico com o inorgânico tem resultado em números consistentes a cada trimestre. Nos últimos três meses do ano passado, a companhia apurou um lucro líquido de R$ 72,9 milhões, um crescimento trimestral de 55%, que apesar do recuo de 25,3% frente aos R$ 110,0 milhões do 4T22 não implicou negativamente para o saldo dos meses acumulados. A companhia fechou 2023 com lucro líquido de R$ 351,7 milhões, disparando 81% na comparação com o ano anterior.

E se os números contabilizados no último ano foram comemorados, a expectativa para para os próximos meses é ainda melhor: “2024 é o ano em que entramos com mais otimismo”, diz Ramon Alcaraz, presidente da JSL, em entrevista à EXAME Invest.

Entre os indicadores financeiros apresentados, a companhia ainda reportou um crescimento de 8,3% na sua receita bruta frente ao trimestre imediatamente anterior, e avanço de 29,8%, na comparação anual. No acumulado dos 12 meses de 2023, o indicador alcançou um montante de R$ 8,9 bilhões. Já o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 29% no 4T23, e 35% no ano.

Segundo Alcaraz, a estratégia para que números robustos fossem contabilizados no último trimestre e ao longo de 2023 é bastante simples: estar presente em diferentes frentes. Isso porque, quando diversos segmentos econômicos apresentam uma boa performance, esses números refletem na sua demanda. “É um hedge natural na cadeia logística, quando um segmento econômico vai bem, acaba puxando o nosso. No último trimestre e ao longo do último ano, a JSL teve bons volumes vindos de cargas de papel e celulose, mineração, alimentício, e-commerce e até automotivo.”

Outra forma de garantir bons resultados é com as aquisições e fusões (M&A) de companhias. No ano passado, a IC Transportes e a FSJ Logística entraram no portfólio da companhia. Inclusive, o último trimestre de 2023 foi o primeiro que contou com os resultados integrais das duas empresas. “A IC puxou um pouco da receita para baixo, mas ela tem grande potencial de rentabilidade para o custo de capital e da margem consolidada”, diz Guilherme Sampaio, CFO da JSL.

Crescimento médio anual da JSL (JSLG3) é de 36% desde IPO

Em balanço divulgado depois do fechamento do mercado, nesta terça-feira, 19, a margem Ebtida da JSL ficou em 20,1%, alta de 0,7 p.p. no comparativo anual. No acumulado dos 12 meses do ano passado, o indicador atingiu 23,7%. Mas se os números do 4T23 foram bons, as expectativas para o que 2024 tem para entregar, na avaliação dos executivos, é melhor ainda.

“Desde o IPO da JSL, pegamos anos de ‘pedreira’ na economia e fizemos o nosso trabalho com muito esforço e dedicação”, diz Alcaraz. E, realmente, não foi um período fácil para o Brasil — e para o mundo. De 2020 para cá, as economias foram abaladas com a pandemia da Covid-19 e todo o rescaldo que ela deixou. Crescer sob esse cenário foi um desafio, mas a JSL soube lidar com essa situação. Em pouco mais de três anos listada na bolsa, a companhia apurou um crescimento médio anual de 36%.

Para 2024, o cenário é de queda de juros, já iniciado por aqui e para começar nos Estados Unidos, o que deve garantir mais números positivos para a companhia. “Nosso modelo de negócios permite continuar esse ritmo de crescimento, fazendo aquisições e com um bom potencial de desalavancagem com os juros baixando. Isso cria uma ‘bola de neve’ positiva, como um adicional ao trabalho feito que temos feito e vamos continuar fazendo”, diz Sampaio.

O presidente da JSL, Ramon Alcaraz, está na mesma estrada de otimismo, e destaca que a companhia entrou neste ano com contratos renegociados e sem margens no vermelho. “Continuaremos a apostar na nossa gestão de custo, pois ela permitiu que construíssemos um caminho para pegar um céu mais aberto em 2024.”

Fonte: “Na estrada de resultados fortes, JSL (JSLG3) vê lucro líquido saltar 81% em 2023 | Exame

 

Carga aérea cresce e atrai operadores

Aumento da concorrência começa a acender uma luz de alerta no setor, que já enfrenta margens mais pressionadas e necessidade de redução de custos

O aquecimento do setor de transporte aéreo de cargas, impulsionado pela expansão do e-commerce, atraiu novos participantes a esse mercado após a pandemia, como as empresas de logística DHL, Braspress e Total Express (que tem a Amazon como acionista). A Gol, companhia que tinha atuação mais tímida na área, ampliou sua aposta no segmento.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o transporte doméstico de cargas totalizou 43,2 mil toneladas em dezembro de 2023, ante 41,79 mil toneladas em dezembro de 2019, antes de a pandemia mudar os hábitos de consumo. “Eu tenho pneu sendo transportado por avião. A própria linha branca, que sempre foi rodoviária, hoje também está nos aviões diz Izabel Reis, diretora da Azul Cargo, líder do segmento doméstico. O aumento da concorrência começa a acender uma luz de alerta no setor, que já enfrenta margens mais pressionadas e necessidade de redução de custos.

Fonte: “https://valor.globo.com/impresso/noticia/2024/03/19/carga-aerea-cresce-e-atrai-operadores.ghtml”

 

 

 

IA aumentará a produtividade na logística em mais de 40% nos próximos anos

De acordo com a Intelipost, estima-se que a Inteligência Artificial terá impacto substancial nos setores até 2035.

A utilização de tecnologias baseadas em Inteligência Artificial e Machine Learning para otimização da cadeia logística já é uma realidade e terá impacto no aumento de produtividade no segmento de logística estimado em 40% nos próximos 10 anos. O dado é da Intelipost.

Segundo a empresa, a tecnologia ajuda a Intelipost a fornecer aos clientes uma previsibilidade de demanda muito mais assertiva, com base em dados históricos, tendências de mercado e eventos sazonais. Isso contribui para que as empresas otimizem e reduzam as chances de ruptura de estoque.

De acordo com pesquisa recente da McKinsey, estima-se que as empresas de logística gerarão entre 1,3 e 2 bilhões de dólares anuais durante os próximos 20 anos em valor econômico, graças à adoção da IA nos seus processos.

Por meio de análises preditivas, com o uso de machine learning e modelos estatísticos, é possível realizar de forma rápida e eficaz a identificação de padrões que possam “prever” comportamentos. “Especialmente quando se pensa em logística de entregas, os consumidores anseiam por entregas rápidas, mas mais do que isso, eles querem saber o tempo todo onde está o seu pedido, pois isso traz uma sensação de segurança e confiança na compra realizada”, disse a companhia em comunicado à imprensa.

APLICABILIDADE DA IA

As possibilidades em aplicabilidade de IA na logística são várias e em diferentes pontos da cadeia. A empresa cita o desenho de malha logística, a otimização de rotas e frotas, previsibilidade de demanda e gestão de envios e coletas. A análise em tempo real de informações sobre condições de trânsito e previsão do impacto de manutenções de estradas, obras rodoviárias, congestionamentos e acidentes pode auxiliar na identificação de possíveis gargalos e adversidades, reduzindo custos operacionais.

Além disso, a personalização do atendimento e entregas sob medida às necessidades específicas de cada cliente é outra área que se beneficia da IA. A previsão da capacidade e gerenciamento da operação para dimensionamento dos recursos e ativos necessários também é essencial para uma boa performance financeira.

De acordo com a Intelipost, para implementar com sucesso soluções de IA em suas operações logísticas, as empresas devem considerar os seguintes passos:

  • Definir objetivos claros e alinhados à estratégia de negócio: antes de implementar qualquer solução de IA, é importante definir claramente quais são os objetivos que a empresa deseja alcançar.
  • Coletar dados de qualidade: a IA funciona com base em dados, portanto, é fundamental coletar dados de qualidade e em quantidade suficiente para que os algoritmos possam aprender e gerar insights valiosos.
  • Escolher a solução certa: existem várias soluções de IA disponíveis no mercado, portanto, é importante escolher a solução que melhor atenda às necessidades específicas da empresa.
  • Implementar a solução gradualmente: é importante implementar a solução de forma gradual, para que a empresa possa avaliar os resultados e fazer ajustes conforme necessário.

Fonte: “https://mundologistica.com.br/noticias/ia-aumentara-a-produtividade-na-logistica-em-mais-de-40”

A nova Sequoia: Os planos da gigante de entregas após a fusão com a Move3

Com dívida reestruturada, empresa vê economias de até R$ 90 milhões por ano e aposta na complementariedade de serviços e em tecnologia para ampliar liderança em pequenos pacotes – onde só fica atrás dos Correios.

Marcando um novo capítulo depois de uma dura reestruturação financeira, a Sequoia assinou neste fim de semana a fusão com a Move3, numa operação cria uma gigante das entregas de pacotes leves no país – atrás apenas dos Correios.

A operação foi anunciada em janeiro, dias após a companhia, que fez seu IPO em outubro de 2020, concluir a renegociação de cerca R$ 700 milhões em dívidas, que a deixaram finalmente com um balanço mais leve.

Vivendo de decisão difícil em decisão difícil ao longo dos últimos dois anos, o CEO da Sequoia, Armando Marchesan, agora respira mais aliviado e vai focar na integração das operações das empresas, que terão R$ 2,4 bilhões em faturamento combinado e um perfil altamente complementar.

Enquanto a Sequoia é forte no first mile, a primeira perna da logística do ecommerce, buscando as mercadorias nos vendedores, a Move3 tem como principal fortaleza o last mile, que liga os centros de distribuição ao consumidor.

“A palavra-chave nessa transação é complementariedade. Tem todo um potencial de integração, desde a capilaridade e presença geográfica de cada uma das empresas, até uma matriz de produtos e serviços complementares”, aponta Marchesan. “O potencial de cross-selling é muito grande.”

Um exemplo: os mais de 530 pontos operacionais da Move3 vão poder ser usados para oferecer o serviço de first mile, o que aumenta muito a volumetria, num setor em que escala é a alma do negócio.

Na mão contrária, a Sequoia vai poder utilizar toda a estrutura da Move3 para o last mile – incluindo um centro de distribuição em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo,  com capacidade de entrega de 1 milhão de pacotes por dia.

Log-tech

Toda a operação de B2C da Sequoia ficará agora sob o comando de Juliani, que junto com o pai, que fundou o negócio há 30 anos, construiu uma empresa que se diferencia no setor pela tecnologia embarcada.

Ao longo do último ano e meio, foram investidos R$ 70 milhões em modernização do CD, que o tornaram o estado da arte na entrega B2C.

A cereja do bolo é um sorter, máquina que faz a separação automática dos produtos para entregas.

Enquanto outras grandes empresas de logística do setor tem sorters com cerca de 10 entradas e no máximo 100 saídas para fazer a organização do que vai entrar no caminhões para viajar o Brasil, a máquina da Move3 tem 20 entradas e 330 saídas.

Junto com ele, há mais quatro sorters para fazer as subroteirizações menores e 220 robôs que ajudam no processo. “Você vê aqueles filmes que mostram o avanço dos CDs na China: tem 220 robozinhos desses andando aqui do nosso lado, em São Bernardo”, contra Guilherme Juliani, CEO da Move3.

O DNA de tecnologia da Move3 – que nasceu focada nas entregas para o setor financeiro, de cartões de crédito e vales-refeição, por exemplo – também deve ajudar a destravar num negócio até hoje pouco percebido na Sequoia, aponta Marchesan: a plataforma de log-tech voltada para pequenos e médio varejistas, formada por Frenet e pela Drops.

Hoje, a plataforma, focada no pequeno empreendedor que começa a vender pela Internet, já chega a 100 mil usuários. “É um mercado que tem alto potencial de expansão, margens mais altas, e que podemos escalar muito com a expertise e capilaridade da Move3 em last mile”, afirma o CEO da Sequoia.

Com a fusão, a familia Juliani será a maior acionista da companhia combinada, com 40%. Os 60% restantes ficarão com os acionistas da Sequoia, hoje liderados pelas gestoras Jive e Newfoundland, com 25% e 10%, respectivamente, e que ajudaram no processo de reestruturação, com 25% e 10%, respectivamente, e que ajudaram no processo de reestruturação.

Os bancos credores também serão acionistas relevantes: eles converteram pouco mais de R$ 300 milhões de dívidas em debêntures conversíveis em ações, numa transação que também está sendo concretizada nesta semana.

A expectativa da empresa é que a transação gere de R$ 80 milhões a R$ 90 milhões em de sinergias ao ano – considerando aqui apenas o lado dos custos e despesas e não de geração de receita.

A economia mais óbvia vem do fechamento de um centro de distribuição da Sequoia em Embu, na Grande São Paulo, que se sobrepõe ao da Move3 em São Bernardo do Campo. Só aí serão quase R$ 30 milhões em economia de aluguel por ano.

O restante vem com as economias de escala, com otimização de rotas e melhor utilização de capacidade no transporte, ao longo de toda a cadeia.

Estrutura de capital 

Combalida por um tempestade perfeita, a Sequoia, que chegou a valer R$ 4 bilhões na B3 no seu auge no começo de 2021, viu seu negócio encolher em meio à ressaca do ecommerce pós-pandemia.

A entrada no segmento de entregas pesadas – de eletrodomésticos e móveis, por exemplo – se mostrou um erro estratégico e virou um ralo de caixa, com atividades que foram encerradas e baixadas do balanço.

Ao mesmo tempo, a crise da Americanas em janeiro do ano passado fez secar a modalidade de crédito de risco sacado, muito utilizada pela Sequoia, dando o último golpe num balanço que já sofria também com a disparada dos juros.

Enquanto equacionava a dívida – numa reestruturação negociada e relativamente rápida e que não precisou recorrer a instrumentos como recuperação judicial ou extrajudicial –, a Sequoia passou a focar nas suas atividades core, de entrega de pequenos pacotes e aquelas com maior nível de serviço associado.

“Foi uma escolha de Sofia, escolher que segmentos deveríamos blindar”, pondera Marchesan. “Mas que se mostrou acertada, na medida em que nesses segmentos de margem maior não perdemos clientes e, pelo contrário, ganhamos alguns contratos emblemáticos e que agora começamos a implantar com mais velocidade.”

A empresa fundida que emerge da reestruturação tem um balanço mais leve, com uma relação entre dívida líquida e EBITDA na casa de duas vezes, aponta Eric Fonseca, gestor da Newfoundland e que também é presidente do conselho da Sequoia.

A tendência é que esse indicador comece a cair abaixo desse nível a partir do segundo semestre, à medida em que o efeito de escala da união das operações comece a transitar pelo balanço.  O que sobra são dívidas longuíssimas, de cinco a sete anos, que pagam CDI sem spread.

“Mais importante que isso: nada melhor que uma crise desse tamanho para olharmos as áreas que têm excesso. A estrutura de custo fixo é muito mais eficiente que de qualquer outra empresa do setor”, afirma Fonseca.

“A empresa que já era a referência, que já era o cavalo da vez para ser a consolidadora do mercado – por ser uma corporation, por ser listada – volta muito mais forte, muito mais tecnologicamente equipada e muito mais enxuta de custos.”

Fonte: “https://exame.com/insight/a-nova-sequoia-os-planos-da-gigante-de-entregas-apos-a-fusao-com-a-move3/p”