Com armazém em Cajamar, Maersk planeja expandir a presença na América Latina

A A.P. Moller – Maersk inaugurou um novo armazém em Cajamar (SP). Localizado próximo dos principais centros econômicos da região Sudeste, o espaço tem 19,4 mil m² e está situado a 50 km dos principais aeroportos, 120 km do porto de Santos e 30 km de São Paulo, com rápido acesso às principais rodovias.

De acordo com a empresa, a unidade está estrategicamente localizada perto dos principais mercados de bens de consumo de rápida circulação, varejo, tecnologia e eletrônicos, moda e estilo de vida, entre outros.

De acordo com o presidente da Maersk na América Latina, Robert van Trooijen, a empresa planeja ter uma área de armazenamento total de 350 mil m² na América Latina até o fim deste ano, com locais em vários países da região. “Temos uma grande ambição para os próximos anos. À medida que combinamos os armazéns em localizações estratégicas e um amplo portfólio de serviços, buscamos oferecer soluções ágeis e de maior valor agregado para nossos clientes.”

A nova unidade oferece solução para prestação de serviços de armazenagem e transporte, recebimento/descarga, conferência da carga, armazenagem, separação e embalagem de paletes ou caixas, consolidação e desconsolidação, carregamento, sistema de gerenciamento de armazenamento, cross-docking, e outros serviços de valor agregado. Para isso, foi desenvolvida uma estrutura de estantes para armazenar até 21 mil posições de paletes e 22 docas.

“Esta nova instalação é a sexta existente no Brasil e faz parte dos planos que a Maersk tem para o país para apoiar os clientes e as necessidades da cadeia de suprimentos nacional e internacional. A Maersk se transformou em um provedor de serviços logísticos completo e de ponta a ponta, e nossas soluções de armazéns e distribuição aproveitam nossas operações de rede global compartilhada para ajudar a otimizar as cadeias de suprimentos de nossos clientes.” – Karin Schoner, diretora administrativo da Maersk na Costa Leste da América do Sul.

METAS DE SUSTENTABILIDADE
De acordo com a Maersk, um dos objetivos do empreendimento é apoiar a meta de emissões dos clientes e fortalecer a capacidade de oferecer soluções logísticas de baixa emissão de ponta a ponta. O novo local tem certificação LEED Platinum (Liderança em Design de Energia e Meio Ambiente), incluindo painéis solares no telhado, sistema de recuperação de água da chuva e gerenciamento de resíduos, isolamento térmico de feltro e equipamentos de manuseio de material de bateria de lítio.

Amazon cria serviço de armazenamento para vendedores com problemas na cadeia de suprimentos

Na última quarta-feira (31), a Amazon apresentou um novo serviço que visa auxiliar vendedores no armazenamento de produtos em estoque. O objetivo principal é facilitar a distribuição dos insumos para reparar parte dos problemas trazidos pela pandemia à cadeia de suprimentos. O lançamento será em 2023.

De acordo com informações da Reuters, os vendedores ligados a varejista podem usar o novo serviço chamado Amazon Warehousing & Distribution (AWD) para enviar seu estoque para qualquer local, inclusive para clientes atacadistas ou lojas físicas, segundo explicação da gigante norte-americana.

O desenvolvimento do projeto voltado à cadeia de suprimentos acontece após a Amazon diminuir a expansão de seus armazéns. Neste caso, a companhia cita a tentativa de conter custos. Além disso, o serviço será com o modelo pay per use, ou seja, visando diminuir os gastos dos vendedores.

“A Amazon Warehousing & Distribution aborda os desafios críticos da cadeia de suprimentos e ajuda os vendedores a crescer e gerenciar seus negócios, reduzindo significativamente os custos”, disse Gopal Pillai, vice-presidente de Soluções de Distribuição e Desempenho da empresa.

Mercado Pago lança conta PJ e pagamento integrado para PDVs

O Mercado Pago lançou uma solução de pagamento integrado das máquinas de cartão Point aos PDVs. O modelo permite ao lojista que utiliza software de gestão o pagamento integrado concilie meios de pagamento como débito, crédito, parcelado, Pix e código QR. Esse processo reduz expressivamente a possibilidade de fraudes, erro humano ou de digitação impactarem negativamente no controle e fluxo de caixa das operações processadas pelo estabelecimento.

O banco digital ainda possibilita combinar essa solução com a nova conta para pessoa jurídica. Além de ferramentas de gestão e acompanhamento do negócio com gráficos, a conta PJ traz a partir de agora métricas e relatórios dos pagamentos das vendas. O empreendedor também poderá concentrar a vida financeira da sua empresa e ter acesso a contas e boletos e fornecedores, fazer Pix e transferências para qualquer conta, cartão de crédito, saques, contratar tag de pedágio, oferecer cartão de benefício para seus funcionários, sem nenhum custo adicional.

Segundo a empresa, a Conta PJ do Mercado Pago ainda auxilia o empreendedor no controle do fluxo de caixa e possibilita fácil acesso a linhas de crédito para capital de giro. O uso da conta PJ Mercado Pago também inclui o portfólio de ferramentas omnichannel de vendas (online e offline), incluindo maquininhas, suporte para operações com Pix, vendas via Código QR, link de pagamentos e checkout.

“Ter opções integradas dentro de um ecossistema traz mais visibilidade para uma melhor gestão operacional e comercial do negócio, o que é um dos fatores-chave para o crescimento dos empreendedores. E é nessa direção que sempre caminhamos: desenvolvendo produtos e serviços para resolver os problemas dos nossos vendedores e ajudá-los a crescer”, explica Daniel Davanço, diretor sênior de pagamentos para empresas do Mercado Pago.

Como funciona a solução do Mercado Pago?
No momento da venda, o sistema de gestão utilizado pelo estabelecimento vai gerar uma ordem de cobrança no valor da transação.
Automaticamente, a maquininha do Mercado Pago será acionada para o cliente efetuar o pagamento.
No momento em que o pagamento for aceito, o pedido será fechado e a transação financeira será enviada como aprovada para o sistema de gestão
Ao mesmo tempo, o pagamento vai ser refletido e o cliente já estará com o produto.

Grupo Intelipost lança primeira solução de logística reversa do Brasil com integração as maiores transportadoras do país

De acordo com uma pesquisa recente, realizada pela Invesp “E-commerce Product Return Rate – Statistics and Trend”, a taxa mundial de devolução de compras online é de aproximadamente 30%. Foi pensando em otimizar os procedimentos que ocorrem nessas situações que o Grupo Intelipost – maior grupo de tecnologia logística do Brasil – lançou a primeira solução de logística reversa do país com integração facilitada às diversas transportadoras do mercado.

Voltado para e-commerces, varejistas e marketplaces, o “Módulo de Reversa” promove melhor visibilidade a partir da centralização de informações, a renovação de autorização de postagem/coleta com empresas de transporte além dos Correios, ou seja, contam com uma integração simplificada com as transportadoras, somando rastreamento e atualização de status do pedido por meio de e-mails, sms ou WhatsApp.

Na prática, a solução possibilita que os lojistas gerenciem todo o processo de trocas e devolução de encomendas, reduzindo o tempo de solicitações, possibilitando assim, o monitoramento de cada etapa do processo de logística reversa. Aspectos considerados fundamentais em um cenário no qual, ainda de acordo com a pesquisa da Invesp, 92% dos consumidores voltariam a comprar de uma empresa com desempenho simples de troca/devolução.

Segundo Stefan Rehm, CEO do Grupo Intelipost, a solução foi desenvolvida especialmente para agilizar a gestão da reversa e ampliar a satisfação do consumidor final. “Tão importante quanto ter boas estratégias de vendas e planejamento logístico, é preciso também, nos casos de trocas e devoluções, oferecer uma boa experiência. Garantir a visibilidade do processo de Reversa gera a confiança do consumidor no seu negócio. É importante ressaltar que processos de devoluções e trocas fazem parte do jogo, e por isso, devem ser tratados com a mesma atenção que os processos de entregas de encomendas”, comenta.

Frete: MP que muda regras para atualização da tabela segue ao Senado

Na última terça-feira (30), a Câmara dos Deputados aprovou uma Medida Provisória (MP) que altera as regras para atualização da tabela dos valores mínimos do frete rodoviário de cargas. Com 310 votos favoráveis e três contrários, o texto vai ao Senado Federal e pode impactar na precificação da atividade.

De acordo com o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), relator da MP, a ideia é garantir uma atualização mais rápida da tabela de piso mínimo de fretes. Antes da medida ser proposta, o reajuste da tabela do frete ocorria apenas quando houvesse elevação de 10% no preço do combustível (óleo diesel S-10) ou a cada seis meses.

“O transportador autônomo de cargas representa uma categoria de suma importância para o país, a qual merece nossos esforços em uma tentativa de melhor ajustar suas condições de trabalho, resultando, assim, no seu devido reconhecimento e valorização”, diz.

O que muda no frete?
Segundo o conteúdo da MP, ao acontecer oscilação no preço do óleo diesel S-10 no mercado nacional superior a 5%, para mais ou para menos, uma nova norma com pisos mínimos deve ser publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), considerando a variação no preço do combustível.

A comparação para medir a oscilação é feita com o preço considerado na planilha de cálculos utilizada para obtenção dos pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes por eixo carregado.

Após dois anos atuando na última milha do nordeste, Beelog chega a São Paulo.

Operando nas modalidades same day delivery, q-commerce e last mile, startup fundada em Aracaju (SE) já atendeu shopping centers em todas as capitais, grandes marketplaces e CDs.

Após fortalecer a atuação na região Nordeste, a Beelog anunciou a chegada à cidade de São Paulo. Composta por um sistema de machine learning, a startup fundada em Aracaju (SE) oferece um serviço de q-commerce focado na inteligência da roteirização por meio da geração roteiros de entregas baseados em parâmetros de segurança e prevenção.

O sistema da Beelog opera nas modalidades de entrega same day, q-commerce (entrega rápida) e last mile. Os clientes podem acessar os serviços pelo site ou aplicativo, desenvolvido nas versões para Android e IOS.

“O google tem a compreensão das rotas, mas o nosso sistema faz a análise e diz se é preciso evitar áreas arriscadas, áreas de não curso”, pontou o CEO da empresa, Jhouferbio Rodrigues. “Nossa inteligência dá o melhor percurso e o mais seguro mapeando as zonas de risco.”

A Beelog é uma das startups que fazem parte do Cubo Itaú, maior centro de inovação tecnológica da América Latina. Criado por Banco Itaú e Redpoint, o hub junta no mesmo espaço empresas dos mais diversos segmentos que estão focadas em tecnologia para fazer networking e criar oportunidades comerciais numa rede empreendedora exclusiva.

“Estar no Cubo é extremamente importante, pois nos coloca numa posição de destaque nesse cenário de transformação via tecnologia. Estamos focados em conversar com o mercado de forma transparente, contribuindo no fortalecimento da cultura de inovação e empreendedorismo, algo que Beelog defende.” – Jhouferbio Rodrigues.

A startup atua há mais de dois anos no Nordeste, um dos maiores polos exportadores do Brasil. Nesse período, já atendeu shopping centers em todas as capitais, grandes marketplaces e centros de distribuição.

Segundo Jhouferbio Rodrigues, a experiência no Nordeste confirma a capacidade da Beelog para atender a cidade de São Paulo. ”Nossa machine learning permite um controle de performance e eficiência do fluxo de jornada com mais inteligência para lidar com qualquer realidade logística.”

Mercado Livre capta R$ 1 bi na sua 1ª emissão de CRIs para modernizar estrutura logística.

A oferta pública restrita foi realizada em duas séries e os recursos serão investidos na expansão, revitalização e modernização da sua estrutura logística no Brasil.

O Mercado Livre captou R$ 1 bilhão na sua primeira emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs). A oferta pública restrita, conforme prevê a instrução da CVM 476, foi realizada em duas séries e os recursos serão investidos na expansão, revitalização e modernização da sua estrutura logística no Brasil.

Coordenada pelos bancos Itaú BBA, que liderou a oferta, Bradesco BBI e Safra, a operação conta com uma série de cinco anos, com remuneração correspondente ao CDI mais 0,88% ao ano, e outra de sete anos, com remuneração atrelada à inflação de NTN-B mais 0,63%.
“A alta demanda pelos papéis comprova a confiança dos investidores na estratégia e execução do Mercado Livre e, assim, buscamos seguir diversificando fontes de captação para sustentar nossos investimentos e executar nossa visão de longo prazo”, destaca Tiago Azevedo, diretor sênior de Finanças do Mercado Livre no Brasil. “Apesar do contexto macroeconômico, nossos resultados sólidos nos dão confiança para manter o investimento no país, onde a nossa rede logística é uma vantagem competitiva que seguirá em constante evolução”, completa.

Neste ano, o Mercado Livre já anunciou a abertura de quatro novos centros de distribuição, que aumentarão sua capacidade de transação diária em mais de 1 milhão de pacotes no Brasil. Com esses novos ativos, até o fim de 2022 a companhia passará a contar com uma estrutura logística composta por 12 centros de distribuição fulfillment, 1 receiving center, 1 sortation center, 20 centros cross docking e mais de 100 services centers.

Com expansão do e-commerce, aéreas ampliam apostas em aviões de carga

Nesta semana, Gol apresentou a primeira das seis aeronaves cargueiras para a parceria com o Mercado Livre.

O segmento de carga tem ganhado importância na estratégia das companhias aéreas brasileiras, que ainda não recuperaram os números no transporte de passageiros na volta da pandemia e enfrentaram prejuízos bilionários no segundo trimestre de 2022. Com novos modelos de negócio, Gol e Azul apostam que o segmento deve continuar crescendo, impulsionado principalmente pela demanda do e-commerce. Nesta semana, a Gol apresentou a primeira das seis aeronaves cargueiras para a parceria com o Mercado Livre.

Os aviões do modelo Boeing 737-800 BCF fazem parte do contrato de longo prazo firmado em abril. Há ainda a opção de adicionar outras seis aeronaves até 2025. “Com este avião, vamos revolucionar as entregas no país. Seremos a primeira companhia aérea a levar entregas em um dia para o Nordeste”, disse o CEO da Gol, Celso Ferrer.

O Mercado Livre e a Gol Linhas Aéreas anunciaram parceria em abril de 2022. Imagem: Divulgação
Os primeiros voos da parceria terão como destino as capitais Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Teresina (PI), onde o prazo atual de entregas de quatro dias cairá para apenas um, considerando cargas armazenadas em centros de distribuição (CD) de armazenamento de mercadorias do Mercado Livre.

Nesses locais, os itens ficam estocados e, quando o consumidor faz a compra, os produtos saem do CD e se dirigem a galpões menores (chamados de cross dockings), mais próximos às regiões de entrega, nos quais serão redirecionados e sairão para chegar às mãos do consumidor.

Com a parceria, a estimativa do Mercado Livre é de que cerca de 11% das entregas totais da companhia sejam feitas via modal aéreo — quando os seis aviões estiverem operando. “As aeronaves (dessa parceria) vão fazer dois voos por dia”, disse o vice-presidente sênior de e-commerce e líder do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes. “Quanto mais voarem, mais vai haver uma diluição do custo fixo por pacote.”

Atualmente, a GolLog — braço de carga da aérea – não opera com cargueiros dedicados, transportando encomendas apenas na parte inferior das aeronaves (a chamada “barriga” do avião) de passageiros. Com a chegada dos seis aviões do Mercado Livre, o braço de cargas terá 80% mais oferta de espaço para carga, segundo o diretor executivo da GolLog, Júlio Perotti.

Em abril, a Gol projetou que a receita incremental da parceria chegaria a R$ 100 milhões em 2022 e R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos. O acordo com o Mercado Livre é de dez anos.

Entrega em 48 horas
A Azul opera sete cargueiros, sendo dois Boeing 737 e cinco Embraer E-195. O modelo da aérea no segmento de carga envolve 310 lojas (nomeadas pela companhia) e entregas em até 48 horas para mais de 2 mil cidades no país. A receita da Azul Cargo no segundo trimestre quase triplicou em relação ao mesmo período de 2019, nível pré-pandemia.

“Nos 4 mil municípios onde entregamos, conseguimos atender 96% da população brasileira. Em 2 mil cidades, entregamos em até dois dias”, afirma a diretora da Azul Cargo, Izabel Reis.

Como a gestão pode ajudar as entregas no e-commerce.

O comércio eletrônico é um modelo de negócios em que pedidos pequenos – a maioria de um produto apenas – são vendidos a muitos consumidores localizados nos mais diversos pontos. Isso traz um grande desafio às operações de comércio eletrônico: fazer entregas fracionadas, com frequências incertas e pulverizadas, tendo lucro.

Ainda que esse formato seja vantajoso para os prestadores de serviços em logística, para as lojas virtuais esse cenário traz a necessidade de gerenciamento rigoroso com os custos de transporte. Uma equação complicada: ter o menor custo possível, sem comprometer a margem de lucro e evitar a queda no índice de conversão de vendas.

Uma boa gestão, guiada com o auxílio da tecnologia, pode ajudar e muito as operações de e-commerce. Saiba mais neste artigo.
O relatório Webshoppers, da Ebit/Nielsen, mostra que, em 2020, três de cada dez consumidores que fizeram alguma reclamação sobre compras online indicaram o prazo de entrega como motivo da queixa. Quando a reclamação era sobre frete grátis, a taxa foi de 5,9% do total de insatisfações. Já quando o frete não era gratuito, esse número foi de 15,7% do total de reclamações sobre lojas virtuais. Isso apenas comprova que o valor do frete é um elemento decisivo na decisão de compra.

Portanto, é fundamental para as operações de e-commerce colocar em prática estratégias que visem a oferecer fretes com o máximo custo-benefício. Essas estratégias envolvem uma boa dose de gestão e, é claro, auxílio da tecnologia. Vamos entender como.

Mix de transportadoras
A primeira iniciativa é, naturalmente, pensar nos fornecedores de transporte. Contratar e gerenciar essas parcerias é importantíssimo. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Brasil tem hoje cerca de 700 mil transportadores, entre empresas e autônomos. Dessa forma, o vendedor virtual chega a uma encruzilhada: ter poucas transportadoras, o que facilita o gerenciamento e dá mais poder de negociação, ou trabalhar com muitos fornecedores, o que otimiza preços e prazos, mas torna a gestão mais complexa?

Nesse ponto, você deve estar se lembrando dos Correios, certo? É natural, pois é a empresa que executa aproximadamente 45% das entregas no país (dados de 2020), contudo é limitada em entregas de grandes volumes ou do tipo expressas, o same day/same hour delivery. Os Correios, apesar disso, devem fazer parte da estratégia, especialmente nas entregas para localidades muito distantes.

Um bom caminho é ter transportadoras adequadas ao mix de produtos trabalhados pela operação. Correios para volumes pequenos, transportadoras especializadas em grandes volumes e mais uma ou duas opções para entregas expressas.

Escolha dos parceiros
Há critérios importantes para a escolha das transportadoras parceiras. São pontos que ajudam o vendedor a decidir pela contratação ou mesmo deixar de trabalhar com um fornecedor.

O primeiro deles é o custo. Diversas variáveis impactam o custo do frete: peso e dimensão dos pacotes, quantidade de produtos, valor na nota fiscal, distância, problemas de trajeto e acesso. Assim, deve-se verificar a credibilidade da transportadora, quão próxima ela está do CEP de origem e dos principais CEPs de destino, verificar se as tabelas de frete para o perfil da operação são condizentes e analisar outros fatores que possam interferir nesse curso.

O segundo é a aderência. Significa avaliar se o parceiro tem a estrutura necessária para fazer as entregas que a loja virtual precisa. Ver itens como: veículos apropriados para os tipos de produtos, capacidade de atender períodos de pico (como a Black Friday), franquia de volumes e taxas por ultrapassar essa franquia, tecnologias de rastreamento, seguros nas viagens, abrangência de atuação, entre outros.

O terceiro é a confiança, talvez o mais importante. Aqui, o empresário deve avaliar se a transportadora tem um bom nível de comprometimento. Itens como SLA, aumentos sazonais, faturamento mínimo mensal ou por coleta e limites de capacidade devem constar em contrato.

Negociando com transportadoras
Antes de contratar uma transportadora parceira, é interessante que o lojista compartilhe com ela algumas características de sua operação, como local de coleta, ticket médio das notas fiscais, rotas mais demandadas, média de remessas por mês, perfil dos compradores (B2B ou B2C), peso médio e dimensões dos pacotes e representatividade de cada estado, cidade ou CEP no total dos pedidos.

O lojista também deve entender as tarifas cobradas pela transportadora. As principais costumam ser frete-peso (despesas administrativas), frete-valor (cobertura de gastos com avarias e acidentes, custo de equipamentos especiais de carga/ descarga, seguros obrigatórios etc.) e taxas complementares (pedágios, tributos, tarifas de armazenagem etc.).

Outros itens como taxas de despacho, taxa de coleta e fator de cubagem também devem ser detalhados pelo fornecedor.

Tecnologia
Boa gestão conta com apoio de ferramentas e softwares. Do lado do vendedor, a principal é o ERP, sistema que dá apoio às informações de cada entrega e rastreamento. Para as transportadoras, é importante contar com sistemas de radiofrequência (RFID) nos pacotes, sistema de gestão de transportes (TMS) – software usado para otimizar a atividade de transporte como um todo -, roteirizador de entregas e coletas – sistema que planeja rotas mais eficientes e econômicas -, e sistema de gestão de entregas, solução que monitora as entregas e a produtividade da frota.

Nem sempre as transportadoras terão todas essas tecnologias, mas tendo algumas já é um diferencial. Esses pontos ajudam muito o vendedor on-=line a tornar o frete um aliado e não um obstáculo às vendas. Dá trabalho, contudo é um dos caminhos para o crescimento da operação, menos abandono de carrinho e mais vendas.

FedEx trava disputa com terceirizados após volume de entregas perder tração

A FedEx está enfrentando uma ameaça vinda de uma fonte incomum – um de seus maiores terceirizados para entregas.

O empresário Spencer Patton elevou a pressão sobre a FedEx para aumento da remuneração dos prestadores de serviço, depois que medidas tomadas pela empresa tornaram ainda mais difícil para eles obterem lucro, em meio a uma economia inflacionária e em desaceleração.

A FedEx Ground usa prestadores de serviços para reduzir custos fixos, impedir a sindicalização e manter a alavancagem nas negociações
Patton é um dos maiores terceirizados da FedEx Ground, unidade que cresce mais rápido dentro companhia e conta com 6 mil “prestadores de serviços independentes” para levar milhões de pacotes para residências e empresas todos os dias.

O empresário de 36 anos passou de um dos maiores incentivadores da FedEx para um de seus principais adversários.

“Não estou aqui para ser um lançador de bombas e para destruir a FedEx Ground e o presidente-executivo”, disse Patton à Reuters em conferência organizada por ele em Las Vegas no último fim de semana e que reuniu terceirizados da companhia.

Ele propõe que a FedEx e os prestadores conversem para encontrar soluções.

Patton também está formando um grupo comercial para defender todos os entregadores, incluindo aqueles que trabalham com a Amazon.

A FedEx tem sido tradicionalmente anti-sindical, mas se os esforços de Patton ganharem força, eles podem reduzir o lucro da empresa e impactar os negócios antes da crucial temporada de feriados de final de ano para o setor.

A empresa enviou há alguns meses a Patton – que fez uma fortuna com a FedEx Ground administrando 275 caminhões semirreboque e veículos de entrega, vendendo rotas para outros empresários e oferecendo serviços de consultoria – uma carta para encerramento das atividades (‘cease and desist letter’).

À medida que o “pêndulo” do crescimento impulsionado pela pandemia “retrocede”, “a FedEx Ground continua comprometida em trabalhar com cada um de vocês para encontrar soluções”, disse o líder da unidade, John Smith, em uma mensagem interna aos prestadores de serviço vista pela Reuters.

Sem Margem Para Erro
A FedEx Ground usa prestadores de serviços para reduzir custos fixos, impedir a sindicalização e manter a alavancagem nas negociações, disseram analistas.

Essas empresas terceirizadas arcam com o peso das crises econômicas porque são atingidas com os custos de mão de obra e veículos.

Patton disse que até 35% dos prestadores de serviços independentes (ISPs, na sigla em inglês) da FedEx Ground estão em risco de colapso financeiro.

O negócio dele, por exemplo, que opera 225 rotas em 10 Estados norte-americanos, trabalha com uma margem de -5% a -10%.

Ele pediu à FedEx pelo fim das não lucrativas entregas de domingo e elevação da fatia dos prestadores devido a combustível e sobretaxas de feriados.

A maioria dos 31 terceirizados que disseram na conferência à Reuters estarem perdendo dinheiro identificam o Natal de 2021 como o início da atual crise financeira.

Na ocasião, eles ficaram presos com contas gordas por causa de um volume impreciso de demanda previsto pela FedEx para a temporada de final de ano.

Consequentemente, eles perderam as metas de bônus baseadas na projeção excessivamente otimista da empresa. Isso os deixou sem proteção contra o aumento dos custos de combustível e as perdas com entregas de domingo que a FedEx executava para o Walmart e outros varejistas que competem com a líder de comércio eletrônico Amazon.

“Não há margem para erro agora”, disse John Pontefract, um terceirizado do estado norte-americano de Oregon.

A preocupação dos terceirizados em dificuldades se transformou em raiva em junho, quando executivos da FedEx disseram aos investidores que usaram os recursos das sobretaxas cobradas devido à alta de combustível para elevar a margem operacional da Ground.

A empresa não lucrou com a divisão da sobretaxa de combustível, disse Brie Carere, diretora de clientes da FedEx, à Reuters.

Patton disse que fechará seus negócios na Black Friday, que marca o início da alta temporada, se os terceirizados não obtiverem mais alívio.

Carere afirmou que a FedEx fez uma previsão de como será o pico de demanda neste ano e está confiante de que a companhia está mais bem preparada.

A FedEx “paga generosamente” por esse trabalho e outros terão fome de fazê-lo, disse Dean Maciuba, consultor e ex-executivo da empresa.

Patton também tem críticos entre os prestadores de serviços, incluindo Satgur “Singh” Athwal, terceirizado da FedEx Ground no Estado da Califórnia.

As empresas terceirizadas ganharam “muito dinheiro em 2020”, disse ele. “Algum de nós deu um passo à frente e disse: ‘Você está nos pagando demais’?”