“E-commerce obriga que logística se amplie”, diz diretor da JSL

JSL Logística teve 58% de crescimento na receita em 2021 e 565% no lucro.

“Os produtos de alimentação e bebida tiveram aumento de consumo na pandemia, por exemplo, seja pelas pessoas em casa, seja pelo crescimento do e-commerce. Com o e-commerce, você obriga que a logística se amplie. Para você pedir, eu preciso ter o produto perto de você. Para isso, tem de ter mais centros de distribuição, mais transporte e movimentações internas”, diz Ramon Peres.

O CEO da empresa explica também que o crescimento da empresa aconteceu devido à JSL estar presente na “ponta, na movimentação interna e no final”. Em novos contratos, foram mais de R$ 4 bilhões.

As vendas novas foram realizadas principalmente nos setores de papel e celulose (30%), alimentos e bebidas (26%) e siderurgia e mineração (12%).

No setor de papel e celulose, o crescimento foi forte porque a empresa trabalha em toda a cadeia.

“O aumento das margens é explicado pela junção de várias coisas: gestão de redução de custo com abertura de portas para negociação em meio ao aumento de insumos básicos. O que vivemos em 2021 não vivíamos há mais de 20 anos. Com alguns clientes a negociação foi de 3 e 4 vezes. Quem acreditar que vai repassar 100% de seus insumos para o cliente, está acreditando em coelhinho da Páscoa”, diz o CEO Ramon Peres.

Por trás da alta no lucro e na receita está o crescimento isolado de empresas adquiridas pela JSL desde 2020.

“Essas cinco empresas vieram enriquecer um de nossos segmentos. Vieram empresas cada uma em um segmento diferente. Cada um em um pedaço da cadeira logística. Exatamente por isso continuaram com a administração independente. A vontade de ganhar em sinergias não é maior do que a nossa preocupação de perder essas empresas tem de bom”, defende o presidente.

Em 2020, as empresas crescerem 23%. Juntos, a combinação foi de 17%.

Em 2021, foram três aquisições (Transportadora Rodomeu, TPC e Transportes Marvel), que se somam às duas realizadas em 2020. Essas aquisições somaram R$ 2 bilhões de receita bruta à JSL em 2021.

Magazine Luiza (MGLU3): “Expandir o marketplace será o foco para superar dificuldades em 2022”

O consenso Refinitiv esperava que o Magazine Luiza (MGLU3) entregasse um prejuízo líquido de R$ 16,5 milhões no 4T21. Nesta segunda (14), a varejista divulgou que seu lucro líquido contábil foi de R$ 93 milhões, uma queda de 57,6% na comparação com o 4T20. Com ajustes de valores não recorrentes, o valor caiu para um prejuízo líquido de R$ 79 milhões.

Em entrevista ao Suno Notícias, o vice-presidente de negócios do Magazine Luiza, Eduardo Galanternick, afirmou que o ano de 2021 foi importante para a empresa avançar nas suas estratégias de longo prazo, ainda que o cenário macroeconômico do País tenha sido mais duro e imposto dificuldades.

“Desde 2019, o principal motor do Magalu é o marketplace. Nesses dois anos, as vendas na plataforma quadruplicaram e chegaram a R$ 13 bilhões em 2021. Comparado com 2020, o crescimento foi de 69%. É uma grande conquista e coloca 2021 como um ano importante para a estratégia”, diz Galanternick.

Sobre o prolongamento do cenário de inflação e juros em alta no Brasil, o VP de negócios afirma que o que cabe à empresa é reagir com medidas de curto prazo, como uma análise mais minuciosa sobre o repasse dos preços, o parcelamento de compras sem juros, os subsídios com descontos, entre outros ajustes que buscam mitigar os efeitos e compensar parte das perdas com boas vendas.

Mas o foco da empresa agora, segundo Galanternick, está no avanço da estratégia de longo prazo. “Temos uma visão construtiva para este ano. No segundo semestre vai acontecer a Copa do Mundo, que é um evento importante para as vendas do Magalu. Temos que focar no que está em nossas mãos”, diz.

Embora não tenha aberto os valores, a empresa informou que em fevereiro de 2022, pela primeira vez, as vendas do marketplace do Magalu superaram o faturamento das lojas físicas.

Em 2021, a participação do e-commerce total chegou a 71,5% das vendas totais da varejista. Para 2022, é nessa expansão da plataforma marketplace que o Magazine Luiza vai focar para superar as dificuldades do cenário macroeconômico do país.

Segundo o VP de negócios, o crescimento dos sellers para a aceleração do 3P em conjunto com a estratégia de logística para diminuir os custos e o tempo das entregas é o movimento da empresa para se diferenciar de seus concorrentes.

“Os mesmos diferenciais competitivos do modelo de negócio multicanal que fizeram o Magalu atingir de maneira sustentável a liderança no 1P brasileiro estão sendo utilizados para alavancar nossa operação de 3P. Atualmente, temos mais de 160 mil sellers, a maior parte deles pequenos varejistas locais, que estão integrados à nossa plataforma. Eles vendem absolutamente tudo, de maneira formal e legal″, diz o Magalu em seu balanço financeiro.

Veja os números do balanço do Magazine Luiza

Magazine Luiza está de olho nos pequenos empreendedores

Galanternick destaca que o Magazine Luiza acredita na força dos comércios locais. Mais do que focar em sellers que já estão no ambiente digital, a varejista quer captar aqueles que ainda não fizeram a digitalização dos seus negócios.

“Cidades menores ou mesmo capitais mais distantes ainda impõem desafios de prazos mais longos e cobranças de fretes. Com a captação desses sellers, a empresa consegue aumentar o marketplace e integrar essas vendas aos pontos de logística das lojas físicas”, explica o VP.

Em 2021, os Parceiros Magalu somaram 96 mil varejistas digitalizados, sendo mais de 50 mil deles captados pelas equipes de lojas físicas. Para a empresa, isso significa maior distribuição geográfica e expansão de sortimentos locais.

A varejista já tem mais de 1.481 lojas físicas em diferentes localidades do País e planeja avançar no lançamento de mais unidades ao longo de 2022.  “Nossas lojas são mais do que espaços para entrar e comprar produtos. Hoje elas funcionam como ponto logístico de última milha, ponto de retirada para clientes e também de captação para novos vendedores.”

O “Parceiro Magalu” foi um projeto criado pela empresa no início da pandemia, com o objetivo de ajudar pequenos lojistas analógicos a viabilizar seus negócios no período de lockdown. Desde então, a estratégia cresceu e foi incorporada aos planos de longo prazo da varejista.

A adesão ao marketplace do Magalu por esses pequenos empreendedores disponibiliza para eles sistemas de faturamento, back office, crédito, logística, treinamento, promoção e marketing para o negócio.

Novas fontes de receita do Magalu

Magazine Luiza e KaBuM!. Foto: Divulgação
Magazine Luiza e KaBuM!. Foto: Divulgação

Além das categorias tradicionais do Magazine Luiza, em 2022, a varejista deve focar na expansão de novos negócios. No ano passado, as vendas de produtos de novas categorias representaram 45% das vendas do e-commerce (em termos anualizados), impulsionadas também pelo marketplace.

Entram nessa categoria negócios como Netshoes, Época Cosméticos, KaBuM!, Vip Commerce, entre outros. “Todos os novos negócios vêm gerando resultados positivos, acima das expectativas iniciais, e se mostrando extremamente resilientes às oscilações da economia”, diz a empresa.

A categoria de esportes e moda, com a Netshoes, atingiu uma receita recorde de R$ 5 bilhões em 2021. Já a KaBuM! somou um GMV de R$ 4 bilhões. A categoria beleza, com a Época Cosméticos, arrecadou R$ 1 bilhão em vendas totais, assim como a Vip Commerce.

“Quando a gente olha para esses números, é claro o potencial desse setor não tradicional. Todos eles foram importantes durante o período da pandemia e ganharam tração no ano passado. Agora, vamos olhar para frente, para o longo prazo”, diz o VP de negócios do Magazine Luiza.

Predict agrega previsibilidade nas entregas do e-commerce

Ao mesmo tempo em que o setor de transportes de cargas fracionadas atua com grande volume de movimentações neste início de 2022, por conta do novo patamar de vendas no comércio eletrônico atingido durante a pandemia, mais fatores positivos são agregados na experiência de entrega dos produtos comprados pela internet.

A Jadlog, uma das maiores empresas de transportes de cargas expressas fracionadas do Brasil e a transportadora privada mais utilizada pelo e-commerce, vem atuando neste sentido com o Predict, o serviço inovador que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda, com acuracidade de até uma hora do informado. Assim, a transportadora está elevando a taxa de sucesso da primeira tentativa de entrega e melhorando a jornada de compra online.

“O Predict estabelece uma comunicação assertiva, ou seja, mais clara, dinâmica e respeitosa com os clientes, algo que aprimora as entregas. Ao mesmo tempo, confere mais conveniência e previsibilidade na logística de última milha tanto para o consumidor, que consegue se programar para receber seu produto, quanto para os embarcadores, porque tal tecnologia eleva a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega”, observa Bruno Tortorello, CEO da Jadlog.

Segundo Tortorello, o Predict, além de elevar o sucesso de entrega na primeira visita, está diminuindo o tempo de espera por parte do consumidor final. Na Europa, o Predict é responsável por reduzir o insucesso de entrega pela metade.

Implantado em mais de 20 países na Europa pela rede DPDgroup, líder de entregas de encomendas expressas naquele continente e controladora da Jadlog, o Predict está no Brasil desde o fim de maio do ano passado. Atualmente, a solução está disponível para um número maior de embarcadores do e-commerce que são parceiros da Jadlog, especialmente aqueles com entregas em cidades de regiões metropolitanas e capitais.

“O serviço informa o destinatário via SMS, já no dia da entrega, com a janela de 1 hora de variação de quando a encomenda será entregue. Com esta inovação, alcançamos um novo patamar em termos de digitalização e tecnologia de entregas, bem como um novo padrão de excelência no mercado”, explica Tortorello.

Tratamento diferenciado

Nas compras dos embarcadores que optaram pelo serviço, a encomenda é selecionada como Predict e passa a ter um tratamento diferenciado pela Jadlog, que já a insere no roteirizador e estima o horário previsto para a entrega. Em seguida, no dia da entrega, o sistema envia a mensagem ao destinatário para que se organize para receber a encomenda.

Assim, o consumidor consegue acompanhar em tempo real o percurso do produto e se programar com mais precisão para recebê-lo em casa. Esta é mais uma forma da Jadlog transmitir ao consumidor final, e ao cliente embarcador, pleno comprometimento em relação às operações de delivery.

Melhor Ponto: centralizador de encomendas do Melhor Envio abre 15 unidades

O Melhor Ponto é um centralizador de encomendas que nasceu para facilitar a vida de quem vende online. Com o serviço, os lojistas podem deixar envios de diferentes transportadoras em único lugar, sem precisar ir até cada agência de postagem para enviar os pedidos.

Além de economizar tempo, pois não é necessário percorrer vários pontos da cidade para despachar os produtos, o serviço é 100% gratuito. Ou seja, o preço e prazo de entrega informados durante a geração da etiqueta de frete continuam os mesmos.

Não existe nenhum custo adicional para utilizar o Melhor Ponto. Pelo contrário, clientes Melhor Envio que usam alguma das unidades de coleta de encomendas, recebem 10% de cashback sobre o valor do frete.

Depois que a mercadoria é conferida e postada pelas transportadoras, em até 3 dias o cashback fica disponível automaticamente na Melhor Carteira.

Como surgiu o Melhor Ponto?

O Melhor Ponto foi pensado para suprir as dores dos clientes do Melhor Envio. Após uma pesquisa, a empresa descobriu que os maiores desafios dos lojistas eram o tempo de espera alto para finalizar a postagem das encomendas e a dificuldade de locomoção entre uma transportadora e outra.

Diante dos resultados, o Melhor Envio lançou o Melhor Ponto em locais estratégicos da cidade de São Paulo, a fim de testar a adesão dos usuários da plataforma. O sucesso foi tanto que, em menos de um ano, foram abertas 15 unidades na capital paulista e os planos não param de crescer. Afinal, a ideia é expandir o serviço de coleta de encomendas para todo o Brasil.

De acordo com Éder Medeiros, CEO do Melhor Envio, “a rápida expansão do comércio eletrônico fez com que o frete para o e-commerce se tornasse uma peça-chave para as estratégias de venda”.

Além disso, o CEO da empresa destaca que o objetivo principal do Melhor Envio é oferecer facilidades e soluções para impulsionar os varejistas. “Queremos que eles se destaquem e que consigam se manter competitivos frente à concorrência. Tenho certeza de que essa será uma ótima oportunidade para confiarem ainda mais no nosso trabalho.”

A principal vantagem do Melhor Ponto é acabar com as dificuldades que os clientes encontram para chegar até as transportadoras e, assim, permitir que as pessoas escolham  opções de entrega menos convencionais, democratizando o processo de contratação de frete.

Por exemplo, as modalidades de frete aéreo costumam ser menos acessíveis, pois os lojistas precisam se deslocar até o balcão das companhias para enviar os pedidos e nem sempre o aeroporto fica próximo do endereço do vendedor.

Com o centralizar de encomendas, mais pessoas podem escolher essa modalidade de frete, pois é possível deixar os pacotes em qualquer agência do Melhor Ponto.

Como enviar encomendas usado o Melhor Ponto?

Enviar encomendas usando o Melhor Ponto é simples e rápido. Tudo que você precisa fazer é:

 

  • Gerar a sua etiqueta de frete no Melhor Envio.
  • Embalar a mercadoria.
  • Colar a etiqueta de frete e os documentos de envio na embalagem.
  • Escolher a agência do Melhor Ponto mais próxima do seu endereço e deixar suas mercadorias.
  • Receber o comprovante de postagem que informa sobre os volumes deixados no Melhor Ponto.
  • Finalizadas todas as etapas, você pode acompanhar os status de entrega pelo Melhor Rastreio, o rastreador de encomendas gratuito do Melhor Envio.

 

As transportadoras passam em todas as unidades do Melhor Ponto, de segunda a sexta-feira, para coletar os pacotes e se encarregam de fazer a postagem dos produtos.

Portanto, é importante destacar que o Melhor Ponto funciona apenas como um centro de coleta de encomendas. A função de despachar as mercadorias continua sendo uma responsabilidade das transportadoras que possuem parceria com o Melhor Envio.

Envios gerados no Melhor Envio com as transportadoras Correios, Jadlog, Azul Cargo Express e LATAM Cargo podem ser despachados em qualquer unidade do Melhor Ponto.

Já os pacotes com etiquetas da Via Brasil não podem ser coletados em nenhuma agência do Melhor Ponto, pois a empresa já oferece o serviço de coleta domiciliar. As encomendas da Buslog devem ser deixadas nas unidades Anhembi,  Estado, Mooca, Morumbi, Tatuapé e Vila Olímpia.

Para conhecer mais detalhes sobre o Melhor Ponto, assista o vídeo disponível no canal do Melhor Envio no YouTube ou entre em contato com o time de especialistas para sanar eventuais dúvidas.

Principais varejistas brasileiras montam ofensiva contra ‘marketplaces’ estrangeiros

Foco está nas plataformas que vendem produtos da Ásia como Aliexpress, Shopee e Shein.

As principais varejistas brasileiras organizam um movimento para combater “marketplaces” (shopping virtuais) que, na visão delas, vendem produtos falsificados ou sem a devida cobrança de impostos. O foco está nas empresas estrangeiras que trazem produtos da Ásia, apurou o Valor. As estrangeiras rebatem e já têm linhas de defesa para reagir à investida das brasileira.

As reuniões sobre a questão vêm sendo lideradas pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne 75 varejistas como Americanas, Casas Bahia, Magazine Luiza, Renner e Riachuelo. Na semana passada, houve encontro virtual com, pelo menos, 50 associadas para tratar do impacto fiscal da sonegação e discutir “propostas judiciais e administrativas” contra as plataformas estrangeiras, segundo documento do IDV apresentados na reunião.

Fontes afirmam que há um antigo incômodo das redes com grupos como AliExpress, da chinesa Alibaba, Shopee, do Sea Group, de Cingapuraas americanas Wish e Shein, Mercado Livre, sediado na Argentina, e a OLX Brasil, com 50% do negócio nas mãos da sul-africana Naspers. A decisão pela ofensiva partiu do avanço da operação desses grupos no país, dizem fontes.

O material, feito com apoio da consultoria McKinsey e do escritório Mattos Filho Advogados, e obtido pelo Valor, lista ações possíveis nas áreas concorrencial, tributária, criminal, das relações de consumo e do Marco Civil da Internet.

O IDV, que reúne grandes varejistas, estuda entrar com representação no Cade nas próximas semanas

O IDV avalia entrar nas próximas semanas com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), alegando infração à ordem econômica pelas plataformas estrangeiras.

Ainda neste mês, também deve ser pedida reunião com o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça. A ideia é apresentar o estudo do IDV ao CNCP. “Já houve contatos com alto escalão do governo, informalmente, e com lideranças estaduais para ver se há espaço para trabalhar alteração em legislação sobre cobrança de impostos pelos ‘marketplaces’”, diz o diretor de uma rede. O plano é começar pelo Cade e “depois entrar pela mudança na lei”.

Procurado, o IDV confirma que há um relatório sobre o tema da venda de lojistas internacionais, mas não comenta eventuais ações em desenvolvimento.

Uma fonte próxima ao IDV afirma que “apenas 5% das remessas foram fiscalizadas pela aduana em 2020 e 7% das remessas são efetivamente declaradas”, diz. “Ou seja, há um ‘mar’ de produtos que entram sem qualquer análise, e isso só aumentou após a pandemia”.

“Como a compra de até US$ 50 é isenta de imposto de importação, lojistas informais ou pessoas físicas compram de outros informais, até esse limite de US$ 49,99 por pacote para fugir da fiscalização”, diz. “São milhares de pacotes, favorecidos pela oferta de frete grátis”.

Uma proposta em análise pelas redes é a emissão de nota fiscal, pelo microempreendedor individual (MEI), na venda para pessoa física. Isso só é obrigatório na venda para empresas, mas envolveria mudança na lei de micro e pequenas empresas. Outro caminho do IDV é trabalhar junto às assembleias legislativas estaduais para aprovar lei que atribui aos “marketplaces” a responsabilidade solidária por pendencias fiscais de seus lojistas no pagamento do ICMS.

Alguns Estados já responsabilizam as plataformas, por meio de legislações específicas. As plataformas, por sua vez, rejeitam a responsabilidade solidária, alegando que são apenas intermediárias.

O texto em discussão pelas redes também propõe atuar na mudança no artigo 19 do Marco Civil da Internet, que trata de liberdade de expressão. Pelo artigo, um provedor de internet somente pode ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo de lojistas se, após ordem judicial, não tomar providências.

Para o IDV, o texto está sendo usado de forma distorcida para isentar os “marketplaces” da responsabilidade. Estes dizem que se trata de liberdade de expressão (de publicação de conteúdo).

Como é ano eleitoral, redes ligadas ao IDV disseram ao Valor que não há espaço agora para colocar toda a agenda na mesa dos governos federal e estadual. O caminho, então, seria endurecer a cobrança por maiores controles aduaneiros, e pressionar agências reguladoras com poder de autuar e multar empresas. Fonte próxima ao Ministério da Justiça diz que essas fiscalizações cresceram desde a pandemia, assim como a aproximação entre alguns sites e as agências, na busca de maior cooperação.

Há varejistas no país, que operam com seus marketplaces, e também vendem produtos de lojistas internacionais, como itens de moda, brinquedo e acessórios. Mas alegam que trazem menos volumes ao país do que as concorrentes estrangeiras, e a política de frete grátis nessas compras é mais restrita. Ainda dizem que utilizam sistemas para tentar identificar itens falsificados. Também existem intermediadores nacionais, com lojas próprias em alguns marketplaces locais e estrangeiros, que prometem fazer a chegada da compra até a casa do cliente. Esses negócios também vêm acendendo sinal de alerta no IDV, dizem fontes.

O documento do instituto calcula uma evasão fiscal de R$ 19 bilhões a R$ 20 bilhões na venda de lojistas internacionais em 2020 – 80% a 90% deles são da Ásia. Nas redes brasileiras, essa evasão varia de R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões. Foram 47 milhões de pedidos de brasileiros a lojas internacionais, intermediadas por “marketplaces” em 2020, diz o documento. É como se um a cada cinco brasileiros tivesse feito uma encomenda no ano.

Para plataformas estrangeiras, a questão é comercial. “Elas [brasileiras] estão assim porque estão perdendo venda e, num ambiente de consumo mais difícil, não têm acesso à base de ‘sellers’ [vendedores] competitivos que os outros têm. Porque há lojistas que vendem itens baratos e dentro da lei, pois têm uma estrutura de custos lá fora menor do que no Brasil”, diz o diretor de relações com mercado de um site chinês. “Nós estamos trazendo aos brasileiros milhares de lojas que trabalham corretamente. Há produtos ilegais que passam pelos controles? Há, mas existe um trabalho para melhorar isso”.

O Goldman Sachs estimou, em recente relatório, que a Shopee deve chegar a 20% de participação no mercado brasileiro on-line em 2025 (estaria hoje em “um dígito alto”). Outros relatórios de analistas vêm destacando o Mercado Livre como o maior competidor de Magazine Luiza, Americanas e Via.

Procurado, o Mercado Livre diz que apoia ações que inibam a entrada de produtos piratas e falsificados, e que investiu US$ 100 milhões em tecnologia de “machine learning”, que auxilia na análise de dados e identificação de irregularidades. Ainda afirma que só 5% dos lojistas da sua base não são formalizados. “Nós formalizamos 135 mil novos empreendedores pequenos desde a pandemia, e isso é mais [do que o total de lojas dos associados] do IDV. Então geramos renda e emprego”, afirma Ricardo Lagreca, diretor jurídico do Mercado Livre no Brasil.

Segundo ele, o grupo tem informatizado a estrutura de controle para identificar “o máximo possível” de lojistas e produtos. “Cerca de 95% das baixas que fazemos já são automatizadas”. O Mercado Livre vem reforçando, nos bastidores, dizem fontes, que não pode ser comparado a plataformas sem estrutura de distribuição local e que não geram emprego nem pagam tributos. O Mercado Livre não se vê como operação estrangeira.

Segundo o diretor, foram recolhidos R$ 1,2 bilhão em tributos pelo grupo em 2020, e neste ano será “perto do dobro”. Pela plataforma, passaram R$ 48 bilhões (em valor transacionado) no país. A empresa disse, no ano passado, que janeiro de 2020 a julho de 2021, um programa interno de proteção às marcas permitiu a exclusão de cerca de 30 milhões de anúncios irregulares.

Três advogados especializados em lei antitruste, ouvidos pelo Valor, entendem que, se as redes locais alegarem concorrência desleal, isso é tema tutelado pela Lei de Propriedade Intelectual, de 1996, “ou seja, é algo no âmbito civil ou até criminal, e não no Cade”, diz um ex-conselheiro. “Você pode dizer que é uma infração à ordem econômica dentro da ideia mais ampla, como define o artigo 36 da lei que estrutura o sistema brasileiro de defesa da concorrência. E alegar que a sonegação gera uma assimetria de condições competitivas e desequilíbrio do mercado. Mas o Cade já deixou claro, em vários momentos, que não avalia matéria tributária”, diz um advogado especializado na área. Procurado, o Cade não se manifestou.

Grupos locais e plataformas estrangeiras acumulam divergências há anos, que ficaram mais explícitas em 2019, quando o setor discutiu um guia de autorregulação, com intermediação direta da Senacon. Nesse debate, negócios sediados fora do país foram contra a responsabilização das plataformas por anúncios de produtos falsificados, alegando liberdade d e expressão. Shopee, AliExpress, OLX, Wish, Shein não aderiram ao guia. O Mercado Livre aderiu em 2021 e segue orientações do guia.

O guia atribui a responsabilidade pela aplicação dos direitos de propriedade só às empresas donas dos produtos e marcas. O IDV era favorável à corresponsabilidade, e a divergência rendeu reuniões tensas entre as partes em 2019. No dia 23 próximo haverá uma reunião no CNCP e a ideia é apresentar o seguinte: aqueles que não atuarem seguindo recomendações do guia, terão que deixar o guia.

A Shopee diz em nota que tem“ medidas de triagem proativa” para identificar violações e “fornece procedimentos” para que donos de marcas peçam remoção de infrações. Fala que “está comprometida em ajudar as pequenas e médias a crescer e prosperar [no mercado] on-line”. Diz que mais de 85% das suas vendas são de vendedores locais, que a venda de itens falsificados ou que infrinjam a propriedade intelectual é proibida e exige que vendedores sigam leis locais. “Nossa equipe no Brasil atende mais de 1 milhão de vendedores locais registrados”, diz.

A Shein afirma que “opera e continuará operando em conformidade com todas as leis locais dentro das [suas] operações comerciais”. Wish não respondeu aos contatos.

OLX relata que auxilia no desenvolvimento do país e disponibiliza um espaço a usuários com respeito aos termos e condições de uso, e com negociação direta entre vendedor e comprador. Afirma que há anúncios gratuitos e sua receita advém de espaços opcionais de destaque das ofertas.

Ainda informa que apoia iniciativas que promovam um ambiente saudável de concorrência e medidas que auxiliem no combate de práticas ilícitas. E entende que sempre há melhorias que podem ser implementadas no setor e no ambiente legislativo. A OLX diz que o IDV tem papel importante nesse aprimoramento e que está à disposição para uma discussão com o instituto.

Via passará a oferecer Fulfillment e Fullcommerce para os seus lojistas

A Via iniciou o ano de 2022 com uma ótima notícia: a ampliação dos serviços da sua plataforma de soluções logísticas. Ela passará agora a oferecer além das modalidades “Postagem e Coleta”, o Via Fulfillment.

Com essa novidade, a Via passa a cuidar de toda a operação dos lojistas, desde o armazenamento do estoque dos lojistas do seu Marketplace até o pós-venda do cliente final. “A partir de agora, nossos sellers cuidam das vendas e a gente cuida do resto”, afirma Rodrigo Bulhões Bogmann, trainee na Via.

Para a realização desse serviço, a empresa anunciou ao mercado a aquisição da logtech “CNT Log e-Commerce Logistics”, que vai ajudar a evoluir o projeto de implantação do fulfillment e entrar no segmento de fullcommerce.

A Via é o primeiro Marketplace a lançar um fulfillment Mar Aberto/Agnóstico do Brasil, podendo atender pedidos de vários canais e sendo uma verdadeira parceira dos lojistas.

Essa operação acelera a inclusão de novos serviços logísticos, garantindo uma experiência de compra ainda melhor para os clientes, com maior engajamento do marketplace e mais velocidade nas entregas.

FedEx de olho em aviões cargueiros à medida que comércio eletrônico dispara

A FedEx está negociando com a Boeing e a Airbus para comprar aviões cargueiros da próxima geração à medida que o comércio eletrônico dispara. Mas a gigante das entregas adiou a decisão de compra em meio a negociações trabalhistas com os pilotos, disseram fontes do setor.

A maior companhia aérea de carga do mundo é o mais recente foco de competição depois que a Boeing lançou na semana passada uma versão cargueira de seu 777X para competir com um novo cargueiro Airbus A350.

A demanda de carga aérea foi estimulada por compras online, interrupções na cadeia de suprimentos e uma queda nos voos de passageiros – que, muitas vezes, também transportam carga em seus porões.

“A carga é a única parte do mercado de jatos que se recuperou totalmente e ainda está crescendo”, disse o analista da AeroDynamic Advisory, Richard Aboulafia. “Dado um mercado de corredor duplo muito deprimido, os pedidos de carga larga são o único raio de esperança.”

A certa altura, a FedEx surgiu como um possível cliente de lançamento do 777X, juntando-se à Qatar Airways em uma cerimônia de assinatura da Casa Branca, mas uma decisão não é esperada antes do terceiro semestre.

FedEx em negociações trabalhistas

A FedEx está travada em negociações sobre salários e aposentadoria com pilotos que argumentam que ajudaram a gerar lucros recordes e manter a economia durante a pandemia – discussões que podem ser prejudicadas por um investimento imediato de alto valor, disseram duas das pessoas.

“As aquisições de aeronaves são decisões estratégicas de negócios e adiamos quaisquer novos compromissos à medida que avaliamos e priorizamos potenciais investimentos de capital”, disse um porta-voz da FedEx.

A Air Line Pilots Association, que representa a tripulação da FedEx, disse que quer um acordo que reconheça seu papel. “Uma barganha significativa claramente permanece”, disse um porta-voz.

Planos de produção

A FedEx, com sede em Memphis, no estado norte-americano do Tennessee, é cliente principalmente da Boeing, com 83% de sua frota usando modelos como os 777, 767 e 757, e tri-jets McDonnell Douglas legados, embora também opere 67 Airbus A300-600s.

Salvo surpresas, a Boeing é vista como a principal candidata a ganhar um acordo com o 777X da FedEx, embora qualquer atraso deixe a Airbus uma abertura para lutar pelo negócio.

A Airbus esteve no centro de uma reviravolta incomum no mês passado, quando a Administração Federal de Aviação divulgou uma proposta para colocar defesas de mísseis a laser no Airbus A321 menor, um avião que a FedEx não opera, apenas para retirar sua revisão dias depois.

A pesquisa sobre defesas para cargueiros que operam em partes do mundo que enfrentam ameaças de sistemas antiaéreos portáteis não é nova. Mas a revelação surpresa, descrita por uma fonte como inadvertida, ligou a FedEx à Airbus pela primeira vez em anos.

A Airbus e a Boeing se recusaram a comentar.

Para os fabricantes de aviões, os riscos envolvidos em ganhar pedidos de cargueiros são especialmente altos, pois tentam reforçar a produção de modelos similares atingidos por uma queda nas viagens de longa distância.

Para ganhar o pedido de lançamento da Qatar Airways para 34 cargueiros 777X, a Boeing concordou em trocar um terço de seu pedido existente de 60 aviões de passageiros 777X para cargueiros.

Embora isso limite o número de novos pedidos da família 777X a apenas 14, analistas disseram que isso dá à Boeing mais certeza de que os jatos subjacentes serão produzidos e pode definir o tom para outras negociações de cargueiros.

A Airbus também teve que sacrificar pedidos de jatos de passageiros para fechar acordos para seu novo cargueiro A350F, segundo dados mensais.

O 747-8 da Boeing, que será descontinuado em breve, bem como o 777F e o 767F, não podem ser produzidos após 2027 devido às regras de emissões.

O boom do frete não é isento de riscos.

Isso inclui uma rápida recuperação nos voos de passageiros que trariam o espaço de jatos de passageiros subutilizados de volta ao serviço, bem como tensões comerciais não resolvidas entre EUA e China.

O analista da Vertical Research Partners, Rob Stallard, disse: “Essa demanda é sustentável, especialmente quando a cadeia de suprimentos global voltar ao normal. E o que acontece com todos aqueles velhos widebodies de passageiros que estão estacionados? É muito mais barato converter um velho widebody de passageiros do que comprar um novo avião”, afirmou.

Azul Cargo estuda entrar com serviço de carga no eixo Rio-São Paulo

De olho em ampliar cada vez mais o portfólio de logística da Azul Cargo, a Azul monitora oportunidades para entrar com seu braço de carga no eixo Rio-São Paulo, disse ao Valor, o diretor vice-presidente de receitas da aérea, Abhi Manoj Shah.

Atualmente, a empresa atende 4,5 mil cidades, mas deixa de fora o principal eixo econômico do país, uma vez que o transporte via modal rodoviário acaba sendo mais competitivo do que o aéreo em distâncias curtas. Com isso, mercados como a Grande São Paulo também ficam de fora.

Shah disse que o caminho mais provável da Azul tende a ser explorar o nicho via parcerias. Por se tratar de uma companhia aérea (que tem custos elevados com leasing de aeronaves), o foco do grupo não estaria em possuir caminhões. “Não necessariamente ela [Azul Cargo] vai ser dona dos caminhões. Tem outros modelos. Preferimos ficar no modelo de parceria, qualquer um que ajude a expandir mais nossa capilaridade”, disse.

“Nós queremos atuar em todos os mercados, todas as geografias”, acrescentou o executivo, apontando como meta ser uma ‘FedEx brasileira’. Apesar da sinalização, Shah disse que, por ora, os estudos estão em fase inicial e não há conversas com grupos nessa direção.

Com a parceria, a Azul tem o objetivo de explorar sua malha aérea (de cerca de 900 voos por dia atualmente, já retomado os níveis pré-pandemia) e ganhar sinergia em mercados relevantes. “A chave disso sempre vai ser nossa malha aérea. Porque é o que nós temos e que ninguém tem. Todo mundo pode comprar caminhões, carretas. Mas comprar malha aérea como a nossa, não”.

O que o consumidor mais espera do Seller em 2022? Velocidade na entrega

Nos últimos 2 anos, o e-commerce atingiu números surpreendentes, visto que a pandemia induziu a maior parte dos lojistas a digitalizar seus negócios. Segundo o 44º relatório do Webshoppers, o comércio eletrônico brasileiro atingiu o maior patamar de vendas da história, movimentando 54 bilhões de reais, apenas no 1º semestre de 2021.

Com esse contexto, o perfil de consumo mudou e o e-commerce também teve que se adaptar às demandas dos consumidores. Uma das exigências mais óbvias é um dilema enfrentado desde o início da transformação digital: o tempo de entrega.

Com o crescimento do setor, claramente os marketplaces e lojas virtuais devem se preocupar em fornecer a melhor experiência de compra para o usuário. E, para atingir bons indicadores de desempenho, agilizar os processos é essencial.

Afinal, o que o consumidor mais quer na era dos dados e da internet, principalmente em 2022, é velocidade.

Tendência do e-commerce em 2022: entregas ainda mais rápidas

Segundo a pesquisa Consumer Insights for the 2021 Holiday Shopping Season Survey, realizada pela Outbrain com 8 mil consumidores da Europa e América do Norte, mais de 50% dos usuários afirmam que a velocidade na entrega é o principal tomador de decisão quando estão comprando um produto online.

Pensando nesses anseios do consumidor, os players do comércio eletrônico tiveram que pensar em estratégias que os tornassem ainda mais competitivos.

Em 2021, portanto, os principais marketplaces começaram a estrear suas próprias soluções logísticas, também conhecidas como fulfillments. Com elas, os lojistas com reputações altas podem armazenar estoque em centros de distribuição dos marketplaces, os quais ficam responsáveis pela expedição e envio dos produtos.

Essa estratégia fez com que os prazos de entrega despencassem. Já não é incomum consumidores receberem seus pedidos em 2 ou 3 dias úteis.

No segundo semestre de 2021, alguns marketplaces, como Mercado Livre, começaram a fornecer (também) a opção de envios flex na região centro-urbana da capital de São Paulo. Dividindo a região em microrregiões, começou a ser possível a entrega de produtos selecionados, disponíveis nos centros de distribuição, em até 1 dia útil. O custo de envio varia de R$8,90 a R$15,90, conforme a distância percorrida.

O Mercado Livre ainda fechou o ano com a expansão do território de cobertura dessa funcionalidade, cobrindo também a capital do Rio de Janeiro.

Esse fenômeno ficou conhecido como Same Day (ou “Mesmo Dia”, em tradução livre). Ou seja, a entrega dos pedidos realizados online passaram a ser finalizadas no mesmo dia, ou no dia seguinte do pagamento.

Isso melhorou a experiência de compra dos usuários, na mesma medida que os tornaram ainda mais ansiosos pela chegada dos seus produtos.

O que esperar desse cenário em 2022?

Em 2022, é esperada uma transição do fenômeno de Same Day para o de Same Hour (ou “Mesma Hora”, em tradução livre).

Isso se deve ao fato de que, com os players concorrentes se adequando a essa demanda do consumidor — de entregas em até 1 dia útil — aquele que entregar ainda mais rápido terá um grande diferencial. Estima-se que, até 2026, aproximadamente 25% das entregas serão realizadas no mesmo dia do checkout da compra.

A logística já é centro de investimento de grandes empresas do segmento, como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon. O Magalu, aliás, dá benefícios para os vendedores, cadastrados em sua base, que realizam entregas dentro do prazo estabelecido, como o auxílio no custeio do frete grátis fornecido aos clientes que compram produtos acima de R$79,00.

Aqui você pode assistir algumas das tendências que prometem para este ano.

O que o lojista pode fazer para aumentar a velocidade na entrega dos produtos?

O vendedor que quer investir na logística em 2022 deve prestar atenção na expedição do seu negócio. Isso se deve ao fato de que o lojista não tem mais que se preocupar apenas em enviar os produtos no tempo correto, mas sim em tempos recordes.

Problemas na expedição podem, inclusive, surgir cedo. Vendedores que começam a vender a partir de 10 produtos online por dia já podem apresentar dificuldades em expedir tudo sem erros e no tempo correto, manualmente.

Por isso, ferramentas que automatizam a operação de empacotamento e etiquetagem, como um hub de integração, pode ser a solução para agilizar o processo de envio.

Vale ressaltar que os vendedores que adotam o fulfillment dos marketplaces precisam etiquetar os produtos corretamente antes de entregá-los nos centros de distribuição. Por isso, ter uma solução interna é essencial para se manter competitivo.

Outra opção que pode aumentar a velocidade na entrega é a entrega colaborativa, também conhecida como Crowdshipping. Neste caso, corresponde a terceirização da entrega por meio de aplicativos de logística que fornecem entregadores que intermediam o envio dos produtos até o consumidor final.

Essa opção pode ser mais barata e dinâmica. No entanto, depende de elementos externos à empresa para finalizar a expedição, sendo suscetível a riscos.

Uma última opção — comum em lojas de departamentos, farmácias e supermercados — é o modelo PUDO, ou Pick-up & Drop-off (ou Clique e Retire, em tradução livre). Corresponde, neste caso, ao deslocamento do consumidor até um local de retirada do produto. Apesar da necessidade de locomoção, não é cobrado preço de frete.

Amazon experimenta senha única para aumentar segurança em entregas

A Amazon começou a liberar um novo método de segurança para aumentar a proteção das suas entregas. Ele consiste na chamada “senha única”, utilizada no caso de compra de produtos com um valor considerável.

A intenção da iniciativa está em entregar um nível adicional de segurança, na aquisição de itens de um determinado preço, a fim que eles não sejam entregues a pessoas não autorizadas. Isso evitaria o roubo de produtos.

A senha única é composta por seis dígitos e enviada para o e-mail cadastrado na conta do e-commerce, logo após o envio. Também dá para conferir o código dentro da seção de rastreio, na própria plataforma da varejista.

Na prática, o consumidor deverá receber a senha e falar ao entregador, na hora da entrega do produto. Ela possui validade até o final do dia da entrega. Caso o usuário não esteja disponível, a Amazon permite que o código seja compartilhado com uma pessoa da sua escolha, a qual poderá receber a compra no seu nome.

Caso não tenha ninguém para ficar com o pacote no dia específico, a loja tentará entregar de novo no próximo dia útil.

Até o momento, não há uma lista de localidades que já testam o recurso. No entanto, o TudoCelular conseguiu acessar a página que detalha a função nas versões americana e italiana do site da Amazon. Já para o Brasil – onde a companhia atua em vendas mais amplas desde outubro de 2017 –, não parece estar disponível até o momento.