Natura e Avon testam entregas com drones

Empresas buscam melhorar a experiência de entrega para as consultoras e representantes.
Natura e Avon, parte do grupo Natura &Co, iniciam etapa de testes técnicos para a realização de entregas dos produtos das marcas por meio de drones. Com a nova tecnologia, as empresas buscam melhorar a experiência de entrega para as consultoras e representantes. Além disso, dado que a tecnologia de drone não gera emissões de gases de efeito estufa, o projeto contribuirá para alcançar a meta do grupo de atingir zero emissões líquidas de carbono até 2030 para suas quatro marcas: Avon, Natura, The Body Shop e Aesop.

Para o projeto, Natura &Co firmou parceria com a startup brasileira Speedbird Aero, primeira empresa a receber o CAVE (Certificado de Autorização de Voo Experimental) pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), no ano passado.

Natura &Co e Speedbird já começaram os testes técnicos e deram encaminhamento ao processo de autorização da ANAC para a execução do projeto piloto de entrega em condições reais, que será feito em um raio de até 200km já no primeiro trimestre de 2022. A operação buscará realizar as entregas de forma ágil e segura em locais mais afastados ou de difícil acesso. A iniciativa está sendo implementada por Natura &Co por meio do Natura Startups, programa que reforça a atuação da companhia no ecossistema de inovação e empreendedorismo para o desenvolvimento de soluções e serviços disruptivos.

A tecnologia de drone para fazer entregas de produtos de primeira necessidade e de bens de consumo já é uma realidade em diversas partes do mundo, como Ruanda e Gana, onde os drones permitem distribuir doações de sangue. Em países como Finlândia, Islândia, Suíça, China, Japão e Estados Unidos, drones estão sendo utilizados para entregas de varejo, alimentos e medicamentos. Além da redução significativa no tempo de entrega, outra vantagem dessa modalidade é o baixo impacto ambiental, uma das grandes prioridades no modelo de negócio das marcas do grupo Natura &Co.

“Nossa Visão de Sustentabilidade, o Compromisso com a Vida 2030, tem a ambição de tornar Natura &Co um grupo zero emissões líquidas de carbono vinte anos antes do que a meta estabelecida pela ONU. Por isso, é fundamental investirmos em soluções de entrega que não gerem emissões na nossa cadeia logística, como os drones, em linha com a nossa aspiração de sermos o melhor grupo de beleza PARA o mundo”, afirma Leonardo Romano, diretor de Supply Chain e Inovação Logística de Natura &Co. “Buscamos constantemente soluções de vanguarda que aprimorem as experiências das nossas consultoras, representantes e clientes com os produtos das nossas marcas. A logística através dos drones irá habilitar rotas de entrega em tempos muito curtos, com baixo custo e baixo impacto ambiental”, agrega o executivo.

Para Manoel Coelho, CEO e fundador da Speedbird, o projeto com Natura e Avon permitirá testar o modelo de entrega em uma escala mais ampla de operação. “Somos pioneiros no Brasil em obter a certificação da ANAC para testar o modelo em condições reais de operação e na parceria com a Natura &Co será interessante observar que, ainda que feito em maior escala, o drone delivery seguirá sendo uma opção segura e viável”, assegura Coelho.

Mercado Livre: De marketplace a provedor de experiências para comprador e vendedor

Empresa se firma como um dos principais Ecossistemas de Negócios em operação no Brasil.
Criado como um marketplace há 22 anos, o Mercado Livre se transformou, ao longo do tempo, em “um provedor de experiências completas para compradores e vendedores”, define o vice-presidente sênior e Country Lead da empresa no Brasil, Fernando Yunes. Na nona edição do Fórum Lide de Marketing e Varejo, realizada na última sexta-feira (13), de forma híbrida – parte presencial, parte on-line -, ele falou sobre o crescimento da empresa, o investimento no Brasil e a aceleração provocada pela pandemia, entre outros temas.

Segundo Yunes, nos últimos 18 meses, entre 12 e 13 milhões de pessoas entraram no e-commerce, além de mais de 1 milhão de novos vendedores. Ancorada nas várias soluções que oferece, como a de logística (Mercado Envios), de crédito (Mercado Pago) e de publicidade (Mercado Ads), a empresa conseguiu capitalizar esse crescimento.

“A Mercado Envios foi criada para permitir que o comprador pudesse receber de forma mais rápida. Antes, as entregas demoravam 5, 6, 7 dias. Hoje, em 2.100 cidades já oferecemos entrega no dia seguinte. Além disso, 20% das nossas vendas são para entrega no mesmo dia – se a compra for feita até as 11h”, exemplifica.

Investimentos em logística
É justamente na logística que a empresa prevê grandes investimentos no Brasil. A empresa anunciou que vai abrir mais dois Centros de Distribuição (CD) do tipo “fulfillment” até 2022. Esses centros são os que armazenam produtos dos lojistas virtuais para fazer entregas mais rápidas. Um deles será lançado até o fim deste ano em Franco da Rocha (SP). O outro deve estrear no quarto trimestre de 2022 na região metropolitana de Minas Gerais.

“O vendedor precisa de crédito? O Mercado Pago oferece crédito. As soluções de pagamento também são variadas para que a conversão possa aumentar. Ou seja: uma série de elementos são colocados ao redor do vendedor para ele ter uma espécie de ‘one stop shop’. Ele chega num lugar que consegue endereçar as necessidades, os problemas e as fricções dele e, com isso, aquele lugar se torna um parceiro super importante de vendas”, diz Fernando Yunes.

Vendas de supermercado
Do lado do consumidor final, o destaque está na oferta de quase 320 milhões de itens. Os produtos usados, que eram predominantes há 22 anos, hoje representam apenas 4% das vendas. Atualmente, o Mercado Livre vende de móveis a produto de supermercado (por meio de uma parceria recente feita com o Grupo Pão de Açúcar).

“Essa parceria começou com um sucesso explosivo. Já temos 1.600 SKUs nos CDs do Mercado Livre, e a expectativa é terminar o ano com algo entre 7 mil ou 8 mil. Atualmente, 70% das vendas são para cidades e regiões que o GPA não atendia”, conta o executivo. “Como esse exemplo, outras parcerias mostram o potencial grande de integração e sinergia com outras empresas. ”

Com todas essas facilidades, o Mercado Livre tem se posicionado como um dos principais Ecossistemas de Negócios do País, destaca Eduardo Yamashita, COO Gouvêa Ecosystem. Ele cita como exemplos, ainda, o Magazine Luiza e da Via, entre outros.

“O varejo no Brasil é o negócio que mais tem acesso ao consumidor e que conhece esse consumidor. É um setor com uma forte competência de meios de pagamentos e que absorve muita experiência internacional da China e dos Estados Unidos. Por isso os ecossistemas nascem no Brasil pelo varejo”, analisa Yamashita.

Amazon recebe multa recorde de US$ 887 mi na Europa por violação de privacidade

A Amazon foi multada em US$ 886,55 milhões pela União Europeia por violar a GDPR, lei de proteção de dados da região. É a maior multa já determinada pelos reguladores de privacidade do bloco.

A Comissão Nacional de Proteção de Dados de Luxemburgo (CNPD) impôs a multa à companhia em uma decisão de 16 de julho, mas a sanção só foi divulgada na última sexta (30.7), em um relatório financeiro. A multa envolveu práticas de publicidade – não foi revelado, porém, quais diretrizes comerciais a Amazon terá de rever.

A companhia vai recorrer da multa, segundo um porta-voz da gigante do comércio eletrônico. A Amazon disse no processo que não espera que a decisão da CNPD seja definitiva.

“Acreditamos que a decisão da CNPD não tenha mérito e pretendemos nos defender vigorosamente nesta questão. A decisão relativa à forma como mostramos publicidades relevantes aos clientes depende de interpretações subjetivas e não testadas da lei de privacidade europeia. A multa proposta é totalmente desproporcional até mesmo com essa interpretação”, afirmou a Amazon.

Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, a empresa informou que a sentença não foi correta. “Não houve violação de dados e nenhum dado de cliente foi exposto a terceiros. Esses fatos são indiscutíveis. Discordamos veementemente da decisão da CNPD”, afirmou um porta-voz.

A GDPR está em vigor há três anos e exige que as empresas busquem o consentimento das pessoas antes de usarem seus dados pessoais sob pena de multas pesadas. A lei prevê multas às empresas de até 4% de receita anual.

O processo foi gerado a partir de uma denúncia do La Quadrature du Net, um grupo francês que atua em causas a favor dos direitos de privacidade. A queixa foi registrada em 2018 e chegou a citar também outras empresas, como Apple, Facebook, Google e Linkedin.

Até então, a maior multa da GDPR havia sido contra o Google, em 2019, no valor de € 50 milhões.

Globalmente, o escrutínio regulatório das gigantes de tecnologia tem aumentado após uma série de escândalos sobre privacidade e desinformação, bem como reclamações de que algumas empresas abusam de seu poder de mercado. As gigantes de tecnologia têm atraído constantemente audiências e processos relativos a assuntos de concorrência e privacidade na Europa.

Com ampliação de frota ecoeficiente, Americanas S.A. encerrará o ano com 500 veículos

Segundo testes realizados, automóveis elétricos têm autonomia de até um dia e meio de operações; eles serão usados na etapa última milha da logística de entrega, que começa ainda neste mês.

A Americanas S.A. anunciou que iniciará a operação com automóveis elétricos ainda neste mês. Com o novo modal, a companhia prevê encerrar o ano com uma frota ecoeficiente de mais de 500 veículos. Além dos automóveis, a frota também será composta por 150 tuk-tuks e 170 bicicletas comuns e elétricas que atuam no last mile, a última milha da logística de entrega de produtos.

De acordo com a empresa, a iniciativa vai ao encontro das metas da Americanas S.A., que consistem em ter 10% do total de entregas ecoeficientes em 2021 e neutralizar as emissões de carbono de toda a companhia até 2025. Os compromissos fazem parte da estratégia ESG (em português, Ambiental, Social e Governança) da Americanas S.A. para mitigar os efeitos da mudança global do clima. A questão é tema do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 da Agenda 2030 da ONU.

De acordo com Welington Souza, diretor da LET’s plataforma de logística e fulfillment da Americanas S.A., a empresa quer ser um player que contribui para a construção da logística do futuro.

“Os veículos elétricos são mais um importante passo na estratégia de sustentabilidade da companhia e uma alternativa logística para a redução das emissões de carbono, contribuindo para o movimento de transição para uma economia de baixo carbono. Com a nova operação, vamos evitar a emissão de mais de 350 toneladas de CO² equivalente no meio ambiente entre junho e dezembro deste ano.” – Welington Souza, diretor da LET’s plataforma de logística e fulfillment da Amaericanas S.A.

VEÍCULOS: AUTONOMIA DE UM DIA E MEIO DE OPERAÇÃO
A nova frota de carros elétricos é especializada no transporte de carga e circulará, inicialmente, com 80 utilitários nas áreas metropolitanas de São Paulo, em Campinas e Ribeirão Preto, além da cidade do Rio de Janeiro. Até dezembro deste ano, chegarão outros 100 automóveis, que permitirão expandir a operação da frota elétrica para outras praças, como Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre.

Testes realizados pela companhia mostram que cada veículo deste tipo possui autonomia de 200 km a 250 km com uma carga completa de bateria, o suficiente para um dia e meio de operação.

“Além dos ganhos ao meio ambiente, os veículos elétricos têm um custo menor de operação. Os gastos com ‘combustível’ chegam a uma redução de 90%, dependendo da faixa de horário do carregamento”, comenta Welington. Outra vantagem apontada é a manutenção do motor que, por ser elétrico, não tem peças mecânicas, óleo, atrito.

Os investimentos na iniciativa incluem a compra de veículos, locação de carregadores e carros elétricos, software de gestão, equipes de motoristas e gestão da frota, e adequação da infraestrutura. A companhia está realizando adaptações em 21 hubs last mile nas cidades previstas, incluindo cabeamento de média tensão de energia nos centros de distribuição e a implementação da tecnologia para gestão da frota.

A chegada da nova frota de automóveis elétricos irá gerar cerca de 200 oportunidades diretas e indiretas de emprego, incluindo uma equipe dedicada a gerir toda a frota. Os motoristas dos veículos receberão capacitação especial e serão beneficiados por guiar modelos de carros que oferecem maior conforto e ergonomia.

BICICLETAS E TUK-TUKS ELÉTRICOS
A Americanas S.A. tem investido em iniciativas ecoeficientes de entrega. Em 2020, a companhia alcançou o marco de 1,8 milhão de entregas com bicicletas e adquiriu uma malha própria de bikes elétricas que operam hoje nas principais capitais do país. Neste ano, a companhia também anunciou o início da operação com 90 tuk-tuks elétricos nas principais capitais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, além de caminhões movidos a biometano e gás natural que têm capacidade para transportar até 23 toneladas de carga.

DHL Express investirá $ 360 milhões na infraestrutura das Américas

A DHL Express disse no último dia 07, que está investindo mais de US $ 360 milhões em instalações e nova capacidade aérea para a região das Américas até 2022 para apoiar o crescimento de pacotes alimentado pela demanda por transações de comércio eletrônico.

A nova infraestrutura, que inclui tecnologias para melhorar a eficiência operacional, aumentará a capacidade da rede na América do Norte e do Sul em quase 30%, disse a DHL. Mais capacidade significa processamento de remessa mais rápido e entregas antecipadas para os clientes.

As empresas de entrega expressa experimentaram um crescimento fenomenal no volume de encomendas durante os últimos 18 meses, à medida que as compras on-line cresceram em popularidade. A DHL disse que processou 33% mais remessas por dia no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado por causa de pedidos de e-commerce business-to-business e business-to-consumer. Somente para os EUA, os volumes de embarque cresceram 41% no primeiro trimestre.

“Com um número cada vez maior de consumidores mudando suas atividades de compras online e o forte aumento de empresas que vendem seus produtos no mercado global, precisamos continuar os investimentos críticos em nossa infraestrutura de rede para atender às demandas de crescimento do comércio eletrônico internacional e comércio global ”, disse Mike Parra, presidente-executivo da DHL Express Americas, em um comunicado.

A transportadora expressa acrescentou algumas lojas de varejo pop-up nos EUA e alguns veículos elétricos desde 2020, mas a maioria dos investimentos programados para um período de três anos ainda estão por vir, disseram as autoridades.

Muitos dos investimentos são para novas instalações ou para expandir as existentes. Já estão em andamento as obras de ampliação do moderno hub da DHL em Miami, que serve como ponto de transferência de e para a América Latina e outras regiões, e deve ser concluído este ano, disse a porta-voz Pamela Duque.

No mês passado, a DHL realocou sua operação em Kansas City, Missouri, para um novo prédio que é mais do que o dobro do tamanho do local anterior. A instalação de US $ 5 milhões fica perto do Aeroporto Internacional de Kansas City.

Um novo hub automatizado de 244.000 pés quadrados em Hamilton, Ontário, também está planejado. Depois de concluído, terá quatro vezes o tamanho das instalações atuais.

A DHL Express disse que também adicionará novos centros de serviços e atualizará outros para dar suporte às operações de coleta e entrega nas Américas. Gateways que gerenciam importações e exportações receberão melhorias e irão expandir sua presença no varejo nos principais mercados da América do Sul.

No México, investimentos significativos apoiarão o serviço doméstico com prazo definido, disse a DHL Express. Para dar suporte ao processamento de remessas, 105 quiosques de autoatendimento serão instalados nos balcões de varejo para a conveniência do cliente este ano. Hubs e gateways serão atualizados com recursos de classificação automatizada na Cidade do México, Guadalajara e Monterrey. Os centros de serviço também serão expandidos nos principais mercados do país.

No Brasil, o Viracops Gateway, em Campinas, será atualizado para agilizar o processamento dos embarques internacionais. Expansões também estão ocorrendo em outros países da América do Sul, incluindo novas localizações de pontos de serviço de varejo no Chile e na Colômbia, e um portal expandido em Lima, Peru.

A DHL Express também está introduzindo voos mais diretos e adicionando aeronaves à sua frota para manter a fluidez da rede. A divisão expressa da Deutsche Post DHL (DIX: DPW ) está recebendo quatro novos cargueiros 777 da Boeing (NYSE: BA ) este ano, concluindo um pedido de 14 aeronaves. As aeronaves são utilizadas em todo o mundo, inclusive nas Américas. A DHL no início deste ano fez um pedido de oito cargueiros 777 adicionais.

A empresa também aumentou seu transporte aéreo de terceiros servindo as Américas, bem como arrendando aeronaves adicionais diretamente, algumas das quais serão implantadas em companhias aéreas parceiras nos EUA. A renovação dos acordos de arrendamento de aeronaves existentes e trazendo novos operadores nas Américas ajudam a manter altos níveis de serviço, disse a DHL.

A Cargojet do Canadá (TSX: CJT ) nos últimos meses construiu três cargueiros Boeing 767 convertidos para transportar mais pacotes para a DHL. No ano passado, a DHL contratou a MasAir Cargo para fornecer serviços entre Los Angeles e o México. Outras companhias aéreas que voam na rede DHL Express nas Américas incluem 21 Air , ABX Air e a operadora regional baseada em Phoenix Mesa Airlines (NASDAQ: MESA ).

Em maio, a DHL concordou em alugar quatro cargueiros Boeing 767-300 convertidos adicionais do braço de leasing do Grupo de Serviços de Transporte Aéreo (NASDAQ: ATSG ). Os arrendamentos têm prazo de sete anos e três das quatro aeronaves estão programadas para serem entregues no segundo semestre de 2021, com a quarta entrega prevista para o início do próximo ano. ABX Air é uma subsidiária da ATSG.

Os novos investimentos abrirão novas oportunidades de emprego, com a DHL esperando preencher mais de 2.600 vagas apenas nos EUA este ano. Esses novos empregos incluirão 1.100 novos cargos no hub da DHL Americas em Cincinnati / Northern Kentucky Airport e quase 200 no hub expandido em Miami, Flórida.

O comércio eletrônico está estimulando a expansão da DHL Express em todo o mundo. Em maio, a empresa acrescentou mais voos diretos e fez upgaug de aeronaves no Sudeste Asiático . Também está criando uma nova companhia aérea de carga na Áustria e expandindo as rotas de longo curso operadas por meio de seu hub no Reino Unido.

A FedEx Express (NYSE: FDX ) anunciou recentemente planos para comprar 20 novos cargueiros Boeing 767 devido à forte demanda em remessas de e-commerce.

O anúncio de investimento da DHL veio no mesmo dia em que a controladora disse que estava elevando as projeções para 2021, após divulgar os resultados preliminares do segundo trimestre, que mostraram um lucro operacional recorde de mais de US $ 2,3 bilhões. O lucro antes dos impostos na divisão Express atingiu US $ 1,3 bilhão, em comparação com US $ 633 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.

Magazine Luiza: o que explica a mudança de estratégia e chegada ao RJ

A varejista Magazine Luiza anunciou em plena pandemia de covid-19 e crescimento acelerado do e-commerce a chegada ao estado do Rio de Janeiro com 50 lojas físicas até o fim deste ano. A estratégia cheia de marketing, com direito a parceria com a cantora Anitta, foi explicada na última quarta-feira, 30.

O Rio de Janeiro é o segundo maior mercado de varejo do Brasil, com cerca de 15% de participação no total. Para o Magalu era, portanto, um dos últimos mercados brasileiros relevantes nos quais ainda não havia presença.
“Entrar no Rio de Janeiro sempre foi um desejo da empresa, mas era preciso fazer isso de forma relevante e responsável. Nos últimos meses, enxergamos essa oportunidade com a oferta de pontos importantes por um custo que consideramos adequado”, afirma a diretora de marketing do Magalu, Ana Paula Rodrigues.
É preciso considerar ainda que o Magalu abriu o mesmo número de lojas em São Paulo em 2008, quando a digitalização não era como agora. Segundo a executiva, entrar com esse grande número de lojas físicas faz parte do modelo de plataforma multicanal.

“Além de serem pontos de venda e de contato com o cliente, as lojas físicas funcionam como pontos de distribuição de produtos do e-commerce, fazendo com que a entrega final seja mais barata e mais rápida. Hoje, 50% das entregas do Magalu são feitas em até um dia”, afirma.

Há cerca de dez dias, o Magalu anunciou a entrega em até uma hora em 11 cidades brasileiras: Aracaju; Belém; Campina Grande (PB); Fortaleza; João Pessoa; Maceió; Recife; Ribeirão Preto (SP); São Paulo; Salvador; e Teresina. Mas outras dez localidades já estão em estudo.
A empresa confia ainda na aceleração da vacinação para melhoria da economia. “Queremos apoiar esse processo, com geração de cerca de 3.000 empregos e renda para as comunidades locais”.

Investimento no Rio de Janeiro

A companhia afirma olhar para as necessidades da cidade e fazer entregas para melhorar a vida do carioca. O Magalu fará a digitalização dos espaços públicos da cidade, com, por exemplo, reformas e disponibilização de rede Wi-Fi em grandes centros.
Mil bicicletas personalizadas da marca em parceria com a empresa Tembici, que opera o modal urbano na cidade, estarão disponíveis de forma gratuita por sete dias para os cariocas — e quem pedalar em uma bike do Magalu ainda ganha cupom de 20 reais em compras. A ação vale para os novos usuários da Tembici ou aqueles já cadastrados com contas inativas.
O Magalu ainda vai marcar presença com a reforma de ônibus do sistema BRT, que ganharão Wi-Fi gratuito, assim como os trens da SuperVia. O investimento total não foi divulgado. Mas, segundo levantamento, pode ser cerca de 100 milhões de reais, considerando que quando chegou ao Distrito Federal com a meta de ter um centro de distribuição e dez lojas físicas a empresa anunciou aporte de 25 milhões de reais.
Na quarta-feira, 7 de julho, o Cristo Redentor receberá iluminação de 50 feixes de luz para celebrar a inauguração das lojas. Com o objetivo de impactar milhares de pessoas, um calendário de novas ações que se estendem até o verão, serão divulgadas em breve. A empresa tem a companhia de entretenimento e live marketing Dream Factory como parceira nas ações.

Operação

Com a complementaridade dos pontos físicos, o Rio de Janeiro passa a contar com todo o ecossistema do Magalu. As lojas permitem que a empresa chegue mais rápido até o cliente e de forma mais barata, também nas compras online.
Ainda em 2021, as cidades fluminenses passarão a contar com o fortalecimento local da operação da Logbee, o que deve gerar oportunidade de trabalho e renda para motoristas de utilitários, carros de passeio e motos.
A chegada dos pontos físicos também permitirá que o Magalu intensifique a plataforma de marketplace Parceiro Magalu no Rio. O projeto tem contribuído para a digitalização de milhares de pequenos varejistas, até então 100% analógicos, que passam a vender pela internet para todo o país.
As lojas físicas permitem que esse pequeno seller use a rota logística criada para atender as lojas do Magalu. Além disso, as lojas podem ser usadas como ponto de entrega e coleta dos produtos.

Marketing

A empresa se uniu à Anitta e preparou uma música inédita que celebra a entrada do Magalu na região. O hit ganhou também um videoclipe em que Anitta divide o protagonismo com a influencer virtual Lu — esta não é a primeira vez que a marca aparece em um videoclipe e esteve recentemente numa produção de Alok.
O filme mostra as personalidades em lugares icônicos da cidade aproveitando produtos genuinamente cariocas como o tradicional chá gelado e o biscoito Globo, itens encontrados também no Magalu. O figurino da dupla no filme, como roupas, calçados e acessórios, também serão disponibilizados com exclusividade no super app da marca.
A Sentimental Filmes assina a produção do clipe. Com tom inspiracional, as peças publicitárias veiculadas em TV aberta reforçam o compromisso da empresa com seus principais pilares.

“Para poder fazer um lançamento de comunicação à altura do Magalu no Rio, a gente precisava de uma estratégia igualmente de peso. Nada melhor do que trazer a garota do Rio — Anitta — ao lado da garota da internet — a Lu — para juntas apresentar a novidade”, diz Daniel Schiavon, diretor executivo de criação da Ogilvy Brasil, agência parceira na criação da campanha.

O novo negócio dos ônibus da Buser: ser a ‘última milha’ dos pacotes do e-commerce

A Buser, que nasceu e cresceu oferecendo fretamento coletivo de ônibus, está aproveitando os espaços vagos nos bagageiros de sua frota de 1,2 mil veículos parceiros para pegar carona na explosão do e-commerce e diversificar receitas. Há pouco mais de um mês, a start-up está transportando encomendas para varejistas on-line, integradoras logísticas e mesmo indústrias, em um serviço que pode ocupar até a chamada “última milha” — isto é, chegar à porta do consumidor final.

A ideia da Buser é turbinar a nova vertical por meio do seu recém-anunciado plano de investir R$ 1 bilhão nas operações da start-up nos próximos dois anos. Parte do dinheiro virá de um cheque de R$ 700 milhões recebido no mês passado, em rodada liderada pelo fundo britânico LGT Lightrock.

1,5 mil toneladas por dia

No caso do Buser Encomendas, como o novo serviço é chamado, a expectativa é estar transportando 1,5 mil toneladas de encomendas por dia em 2022. A start-up não informa quanto carrega hoje, mas diz que, desde maio, quando o serviço foi lançado, o volume triplicou.
De acordo com a companhia de Marcelo Abritta, a solução já tem entre clientes empresas como a Metalfrio, multinacional brasileira que fabrica equipamentos de refrigeração, e a start-up de logística CargoBr.

Segundo Gabriela Miranda, diretora de novos negócios da Buser, o uso de capacidade ociosa nos bagageiros de ônibus que já estão nas estradas percorrendo 3,7 mil trechos proporciona custo mais competitivo para a solução em relação à concorrência.
“Embora a gente prometa entrega em até 24 horas, estamos conseguindo fazer algumas em até 8 horas”, sustenta a executiva, em nota, acrescentando que os pacotes são rastreados em tempo real por meio de telemetria e sustentando que seus preços chegam a ser 50% menores que o de seus competidores.

Abertura de lojas físicas amplia operação logística do Magazine Luiza no RJ

A chegada de 50 lojas físicas do Magazine Luiza ao Estado do Rio de Janeiro marca também a ampliação da operação logística da empresa na região fluminense, que já conta com um centro de distribuição.

A varejista vai inaugurar 50 unidades nas próximas semanas na capital, assim como em Niterói, Petrópolis e Belford Roxo, sendo 23 delas no início de julho, conforme antecipou na terça-feira o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

“A operação logística do Magalu no Rio de Janeiro será ampliada, com novos cross-dockings, expansão do centro de distribuição e com centenas de entregadores parceiros na Logbee”, diz o comunicado publicado pela empresa na CVM.

Com isso, a expansão deve gerar mais de 3 mil empregos em todo o Estado apenas em 2021.
O Magalu ressalta que a estratégia leva aos clientes fluminenses todos os benefícios do seu ecossistema. As opções oferecidas incluem o Cartão Luiza, o Retira Loja, a Troca Multicanal e a entrega mais rápida do varejo, incluindo os pedidos entregues na modalidade ship-from-store e a entrega em 1 hora.

“Nossa entrada no Rio é como o desembarque da Normandia”, diz o CEO da empresa, Frederico Trajano. “Estamos chegando com força total e com todo o nosso ecossistema numa fronteira fundamental para o varejo”, complementa o executivo.

O comunicado da empresa informa ainda que a chegada das lojas irá acelerar o Parceiro Magalu no Estado. Com isso, milhares de pequenos varejistas analógicos do Rio de Janeiro poderão usar a plataforma do Magalu para cadastrar seus produtos e vender on-line, contando com o apoio das lojas nesse processo, além de serviços como logística e pagamentos, segundo o anúncio.

A campanha de inauguração das lojas incluirá uma série de ações em pontos públicos da capital. Por exemplo, disponibilizará rede wi-fi em grandes centros e irá oferecer mil bicicletas personalizadas da marca em parceria com a empresa Tembici, que opera o modal urbano na cidade, estarão disponíveis de forma gratuita por sete dias para novos usuários.

Jadlog lança serviço para e-commerce que informa o horário de entrega

Objetivo é aumentar taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega e melhorar experiência.

A empresa de transportes Jadlog acaba de lançar o Predict, serviço que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda, com acuracidade de até uma hora do informado.

Implementado em mais de 20 países na Europa pela rede DPDgroup, líder de entregas de encomendas expressas naquele continente e controladora da Jadlog, o Predict é mais um serviço-chave trazido para o Brasil pela empresa com o intuito de oferecer ainda mais conveniência e previsibilidade aos consumidores brasileiros e, com isso, aumentar a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega e melhorar ainda mais a experiência de compra on-line.

“Oferecer cada vez mais opções, conveniência e previsibilidade nas entregas de encomendas é fundamental para o e-commerce. Por isso, estamos lançando o Predict com o objetivo de garantir uma experiência mais positiva para o consumidor e proporcionar maior satisfação do comprador on-line e maior eficiência nas entregas”, afirma o CEO da Jadlog, Bruno Tortorello.

Tortorello destaca que, com esta inovação voltada às operações de última milha, a Jadlog alcança um novo patamar em termos de digitalização e tecnologia de entregas e se consolida no mercado com um novo padrão de excelência.

O Predict está no ar e, neste primeiro momento, disponível para apenas alguns embarcadores do e-commerce que são parceiros da Jadlog, cujas vendas atingem cidades de regiões metropolitanas e com alta movimentação de encomendas. O serviço entra em operação informando ao destinatário via SMS, já no dia da entrega, a janela com uma hora de variação de quando sua encomenda será entregue.

No ato da compra no site a encomenda é selecionada como Predict e passa a ter um tratamento diferenciado desde então. Após a seleção, o roteirizador da Jadlog estima o horário previsto para a entrega e, em seguida, o sistema envia a mensagem ao destinatário para que se programe para receber sua encomenda.

Desta maneira, o consumidor consegue acompanhar em tempo real o percurso de sua encomenda e se programar com mais precisão para receber em casa o produto comprado pelo e-commerce. “Esta é uma forma de a Jadlog transmitir ao consumidor final, e também ao nosso cliente embarcador, total confiança e comprometimento em relação às nossas operações de delivery”, observa Tortorello.

Segundo ele, além de elevar o sucesso de entrega na primeira visita, o Predict diminui o tempo de espera por parte do consumidor final e reduz os contatos no atendimento. Na Europa, o Predict é responsável por reduzir o insucesso de entrega pela metade.

Ampliando atuação e aproveitando ponto forte, Via oferecerá serviços de logística até para concorrentes

Lançamento deve ser feito no quarto trimestre de 2021 e a companhia oferecerá serviços de coleta, armazenagem e entrega de mercadorias.
A Via (VVAR3), antiga Via Varejo e dona das Casas Bahia e Ponto (antiga Ponto Frio), está desenvolvendo um pacote de serviços logísticos para o marketplace, que vai desde a armazenagem dos produtos e recebimento dos pedidos até a entrega do item ao consumidor.

O lançamento deve ser feito no quarto trimestre de 2021 e a companhia oferecerá serviços de coleta, armazenagem e entrega de mercadorias.

A Via adotará essa atividade como um negócio autônomo, que também poderá ser usada por seus concorrentes, como Magalu (MGLU3) e Americanas ([ativo=LAME4), principalmente para a logística de itens pesados, ponto forte da empresa.

Outra opção para os lojistas será vender em qualquer site ou aplicativo da companhia, podendo deixar os produtos estocados em suas centrais. A Via recebe um percentual sobre a venda, entre 13,5% e 16%.

A Via já conta com 27 centros de distribuição espalhados pelo país, e um novo centro será aberto em outubro na cidade de Extrema (MG) para atender os vendedores, já começando esse ano a armazenar itens mais pesados, como fogões e refrigeradores.

Conforme destaca a Levante Ideias de Investimentos, o diferencial está neste ponto. Enquanto os principais concorrentes da Via realizam entregas de pesado apenas para os lojistas parceiros da própria plataforma, a Via passa a oferecer para qualquer marketplace, ampliando sua gama de atuação e aproveitando-se de seu ponto forte.

“Com esse novo projeto, a Via mostra que está inovando e correndo atrás de seus concorrentes, que começaram a explorar seus marketplaces antes e já possuem um modelo de fulfillment bem desenvolvido. O termo fulfillment, muito usado no e-commerce, quer dizer que o estoque dos vendedores é gerenciado pela própria empresa – desde o armazenamento da mercadoria até a entrega para o cliente.

Assim, os analistas veem esse movimento como positivo para a empresa, que poderá monetizar a sua estrutura logística.

A empresa Levante vê que o projeto já deve começar a apresentar resultados no quarto trimestre, que conta com datas como Black Friday e Natal, muito importantes para as varejistas. Porém, a completa implementação do projeto só se dará em 2022, podendo contar com uma plataforma de logística de consumidores para consumidores, fazendo o transporte de produtos entre pessoas físicas.

Atualmente, a companhia conta com cerca de 26 mil lojistas em seu marketplace, com expectativas de atingir entre 70 mil e 90 mil lojistas até o fim do ano, acelerando a receita nessa linha de negócio. Além disso, ela vem melhorando a velocidade de suas entregas, chegando a 40% do total em até 24 horas, contra 17% de um ano atrás.

Apesar da melhora o índice é ainda mais baixo que suas concorrentes (51% do Magalu, MGLU3, benchmark do setor), o que demonstra o espaço que a companhia ainda tem para melhorar, apontam os analistas.

Cabe destacar que, na semana passada, a Via passou a contribuir com os dados da Ebit Nielsen, algo que não fazia desde janeiro de 2019, aumentando o tamanho do mercado mensurado de e-commerce em 10% e também elevando as estimativas para a companhia.

O novo tamanho de mercado estimado pela Ebit é de R$ 95,7 bilhões, ou R$ 8,7 bilhões a mais que os R$ 87 bilhões estimados anteriormente, e esses quase R$ 9 bilhões a mais de receita são totalmente atribuíveis à Via.

Conforme destacou a Guide Investimentos, a Via representa mais no mercado de e-commerce do que se imaginava. “A sua capacidade de crescimento e execução vinha sendo subestimada quando comparada a seus pares”, avaliarm os analistas da casa.