O futuro das compras pela internet pode não ser a entrega em domicílio

Era o verão de 2016 e Rafał Brzoska estava ficando sem saída para seu negócio. O então empresário polonês de 38 anos havia passado quase duas décadas tentando transformar a InPost, que distribuía cupons de supermercado em caixas de correio, em uma empresa de correio comercial de US$ 120 milhões por ano. No entanto, competir com o serviço postal do governo estava gerando prejuízos. Ele tinha uma dívida de US$ 65 milhões e estava tentando freneticamente encontrar novos investidores enquanto evitava o oficial de reintegração de posse.

Esses investidores não estavam interessados ​​no negócio postal praticamente em extinção de Brzoska, mas sim nos armários de e-commerce automatizado que ele havia iniciado em 2010. A Amazon e outros varejistas on-line enviam pacotes para retirada para esses armários de rua, que custam cerca de US$ 20 mil para instalar. Eles são populares porque os carteiros na Europa raramente deixam uma encomenda sem vigilância no lado de fora de uma residência. Isso efetivamente interrompe a porch piracy (nome dado à situação em que um indivíduo rouba um pacote de uma área externa da casa próxima à entrada principal antes que o destinatário possa recuperá-lo), mas se você não atender a campainha, terá um trabalho árduo de ir até o correio.

À beira da falência, Brzoska decidiu encerrar o negócio postal em 2016, antes das negociações com seu salvador, a Advent International. O grupo de private equity, com sede em Boston, fez da InPost uma empresa privada em abril do ano seguinte. O negócio de US$ 110 milhões saldou as dívidas da empresa e deu a Brzoska mais US$ 125 milhões para quase dobrar o tamanho de sua rede de armários para 4.400 em um ano.

“Havia muitos motivos para dizer não a este negócio, e muitas pessoas realmente disseram”, diz Paul Atefi, diretor administrativo da KKR, que emprestou US$ 145 milhões, em 2018, à InPost para construir novos armários. Brzoska agora tem 11.734 estantes na Polônia e mais de 1.100 no Reino Unido, além de algumas centenas na Itália. “Mas quando começamos a olhar armário por armário, foi realmente atraente. Às vezes, o retorno era tão baixo quanto 1,5 anos por locker. Amamos esta empresa.”

As margens também são invejáveis. Brzoska cobra cerca de US$ 2 por pacote, e seus custos são limitados à configuração do armário, mão de obra e aluguel do espaço do armário. A InPost embolsou US$ 97 milhões em lucro em 2020. “Nossas máquinas automatizadas de pacotes estão dobrando a receita ano a ano”, afirma.

Segundo Marek Różycki, consultor que assessorou a Advent no negócio com a InPost, colocar armários a uma “distância mínima” das casas e escritórios dos clientes transformou o negócio. “Se você tiver que caminhar cerca de 1,5 km até o seu armário mais próximo na chuva torrencial, isso não é atraente. Mas na Polônia, meu armário mais próximo fica a 350 metros de distância. É quase como uma entrega em domicílio – e mais conveniente.”

A InPost aprendeu a “regra do chinelo” da maneira mais difícil. A Advent reduziu a enorme expansão de Brzoska para quatro continentes, o que deixou a empresa escassamente espalhada e estendida. “Esse era um cenário clássico em que você tem um indivíduo carismático e muito empreendedor gerenciando uma empresa que estava crescendo muito rápido”, diz Różycki. “Mas ele assumiu muitos projetos com poucos recursos.”

Enquanto Brzoska estava dominando o negócio de armários, seus principais rivais – os serviços postais da Europa, além da UPS e Amazon – tiveram uma abordagem diferente, impulsionando a entrega em domicílio e assinando com milhares de lojas de bairro para lidar com a coleta e devolução de pacotes. Foi uma maneira rápida e barata de escalar em comparação com os armários, mas o boom do comércio eletrônico impulsionado pela pandemia deixou essas pequenas lojas de Berlim a Bilbao com corredores cheios de pacotes e longas filas para devolução. “As lojas de conveniência não são tão convenientes para a coleta de pacotes, principalmente durante a pandemia”, diz Kerstens.

O plano de Brzoska é eliminar esse intermediário – e sair à frente na Europa – com um acordo de US$ 675 milhões, anunciado em março, para comprar a gigante das entregas Mondial Relay e deixar seus armários nas lojas mais movimentadas de sua rede em toda a França.

Brzoska não é o azarão desta vez, e ele não se intimidará com uma luta. Ele dá o crédito ao seu signo e às pulseiras de contas da sorte – incompatíveis com seus ternos sob medida – o fato de ter sobrevivido a rodadas anteriores com pesos-pesados ​​dos correios. “Eu disse à minha equipe: ‘Eu sou um Escorpião. Eu vou sobreviver, e você vai sobreviver comigo, porque os escorpianos são sempre assim: lutam até o fim.’”

DHL Express vai lançar uma nova companhia aérea para o mercado europeu

A DHL Express anunciou o seu novo plano para a futura criação da sua rede de aviação européia.

Representando um novo marco da Estratégia 2025, as mudanças vão permitir responder à contínua e crescente procura dos serviços internacionais da DHL Express. Numa primeira fase, pretende criar uma nova companhia aérea de carga na Áustria.

Nova companhia

A DHL está, neste momento, no processo de apresentação de candidaturas junto das autoridades austríacas. Sob reserva de aprovação desses pedidos, o seu objetivo é que a nova companhia aérea seja criada e esteja operacional ainda este ano. Irá operar serviços de voo intraeuropeus, utilizando uma frota de aviões de carga B757 que serão transferidos a partir da DHL Air UK.

Por sua vez, a DHL Air UK irá tornar-se uma companhia aérea intercontinental, expandindo as suas operações B767 e adicionando novos B777Fs à sua frota. Com estes passos, a DHL Express irá reforçar a sua plataforma de rede aérea, garantindo uma capacidade de carga aérea flexível e resiliente para suportar as crescentes necessidades de envios expresso dos seus clientes. “Ao expandirmos a nossa plataforma aérea, não estamos apenas a adaptar-nos à alteração dos regulamentos, mas também a preparar a nossa rede europeia para um maior crescimento“, explica Roy Hughes, diretor de operações da DHL Express. “Para satisfazer a elevada procura dos nossos clientes pelas entregas expresso internacionais, tomámos estas medidas para continuar a fornecer-lhes o melhor serviço. Com a estrutura prevista, vamos alcançar, por um lado, uma rede aérea flexível e ainda mais resiliente na Europa e, por outro, uma melhor integração global, através do aumento dos nossos voos intercontinentais“.

Melhor trimestre da sua história 

A DHL Express anunciou recentemente o seu melhor trimestre, na história de mais de 50 anos de empresa. Impulsionada pelo crescimento mundial do comércio eletrônico, a empresa conseguiu aumentar o volume dos seus envios Time Definite International (TDI) em mais de 25% em comparação com o primeiro trimestre de 2020. Olhando para o futuro, espera-se um maior crescimento do comércio eletrônico devido à aceleração da digitalização do sector B2B e a um aumento significativo das compras comerciais nas plataformas on-line, resultando no aumento da procura de envios expresso internacional.

Para dar resposta a este crescimento e continuar a oferecer aos seus clientes tempos de trânsito mais rápidos para as suas entregas transfronteiriças, a DHL Express está a remodelar a sua companhia aérea sediada em East Midlands, a DHL Air UK. Centrando-se nos serviços intercontinentais, a DHL Air UK vai aumentar os voos entre o Reino Unido, a região das Américas e a Ásia. Neste contexto, a frota será expandida com a adição de mais B767s e a introdução de novos aviões B777F. O plano é que a DHL Air UK inicie as suas operações B777 no início de 2022. “O Reino Unido tem sido uma porta de entrada crucial para o mundo. Com uma procura crescente em entregas expresso internacional, isto é hoje mais válido do que nunca”, explica Tom Mackle, diretor geral da DHL Air UK. “A expansão da nossa frota intercontinental no Reino Unido, adicionando novos B777s, os aviões de carga mais modernos e eficientes, sublinha o nosso empenho e o nosso compromisso em satisfazer as necessidades dos clientes, para prestar continuamente excelentes serviços e também melhorar a nossa pegada de emissões de carbono“.

Total Express entra de vez na modalidade de entrega de cartões

Aproveitando toda a robustez da sua malha logística, a Total Express está aumentando e flexibilizando o seu portfólio logístico, incorporando uma novidade ao negócio. Trata-se do Total Cards, a mais nova solução da empresa para entregar cartões com eficiência aos clientes, usando todo o seu know-how e segurança do fluxo de entregas.

Com quase 30 anos de experiência, a Total quer entrar com força neste mercado. Por meio desta solução, a companhia passa a atender diversas modalidades de “cards”, que vão desde cartões de crédito, cartões de fidelidade, cartões de seguro e cartões-benefício, até boletos, documentos de licenciamento, tags de pedágio, catálogos e flyers. Em comum, estes envelopes devem ter até 300 gramas.

“A Total Express está pronta para atender toda essa cadeia logística, desde a integração com embossadoras de cartões e a coleta, até a fragmentação e custódia desses produtos”, aponta o gerente de produtos, Fernando de Azevedo.

Para trabalhar este tipo de modalidade, que tem suas peculiaridades e padrões de segurança, a companhia conta com alguns trunfos à disposição:

1 – Malhas logísticas com alta capilaridade

Dispondo de uma estrutura robusta com mais de 115 bases Last Mile, 46 multi hubs regionais e capacidade de atendimento em 3.300 cidades, das quais 500 localidades podem ser atendidas em até 48 horas, a Total Express conta com uma capilaridade que outras transportadoras e couriers não têm. Isso ajuda a otimizar o frete para as empresas-clientes e a garantir um prazo de entrega menor para o consumidor final. “Já temos rotas para o Brasil inteiro. Atendemos 100% do potencial de consumo do país, sendo 95% com malha direta. Essa malha ampla e robusta é certamente um diferencial”, explica Azevedo.

2 – Rastreabilidade, segurança e gerenciamento de risco

Para atender às rigorosas normas de segurança de bancos, financeiras, empresas de cartão, private labels e seguradoras, a Total Express tem à disposição uma estrutura bastante avançada e própria de gerenciamento de risco, o GRIS. Com ele, é possível realizar monitoramento 24 horas por dia e 7 dias por semana de todos os veículos em trânsito; fazer ampla equipe de auditoria interna para prevenção de perdas e garantir 100% das mercadorias seguradas. “O nosso GRIS é um diferencial competitivo, uma estrutura séria, robusta, preparada para as exigências de segurança e rastreamento que o produto exige”, aponta a gerente comercial, Audrei Simone Libonatti.

Segundo ela, parte da operação da Total Express é semelhante a uma fábrica de cartão, com revista na entrada e saída do sorter, “pois os bancos e as empresas do mercado de cartões olham para isso com atenção”.

3 – Entregadores vistoriados e cadastrados

Na Total Express o processo de cadastro de entregadores é rigoroso: é feito registro e controle de todos os entregadores com periodicidade, para ficar em conformidade com uma operação delicada como é a de Total Cards. “Aqui, os entregadores fazem ficha, passam por vistoria social e averiguação de antecedência criminal e são regularmente validados. O nosso índice de extravio de cartões é muito baixo por conta disso”, aponta Eric Lopes Oliveira, executivo comercial.

Uma nova solução

A Total Express entende que as encomendas de e-commerce são muito diferentes dos cartões. “Estamos, então, ofertando esse produto por meio de processos distintos e separados. Mas, é claro, aproveitando a agilidade, abrangência e segurança de uma empresa como a Total Express, além da credibilidade que ela tem no mercado”, afirma Libonatti.

Mandaê expande atuação e abre operações em Minas Gerais

Empresa de logística prevê processamento de 1 milhão de encomendas do e-commerce local até o final de 2021, com soluções inteligentes e a custos reduzidos.

A Mandaê, plataforma de inteligência logística que conecta e-commerces a transportadoras, inicia no próximo mês um plano de expansão de suas operações na região Sudeste do País. O primeiro Estado fora de São Paulo a contar com as soluções logísticas da companhia será Minas Gerais, onde a Mandaê vai inaugurar, em junho, um cross docking em Contagem, com capacidade para atender o envio de encomendas de e-commerces mineiros para todas as regiões do País.

“Minas Gerais é o terceiro maior Estado brasileiro em número de lojas virtuais, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro, e precisa contar com empresas que ofereçam o melhor serviço logístico e estejam aptas a acompanhar a crescente expansão do comércio online”, destaca Marcelo Fujimoto, CEO da Mandaê. “Nosso objetivo e compromisso é atender a essa demanda por soluções logísticas inteligentes, rápidas e seguras”.

O executivo prevê que a Mandaê, em seu primeiro ano no Estado, conquiste 7% de share do mercado local, atingindo a marca de 1 milhão de encomendas coletadas, processadas e enviadas ao cliente final das lojas virtuais de todo o Estado. A Mandaê projeta a abertura de mais operações no País dentro do plano de conquistar 30% do mercado de encomendas de PMEs até 2024.

Parcerias com transportadoras mineiras

Segundo Marcelo Fujimoto, os serviços da Mandaê poderão proporcionar às lojas virtuais mineiras uma economia de até 50% em custos logísticos, a exemplo do que já acontece de acordo com relatos dos clientes paulistas. “Nossa plataforma, que utiliza a tecnologia para conectar as lojas virtuais com as transportadoras parceiras mineiras, pode gerar várias economias em custos logísticos aos clientes, que vai desde a redução no custo de fretes, redução de backoffice, até redução de problemas de extravio e devoluções”, afirma Fujimoto.

“É muito importante que as lojas virtuais possam investir cada vez mais no fortalecimento de seus próprios canais de venda, para que com isso possam reduzir a dependência de marketplaces, evitando riscos futuros para o seu negócio”, observa o executivo.

Para o Head de Operações da Mandaê, Thammer Manzoni, os lojistas mineiros passarão a ter acesso a uma solução inovadora que entrega a melhor performance do mercado, ideal para otimizar os seus processos e elevar a qualidade do atendimento que oferecem.

Inteligência na coleta e monitoramento

A solução da Mandaê, que passa agora a ser disponível também em Minas Gerais, se destaca por uma coleta sob medida e um painel exclusivo para monitorar os envios, prevenir e solucionar eventuais ocorrências. ”Ao utilizar o serviço da Mandaê, a loja virtual pode focar em outras prioridades e investir cada vez mais no seu negócio, aumentando a sua competitividade no mercado on-line”, salienta Fujimoto. “Toda a operação logística é por nossa conta, e pode ser monitorada e acompanhada passo a passo pelos usuários, por um painel exclusivo, transmitindo segurança e tranquilidade aos e-commerces.”

Sobre a Mandaê

A Mandaê é uma plataforma logística que conecta pequenos e médios comércios eletrônicos com players logísticos. Utilizamos tecnologia, dados e algoritmos para oferecer aos e-commerces custos de transporte reduzidos, tempos de envio mais rápidos e melhor qualidade de envio. A nossa missão é devolver ao comércio on-line liberdade e controle através da melhor logística do Brasil.

 

B2W coloca favelas no mapa do e-commerce com entregas em becos e vielas

Compras feitas nos sites da Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato já são entregues em Paraisópolis; ideia da B2W é expandir para comunidades do Rio de Janeiro.

Moradores de Paraisópolis, segunda maior favela de São Paulo, podem agora receber compras feitas nos e-commerces da B2W Digital na porta de casa, mesmo nos becos e vielas de difícil acesso. A B2W engloba Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato.

Por meio de um novo projeto de logística participativa da B2W Digital, os mais de 100.000 moradores da comunidade deixam de depender dos pontos de retirada dos produtos adquiridos pela internet, como agências de correios. A ideia é escalar a iniciativa para mais comunidades no país.

O projeto foi desenvolvido em parceria com o Favela Brasil Xpress, startup de logística local, e o G10 Favelas, bloco de líderes e empreendedores de impacto social das dez favelas mais ricas do Brasil.

Desde o início de abril, o Favela Brasil Xpress fez, diariamente, cerca de 350 entregas do e-commerce da B2W Digital aos moradores de Paraisópolis.

A operação conta com uma equipe de 35 colaboradores, incluindo entregadores da própria comunidade, que conhecem o bairro.

“O projeto desenvolvido em Paraisópolis envolve não apenas a venda e a conveniência na entrega de produtos mas também uma série de compromissos de sustentabilidade da empresa, como a geração de renda, inclusão e capacitação de pessoas em comunidades de vulnerabilidade social. Estamos usando a força da B2W para gerar impacto positivo na vida de muitas pessoas”, afirma André Biselli, gerente de operações da B2W Digital responsável pela logística “last mile”.

A próxima favela a ser atendida pela B2W é Heliópolis, também na capital paulista. Depois disso, a empresa pretende começar a operar em comunidades do Rio de Janeiro.

E se o seu vizinho lhe entregasse as encomendas?

A Shopopop, líder europeia de entregas colaborativas entre particulares, chega a Portugal para demonstrar que o seu modelo de delivery é uma solução segura, rápida – assegurando entregas a partir de duas horas após a recepção de pedido – e sustentável.

As entregas são realizadas por Shoppers, pessoas comuns, que rentabilizam os seus trajetos diários e tempos livres para ajudarem a sua comunidade e, em simultâneo, terem um rendimento extra.

Nos primeiros meses de operação, conta já com parceiros como lojas Minipreço, E.Leclerc, Meu Super e Horto do Campo Grande, e diversas pastelarias e mercearias.

A Shopopop é “a plataforma de logística ideal para sectores de atividade de grande distribuição alimentar, mas também para muitos outros negócios, cujas encomendas não se tratem de produtos para consumo imediato e não tenham dimensão superior à transportável num carro particular, de que são exemplo as floristas, mercearias, garrafeiras e grandes superfícies especializadas“, refere em comunicado.

Adicionalmente, disponibilizando serviços de ship from store, isto é, entregas ao domicílio a partir da loja, mas também store to store, assegurando o transporte de stock entre superfícies comerciais, num raio de 15km, a Shopopop representa também, em si própria, uma solução económica para o problema associado à last mile, onde se concentra 40% do custo total da logística.

Shopopop

Desde o seu lançamento em França, em 2016, a Shopopop acumulou 1400 parceiros com uma forte presença nas maiores cadeias de grande distribuição, como Intermarché, Eleclerc e Auchan, contabilizando cerca de 130 000 entregas mensais. Atualmente presente também em Itália, Bélgica e Portugal, o sucesso do modelo deriva do crescimento esperado do e-commerce para os próximos anos – o qual foi amplamente potencializado pelo contexto de Covid-19 –, mas também da tecnologia, do foco no cliente, facilidade de implementação, preço reduzido, capacidade de gerir as variações de volume de encomendas e ainda da sua vertente sustentável”, afirma João Sanches, Country Manager da Shopopop em Portugal.

“Na França, 20% dos supermercados já oferecem entregas colaborativas. Será interessante ver o quão rápido alcançaremos esta penetração nos novos países”, acrescenta.

Possibilitando entregas aos fins de semana e feriados e garantindo precisão horária de entrega ao cliente final, através de mensagens de aviso e possibilidade de monitorização em tempo real na plataforma, a Shopopop aproxima vizinhos e comunidades para assegurar entregas colaborativas eco-friendly, agora em Portugal.

 

 

Mercado Livre investirá R$ 4 bilhões em São Paulo, com geração de 5 mil empregos

O Governador João Doria anunciou ontem (17), em Cajamar, uma parceria com o Mercado Livre que inclui investimento de R$ 4 bilhões pela plataforma de e-commerce no estado de São Paulo, além da geração de cinco mil novos empregos até o final de 2021.

O acordo também prevê parcerias para formação em qualificação e empreendedorismo, com oferta de cursos nas áreas de vendas, logística e tecnologia. A empresa ainda vai oferecer descontos para participantes do Empreenda Rápido, programa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado e Sebrae-SP.

No ano passado, o Mercado Livre ajudou a formalizar mais de 66 mil empresas que iniciaram suas vendas na plataforma. Com o investimento recorde de R﹩ 4 bilhões, a meta é gerar 5 mil empregos diretos em logística e tecnologia nas regiões de Osasco, Cajamar e Louveira – serão 400 vagas em TI, 4,1 mil em logística e outras 400 em setores diversos da empresa.

“Estamos entusiasmados com o avanço das nossas parceiras para ajudar a fomentar o desenvolvimento econômico do estado de São Paulo, cientes do impacto positivo deste aporte para toda a nossa operação no Brasil. Afinal, aqui estão localizados 85% dos vendedores do Mercado Livre no país e é também onde mantemos grande parte dos nossos centros logísticos, além da nossa sede em Osasco. Este compromisso vai além do aporte financeiro, pois nos preocupamos com o desenvolvimento das comunidades onde atuamos e apoiamos o empreendedorismo investindo em educação e profissionalização” afirmou Fernando Yunes, Vice-Presidente Sênior e Líder do Mercado Livre no Brasil.

“Este é o maior anúncio, realizado nessa gestão, de investimentos por uma empresa em um ano. Estamos aqui juntos honrando o compromisso de gerar oportunidade de emprego e renda para a população, apoiando nossos investidores através de modelo desburocratizado, mas principalmente apoiando os empreendedores e os trabalhadores com qualificação profissional e microcrédito, para que todos possam ter acesso a emprego e renda, porque esta é a melhor forma de dar dignidade”, disse a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.

Qualificação profissional

A parceria entre o Governo do Estado e o Mercado Livre irá oferecer 100 mil vagas para o curso “Como vender on-line? ”, criado pelo Mercado Livre em parceria com Centro Paula Souza e Sebrae-SP, por meio do programa Empreenda Rápido. As inscrições devem começar no segundo semestre.

Já os estudantes das Etecs e Fatecs das regiões de Cajamar, Louveira, Sorocaba e Osasco serão direcionados para as vagas abertas pelo programa Minha Chance. Além disso, o Mercado Livre irá apoiar o aperfeiçoamento dos cursos de Logística do ensino profissionalizante estadual.

Empreendedorismo

Empreendedores que participam de cursos do programa estadual Empreenda Rápido terão direito a benefícios como desconto na compra de máquinas de pagamento Mercado Pago e um mês de taxa zero, além de bônus de crédito, treinamento e capacitação gratuitas de Mercado Ads para ampliar visibilidade de produtos. Já o Estado vai oferecer linhas de crédito do Banco do Povo para 340 mil empreendedores do Mercado Livre em todas as regiões de São Paulo.

Fedex anuncia o lançamento de seu laboratório de aprendizagem em comércio eletrônico para diversos proprietários de pequenas empresas

A gigante de entrega global FedEx anunciou o lançamento de seu E-commerce Learning Lab, um novo programa desenvolvido em colaboração com o Accion Opportunity Fund.

O objetivo do programa é ajudar diversos proprietários de pequenas empresas que estão tentando desenvolver e expandir suas operações de comércio eletrônico devido à pandemia do coronavírus e à dependência da Internet durante a pandemia.

O programa terá um foco específico em empresas dirigidas por minorias e mulheres e fornecerá treinamento prático intenso a 150 proprietários de pequenas empresas em todo o país por meio de workshops e treinamento individual por especialistas em comércio eletrônico. Os proprietários de pequenas empresas também receberão suporte técnico gratuito na criação e manutenção de suas operações e lojas virtuais.

Isso inclui marketing, gerenciamento de promoções, atendimento ao cliente, gerenciamento de pedidos e entregas e suporte fotográfico do produto.

“Não é segredo que a pandemia teve um impacto significativo sobre os proprietários de pequenos negócios, especialmente mulheres e pessoas negras. Por meio de nossa nova colaboração com a AOF, estamos ajudando a  colocar essas pequenas empresas de volta, o que é especialmente importante à medida que o crescimento recorde nos volumes de comércio eletrônico continua ”, Brie Carere, diretor de marketing e comunicações da FedEx disse em um comunicado à imprensa . “Com o lançamento do FedEx E-Commerce Learning Lab, não só ajudaremos os indivíduos a atender às necessidades dos clientes de novas maneiras, mas também forneceremos uma programação abrangente que os equipará com as ferramentas para navegar por esses tempos incertos.”

De acordo com o Digital E-Commerce , os consumidores gastaram US $ 861,12 bilhões on-line com comerciantes nos EUA em 2020, um aumento de 44,0% e quase o triplo do valor de 2019.

O programa está planejado para durar cinco meses, começando em setembro. De acordo com a FedEx, o prazo permitirá que a FedEx apoie os participantes do programa com marketing e promoções de feriados , bem como suporte técnico no gerenciamento de pedidos de feriados.

Os participantes do programa não podem ter uma presença on-line atual para seus negócios, devem produzir e vender um produto alimentício pré-embalado e estável, ou mercadoria geral não alimentícia, ganhar menos de $ 500.000 e estar dispostos a se comprometer com a participação total no programa. Os interessados ​​podem se inscrever para serem avisados ​​quando o aplicativo estiver no ar, em junho.

“Junto com a FedEx, temos a oportunidade de ajudar a elevar a voz de empreendedores que muitas vezes passam despercebidos”, disse Luz Urrutia, CEO da Accion Opportunity Fund. “Ao oferecer acesso a recursos e oportunidades e fornecer suporte personalizado, podemos preparar essas comunidades para o crescimento futuro e, em última análise, desenvolver oportunidades econômicas mais equitativas para uma ampla gama de negócios. ”

Em fevereiro de 2020, a FedEx nomeou Ramona Hood como seu CEO, o primeiro CEO negro na história da empresa.

‘Agência Magalu’ será criada para marketplace do Magazine Luiza

Outras empresas concorrentes vêm trabalhando dentro dessa ideia e estudam projetos-piloto.

O Magazine Luiza está criando espécies de agências de serviço nas lojas, as “agências Magalu”, que passarão a operar recebendo produtos de lojistas de “marketplace” (shopping virtual), entregando aos clientes os itens comprados desses lojistas, e fazendo o armazenamento no ponto de venda, disse na última sexta-feira (14), o grupo a analistas. O Magazine tem 415 lojas com retirada de itens de lojistas do marketplace, de um total de 1,3 mil pontos, e planeja elevar esse número, mas para isso precisa rever a estrutura interna dos pontos.

Para isso, não está em discussão aumento do tamanho das lojas, mas reorganização das unidades e dos sistemas. Outras empresas concorrentes vêm trabalhando dentro dessa ideia e estudam projetos-piloto.

Para montar essa nova estrutura na loja, a empresa tem feito mudanças, disse o grupo ao ser perguntado por analista, em teleconferência pela manhã, sobre essa adaptação.

“Vamos aumentar o back office da loja para suportar mais categorias do 3P [itens de lojistas] e estamos revisando processos desse back office, e também para um sistema de armazenamento melhor. Vamos praticamente dobrar os itens em lojas e vamos ter itens ‘killers’ [produtos que atraem tráfego] nas lojas”, disse Fabricio Garcia, vice-presidente operacional e comercial.

Hoje, Magazine coleta e entrega com a própria malha logística aproximadamente 40% dos pedidos do marketplace.

O Magazine Luiza mencionou alguns dados do balanço hoje, relativos aos efeitos do fechamento dos pontos no primeiro trimestre. O CEO Frederico Trajano disse que teve 25% das lojas fechadas, em média, no primeiro trimestre. “Se todas as lojas estivessem abertas, seriam adicionados em venda R$ 750 milhões”, disse ele.

Trajano voltou a citar pontos de sua mensagem de diretoria, publicada no balanço do primeiro trimestre, como informou o Valor na quinta (13), sobre a existência de operações anabolizadas por crescimento insustentável após a pandemia.

“Você tem empresas ampliando subsídios de empresas, e entendo que alguns são necessários e fazem sentido dentro de uma lógica de longo prazo, mas muitos são anabolizantes”, diz Trajano

“Nós mesmos fizemos ‘tradeoffs’ de margem no passado dentro de um conceito de relação entre LTV e CAC [relação entre o valor do cliente ao longo do tempo e o custo de captação desse cliente], então consideramos essas questões no que é feito”, diz Trajano.

Perguntado por analista se, dentro dessa lógica a empresa ainda pensa em não investir em frete grátis ao cliente, como outros grupos têm feito (Mercado Livre e B2W exploram mais essa tática), Trajano não disse que nunca fará, mas fez ressalvas.

“Não digo que não vou replicar, mas se não se mostrar sustentável dentro das nossas premissas que falei de LTV e CAC, não vou fazer. Hoje a gente não joga Fifa, joga Fortnite, com dezenas de concorrentes. Por exemplo, nós fazemos frete grátis no ‘app’ porque tem um P&L [demonstrativo da empresa] diferente do P&L da loja”, afirma. Ele não citou nome de empresas ao comparar estratégias.

O Magazine Luiza apurou alta de 3,7% nas vendas da operação física no primeiro trimestre, e expansão de 114,4% no on-line (em cima de uma alta de 73% em 2020). Na soma total, digital e lojas avançaram 62,8%, para R$ 12,5 bilhões.

O lucro líquido cresceu oito vezes, para R$ 258 milhões, favorecido pelo ganho operacional — a receita líquida avançou em ritmo mais que o dobro das despesas. Ao se considerar o lucro descontando efeitos não recorrentes, o prejuízo de R$ 8 milhões vira lucro de R$ 81,5 milhões.

Magazine Luiza avança na logística e testa entrega em 1 hora em 45 lojas

No primeiro trimestre, as vendas on-line atingiram R$ 8,8 bilhões, 70% do total do Magazine Luiza. Em entrevista ao NeoFeed, Frederico Trajano, CEO do Magalu, fala dos resultados, do projeto-piloto que realiza para fazer entregas em até 1 hora e comenta sobre os planos para a sua fintech.

O comércio eletrônico brasileiro está entrando em uma nova corrida: qual será a empresa que fará a entrega mais rápida ao consumidor? Nessa disputa, o Magazine iniciou um teste em 45 lojas para fazer entregas em até uma hora, informou Frederico Trajano, CEO da varejista, ao NeoFeed.

“Esse ano, estamos focando em entregas em 1 hora. Já temos 45 lojas fazendo isso”, diz Trajano. “Então, vamos seguir aumentando o nível de serviço. Na China, você tem entrega em 20 minutos. ”

Sem fornecer detalhes, Trajano disse que o objetivo é crescer significativamente esse número ao longo de 2021. Hoje, o Magazine Luiza conta com mais de 1,3 mil lojas.

No primeiro trimestre deste ano, 51% dos pedidos feitos no site do Magazine Luiza foram entregues em até 24 horas. Em dois dias, esse percentual foi de 70%. Esse dado não leva em conta a venda dos sellers de seu marketplace.

“Vamos ampliar a malha física: mais unidades logísticas e mais lojas que funcionam como mini-CDs. E vamos ativar essa malha não só para o 1P (vendas próprias), mas também para o 3P (marketplace). É um investimento que vai beneficiar as duas operações”, afirma Trajano.

Atualmente, a operação de logística do Magazine Luiza conta com 8 mil motoristas, 103 unidades logísticas, 23 centros de distribuição e 80 estações cross docking e de hubs de última milha.

Os rivais do Magazine Luiza estão também trabalhando para fazer entregas cada vez mais rápidas. O Universo Americanas, que conta com a plataforma logística Let’s, fez 44% das entregas em até 24 horas. Hoje, 14% dos pedidos são entregues em até 3 horas, segundo balanço de primeiro trimestre. A Via (ex-Via Varejo), dona das marcas Casas Bahia e Ponto, já faz 42% das entregas em 24 horas. Em dois dias, o percentual sobe para 65%.

A melhoria do nível de serviço da área de logística é um dos principais projetos, ao longo de 2021, do Magazine Luiza, cujas vendas totais atingiram R$ 12,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 63%. O lucro líquido ajustado foi de R$ 81 milhões, saindo de um prejuízo de R$ 8 milhões no mesmo período do ano passado.

As vendas on-line, por sua vez, saltaram 114%, atingindo R$ 8,8 bilhões, 70% do total. Esse é o quarto trimestre consecutivo em que a operação on-line dobra de tamanho. Nas lojas físicas, o avanço foi de 4%, um resultado surpreendente, considerando-se que ficaram mais tempo fechadas no primeiro trimestre de 2021 do que há um ano.

Nesta entrevista, Trajano fala sobre os planos para a área logística, comenta sobre a estratégia de aquisições e aborda os planos da área financeira. O Magazine Luiza reportou também ter 3 milhões de contas digitais e que, em três semanas, o seu cartão de crédito conquistou uma base de 100 mil clientes. Confira os principais trechos:

O Magazine Luiza evoluiu bastante na parte logística das vendas próprias (1P). O foco em 2021 é levar esse nível de serviço para os sellers do marketplace (3P)?
Vamos melhorar a nossa logística tanto para o 1P como para o 3P. Esse ano, estamos focando em entregas em 1 hora. Já temos 45 lojas fazendo isso. Então, vamos seguir aumentando o nível de serviço. Na China, você tem entrega em 20 minutos. Mas, mesmo a operação 1P, tem de evoluir muito. E na operação 3P, queremos melhorar. E não vamos crescer o 3P em detrimento do 1P. Quero crescer o GMV total da companhia. Mas hoje, de fato, o nível de serviço de 1P é muito melhor do que o de 3P. A ideia é pegar tudo aquilo que tenho para o 1P e disponibilizar para o 3P. Mas vou seguir melhorando e investindo no um 1P.

O que será feito?
Vamos ampliar a malha física: mais unidades logísticas e mais lojas que funcionam como mini-CDs (Centros de Distribuição). E vamos ativar essa malha não só para o 1P, mas também para o 3P. É um investimento que vai beneficiar as duas operações. Mas o 3P vai melhorar relativamente mais, porque vem de uma base muito ruim, que são os Correios. Hoje, 40% dos sellers utilizam a nossa malha própria. E queremos aumentar muito esse número e reduzir os prazos dos nossos clientes que compram dos sellers.

Você espera que o serviço de logística para os sellers seja semelhante ao das entregas das vendas próprias ao longo de 2021?
O 1P vai continuar com um nível de serviço melhor e essa construção para equalizar o 3P vai demorar alguns anos ainda.

Você comentou que 45 lojas estão fazendo entregas em 1 hora. É um projeto-piloto?
Sim, é um piloto. Vamos crescer significativamente esse número.

A questão logística vai ser essencial na briga do comércio eletrônico em 2021?
Ela sempre foi. Se você olhar o nosso primeiro trimestre, uma das razões pelas quais nós crescemos acima do mercado com rentabilidade foi por ter uma operação logística mais rápida e mais eficiente do que o mercado. Senão, você teria de crescer com investimentos não sustentáveis em marketing ou em margem. Ela já é um diferencial grande. E vai seguir sendo. Quem não tem uma logística boa, uma entrega rápida, tem de anabolizar o seu crescimento, tem de crescer com muito prejuízo. Logística é um diferencial, mas não é o único. Você tem toda a parte de novos serviços, novas categorias, uma experiência de compra legal e de pós-venda boa. Mas, sem dúvida, logística é um fator de diferenciação importante.

Desde o ano passado, o Magazine Luiza fez diversas aquisições em áreas como varejo alimentício, delivery, moda e beleza, logística, serviços financeiros e ads (publicidade). Há outra área que o Magalu está avaliando entrar?
Já delineamos todas. Quisemos deixar claro que essa estratégia de ecossistema digital multicanal vai endereçar essas avenidas de crescimento. Continuamos querendo crescer bastante e digitalizar o varejo brasileiro. Estamos mirando categorias que são pouco penetradas, como moda e beleza; alimentos e bebidas; bens de consumo; e comida preparada, que não deixa de ser um varejo. E acredito que tem um pedaço adjacente, que é o de retail tech. Podemos explorar esse mercado via take rate ou vendendo serviços de tecnologia para pequenos varejistas. E, finalmente, temos grande avenidas de monetização dessas áreas que são o ads (publicidade) e a fintech. Num mundo, você cresce, ganha relevância e frequência. E, no outro, você consegue monetizar com ads e a parte de fintech. É uma operação equilibrada, rentável e sustentável. Não vamos fugir muito dessas oportunidades. Vamos seguir com essa disciplina de investir, tanto organicamente quanto inorganicamente, para explorar essas avenidas de crescimento.

Você comentou, em outras entrevistas, que o mercado iria se surpreender com as aquisições que o Magazine Luiza iria fazer. E, de fato, você comprou desde empresas de delivery até canais de conteúdo no YouTube, como o Jovem Nerd. A agenda de M&A segue forte? O mercado ainda vai se surpreender com as próximas aquisições?
Sim, seguimos com uma agenda de M&A forte. Vamos continuar adicionando empresas interessantes. Agora, como já foram feitas 16 aquisições, o mercado já entende que a empresa tem uma estratégia de ecossistema, que ela é mais horizontal do que verticalizada em uma categoria única. Eu vejo que vai ter proporcionalmente menos surpresa. Vamos seguir comprando ativos que não são óbvios para os investidores, para a concorrência e para os formadores de opinião.

Todas as empresas de varejo querem ter hoje uma fintech para chamar de sua. O Magazine Luiza comprou a Hub. O que se pode esperar da Hub quando a compra for aprovada pelo Banco Central?
Primeiro, temos uma operação de fintech pré-Hub. São 3 milhões de contas do Magalu Pay; são R$ 2,7 bilhões de TPV do Magalu Pagamentos; temos os sellers antecipando recebíveis através do Magalu Pagamentos; temos uma das maiores financeiras independentes do mercado que é a LuizaCred, com 5,5 milhões de cartões ativos e com uma carteira de crédito de R$ 13 bilhões. Já somos uma empresa com uma participação muito forte em financiamento ao consumo. O que estamos criando agora são ferramentas digitais e plataformas digitas para explorar esse mundo de financiamento ao consumo e ao pequeno varejo. E a Hub vai ser a plataforma e a espinha dorsal dessa estratégia. Tanto é uma processadora, como é também uma empresa autorizada pelo Banco Central e tem o arcabouço legal e regulatório adequado para explorar esse ambiente de fintech. Eram duas coisas que não tínhamos. Tínhamos a plataforma, mas que não era uma IP (Instituição de Pagamento) regulada. E também não tínhamos a tecnologia. Agora, vamos ter o ‘core’ bancário.

Quais são os serviços que vocês podem prestar e que antes não conseguiam prestar?
Podemos ter FIDC, empréstimo na conta digital. Vamos ser uma conta digital completa.

Vocês dão guidance de quantas contas digitais e quantos cartões pretendem ter ao longo de 2021?
Nós não damos guidance de nada. O nosso número ainda é baixo. Começamos em julho e já temos 3 milhões de contas digitais. A beleza do nosso modelo é que é uma conta totalmente integrada ao superapp. Os clientes que têm a conta no app do Magalu habilitam, em poucos segundos, a conta na nossa fintech. Esse é o nosso grande diferencial. E agora temos o PIX e o cartão de crédito, que nasce totalmente integrado com a conta digital. Todo o cashback do cartão vai voltar para a conta dele. Estamos criando features adicionais para aumentar a utilização, os depósitos e o TPV dessa conta.