Primeiro trimestre de 2021: vendas no e-commerce têm alta de 57,4% em comparação ao mesmo período de 2020

Em pesquisa realizada com os dados de compra no e-commerce durante o primeiro trimestre de 2021, a Neotrust mostra que houve continuidade do crescimento das vendas on-line no Brasil.

Foram realizadas 78,5 milhões de compras on-line nos três primeiros meses do ano, um aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Esta quantidade de compras resultou em um faturamento de R$ 35,2 bilhões para o e-commerce entre janeiro e março de 2021, aumento de 72,2% na comparação com 2020.

“No começo deste ano de 2021 havia uma expectativa de redução da intensidade da expansão, mas com a chegada da nova variante do Covid-19 e, consequentemente, da segunda onda de contaminação que atinge nosso país, nos deparamos com uma evolução ainda mais intensa das vendas no e-commerce não somente brasileiro, mas ao redor do mundo”, explicou Fabrício Dantas, CEO da Neotrust, na apresentação do relatório.

Os principais motivos para o crescimento estão relacionados às diversas promoções realizadas nos três primeiros meses do ano, além do Dia do Consumidor, realizado em março. Outro fator determinante foi o agravamento da pandemia no país, resultando em uma nova onda de fechamento ou redução de circulação no comércio físico em diversos estados.

O consumidor também tem investido mais nas compras on-line: houve aumento de 9,4% no valor do ticket médio em comparação com o mesmo período de 2020. Atualmente, o gasto registrado está em R$ 447,90.

Para efeito de comparação, o aumento do ticket médio no quarto trimestre de 2020 foi de 2,9%.

“O mês de março em 2021, foi o segundo maior mês da história em termos de volume de vendas do e-commerce brasileiro, ficando atrás somente do mês de novembro de 2020, que evidentemente, tem o impacto positivo das promoções da Black Friday”, explicou o executivo.

Destaques por região do Brasil

A região Sudeste ainda é a que mais se destaca em volume de compras e no quarto trimestre de 2020 foi responsável por 63% do total de pedidos feitos on-line no país. Mesmo que siga na dianteira, caiu 3,9 pontos percentuais em comparação com o trimestre anterior.

Isso porque as demais regiões têm apresentado crescimento também. A região Nordeste se destaca por ocupar a segunda posição em total de vendas no e-commerce, concentrando 14,6% das que realizadas entre outubro e dezembro de 2020. Esse número representa um crescimento de 2,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. A região Sul segue próxima, com 14,1% do total de pedidos realizados.

Frete grátis

De acordo com o relatório aumentou também a quantidade de compras que foram feitas com entrega gratuita. No primeiro trimestre de 2021, 53% dos pedidos foram entregues sem que o consumidor pagasse pelo frete. No primeiro trimestre de 2020, a porcentagem de entregas gratuitas era de 47%.

Também na marca de 47% estão os pagantes de frete neste período. Eles, no entanto, também foram beneficiados. A pesquisa mostrou que houve redução de 15,5% no valor pago pelas entregas. Dessa forma, o valor médio do frete no período foi de R$ 18,15.

Por categoria

Com relação ao comportamento de consumo por categoria, a pesquisa mostrou um padrão semelhante ao dos outros trimestres: os produtos com ticket médio mais baixo foram os mais procurados. Em contrapartida, os produtos mais caros foram responsáveis pelos maiores faturamentos.

As categorias que mais se destacaram por total de pedidos foram: moda e acessórios (16,5% dos pedidos); beleza, perfumaria e saúde (15,2%); e entretenimento (12,6%).

Já as categorias com melhor faturamento são: telefonia (com 21,2% do total faturado no período); eletrodomésticos e ventilação (17%); e entretenimento (12,4%).

O relatório aponta ainda que os números refletem as promoções realizadas no começo do ano e a duração estendida do Dia do Consumidor neste ano.

Como destaque para categoria mais comprada, moda e acessórios teve 13,3 milhões de pessoas comprando no primeiro trimestre de 2021 (considerando uma compra por consumidor). O gasto médio total foi de R$ 145,00.

A categoria telefonia não apresentou tantos consumidores, mas conquistou um gasto médio mais impressionante: foram apenas 2,9 milhões de consumidores, mas com um gasto médio total de R$ 2.232,00.

Na contramão deste dado, o setor atinge hoje apenas 17,2% do total de pessoas com acesso à internet no país.

De março de 2020 a março de 2021

O relatório apontou ainda quais foram as categorias mais compradas on-line durante o isolamento social, ou seja, de março de 2020 a março de 2021. De maneira geral, elas corroboram os dados levantados no primeiro semestre de 2021, pois apontam para as mesmas categorias apontadas aqui em mais vendidas e em faturamento.

As subcategorias que mais cresceram e venderem de março de 2020 a março de 2021 foram (representação do share da subcategoria dentro do segmento): livros (variação de 97,2%), fones de ouvido (76,1%), aparelhos de televisão (80,5%), remédios (56,7%) e aparelhos elétricos para o cabelo (50,4%).

Os que mais faturaram de março de 2020 a março de 2021 foram (representação do share da subcategoria dentro do segmento): ar condicionado (86,9%), celulares e smartphones (81,6%), TV (80,5%), notebook (22,6%) e geladeiras/refrigeradores (19,7%).

Quem são os consumidores?

A pesquisa confirmou os dados das edições anteriores: as mulheres compram mais, mas os homens gastam mais. As mulheres representam 58,1% dos consumidores e o ticket médio masculino é de R$ 538,20.

A pesquisa mostrou ainda que a idade média do consumidor é de 37 anos. O público consumidor mais significativo foi o de 36 a 50 anos, com 33,9% do total de consumidores digitais. Seguidos de perto pelos consumidores de 26 a 35 anos, com 33,1% do total.

Os consumidores até 25 anos representam 19% das compras on-line, enquanto o público acima dos 51 é responsável por 14% das compras.

Novos consumidores e consumidores únicos

O primeiro trimestre do ano teve queda em 16,4% na quantidade de novos consumidores, com 3,8 milhões de consumidores comprando pela primeira vez online. A comparação foi feita com o primeiro trimestre de 2020.

Porém, para o e-commerce o saldo foi positivo, pois obteve um aumento de 43,9% no número de consumidores únicos: 22,8 milhões.

Frequência

Analisando exclusivamente as vendas no e-commerce feitas no feitas nos três primeiros meses do ano, houve uma média de 3 compras por consumidor digital, com um gasto médio de R$ 1.340,00 para o total das compras, aumento de 14,1% em comparação ao primeiro trimestre de 2020.

Ao analisar os consumidores que fizeram pelo menos uma compra nestes meses, as mulheres também compraram mais (58,6% dos consumidores únicos), com a média de idade mais relevante para consumidores homens e mulheres entre 26 a 35 anos (31,2%).

Mandaê prevê crescimento de 120% no volume de encomendas para o Dia das Mães

Este semestre mostra-se bastante aquecido com expansão de 60% no número de envios no balanço do primeiro trimestre.

A Mandaê, plataforma de inteligência logística que conecta e-commerces a transportadoras, está aumentando em 20% o número de colaboradores contratados para atender um aumento previsto de cerca de 120% no volume de encomendas para o dia das mães.

“As restrições impostas pelo agravamento este ano da pandemia impulsionaram ainda mais a migração das compras efetuadas em lojas físicas para o online”, observa Marcelo Fujimoto, CEO da Mandaê. “Tivemos um aumento de 60% no envio de encomendas no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2020, e estamos nos posicionando e fortalecendo a infraestrutura operacional para atender, com a mesma qualidade e rapidez, a demanda para uma das principais datas comemorativas do ano”.

Segundo dados da “Compre & Confie”, parceiro da consultoria Social Miner, especializada em dados de comportamento, a data, que movimentou 6 bilhões em vendas pela Internet em 2020 (aumento de 117% em relação a 2019), deve repetir esse crescimento este ano, exigindo ainda mais das empresas de logística de entregas. A previsão é baseada em pesquisa sobre o “Futuro do consumo pós-Covid”, que revelou que 50% dos entrevistados vão seguir fazendo suas compras on-line. A enquete mostra que os principais segmentos do varejo que estão impulsionando essa alta são novamente Moda e Acessórios (29,88%), Beleza (20,65%) e Eletrônica e Informática (19,60%).

Resultados positivos e expansão

Para este ano, Marcelo Fujimoto destaca que a Mandaê tem uma perspectiva muito positiva, tendo iniciado um plano de expansão para aumentar suas operações em importantes regiões do País. A empresa se prepara para continuar acompanhando a aceleração do e-commerce que, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico/Neotrust, cresceu no ano passado, 68% na comparação com 2019. Segundo as estimativas da associação, 20,2 milhões de consumidores realizaram pela primeira vez uma compra pela internet em 2020 e 150 mil lojas adotaram vendas em plataformas digitais.

“Já começamos a fase de contratações e negociações para iniciar, ainda neste semestre, nossas operações em mais um Estado”, adianta o CEO da Mandaê. Até o fim de 2021, por meio de parcerias com players logísticos regionais, a empresa vai expandir a sua atuação em mais quatro regiões, oferecendo o serviço de coleta para e-commerces baseados nos Estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Sobre a Mandaê:

A Mandaê é uma plataforma logística que conecta pequenos e médios comércios eletrônicos com players logísticos. Utilizamos tecnologia, dados e algoritmos para oferecer aos e-commerces custos de transporte reduzidos, tempos de envio mais rápidos e melhor qualidade de envio. A nossa missão é devolver ao comércio on-line liberdade e controle através da melhor logística do Brasil.

 

 

Adobe e FedEx fazem parceria para impulsionar a inovação em comércio eletrônico

Os comerciantes da Adobe em breve poderão entrar na rede digital e física líder do setor da FedEx para apoiar o crescimento do comércio eletrônico, oferecendo remessa gratuita em dois dias, devoluções fáceis, check-out direto e mais.

A Adobe (Nasdaq: ADBE) e a FedEx (NYSE: FDX) anunciaram na última terça-feira (27), uma nova colaboração de vários anos começando com a integração da ShopRunner, uma plataforma de comércio eletrônico líder e subsidiária da FedEx Services, com a Adobe Commerce. Em um ano, quando as compras on-line nos EUA cresceram 42% de acordo com o recente Índice de Economia Digital da Adobe , o e-commerce se tornou um recurso decisivo para todas as empresas, independentemente do tamanho ou setor.

Marcas e comerciantes podem lidar melhor com o forte aumento no volume de pacotes, oferecendo remessa gratuita em dois dias e check-out e devoluções perfeitos. A integração dará aos comerciantes da Adobe acesso à inteligência de logística pós-compra da FedEx, que os ajudará a impulsionar a demanda, reduzir custos e obter percepções do cliente.

“Estamos orgulhosos da parceria com a FedEx para desbloquear uma nova era de experiências de e-commerce baseadas em inovação, velocidade e conveniência que permitem que nossos clientes em conjunto possam competir e vencer na economia digital em primeiro lugar”, disse Shantanu Narayen, presidente do conselho, presidente e CEO da Adobe.

“A oportunidade de fazer parceria com a Adobe é mais um passo à frente na jornada da FedEx para criar um ecossistema de comércio eletrônico aberto e colaborativo que ajudará as marcas e comerciantes a oferecer experiências perfeitas para seus clientes”, disse Raj Subramaniam, presidente e diretor de operações da FedEx . “Com a liderança da Adobe em experiências de clientes, a plataforma ShopRunner e nossa inteligência digital e logística, podemos aumentar a competitividade de marcas e comerciantes e criar novas possibilidades no e-commerce.”

A economia mudou fundamentalmente à luz do COVID-19, passando de um mundo com economia digital para uma economia digital. Durante esse tempo, o comércio eletrônico desempenhou um papel vital, permitindo que marcas e comerciantes sustentassem seus negócios e continuassem atendendo aos consumidores. O mais recente Índice de economia digital da Adobe mostra que 2022 deve ser o primeiro ano de trilhões de dólares para o e-commerce nos Estados Unidos, à medida que mais consumidores migram on-line para atender às suas necessidades diárias de compras. A colaboração da Adobe com a FedEx e o ShopRunner ajudará as marcas e comerciantes a gerenciar melhor suas remessas e logística e lhes permitirá oferecer uma excelente experiência de entrega de última milha como forma de reter clientes e fidelizar. Marcas e comerciantes que enviam com a FedEx também se beneficiarão da inteligência logística pós-compra da FedEx para ajudar a criar uma experiência mais eficiente e confiável para marcas, comerciantes e seus clientes.

Benefícios antecipados para marcas, comerciantes e consumidores:

  • Frete em dois dias: as marcas e os comerciantes terão a opção de habilitar e promover o frete gratuito em dois dias para seus consumidores.
  • Devoluções fáceis: as marcas e os comerciantes podem fornecer aos clientes um processo de devolução fácil e gratuito apoiado pela FedEx, com serviços como devoluções sem etiqueta, acesso à embalagem de devolução nas unidades da FedEx, entrega fácil e muito mais.
  • Maior fidelidade e valor de vida do cliente: Com milhões de compradores ativamente comprando por meio da plataforma ShopRunner, os comerciantes da Adobe terão acesso a um grupo de consumidores fiéis.
  • Seamless Checkout: Por meio do ShopRunner, os consumidores poderão armazenar suas informações de pagamento, cobrança e envio para concluir as compras com facilidade.

“À medida que uma parcela cada vez maior de todo o comércio muda para canais on-line, marcas de todos os tamanhos estão enfrentando pressão competitiva para oferecer experiências de comércio envolventes, relevantes e sem atrito para seus clientes. Além do mais, os clientes têm expectativas cada vez maiores ao interagir com as marcas”. disse Jordan Jewell, gerente de pesquisa, comércio digital e aplicativos corporativos da IDC. “O Adobe Commerce é adequado para marcas em crescimento para se diferenciarem em termos de experiência. A parceria mais recente com a FedEx deve ajudar os comerciantes a atender melhor e superar essas elevadas expectativas dos clientes, permitindo um comércio mais tranquilo.”

Tempo e disponibilidade

Os planos são de que os comerciantes Adobe Commerce e Magento Open Source nos EUA possam baixar a extensão FedEx do Magento Marketplace no final de 2021.

Sobre Adobe

A Adobe está mudando o mundo através de experiências digitais. Para obter mais informações, visite www.adobe.com .

Sobre FedEx

A FedEx Corp. (NYSE: FDX) oferece aos clientes e empresas em todo o mundo um amplo portfólio de transporte, comércio eletrônico e serviços empresariais. Com receita anual de US $ 79 bilhões, a empresa oferece soluções de negócios integradas por meio de empresas operacionais que competem coletivamente, operando de forma colaborativa e inovando digitalmente sob a respeitada marca FedEx. Consistentemente classificada entre os empregadores mais admirados e confiáveis ​​do mundo, a FedEx inspira seus mais de 570.000 membros de equipe a permanecerem focados na segurança, nos mais altos padrões éticos e profissionais e nas necessidades de seus clientes e comunidades. Para saber mais sobre como a FedEx conecta pessoas e possibilidades em todo o mundo, visite about.fedex.com.

Sobre ShopRunner

ShopRunner, uma subsidiária da FedEx, conecta seus milhões de membros de alto valor com frete grátis em 2 dias e devoluções grátis, bem como ofertas exclusivas para membros e benefícios de suas lojas favoritas. Para os varejistas, o ShopRunner ajuda a impulsionar o e-commerce sem atrito por meio de um conjunto abrangente de produtos apoiado por ricos insights do consumidor e ciência de dados.

© 2021 Adobe. Todos os direitos reservados. Adobe e o logotipo da Adobe são marcas registradas ou marcas comerciais da Adobe nos Estados Unidos e / ou em outros países. Todas as outras marcas comerciais são propriedade de seus respectivos proprietários.

Via Varejo quer ser também uma empresa de tudo. E está tirando até o Varejo do nome

A exemplo de outros rivais, como Amazon e Magazine Luiza, a Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Pontofrio, quer se posicionar com uma empresa que vai além do varejo. Para isso, está adotando nova identidade visual e comprando empresas de outros segmentos.

Em junho de 2019, Roberto Fulcherberguer assumiu o comando da Via Varejo, marcando a volta da família Klein ao comando do negócio. No caminho para recuperar a empresa, uma premissa era clara: resgatar os princípios do “chão de loja” e da “barriga no balcão”, há tempos deixados de lado no dia a dia do grupo.

Prestes a completar dois anos do início dessa jornada de reestruturação, a empresa está deixando claro ao mercado, porém, que as atividades básicas do setor já não definem a sua operação. E essa indicação foi reforçada com três anúncios feitos em menos de uma semana.

O último deles foi divulgado em comunicado ao mercado na manhã da última segunda-feira, 26 de abril. O grupo anunciou que passará a adotar a marca Via, com a assinatura Imagine Caminhos, realçadas por novas cores e uma nova tipografia.

“Para ir além do varejo, a Via mudou sua marca. Tirou o varejo do nome, mudou suas cores, seu logo, num posicionamento que traduz a grande transformação pela qual a companhia passou e simboliza os caminhos amplos que seguirá no futuro”, afirmou a empresa, no comunicado.

Antes, na sexta-feira, 23 de abril, a Via Varejo já havia divulgado a mudança da marca do Pontofrio, uma de suas bandeiras, ao lado da Casas Bahia, para apenas Ponto:>. A nova identidade visual foi acompanhada de uma repaginação em todas as lojas da marca em questão.

“Demos um grande salto, a marca ficou mais jovem, mais moderna e inovadora. E também trouxe mais protagonismo a uma personalidade irreverente, bem-humorada e focada no digital”, afirmou Ilca Sierra, diretora de marketing e marca da Via Varejo, em comunicado sobre a mudança de marca.

O terceiro anúncio nessa direção também foi realizado nessa segunda-feira. O grupo comunicou a aquisição da Celer, fintech que nasceu como uma plataforma de pagamentos e que hoje também tem um portfólio no segmento de banking as a service.

Segundo informou a companhia, a Celer tem aproximadamente 200 fintechs em sua carteira que, por sua vez, oferecem contas digitais, entre outras soluções, a mais de 24 mil estabelecimentos.

Com o acordo, a Via planeja ampliar os serviços financeiros ofertados aos sellers do seu marketplace, a maior prioridade da empresa para 2021. O pacote inclui adquirência e gateway para vendas físicas e on-line; uma plataforma de antecipação e recebíveis e, em especial, a ampliação da conta digital banQi, da própria varejista.

Corporate venture capital

Essa é a quarta aquisição do grupo desde 2020. A relação dá uma dimensão dos caminhos que estão sendo abertos pela companhia e envolve ainda a Airfox, empresa com a qual o grupo desenvolveu o banQi; a Asap Log, de logística; e a i9XP, desenvolvedora de softwares para o segmento de comércio eletrônico.

Além desses acordos, a varejista anunciou, em novembro, a compra de uma fatia de 16,6% do hub de inovação Distrito. Essa relação também está no centro de outra novidade divulgada hoje pelo grupo, que complementa o Via Next, programa de inovação aberta elaborado pela parceria e lançado há um mês.

Trata-se de um Corporate Venture Capital. O Distrito ficará responsável pela criação e a gestão do veículo em questão, que nasce com R$ 200 milhões destinados a investimentos em startups nos próximos cinco anos. Essa cifra poderá ser ampliada com eventuais aportes do Distrito, que terá a opção de investir ao lado da Via nessas startups.

“Nosso objetivo é sermos rápidos e pragmáticos. Não queremos perder o nosso tempo nem o das nossas futuras investidas”, disse Helisson Lemos, vice-presidente de inovação digital e recursos humanos da Via, ao NeoFeed.

Sócio do Distrito, Gustavo Gierun, acrescentou, também na linha do ritmo que será ditado com a iniciativa. “A pandemia criou novos hábitos de consumo e todo o varejo está tendo que se adaptar”, afirmou. “É um jogo de velocidade e esse modelo de corporate venture capital acelera esse processo. ”

A tese formulada pela Via e a Distrito terá, principalmente, no radar, startups em estágio inicial ou que estão começando a ganhar tração. Em linha com o posicionamento reforçado hoje pela varejista, além das retailtechs e de modelos que compreendam toda a jornada do consumidor, o veículo vai focar novatas de logística, finanças e marketing.

De olho, particularmente, em fatias minoritárias, os cheques irão variar entre R$ 500 mil e R$ 500 milhões. “Mas essa faixa não é algo rígido. Existe uma flexibilidade dentro dessa tese inicial”, observou Gierun. “E muitos desses investimentos serão feitos em conjunto com outros fundos do mercado. ”

Diante da movimentação cada vez mais intensa no mercado no campo das aquisições e investimentos em startups, a Via aposta na oferta de toda a sua estrutura e operação como um diferencial para atrair e escalar essas novatas.

“Não estamos dizendo que somos os melhores, mas somos diferentes”, disse Lemos. “Na comparação com outros varejistas, há ativos que só nós temos, como a nossa logística. ”

A movimentação da Via acontece em meio a uma disputa com outros varejistas que estão expandindo seus tentáculos. A Amazon, que reforçou sua operação brasileira, atua em diversas áreas, que vão do varejo tradicional até serviços de computação em nuvem, com a AWS.

O Magazine Luiza também está expandido seu leque de atuação, comprando companhias de conteúdo, como Canaltech e Jovem Nerd, até aplicativos de delivery, como o AiQFome, o ToNoLucro e a plataforma GranChef. Em entrevista ao NeoFeed, Frederico Trajano, CEO da Magalu, disse que a empresa vai competir com Rappi e iFood e até com o Google.

Os anúncios da última segunda-feira(26), foram acompanhados pela divulgação de metas e projeções do grupo para o período que se estende até 2025. A empresa projeta, por exemplo, ampliar sua base de 22 milhões de clientes ativos para 44 milhões. E estima alcançar uma fatia de, no mínimo, 20% do mercado total de e-commerce no período.

Já em relação ao volume bruto de mercadorias (GMV), a projeção é de que dois terços venham de canais digitais. No intervalo, a projeção é aumentar em 20 vezes o volume total de pagamentos (TPV), especificamente no segmento de soluções financeiras e de crédito, que foi de R$ 440 milhões nos 12 meses encerrados em março de 2021.

O grupo também prevê que o banQi alcance o break even até o fim de 2022. Ainda nessa área, a projeção é ampliar em cerca de sete vezes o valor da carteira de crédito concedido nas lojas físicas e canais digitais da operação.

As ações da empresa, avaliada em R$ 20,3 bilhões, acumulam uma queda de 18,8% em 2021, levando-se em conta o preço de fechamento do pregão da sexta-feira, 23 de abril.

Semana do Frete Grátis no E-commerce

Começou no último domingo (25), a Semana do Frete Grátis.

Uma data muito importante no calendário do varejo digital é o Dia do Frete Grátis, celebrado em 28 de abril. Algumas lojas e marketplaces, no entanto, não se restringem a apenas um dia, prologando a promoção durante toda a última semana do mês. Por isso, até sexta-feira (30), se estiver pensando em comprar pela internet, é bom ficar ligado, para garantir as melhores condições.

Datas comemorativas são as principais alavancas para o comércio em geral. Como efeito da pandemia, o e-commerce teve esse crescimento ainda mais acentuado. Segundo o Webshoppers, relatório de maior credibilidade sobre o comércio eletrônico brasileiro, o Dia das Mães de 2020, por exemplo, registrou um crescimento de 68% nas vendas on-line em relação ao ano anterior. Todas as datas especiais, juntas, ampliaram as vendas pela internet em 91%. E as ações promocionais, como o Dia do Consumidor (15 de março) e o Dia do Frete Grátis, são fortes aliadas.

O Dia das Mães de 2020 registrou crescimento de 68% nas vendas on-line em relação ao ano anterior.

Nascido em 2008, nos EUA, onde é conhecido como “Free Shipping Day”, o evento vem ganhando força no Brasil ano após ano. Afinal, não há dúvidas sobre a boa receptividade do público em ter entrega livre de cobranças. Diferentemente do calendário americano, cujas ações são programadas para dezembro, aqui a estratégia é contrabalancear com a chamada “Black Friday”, que acontece em novembro. Ou seja, se temos o impulsionamento das vendas por meio das liquidações em massa depois do meio do ano, o foco, no primeiro semestre, é no quesito entrega.

Dicas importantes para as lojas virtuais

Despesas com frete, sem dúvida, são um dos fatores determinantes para que uma compra seja concluída ou não. Pesquisa feita pela Social Miner em parceria com a Opinion Box, aponta que uma taxa de frete ruim leva 55% do público a abandonar o carrinho.

Pesquisa aponta que taxa de frete ruim leva 55% do público a abandonar o carrinho virtual de compra.

Portanto, ações como o Dia do Frete Grátis tendem a ser bastante impactantes para lojas virtuais que realmente estejam dispostas a oferecer o benefício. Algumas empresas disponibilizam a promoção em todos os setores, outras, apenas em determinadas categorias de produtos. Da mesma forma, nem todas oferecem custo zero de entrega para todo o Brasil, restringindo apenas para as regiões para as quais mais vendem.

Segundo a Escola de E-commerce, “o objetivo dessas ações promocionais é gerar mais vendas, fazer com que o estoque gire, conquistar novos clientes e aumentar o faturamento”.

De acordo com o veículo, que presta consultoria de vendas on-line, as lojas devem assegurar que o cliente tenha conhecimento sobre a campanha de frete grátis. Isso significa garantir que os anúncios estejam no ar durante todo o período. “É interessante focar em mais de uma mídia, sempre pensando em onde sua persona está. Estratégias de Facebook e Instagram são mais que necessárias, se fizer sentido com seu público, claro. Além dos anúncios realizados com Google Ads e Google Shopping”, orienta.

Eleita a melhor empresa de logística para e-commerce de 2020, pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM), a Melhor Envio destaca: “Fique atento para o custo do frete não ser maior do que a margem de lucro, ou é prejuízo na certa”. Uma tática interessante, segundo a plataforma, é definir quais produtos vão fazer parte da ação promocional. “Os mais leves e com maior ticket médio são as melhores opções”, sugere.

Importante alertar os lojistas de que a prática de embutir o valor do frete no preço dos produtos pode levar a perder posições de rankeamento orgânico nos buscadores. Além, obviamente, de causar uma péssima impressão na clientela.

Totvs fecha parceria para integrar plataforma em marketplace do Magazine Luiza

Clientes poderão fazer venda direta com reduções em taxas e prazos de entrega.

A Totvs e o Magazine Luiza anunciaram na última sexta-feira, 23, uma parceria em que a empresa de tecnologia irá integrar sua plataforma ao marketplace da varejista, possibilitando aos seus clientes venda direta com reduções em taxas e prazos de entrega.

Uma das principais vantagens do acordo é que, com a integração, os vendedores poderão utilizar as lojas físicas do Magazine Luiza como uma opção de entrega ou retirada dos produtos, garantindo uma entrega mais agilizada. Além das mais de 1.300 lojas, os consumidores também poderão receber suas compras em casa, com custo de frete e prazo de entrega diferenciados.

“A pandemia acelerou muito o movimento para o ‘omnichannel’ dos consumidores e a valorização da experiência de consumo. Essa integração possibilita que nossos clientes tenham o Magalu como mais um canal de venda, proporcionando diversos benefícios como geração maior de fluxo de clientes on-line e off-line, com uma logística diferenciada e agregando valor a determinada venda,” afirma Elói Assis, diretor de Varejo e Distribuição da Totvs, em nota.

A parceria será feita na plataforma Totvs Omni by Moddo, com o processo de cadastro das mercadorias passando a ser totalmente integrado e automatizado entre os sistemas do comerciante e o marketplace da Magalu.

O serviço, que não é uma exclusividade para clientes de sistemas da Totvs, possibilita aos clientes acelerarem suas vendas, integrando dados entre os diferentes sistemas utilizados por varejistas e até mesmo distribuidores e indústrias que busquem vender direto ao consumidor.

DHL Express: crescimento robusto do comércio eletrônico e ascensão da geração do milênio, significa que as empresas de entrega devem intensificar seu jogo na era pós-COVID-19

A trajetória do comércio eletrônico continuará a crescer, à medida que a maneira como trabalhamos e vivemos continua mudando. Quais são os investimentos necessários na área de logística?

Está claro como o dia que o e-commerce foi impulsionado durante o COVID -19 pela forte demanda por dispositivos médicos, como equipamentos de proteção individual da Ásia para outras regiões, bem como um boom nas compras on-line com lojas fechadas durante as paralisações.

De acordo com um artigo publicado recentemente pela DHL Express intitulado “The Ultimate B2B E-commerce Guide: Tradition out. Digital is in”, a empresa registrou um aumento no e-commerce B2C em 2020 em aproximadamente 40%, em comparação com 2019.

O que se prevê para o futuro do setor B2C, já foi visível no aumento significativo do e-commerce do consumidor nos últimos anos, com altas taxas de crescimento durante as épocas de pico de férias (por exemplo, Páscoa, Natal) e “mega dias comerciais” (por exemplo, Black Sexta-feira, Cyber ​​Monday).

No entanto, não é apenas o e-commerce B2C que floresceu com a digitalização contínua e a mudança no comportamento de compra do consumidor. Em 2019, antes da pandemia, as vendas globais em sites de e-commerce B2B e marketplaces já haviam aumentado 18,2% para chegar a US $ 12,2 trilhões (EUR 10,26 trilhões), ultrapassando o tamanho do mercado do setor B2C.

Ken Lee, CEO da DHL Express Asia Pacific disse: “2020 assistiu a mudanças significativas na forma como trabalhamos e vivemos. Isso se traduziu em uma demanda crescente por capacidade e eficiência em logística, à medida que o mundo migra on-line e se torna mais conectado com o aumento dos fluxos de comércio.

“A DHL Express experimentou um aumento nas remessas de e-commerce na Ásia-Pacífico. E esperamos que os volumes de pico de remessas mantenham uma tendência de aumento.”

O white paper também prevê que até 2025, todas as interações de vendas B2B entre fornecedores e compradores profissionais ocorrerão em canais digitais, e o comércio B2B on-line aumentará em mais de 70% em 2027 para US $ 20,9 trilhões (EUR 17,58 trilhões), em comparação para US $ 12,2 trilhões em 2019 (EUR 10,26 trilhões).

Millennials à frente

Outros fatores a serem considerados são o impacto da pandemia COVID -19 no ritmo da digitalização e o comportamento de compra dos millennials experientes em tecnologia, que agora estão em idade de serem consumidores B2C pessoalmente e tomadores de decisões B2B profissionalmente.

A geração do milênio já responde por 73% de todas as decisões de compra profissional B2B, de acordo com o white paper.

Como nativos digitais, suas experiências em suas compras diárias se traduzem em altas expectativas na hora de fazer transações B2B, levando as empresas a investirem em soluções digitais, como a venda de plataformas, com grande potencial de crescimento.

São necessários maiores investimentos

Isso fez com que os provedores de serviços de entrega expressa observassem mais de perto a trajetória de longo prazo do setor e reforçassem sua infraestrutura para atender ao impulso antecipado.

Para atender às necessidades em constante mudança nesta região, a DHL Express está investindo cerca de 690 milhões de euros em infraestrutura nos principais mercados.

Ela também anunciou pedidos de oito novos cargueiros Boeing 777 adicionais, para atender à demanda dos clientes nos mercados de transporte expresso internacional em rápido crescimento, com as primeiras entregas das novas aeronaves programadas para 2022.

O objetivo? Para ajudar a empresa a gerenciar o crescimento futuro dos volumes de remessa e atender a uma demanda cada vez maior por entregas expressas com prazo definido.

(CTA: Descubra a página ‘Abrir uma conta’) 

Lee acredita que esses planos e investimentos garantirão que a DHL Express permaneça bem posicionada a longo prazo para manter o comércio global funcionando, à medida que o comércio eletrônico e o comércio internacional aumentam.

Ele elaborou: “Entre eles está a expansão de 377 milhões de euros do nosso hub da DHL Central Asia em Hong Kong, que permitirá ao hub lidar com seis vezes o volume de remessas atual.

Também investimos EUR 80 milhões para construir a maior instalação de distribuição em Osaka, Japão e EUR 131 milhões em uma instalação de gateway em Incheon, Coreia do Sul.

Os investimentos na Austrália incluem um novo centro de serviços em Sydney e planos para instalações novas e ampliadas em Brisbane, Melbourne e Adelaide. ”

Mas isso não é tudo.

“Já temos 23 aeronaves dedicadas servindo a região e investimos mais de 60 milhões de euros no aumento da cobertura da rede. Temos planos de introduzir mais rotas de voo e aumentar a frequência das rotas de voo existentes.

A DHL Express continuará a modernizar sua frota aérea regional e intercontinental, para manter uma rede de aviação altamente eficiente e confiável “, disse Lee.

AliExpress quer adaptar modelo chinês de e-commerce para o brasileiro

O AliExpress, empresa que pertence à chinesa Alibaba, quer acelerar o ritmo de expansão no Brasil. O marketplace é a maior plataforma de comércio on-line cross-border do mundo. Atualmente, o país está entre os cinco maiores mercados consumidores da companhia fora da China, segundo Yan Di, country manager do AliExpress no Brasil, em entrevista à Época Negócios.

Com 150 milhões de usuários ativos, espalhados por 220 países, o AliExpress quer adaptar o modelo chinês de e-commerce ao Brasil. Para isso, a empresa aumentou o número de voos fretados de mercadorias da China de modo a reduzir o prazo de entrega dos pedidos — um dos principais obstáculos para os consumidores de produtos chineses no país.

A empresa também criou uma central de atendimento ao cliente em português e vem adotando a política de devolução grátis em compras.

Para Yan Di, no cargo desde abril do ano passado, o investimento vale a pena. Afinal, 90% dos consumidores brasileiros de compras on-line conhecem a marca, segundo dados de uma pesquisa recente feita pela empresa. Além disso, com 60% dos usuários da plataforma com idades até 35 anos, a companhia usa os principais fatores que influenciam a decisão do brasileiro no momento da compra: preço e variedade.

O executivo contou que a variedade de itens do AliExpress é dez vezes superior à registrada em outros serviços de e-commerce no Brasil. “Sabemos que o brasileiro adota como fator decisivo a questão do preço e, durante a pandemia, com o desemprego, esse fator se tornou ainda mais essencial”, disse Yan Di à publicação. “O diferencial do AliExpress é que a gente consegue conectar o consumidor com a maioria dos comerciantes chineses, por isso é possível comprar produtos com preços de fábrica e com muito mais variedade do que aqui no Brasil.”

Crescimento do AliExpress no país

Só na Black Friday de 2020, o faturamento da empresa cresceu 100%, mesmo em meio à pandemia de Covid-19. Com as mudanças trazidas pelo isolamento social, a venda de produtos como câmeras de vigilância e a webcam, item obrigatório para as lives e reuniões remotas durante o home office, cresceram 38%.

No entanto, o executivo ressaltou que, apesar de ser um mercado com grande potencial, o Brasil ainda tem obstáculos a vencer para crescer no comércio eletrônico, cujo volume é 30 vezes menor que a China — país com população sete vezes maior do que a nossa. “Olhando a realidade brasileira, ainda vemos uma infraestrutura física precária, principalmente em rodovias, ferrovias e outras modalidades para a entrega de mercadorias”, disse na entrevista.

Ainda de acordo com a entrevista, Yan Di diz acreditar que o Brasil precisa se adaptar para acompanhar as evoluções no mundo do e-commerce pós-pandemia. Entre elas, ele destaca a tendência de experiências de compra mais otimizadas e personalizadas de acordo com as necessidades de cada consumidor.

Para ele, novas modalidades de vendas on-line, como o live commerce, também devem ganhar impulso com a chegada do 5G. “O AliExpress está investindo no mercado brasileiro e isso mostra a vontade do Alibaba em estudar as demandas locais e adaptar os negócios para ajudar a acelerar o ritmo de crescimento nacional”, concluiu o executivo.

Entenda o fosso digital aberto no varejo pela aceleração do e-commerce

O comércio eletrônico precisa ser inclusivo também para comerciantes menores e consumidores de todas as rendas.

Há alguns meses, anos de mudança aconteceram em semanas. Por conta da pandemia, diferentes faixas econômicas e de idade agora vivem diante de imperativos em comum. Um deles é o consumo on-line.

O e-commerce é uma das grandes promessas do silencioso milagre do desenvolvimento humano. Uma invenção de futuro que chegou ao presente quase sem avisar. Suas tecnologias agora dão corpo a complexos modelos de negócios em rede.

No Brasil, de acordo com o indicador de vendas no varejo SpendingPulse, da Mastercard, divulgado em fevereiro, o e‑commerce apresentou um crescimento de 75% em 2020. Foi preciso investimento, agilidade e sobretudo coragem para possibilitar serviços cada vez mais rápidos, baratos e sustentáveis.

No entanto, uma espécie de fosso digital pode ter se aberto no varejo. Este é um ponto de perguntas ainda sem respostas ou de respostas incompletas. Como o comércio eletrônico pode ser inclusivo a comerciantes menores em desvantagens profissionais e se fortalecer com eles? Sabendo algumas das regras do jogo, como o e‑commerce brasileiro vai superar as diferenças continentais e econômicas de seu território e suprir a demanda de seus mais diversos consumidores?

e‑commerce: uma invenção de futuro

Para 2021, a tendência é de mais investimentos em logística, mais rigor na entrega e mais tecnologia.

“Lançamos esta frente para fomentar micro e pequenos empresários que tiveram de fechar as portas de suas lojas na pandemia.” Leandro Soares, diretor-executivo de marketplace do Magalu

Horizontes

As pessoas querem e continuarão a comprar pela internet. Consultorias de mercado como a Statista reforçam essa impressão, prevendo que, enquanto a média global de crescimento do e‑commerce deve ser de 8,1% até 2024, o avanço das vendas no varejo on-line brasileiro deva ficar em 9,1% ao ano durante o período. Conforme mostra a tabela ao lado, a previsão para o avanço do e‑commerce brasileiro é mais otimista que em países como a China (8,6%) e os Estados Unidos (6,2%).

Investigar a jornada de compra de e‑commerces maiores e menores do Brasil pode revelar modelos gerais de comportamentos dos clientes, bem como entraves e desafios em comum aos players do ramo. Dentre design das ofertas, processos para entrega e formas de pagamento e benefícios, as parcerias com os sellers aparecem como pontos focais no desenvolvimento do e‑commerce em 2021. “A facilitação dos nossos sellers passa pela implementação de um processo de onboarding mais rápido. Tal processo inclui uma plataforma mais avançada para os integradores de lojas on-line a marketplaces, ferramentas promocionais e um sistema de logística próprio que ajuda no custo competitivo e no nível de serviços”, explica Josiane Terra, diretora de E‑commerce da Via Varejo, que conta com cerca de 8 mil sellers e 85 milhões de clientes.

Já donas de marketplaces de nicho, como a C&A Brasil no ramo de moda, partem para uma escolha de sellers baseada em ofertas que complementem seus produtos. Fernando Guglielmetti, head de E‑commerce da C&A, comenta que, hoje, as prioridades do marketplace são trazer marcas de parceiros que são referência em joias e brinquedos, por exemplo. “Sim, brinquedos. Temos roupas infantis e para elas oferecemos brinquedos – da mesma forma que para nossa marca de esportes, a Ace, ofertamos acessórios esportivos.” Nesta toada, a C&A passou a oferecer produtos para casa em seu marketplace, em parcerias com a Etna e a Casa MinD.

Campanha “Parceiro Magalu” visa inclusão no comércio digital

A escalação também é rigorosa em marketplaces de alimentos. Atualmente, com mais de cem vendedores e uma variedade de mais de 30 mil produtos, o marketplace do Grupo Pão de Açúcar (GPA) coloca uma série de critérios a parceiros. Rodrigo Pimentel, diretor de E‑commerce Alimentar do Grupo, explica que sellers precisam ter CNPJ ativo e sem restrições, emitir nota fiscal, possuir a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) de varejista, capital social igual ou superior a R$ 1 mil, ter inscrição no Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços (Sintegra), ter conta-corrente vinculada ao CNPJ de cadastro e reputação no mercado, com bons índices de EBIT. “Isso garante aos nossos consumidores a certeza de que os produtos encontrados nas plataformas digitais do GPA são de qualidade e estão alinhados com as nossas políticas de negócio”, reforça Pimentel. Para 2021, o Grupo visa aumentar a quantidade de seller em dez vezes, com sortimento nas categorias de beleza, auto, móveis e pet.

Previsão de taxa de crescimento anual de vendas no varejo e‑commerce 2020–2024

Fonte: Statista

Já os marketplaces de produtos duráveis mostram uma crescente atenção com a profissionalização dos vendedores parceiros. Com o propósito de democratizar o comércio, o Mercado Livre, maior marketplace da América Latina, oferece diferentes soluções para crédito aos sellers, tendo em vista o suporte da profissionalização de muitos deles. “Existe uma prática interna para vários tipos de cadastros, acompanhamento de volumes, acompanhamento de crescimento, entre outros fatores”, revela a diretora de Marketplace da marca, Roberta Donato.

O marketplace do Magalu também tem exemplo de esforços no sentido da inclusão. Sua campanha “Parceiro Magalu”, lançada durante a pandemia, visa nada menos que digitalizar o varejo brasileiro. “Lançamos esta frente para fomentar micro e pequenos empresários que tiveram de fechar as portas de suas lojas na pandemia”, relembra o diretor-executivo de Marketplace da marca, Leandro Soares. Na estimativa da empresa, hoje há cerca de 100 mil CNPJs vendendo ativamente no varejo on-line, enquanto o Brasil totaliza quase 6 milhões de CNPJs varejistas com vendas apenas em lojas físicas.

O Magalu oferece também linhas de crédito para capital de giro e opção de antecipar recebíveis. Segundo o executivo, o marketplace da marca dá aos parceiros a opção de receberem pelas compras à vista ou de acordo com o crédito das parcelas das compras.

Jornada do cliente. À espera de sua volta.

   Em um negócio focado na experiência do cliente, todas as estradas levam ao mesmo fim. Multicanalidade, entrelaçamento entre virtual e físico, foco no marketing e capacidade de se adaptar às exigências são apenas pontos de partida diferentes de uma mesma questão. Os grandes marketplaces do Brasil têm notado isso, com os executivos das áreas de e‑commerce ainda mais ligados na omnicanalidade, em voga desde a pandemia. É na comunicação de preferência do consumidor que o e‑commerce entende os fatores mais relevantes na jornada dos compradores, o grau de importância da presença física para eles e como manter a satisfação.

A ominicanalidade ganhou crescente importância no e‑commerce desde a pandemia porque a jornada de compra do cliente não tem mais um padrão de ponto de partida. “Ele pode entrar em uma de nossas lojas físicas e comprar on-line com o auxílio do vendedor para receber em sua casa. Ao mesmo tempo, um cliente pode entrar diretamente em nossos apps, comprar e optar por fazer a retirada do seu pedido em uma loja física ou receber em sua residência”, esclarece a diretora da Via Varejo, Josiane Terra.

A busca dos marketplaces de se conectarem ao consumidor em todos os pontos de contato, interligando lojas físicas, passa por um processo de digitalização e preparação dos colaboradores. O WhatsApp tem-se mostrado um benchmark a diversos players do e‑commerce brasileiro desde a pandemia. Além da Via Varejo, a C&A também notou o poder do app como complemento certeiro a seus canais próprios. Atualmente, a marca tem 300 colaboradores vendendo pelo Whats, mas já chegou a ter mais de 600 durante a pandemia. “Hoje, ele é um canal de relacionamento e uma maneira de vender para quem não quer comprar ou vender pelo site ou pela loja. É mais conversacional. A gente o usa de três maneiras: o cliente entra no site e a gente oferece essa ajuda; ou o cliente já está na nossa base; ou o usamos para enviar o link de pagamento direto”, revela o head de E‑commerce da C&A Brasil.

Outro canal de vendas adjacente aos canais próprios da C&A, que tem surtido efeito desde o início da pandemia, são as “vendas sociais” promovidas pelas consultoras de moda comissionadas que revendem nas redes sociais, conta o executivo. “Esse canal só existia na prancheta e, com a pandemia, foi uma nova forma de chegar ao cliente, já que a maneira de acessar o comprador foi totalmente reinventada”, diz Guglielmetti.

Centro de distribuição do Mercado Livre em Cajamar — SP
“O controle no atendimento também passa por saber a quem ele é feito.” Thais Suzuki, head de experiência do consumidor do iFood

O design da navegação e a abordagem pelos canais no e‑commerce têm sido definidos a partir das estratégias de marketing. Com o aumento do tempo de tela, marketplaces e varejistas passaram a dar mais ênfase ao comportamento dos perfis segmentados desde a pandemia, com abordagens diferenciadas para experiências de compra diferenciadas. “A jornada dele começa tipicamente no gatilho do CRM. Vamos montando réguas customizadas a partir do perfil de cada um. Olhamos onde ele abre os touch points e elegemos qual usar na comunicação “, conta Ari Gorenstein, CEO do marketplace de vinhos Evino.

A qualidade no atendimento também tem mudado a cara do e‑commerce com o surgimento da pandemia. Como reflexo do forte crescimento de seu volume de pedidos, empresas entenderam que deveriam desenvolver ferramentas de autosserviço se quisessem retomar ou manter o controle nos chamados. A head de Experiência do Consumidor do iFood conta que o app conseguiu diminuir consideravelmente as fricções após criar um chat para os clientes. “O controle no atendimento também passa por saber a quem ele é feito”, comenta Thais Suzuki.

A complexa jornada do produto

   A logística é reconhecidamente um dos gargalos a qualquer serviço que dependa do transporte em distâncias mais longas no Brasil. As proporções continentais do País tornam-se ainda maiores com a disponibilidade de estradas precárias e estrutura limitada em modais, vias fluviais e ferroviárias. O boom do e‑commerce brasileiro teve tudo para encontrar buracos em seus caminhos. E pode ser que tenha encontrado, mas a preparação de certas empresas com planejamentos de investimentos em tecnologia e infraestrutura, antes da pandemia, foi fundamental para passar pela turbulência. Por isso, para 2021, a tendência é de mais investimentos em logística, mais rigor na entrega e mais tecnologia.

Desde o ano passado, camadas de tecnologia e uso de inteligência artificial vão sendo agregadas à logística do e‑commerce. Com uma melhor gestão e análise baseada em dados, as empresas conseguem tomar melhores decisões de direcionamento dos produtos a locais mais próximos dos clientes, otimizando custos de operações. Assim, o conceito de dark store, no qual marketplaces despacham produtos a partir da loja mais próxima ao cliente, e a implementação de etiquetas RFID devem se acomodar como processos logísticos e selar um sistema de agilidade e eficiência.

“O que nós queremos é oferecer ao cliente uma promessa de entrega confiável.” Ricardo Garrido, diretor de marketplace da amazon no Brasil

O ship from store tornou-se uma normalidade no e‑commerce, com varejistas como Via Varejo, Pão de Açúcar e C&A aproveitando a capilaridade de seus mini-hubs. Com 290 lojas espalhadas pelo País, a C&A, por exemplo, entregou via ship from store metade de seus pedidos durante os meses mais graves da pandemia no ano passado, e hoje utiliza o recurso em torno de 30% deles. Além de aproveitar o estoque ao passo que reduz distâncias, a empresa consegue atender consumidores que estão mais afastados dos centros com igual rapidez. “Este conceito de dark store foi difícil no começo porque as lojas não estavam habituadas. Tivemos treinamento para mais de 12 mil funcionários, além de ter que encontrar transportador para fazer as coletas”, relembra o head de E‑commerce da C&A Brasil.

Fernando Guglielmetti conta que outros investimentos feitos pela marca ao longo da pandemia foram o Order Management System (OMS), para orquestrar pedidos phygital de “clique e retire” e o Warehouse Management System (WMS), um software de estoques que se interconecta ao OMS. “Entram agora diversos elementos tecnológicos no processo, como as etiquetas eletrônicas RFID, que são acessadas por ondas eletromagnéticas. Por meio delas, é possível identificar e contabilizar as peças e roupas com muito mais precisão em comparação ao processo manual”, revela o executivo. Com a tecnologia, a C&A conseguirá contabilizar, em média, 250 peças por minuto e, ainda, obter dimensão precisa de todo o estoque.

Já nos marketplaces de refeições, a guinada tecnológica na busca do tempo zero de entrega demanda inteligência tanto humana quanto artificial. O desafio operacional de lidar com os picos dos horários da fome exige que algoritmos, engenheiros e entregadores equilibrem o balanço entre pedidos, entregadores disponíveis no momento e a dispersão geográfica pelas cidades.

No iFood, mais de mil engenheiros pensam dia e noite como aprimorar o funcionamento das entregas, o que tem colaborado para que o app tenha hoje o melhor NPS do mercado. Por meio de cálculos algorítmicos, a empresa conseguiu elevar seu o SLA (acordo de nível de serviço) de entregas de 80% para 95%, ao passo que, em conjunto com novos formatos de parcerias, conseguiu reduzir em 12% a distância percorrida pelos entregadores com otimizações das rotas.

A promessa de entrega dentro do tempo estabelecido é sagrada no e‑commerce, tendo em vista que é a chance de conquistar a fidelidade do cliente. “O que nós queremos é oferecer ao cliente uma promessa de entrega confiável. Nossos esforços são para que, quando dissermos que o produto será entregue em um determinado período, o cliente possa ter plena confiança de que aquela promessa será cumprida”, reforça Ricardo Garrido, diretor de Marketplace da Amazon no Brasil.

A jornada de compra do cliente não tem
mais um padrão de ponto de partida

Pagamentos e fidelidade

   A logística é reconhecidamente um dos gargalos a qualquer serviço que dependa do transporte em distâncias mais longas no Brasil. As proporções continentais do País tornam-se ainda maiores com a disponibilidade de estradas precárias e estrutura limitada em modais, vias fluviais e ferroviárias. O boom do e‑commerce brasileiro teve tudo para encontrar buracos em seus caminhos. E pode ser que tenha encontrado, mas a preparação de certas empresas com planejamentos de investimentos em tecnologia e infraestrutura, antes da pandemia, foi fundamental para passar pela turbulência. Por isso, para 2021, a tendência é de mais investimentos em logística, mais rigor na entrega e mais tecnologia.

Desde o ano passado, camadas de tecnologia e uso de inteligência artificial vão sendo agregadas à logística do e‑commerce. Com uma melhor gestão e análise baseada em dados, as empresas conseguem tomar melhores decisões de direcionamento dos produtos a locais mais próximos dos clientes, otimizando custos de operações. Assim, o conceito de dark store, no qual marketplaces despacham produtos a partir da loja mais próxima ao cliente, e a implementação de etiquetas RFID devem se acomodar como processos logísticos e selar um sistema de agilidade e eficiência.A mudança de compras físicas para o digital naturalmente levou ao aumento de compras com cartão. Diante da oportunidade – e necessidade – de se ajustarem às rotinas e aos desejos dos consumidores, varejistas do e‑commerce tiveram a chance de evoluir suas opções de pagamento e turbinar programas de fidelidade. No período de pandemia, o universo de pagamentos passou por muitas transformações também por conta da chegada de clientes que nunca tinham comprado antes no e‑commerce. E mais: as mudanças acontecem em um momento no qual o sistema financeiro do País passa por reformas estruturais, o Open Banking, na expectativa de facilitação, inclusão e educação financeira com contas digitais gratuitas.

Nesse cenário, a estratégia do GPA tem sido o incentivo ao uso de seus cartões próprios. Àqueles que usam os cartões exclusivos das marcas Extra e Pão de Açúcar, o Grupo oferece pacotes de benefícios como até 40 dias para o pagamento da fatura, descontos em produtos da marca dos mercados e descontos em drogarias da rede. Aos consumidores do Pão de Açúcar, o GPA oferece, ainda, descontos em produtos. Rodrigo Pimentel, diretor de E‑commerce do Grupo, confia que vantagens como essas, atreladas à mudança no perfil do consumidor, garantem a fidelização do cliente.

Já marketplaces de bens duráveis se veem diante de uma grande transformação. Ao proporcionar contas digitais gratuitas e se adequar aos produtos e serviços financeiros dos clientes, eles colaboram para a expansão da atividade econômica do País.

A diretora de E‑commerce da Via Varejo conta que, com a pandemia, a chegada do cliente que fez sua primeira compra on-line se deu juntamente com a abertura de incentivos do governo, como o cartão Virtual da Caixa. A ocasião fez com que a empresa focasse os cartões de débitos, que antes tinham pouca aderência pelos consumidores. “Investimos, então, em não apenas aceitar o cartão Virtual Caixa, mas em conceder a experiência do 3DS 2.0 (protocolo de autenticação do e‑commerce) para os clientes e com baixo risco de fraude, uma vez que essa experiência possui mecanismos de autenticação tanto transparente para o cliente quanto desafiador para os casos de maior risco”, explica Josiane Terra, ao reforçar que o Grupo foi o primeiro varejista a lançar tal experiência.

Outro serviço do Grupo que chama a atenção é o banQi, no qual clientes podem ter uma conta digital, serviços financeiros e soluções de meios de pagamento. Com a solução, a Via Varejo se alinha à Agenda+ do Banco Central e se prepara para seguir as pautas inerentes ao Open Banking, como o estímulo do uso do Pix, por exemplo. Terra ressalta o foco do Grupo na promoção da diversidade, democratização e criação de novas oportunidades para consumidores de diferentes realidades.

“A facilitação dos nossos sellers passa pela implementação de um processo de onboarding mais rápido.” Josiane Terra, diretora de e‑commerce da Via Varejo

Uma certeza palpável

O varejo on-line tem-se organizado e sublimado as movimentações não vingadas nas lojas físicas no mundo todo. No Brasil, ao passo que mais de 75 mil lojas fecharam em 2020, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o e‑commerce nacional avançou quase 70% em vendas no mesmo ano muito por conta das 150 mil lojas que venderam no comércio eletrônico, conforme a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Como consequência, a participação do e‑commerce no faturamento total do varejo passou de 5% no fim de 2019 para mais de 10% em alguns meses do ano passado.

Para 2021, a consolidação da experiência do consumidor no centro dos modelos de negócios se cristaliza ainda mais com os novos papéis e a importância das experiências digitais. O consumidor espera experiências digitais intuitivas e fáceis de usar em canais e dispositivos à sua escolha. Varejistas que conseguem atender a tais expectativas verão melhor retornos. Para se equilibrar entre o digital e o físico – talvez esta seja a única certeza palpável nestes tempos de incerteza –, sustentabilidade das parcerias e tecnologia para logística e entendimento do cliente são pontos-chave que os varejistas devem considerar no comércio on-line em 2021.

Manlog completa 10 anos e reforça ações tecnológicas e sustentáveis

Neste mês de abril, a Manlog Transporte completa 10 anos de atuação. Na análise deste período, destacam-se, além da atuação tecnológica, o desdobramento dos negócios da companhia, que já conta com três negócios/serviços que se completam entre si para oferecer alternativas sustentáveis e inteligentes no setor de transportes e logística.

Faturamento 
Em 2020, a Manlog anunciou um faturamento na casa dos R$ 90 milhões.
Para este ano, a expectativa da empresa é de dobrar este valor.

Investimentos
Para suporte, e resultado, desse crescimento, a transportadora cresce, exponencialmente, em soluções tecnológicas e sustentáveis.
Atualmente, toda sua frota de veículos é monitorada em tempo real por câmeras, sensores, bafômetros, filtros de redução de gases poluentes, rastreadores, telemetria e torre de controle.
Quanto aos veículos elétricos, tema perseguido pelas empresas atualmente, a Manlog já contabiliza 15 caminhões 100% elétricos, sendo três destes na categoria frigorificado. Parte da frota de elétricos é composta por veículos menores que que buscam e levam os colaboradores para casa. Esse investimento, de acordo com a empresa, é pautado na busca por mais qualidade de vida da equipe, o que soma-se aos esforços para alcançar a meta da empresa de zerar suas emissões de CO2 até 2030. Para isso, também há ações de reflorestamento e consumo de combustíveis alternativos.

Quanto aos novos negócios, todos nascidos internamente diante a demandas e conhecimento adquirido, estão:

  • Manlog Loc, startup de locação de veículos logísticos e de passeio;
  • Manlog In, um centro logístico de distribuição e armazenamento de cargas;
  • Manlog In Box, a mais nova solução em despacho de pequenas cargas e encomendas com a promessa de entrega rápida.

Segundo o diretor da Manlog, Thiago Suzin, o combo ‘equipe, tecnologia e qualidade’ contribuíram com o histórico de inovação.

“A Amppli Tecnologia, nossa parceira, nos trouxe mais segurança com a implantação das inteligências artificiais. Hoje temos certeza de que nossos motoristas e cargas estão em boas mãos. Além disso, temos um time alinhado e engajado no desenvolvimento de novos projetos. Elevamos a régua de qualidade, e vamos sempre oferecer acima dela.”