Com aporte bilionário, Loggi prevê fazer entregas para todas as cidades do país

Unicórnio brasileiro quer seguir o caminho dos Correios — com a diferença que busca ter lucro nas entregas para cidades mais distantes.

A Loggi tem uma meta ambiciosa para os mais de R$ 1 bilhão que embolsou na sua captação mais recente. A companhia de entrega quer atender todos os municípios brasileiros, algo que só os Correios conseguiram fazer. A diferença é que a startup, que vale mais de US$ 1 bilhão e é chamada de “unicórnio”, acredita ser possível lucrar até mesmo em entregas para os lugares mais longínquos.

Para isso, pretende adotar o modelo de marketplace de entregas — sim, você vai ler a palavra marketplace até na área de logística. O modelo é simples: a Loggi criou o Loggi Leve, que associa uma série de empresas de logística, e a ideia é fazer parcerias com pequenos distribuidores em cidades distantes e treiná-los para serem mais eficientes.

Na prática, uma pessoa que tenha um espaço que pode servir de base — um pequeno armazém, por exemplo — poderá baixar o aplicativo da Loggi e se cadastrar. Depois de uma análise prévia, ela será responsável pela entrega da mercadoria para o consumidor, a chamada última milha.

A expectativa é que a captação de R$ 1,15 bilhão acelere os planos da empresa que, no ano passado, cresceu 360% — obviamente, com a ajuda das quarentenas causadas pela pandemia. A empresa pretende abrir sete centros logísticos em 2021 nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste.

Dá para crescer mais?

O mercado brasileiro tem uma demanda reprimida no interior, segundo o executivo. Ele compara o momento atual do Brasil com o da China anos atrás.

De acordo com Lecuyer, há cinco anos as empresas chinesas focavam apenas nas 50 maiores cidades do país, o que já representava centenas de milhões de habitantes. Mas então se voltaram para os municípios menores, e o consumo também explodiu por lá.

“Se a pessoa mora no interior do Brasil, evita comprar [na internet] por causa do tempo de entrega”, diz ele.

Por isso, metade dos R$ 1,15 bilhão recebidos na captação vai ser investida para aumentar a base, automação e capacidade das cidades brasileiras. “É uma questão de planejamento para ter escala”, afirma.

É até por isso que a Loggi não está preocupada com o avanço das grandes varejistas na área logística. Mercado Livre, Magazine Luiza, B2W e Via Varejo são exemplos de companhias que querem ir além do varejo — e a logística é mais do que fundamental para elas.

“Queremos oferecer para os pequenos e médios [varejistas] os mesmos serviços das grandes, com a possibilidade de entrega em dois dias. E o nosso diferencial é que vamos sempre focar em logística”, diz Lecuyer.

Pressão dos entregadores

Ao mesmo tempo que a empresa diz ter a receita da lucratividade, também vem sofrendo com a pressão dos entregadores. Na última sexta-feira (19), centenas entregadores de aplicativos, como Uber, iFood, Rappi e Loggi, fizaram uma paralisação. O motivo? Eles querem taxas de entrega mais justas, nas palavras deles.

Em nota enviada ao CNN Brasil Business, as companhias se posicionaram por meio da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia e afirmaram que “implementaram, desde o início da pandemia, diversas ações de apoio aos entregadores parceiros, tais como a distribuição gratuita ou reembolso pela compra de materiais de higiene e limpeza, como máscara, álcool em gel e desinfetante, e a criação de fundos para o pagamento de auxílio financeiro para parceiros diagnosticados com Covid-19 ou em grupos de risco”.

“Além disso, os entregadores parceiros cadastrados nas plataformas estão cobertos por seguro contra acidentes pessoais durante as entregas”, diz o comunicado.

Isso, no entanto, não é o suficiente no Reino Unido. Lá, a Uber foi obrigada a pagar direitos básicos aos motoristas parceiros da empresa. Agora, cerca de 70 mil usuários vão receber salário e férias.

Sequoia compra a Frenet e prevê investir até R$ 150 milhões em logtechs

A empresa de logística está estendendo o seu conhecido apetite por aquisições às startups do setor.  A primeira delas é a plataforma Frenet. O fundador e CEO da Sequoia, Armando Marchesan, fala com exclusividade ao NeoFeed sobre essa estratégia.

Quando fez seu IPO na B3, no início de outubro de 2020, a Sequoia deixou bem claro que uma boa parcela dos R$ 348,1 milhões captados reforçaria o histórico de sete aquisições escrito pela companhia de serviços de logística B2C e B2B em seus mais de dez anos de história.

Depois de adquirir, em dezembro passado, a Prime, de transporte e logística de produtos grandes, a Sequoia acaba de anunciar a aquisição da Frenet, empresa brasileira dona de uma plataforma de softwares de transporte para o mercado B2C.

Além de inaugurar sua temporada de compras em 2021, o acordo abre uma nova via na estratégia inorgânica da Sequoia. Antes centrada apenas em ativos tradicionais, agora, a companhia começa a olhar também para as logtechs, as startups do setor orientadas por tecnologia.

“Vamos explorar as oportunidades desse ecossistema e a compra da Frenet é só o primeiro movimento”, diz Armando Marchesan, fundador e CEO da Sequoia, em entrevista exclusiva ao NeoFeed. “Temos entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões só para investir em logtechs neste ano.”

Marchesan não revela o valor desembolsado na compra da Frenet. Mas o empresário não hesita em destacar quais foram os fatores que levaram a Sequoia a assinar o cheque para incorporar a startup, cujos sócios seguem na operação.

“A Frenet nos dá acesso aos micro, pequenos e médios sellers, um share que hoje está, predominantemente, na mão dos Correios”, diz. “E com uma solução digital, de fácil conexão com esse mundo.”

Acostumada a atuar exclusivamente no espaço das grandes companhias, a Sequoia estima um mercado potencial de 1 milhão de micro, pequenos e médios CNPjs dedicados ao varejo e ao e-commerce. Hoje, esse perfil de empresa representa apenas 1% da receita da companhia.

Fundada em 2015, em Birigui, cidade do interior de São Paulo, a Frenet desenvolveu uma plataforma que, entre outros recursos, conecta esse perfil de cliente a mais de 300 transportadoras e a operadores como os Correios, além de mais de 80 plataformas de e-commerce e ERPs. Ao fazer essa intermediação e com a escala obtida, a startup oferece esses serviços a preços mais acessíveis.

“A plataforma descomplica todo esse processo, com um mar de opções de logística que, sozinho, esse empresário não teria acesso”, explica Christian Horst Alves Reis, CTO da Sequoia. “Hoje, cerca de 30% a 40% das receitas de logística do setor de e-commerce vêm desse segmento de companhias.”

A Frenet tem uma base de 14 mil sellers ativos. Em 2020, a empresa registrou 736 milhões de cotações de frete em sua plataforma. No ano, o faturamento da startup cresceu 82%, para R$ 4,3 milhões.

O plano é plugar a solução da startup na SFx, plataforma lançada em novembro de 2020 pela Sequoia. A ferramenta fornece serviços de coleta de produtos diretamente das lojas de varejistas. Os itens entram na malha logística da Sequoia, que realiza, então, as entregas das encomendas em todo o País.

“Nós já temos uma base de mais de 600 lojas conectadas, em mais de 120 cidades”, conta Reis, sobre a evolução da plataforma que, em 2020, realizou 136 mil entregas.

Com 11 centros de distribuição e cada vez mais focada nas encomendas do e-commerce, a Sequoia tem seis hubs, 228 bases operacionais e uma frota de mais de 4,4 mil veículos dedicada aos serviços B2C. A empresa está presente em mais de 3,3 mil cidades e tem um quadro de cerca de seis mil funcionários.

O portfólio inclui ainda serviços de transporte B2B, com uma estrutura também dedicada, responsável pelas entregas em lojas, shoppings, franquias e no varejo em geral. A oferta de serviços de fulfillment complementa esse pacote.

Com esses três modelos de atuação, a Sequoia fechou o ano passado com uma receita líquida de R$ 998,1 milhões, alta de 89% sobre 2019. Na mesma base de comparação, o lucro líquido ajustado cresceu 182%, para R$ 42,7 milhões.

Produtos financeiros

A Sequoia enxerga a possibilidade de desenvolver mais fontes de receita a partir da escala conquistada em suas operações. Hoje, por exemplo, a empresa movimenta perto de R$ 1,2 bilhão nos fretes pagos às transportadoras e motoristas terceirizados que realizam esses serviços em sua operação.

Nesse contexto, um dos próximos movimentos é a estruturação de um portfólio de produtos e serviços financeiros, como antecipação de recebíveis, para os motoristas, e, agora, com a Frenet, a oferta de crédito para os micro, pequenos e médios empresários.

A empresa já tem um projeto-piloto em andamento desde janeiro, com dois parceiros, e o plano é colocar essa oferta oficialmente no mercado ainda nesse semestre. “Ainda temos uma boa parte dos recursos do IPO e uma parcela do crédito nessas soluções virá da própria empresa”, diz Marchesan.

À parte desses testes, a empresa segue ativa mapeando novas logtechs para engrossar sua lista de aquisições. Essa estratégia envolve duas premissas. A primeira, são ferramentas voltadas às entregas no mesmo dia. E a segunda, os sistemas para reforçar o portfólio de gestão de cargas completas, dado que a empresa tem mais atuação hoje nas tecnologias relacionadas a cargas fracionadas.

As aquisições de maior fôlego, de ativos tradicionais, seguem no cardápio. “Esse mercado ainda é extremamente fragmentado, com os 30 principais players respondendo por apenas 11% das receitas”, diz Marchesan. “Estamos avaliando mais 10 empresas e perto de fechar um acordo até a próxima semana”, acrescenta, sem revelar detalhes sobre a tal negociação.

A Sequoia fechou o ano passado com uma receita líquida de R$ 998,1 milhões, alta de 89% sobre 2019

Marchesan fala ainda sobre outra movimentação no mercado, já em andamento e cada vez mais fortalecida: os crescentes investimentos de grandes varejistas e marketplaces, como Magazine Luiza, Via Varejo e Mercado Livre, na oferta de serviços de logística a partir de suas próprias malhas. Ele não enxerga, porém, riscos nesse contexto.

“Desde o início, focamos nas entregas mais complexas, seja do ponto de vista de tamanho, perfil ou região”, afirma, ressaltando que esse modelo é complementar ao que esses varejistas estão ofertando. “Tanto que estamos no contra-fluxo, 70% do nosso volume é no interior do País.”

Enquanto segue ganhando espaço ao priorizar destinos nos quais boa parte da concorrência não chega, a Sequoia colhe bons frutos em um outro percurso. Avaliada em R$ 3,57 bilhões, a empresa acumula uma valorização em suas ações de mais de 123% desde o IPO. Em 2021, a alta é de 21,85%.

“Nós tínhamos um desafio, porque éramos uma empresa pouco conhecida e que atuava mais nos bastidores”, diz Marchesan. “Mas era importante acelerar esse acesso ao capital. E ser a primeira companhia de logística e tecnologia voltada para o e-commerce na bolsa nos dá possibilidade de liderar essa onda.”

A (r)evolução digital da logística durante a pandemia

O crescimento exponencial do comércio eletrônico foi um dos principais desafios para o setor de logística em 2020. As operadoras precisaram repensar seus processos e adotar tecnologias modernas e robustas, com melhor performance e qualidade de informações com o objetivo de entregar uma experiência ímpar aos clientes.

As áreas de TI, principalmente das empresas de logística, tiveram que se reinventar e fazer tudo em tempo recorde. Vimos em nosso setor a expansão de centros de distribuição e novíssimas estruturas de logística inaugurados mesmo em meio à pandemia. Na FedEx, por exemplo, abrimos no Brasil sete centros logísticos em sete meses, entre eles o maior da empresa na América Latina, em Cajamar (SP), com tecnologia de ponta.

Ainda não somos capazes de prever como será 2021 para a economia mundial, mas já sabemos que os avanços logísticos continuarão a todo vapor para atender as novas necessidades do mercado, principalmente oriundas do e-commerce. A seguir, listarei algumas mudanças e tendências em tecnologia que acredito continuarem no pós pandemia.

Robôs – Será cada vez mais intenso o uso de bots inteligentes para executar atividades repetitivas. Isso reduz a probabilidade de erros e aumenta a segurança e a produtividade, oferecendo oportunidades para pessoas realizarem atividades que necessitam mais estratégia.

As RPAs (Robotic Process Automation) também melhoram a performance durante os atendimentos. Pesquisas mostram que adicionando um software RPA podemos observar uma redução de 50% em algumas áreas de serviços ao consumidor. Em uma realidade onde empresas de varejo on-line precisam de todo suporte de suas empresas de logística, ter um apoio rápido e fácil é de suma importância.

Cloud – A computação em nuvem tem crescido no mundo. Um estudo publicado pela BSA sobre o desempenho global da computação em nuvem mostrou que o Brasil pulou da 22ª posição, em 2016, para a 18ª, em 2018, em um ranking de 24 países que lideram o mercado de Tecnologia da Informação mundial.

Utilizar estruturas em nuvem permitem que as empresas modernizem suas plataformas e sistemas, e reduzam custos com manutenção de TI. Além disso, essa é uma tecnologia altamente confiável, pois tem altíssima disponibilidade e conectividade.

Um dos benefícios dessa tecnologia é sua escalabilidade. Data Centers em nuvem conseguem aumentar ou diminuir sua capacidade e performance, de acordo com a infraestrutura de TI ou de sistemas já existentes.

Outro ponto positivo é a sua capacidade de atualização automática. Ao contrário das estruturas físicas, que necessitam de um tempo maior e talvez envolvam diversas áreas da empresa, estruturas em cloud podem se adequar às mudanças no sistema, sem a necessidade de intervenção humana.

Segurança da informação – Plataformas em cloud estão diretamente ligadas com a questão da segurança de dados. De acordo com levantamento realizado pela Apura Cybersecurity, o número de ameaças cibernéticas aumentou 394% em 2020 em relação ao ano passado. Em tempos de home office, no qual computadores em diferentes localidades e redes de internet acessam os dados da empresa, é muito importante que sejam implementados dispositivos que assegurem a veracidade do acesso como, por exemplo, a utilização de duas chaves de verificação. As empresas devem investir em sistemas eficientes que minimizem falhas e permitam soluções rápidas para evitar que dados sigilosos vazem ou se percam.

Rastreamento inteligente – A utilização cada vez mais frequente de ferramentas que realizam rastreamento inteligente tem crescido no mercado e essa tendência deve continuar. Com informações mais precisas, esses softwares permitem que os clientes e a operadora logística saibam exatamente onde o veículo e o pacote estão graças a tecnologia de geolocalização embarcada no sistema operacional e também podem planejar a melhor rota para a entrega. Os rastreadores inteligentes também facilitam o melhor planejamento de rotas, melhorando a experiência de última milha.

Ferramentas de rastreamento também aumentam a segurança do transporte de cargas, uma questão que o setor está sempre trabalhando para melhorar. Para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a implantação dessa tecnologia, somada às ações da polícia, contribuem para a queda dos índices de roubo.

Outra característica importante é a facilidade de comunicação entre cliente e entregador, que pode ser avisado com antecedência caso o endereço final esteja indisponível, por exemplo. Isso evita que o cliente perca a tentativa de entrega e aumenta a produtividade do courier, que pode seguir imediatamente para outra entrega.

O ano de 2020 provou que a tecnologia é fator essencial para o sucesso da indústria de logística. Foi preciso agir com muita rapidez e ter experiência em montar times multidisciplinares em momentos de crise para minimizar o impacto econômico e garantir a competitividade. Se o ano passado foi o período de mudanças, 2021 será o ano da consolidação para quem quiser continuar relevante.

Thiago Birocchi, diretor de TI da FedEx Express.

Startup Kangu Expande Logística para E-commerce

A Kangu, plataforma de logística, passou de 1.400 pontos de coleta em março de 2020 para 4.000 neste mês, crescimento de mais de 280%.

A startup também registrou alta no número de entregas realizadas. Em janeiro de 2020, foram 100 mil entregas e, durante o mês de dezembro, o número foi 70 vezes maior, com mais de 7 milhões de pacotes. A plataforma conecta uma rede colaborativa de vendedores, transportadoras e locais de coleta, que são pequenos comércios de bairro.

O serviço da Kangu, que permite que sejam realizados envios de qualquer região, é utilizado por mais de 40 mil vendedores de e-commerce.

DHL Express avança para convergência de plataformas digitais

A DHL Express avançou para uma convergência de plataformas digitais, transferindo os conteúdos do seu site para a plataforma MyDHL+, lançada em 2018.

Esta decisão insere-se na política de reforço da digitalização da empresa, sendo objetivo da DHL Express aumentar a eficiência operacional e melhorar a experiência do cliente.

“Estamos muito satisfeitos por expandir o nosso ecossistema global ao incluir todo o conteúdo Express no MyDHL+. Esta operação visa reduzir a complexidade para os nossos clientes, uma vez que passam a existir menos sites para navegar e procurar informação, contatos ou serviços. Qualquer utilizador pode agora encontrar tudo o que necessita nesta plataforma, pela qual temos recebido um feedback extremamente positivo”, realça Patrick Jairam, vice-presidente Express Electronic Shipping Solutions da DHL, citado em comunicado.

O acesso ao MyDHL+ pode ser feito em todas as plataformas web, integrando 13 aplicações distintas. A plataforma permite o acompanhamento, por parte dos clientes de todas,  das fases de envio por via de um conjunto de ferramentas de logística on-line.

O serviço está disponível em 211 países e em 37 idiomas.

FedEx coloca ambiciosa meta de neutralizar todo o carbono de seus voos até 2040.

A FedEx Corp, controladora da maior companhia aérea de cargas do mundo, anunciou uma meta ambiciosa de alcançar operações neutras em carbono globalmente até 2040. Para ajudar a atingir seu objetivo, a empresa está destinando inicialmente mais de US$ 2 bilhões de investimentos em três áreas-chave: veículos elétricos, energia sustentável e sequestro de carbono.

A iniciativa inclui também uma colaboração para a Universidade de Yale no valor de US$ 100 milhões para ajudar na criação do Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) para acelerar pesquisas de métodos de sequestro de carbono em escala. O foco inicial será no suporte para compensar as emissões de gases de efeito estufa equivalentes às emissões atuais da companhia aérea.

“Temos a responsabilidade de realizar essas medidas ousadas para enfrentar os desafios climáticos”, disse Frederick W. Smith, Chairman e CEO da FedEx Corp. “Este objetivo se baseia em nosso compromisso de longa data com a sustentabilidade em todas as nossas operações, ao mesmo tempo em que investimos em soluções transformadoras de longo prazo para a FedEx e toda a nossa indústria”.

Os principais passos para alcançar o objetivo de carbono neutro incluem:

Veículos elétricos: até 2040, toda a frota de coleta e entrega de pacotes da FedEx será de veículos elétricos com emissão zero. Isso será feito por meio de programas, em fases, para substituir os veículos existentes. Por exemplo, até 2025, 50% das compras globais de veículos de coleta e entrega da FedEx Express serão elétricos, chegando a 100% de todas as compras até 2030.

Soluções sustentáveis para o cliente: a FedEx trabalhará com os clientes para oferecer serviços mais sustentáveis de ponta a ponta para suas cadeias de suprimentos, por meio de ofertas de remessas neutras em carbono e soluções de embalagem sustentáveis.

Combustíveis sustentáveis: a FedEx continuará a investir em combustíveis alternativos para reduzir as emissões de aeronaves e veículos.

Conservação de Combustível e Modernização de Aeronaves: a FedEx aproveitará suas iniciativas bem-sucedidas do FedEx Fuel Sense projetadas para  reduzir o consumo de combustível em suas aeronaves. Desde 2012, os programas FedEx Fuel Sense e o Aircraft Modernization pouparam 1,43 bilhões de galões de combustível para aviação e evitaram mais de 13,5 milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono (CO2).

Instalações: a FedEx continuará seus esforços para tornar suas mais de 5.000 instalações em todo o mundo mais sustentáveis por meio de investimentos contínuos em instalações eficientes, energia renovável e outros programas de gerenciamento de energia.

Sequestro de carbono natural: o financiamento da FedEx ajudará na criação do Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) para apoiar a pesquisa aplicada em soluções de sequestro de carbono natural.

O caminho rumo à sustentabilidade requer novas estratégias para remover e armazenar o excesso de carbono da Terra. O Yale Center for Natural Carbon Capture (Centro Yale de Captura de Carbono Natural) catalisará a pesquisa interdisciplinar em ciências naturais e engenharia em um esforço para acelerar este trabalho.

Os pesquisadores do Centro desenvolverão métodos baseados em sistemas naturais de armazenamento de carbono, incluindo ecossistemas biológicos e o ciclo geológico do carbono, melhorando, onde for possível, a rapidez com que essa substância pode ser absorvida, quanto pode ser contida e por quanto tempo pode ser armazenada. Por meio destes esforços, os cientistas de Yale pretendem criar um portfólio de estratégias de remoção de carbono que tenha impactos em escala global.

Com base nos sucessos iniciais no setor de aviação, o centro ampliará seu escopo para abordar fontes globais adicionais de emissões – publicando e compartilhando suas descobertas para que empresas, indústrias e governos possam se beneficiar de trabalhos que irão acelerar a adoção e a implementação de estratégias de captura natural de carbono em todo o mundo.

O compromisso da FedEx se baseia em um histórico de práticas sustentáveis. Desde 2009, os esforços da empresa contribuíram para uma redução de aproximadamente 40% na intensidade das emissões de CO² em toda a companhia, enquanto o volume de pacotes aumentou 99% durante esse período. Recentemente, a FedEx foi classificada em primeiro lugar em seu setor na lista da JUST Capital’s 2021 de “America’s Most Just Companies”  na categoria de meio ambiente e, em primeiro lugar, na categoria de viagens, transporte e logística da Newsweek  – America’s Most Responsible Companies 2021.

Escola de e-commerce ajuda empresários do varejo a vender mais

Em 2020, as vendas on-line cresceram quase 70%. Para este ano, é esperado um aumento de 18%. Para fazer parte do comércio virtual, muitos empresários do varejo estão voltando a estudar para entender mais do assunto.

Foi o que aconteceu com a empresária Sulamita Mota, que tem sua própria marca de moda feminina desde 2017.

Ela era dona de uma loja de roupas no ABC Paulista, na Grande São Paulo. Em 2020, fechou o negócio por causa da pandemia e a solução foi voltar a estudar, e de forma on-line.

O curso para ensinar empreendedores a montarem uma loja on-line foi criado pelo Bruno de Oliveira. Depois de uma longa jornada no mundo da venda digital, ele abriu, em 2016, a escola de negócios digitais, com sede no Rio de Janeiro.

A empresa oferece 14 treinamentos on-line, que custam de R$ 200 a R$ 3 mil. Tem curso para empreendedores iniciantes, para quem já trabalha no varejo físico e para quem precisa aperfeiçoar a loja on-line.

“Essa metodologia foi desenvolvida em cinco etapas: planejamento do negócio, estrutura, marketing, gestão e otimização”, explica Bruno.

A escola de e-commerce dobrou o faturamento na pandemia. Mais de 30 mil alunos já pagaram para fazer os treinamentos, e três milhões de pessoas são impactadas pelo conteúdo dela semanalmente.

Tudo é publicado nas redes sociais para quem quiser entender melhor como funciona esse mercado.

Mercado Livre planeja investir R$ 10 bilhões no Brasil em 2021

O Mercado Livre investirá R$ 10 bilhões no Brasil neste ano, montante equivalente ao já aportado na operação do País nos últimos quatro anos, informou o presidente de Commerce do Mercado Livre para a América Latina, Stelleo Tolda.

“Os recursos serão usados para dar sequência ao plano de expansão da malha logística, da conta Mercado Pago e da força competitiva do marketplace no Brasil”, disse ele, durante apresentação do resultado da companhia para investidores. Segundo Tolda, os recursos serão também direcionados para iniciativas de impacto social e ambiental ao longo deste ano.

“Assim, mantemos nosso compromisso com a democratização e a profissionalização do comércio e dos serviços financeiros no Brasil, além de nos fortalecermos para este período desafiador para todos nós”, afirmou.

A operação brasileira foi apontada como destaque nas vendas da empresa, mostrando crescimento de 84% em moeda constante. Ao mesmo tempo, o Mercado Livre informa que a operação brasileira foi de US$ 720,5 milhões, um crescimento de 68% em dólar e 120% em real, ano contra ano. Segundo a companhia, a receita líquida do Brasil representou 54% do total da companhia, de US$ 1,3 bilhão no quarto trimestre.

O Mercado Livre fechou o trimestre com lucro bruto de US$ 489 milhões, com margem de 36,8%, ante 45,7% no mesmo trimestre do ano anterior. O resultado líquido foi um prejuízo de US$ 50,6 milhões no trimestre, resultando em um prejuízo líquido de US$ 1,02 por ação, diz a empresa, em nota.

 

Sete novos centros de logística em sete meses: o pacote de ações da FedEx no Brasil

Para acompanhar a explosão na demanda das compras on-line e reagir ao avanço de novos rivais em seu terreno, a gigante americana de entregas expressas investiu em sete novas unidades, expandiu a capacidade de um centro e adicionou mais de 100 mil metros quadrados à sua malha no País.

Acostumada a cumprir diferentes roteiros em todo o mundo com suas encomendas expressas, a FedEx, no fim de 2018, tinha poucas perspectivas quando o que estava em jogo eram a entrega de resultados, a capacidade de enfrentar o avanço de rivais como a Amazon e o destino da sua operação.

Esse contexto pouco otimista se refletia na queda acentuada das ações, cuja cotação chegou ao nível mais baixo em março de 2020. Entretanto, desde então, os papéis da companhia são negociados perto de patamares recorde. O motivo? A chegada da pandemia e a aceleração do e-commerce.

A FedEx renovou seus esforços e recursos para acompanhar o salto expressivo dos cliques. E essa estratégia também teve reflexos em sua operação brasileira que, nos últimos sete meses, foi alvo de um novo pacote de investimentos, com a abertura de sete centros logísticos e a expansão de uma unidade.

“O e-commerce é um plano de longo prazo da empresa no País e no mundo”, afirma Luiz Vasconcelos, vice-presidente de operação e principal executivo da FedEx no Brasil, ao NeoFeed. “Esse crescimento já estava planejado, mas em alguns desses projetos, tivemos que acelerar a implementação. ”

Na trilha da movimentação dos carrinhos virtuais, a FedEx chegou a 27 centros e a uma área total de 310 mil metros quadrados no Brasil. Isso sem levar em conta as 18 operações que a companhia mantém na “casa” de clientes.

A entrega das sete estruturas, que oferecem serviços de fulfillment, seguiu três critérios: a expansão das vendas virtuais de clientes, especialmente em categorias como bens de consumo, calçados, vestuário e tecnologia; a ampliação da carteira atendida nessas regiões; e a localização estratégica.

“São centros próximos a grandes aeroportos, portos e rodovias, além de regiões metropolitanas e clientes relevantes”, diz o executivo. “Temos a possibilidade de avançar muitos estoques e colocar os produtos cada vez mais perto do consumidor final”

Na região Sul, são dois novos projetos. O primeiro, em Itajaí (SC) e, o segundo, em São José dos Pinhais (PR), cidade na região metropolitana de Curitiba. O centro em questão fica próximo aos portos de Antonina e Paranaguá e tem fácil acesso às rodovias BR-116 e BR-376.

Mais duas unidades foram instaladas em Minas Gerais. Uma no município de Extrema, às margens da rodovia Fernão Dias, e outra em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, perto das saídas para o Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

Ainda na região Sudeste, a FedEx inaugurou um centro em Viana (ES), a poucos minutos da BR-101 e do Porto de Vitória. Já no Nordeste, a expansão veio com uma unidade em Simões Filho (BA), perto do Porto de Aratu e da rodovia BR-324.

Revelado com exclusividade ao NeoFeed, o plano também inclui a ampliação do centro logístico em Queimados (RJ), a pouco mais de 40 quilômetros da capital fluminense, que passou de 7 mil metros quadrados para 12 mil metros quadrados.

O pacote é fechado com a nova unidade em Cajamar (SP), que concentrou um aporte de R$ 30 milhões e que já havia sido divulgada em outubro do ano passado. Com mais de 50 mil metros quadrados e 12 metros de pé direito, esse é o maior centro da FedEx na América Latina e um dos maiores da empresa no mundo.

A FedEx não revela o investimento total nesses projetos. Mas alguns números justificam o aporte. Segundo a Ebit Nielsen, o e-commerce movimentou R$ 38,8 bilhões no Brasil no primeiro semestre do ano passado, um salto de 47% sobre igual período, em 2019, e a maior alta do setor em 20 anos.

Para seguir no ritmo das compras on-line, a FedEx contratou aproximadamente 800 profissionais e está tocando mais projetos. Com foco na última milha e ainda em gestação, uma dessas iniciativas também busca estender os tentáculos da empresa para reduzir as distâncias, os custos e os prazos de entrega.

O plano é testar filiais de menor porte, ainda sem número definido, em regiões mais distantes dos grandes centros. Essas unidades terão entre cinco e dez funcionários, em espaços de 150 a 200 metros quadrados. “Elas não terão back office e serão 100% voltadas a operar cargas”, explica Vasconcelos.

Segundo a Ebit Nielsen, o e-commerce movimentou R$ 38,8 bilhões no Brasil no primeiro semestre do ano passado, um salto de 47% sobre igual período, em 2019

No Brasil, onde a empresa desembarcou em 1989, a estrutura da FedEx inclui ainda cerca de 13 mil funcionários, um Boeing B737-300 e uma frota própria de 3 mil veículos. Com mais de 100 filiais, a operação cobre aproximadamente 5,3 mil municípios.

Os números globais também chamam atenção. Dona de uma receita de US$ 69,2 bilhões no ano fiscal encerrado em 31 de maio de 2020 e com operações em 220 países e 679 aeroportos, a companhia entrega, diariamente, mais de 16 milhões de pacotes em todo o mundo.

Carga pesada

Com os novos investimentos, a operação local busca replicar o desempenho global da FedEx. Desde a primeira semana de março de 2020, as ações da empresa, hoje avaliada em US$ 67,5 bilhões, acumulam uma valorização de cerca de 140%.

Em seu primeiro semestre fiscal encerrado em 30 de novembro, a companhia reportou um salto de 16% na receita, para US$ 39,8 bilhões. A divisão Express, mais centrada no e-commerce, respondeu por boa parte dos ganhos, com uma receita de US$ 20 bilhões no período.

A FedEx passou a dar mais peso ao e-commerce há cerca de dois anos, justamente quando seu futuro passou a ser questionado. Como parte dessa estratégia, em meados de 2019, a empresa encerrou um contrato que tinha com a Amazon nos Estados Unidos.

Entre outras questões, o fim desse laço foi visto como uma resposta aos movimentos da empresa fundada por Jeff Bezos. Ao mesmo tempo em que era um grande cliente, a companhia surgia como uma ameaça aos negócios da FedEx, pois começava a dar tração às suas próprias operações de logística.

Para Mauro Schluter, professor e especialista em logística do Mackenzie, esse mesmo cenário, com o acréscimo de outros grandes atores, ajuda a explicar os investimentos realizados pela FedEx no Brasil.

“É uma reação estratégica, pois os grandes marketplaces do País também estão entrando nessa arena”, afirma. “A FedEx está dando um recado ao mercado. É algo que eles já deveriam ter feito há mais tempo. ”

Em seu primeiro semestre fiscal encerrado em 30 de novembro, a companhia reportou um salto de 16% na receita, para US$ 39,8 bilhões

O anúncio mais recente da concorrência veio da Via Varejo. Em janeiro, a empresa lançou a Envvias, plataforma de serviços de logística voltada aos sellers dos marketplaces da Casas Bahia e do Pontofrio, as duas bandeiras do grupo.

A infraestrutura própria da Via Varejo, que tem 27 centros de distribuição, distribuídos em mais de 1 milhão de metros quadrados, e 500 mini-hubs em suas 1.061 lojas é o ponto de partida dessa oferta, que abrange desde serviços de armazenamento até entregas e logística reversa.

Com operações de fulfillment no Brasil há pouco mais de dois anos, o Mercado Livre também vem reforçando sua capacidade. Em novembro, a empresa adicionou 340 mil metros quadrados à sua malha com a abertura de cinco centros logísticos.

Esse também foi o volume de centros de distribuição inaugurados pela B2W em 2020. Hoje, a empresa tem 21 unidades e uma área total de mais de 800 mil metros quadrados.

Também com foco nos sellers do seu marketplace, o Magazine Luiza, além de uma rede de 21 centros logísticos, tem investido na construção de uma estrutura própria de entregas na última milha, por meio de aquisições, outra frente que vem ganhando relevância entre seus pares.

Questionado sobre esse avanço, Vasconcelos prefere manter a política da “boa vizinhança”. “O fato desses marketplaces terem operações próprias é um caminho natural”, diz. “Mas, em muitos outros momentos, eles vão precisar do nosso apoio e da nossa amplitude para cobrir todo o País. ”

 

Amazon deve usar câmeras com inteligência artificial para monitorar entregas

A Amazon deve implantar câmeras com capacidades de inteligência artificial em veículos de entrega. Segundo a agência AFP, o objetivo da gigante é oferecer mecanismos de segurança para seus entregadores.

De acordo a companhia, as câmeras têm capacidade de monitorar a estrada e o motorista, enviando avisos sobre possíveis riscos. A Amazon também quer usar o sistema para poder identificar funcionários que seguem boas práticas. “Esta tecnologia fornecerá aos motoristas alertas em tempo real para ajudá-los a se manterem seguros na estrada”, disse a varejista em resposta à AFP. A gigante, contudo, ainda não informou quando deve começar estrear a novidade.

O uso de câmeras para monitoramento do trabalho remoto levanta questões de privacidade dos usuários. O grupo Fight for the Future, que monitora questões envolvendo direitos digitais dos Estados Unidos, já se posicionou contra essa movimentação. O coletivo disse ter enviado ao congresso norte-americano um pedido para que investigue “o império de vigilância da Amazon”. Ainda, ele também pede que a empresa interrompa este programa.

“Isso representa a maior expansão da vigilância corporativa na história da humanidade”, afirma o Fight for the Future. A Amazon, contudo, não parece ter intenção de rever a decisão.