DHL Supply Chain reforça a operação para o pico do e-commerce

Costumeiramente, o último trimestre do ano, que representa o maior período de compras do mundo, aumenta os desafios logísticos no planejamento e gestão de volumes. Neste ano, com os novos padrões de consumo, causados pela pandemia, somado ao crescimento vertiginoso do e-commerce, a logística deverá ser desafiada como nunca.
A DHL Supply Chain na América Latina é um dos players que reforçaram suas operações para atender o pico na demanda.

Segundo o CCO da companhia, Luiz Moreira, diante desse cenário há três principais aspectos para alcançar uma alta temporada de sucesso na cadeia de distribuição e eles estão ligados à flexibilidade, talento e inovação.

“Na DHL Supply Chain estamos comprometidos com os nossos clientes para que tenham acesso às nossas capacidades multissetoriais, que permitem uma sinergia de pessoas, infraestrutura, processos e sistemas, proporcionando-lhes um serviço de maior qualidade e confiabilidade durante a alta temporada. A pandemia acelerou a forma de fazer negócios, portanto, os sistemas e processos robustos da DHL, juntamente com uma ampla gama de soluções para e-commerce, começando com atendimento, cross docking, serviços de valor agregado (etiquetagem, embalagem e montagem de kits), gestão e execução do transporte, até a entrega ao consumidor final e logística reversa, permitem à DHL apoiar seus atuais e novos clientes na rápida adaptação à nova realidade do mercado e na melhor preparação para as demandas da alta temporada.”

O talento certo, com o treinamento certo e com um objetivo claro, associado a iniciativas inovadoras, é o segundo grande aspecto que a DHL Supply Chain identificou para garantir uma alta temporada de sucesso.

“As pessoas e sua segurança são uma prioridade na organização, nós somos mais de 32 mil colaboradores em toda a região e o trabalho que cada um de nós faz é uma parte essencial da vida dos clientes de nossos clientes. Contamos com ferramentas digitais e virtuais que nos permitem aumentar nossa capacidade de treinamento, reduzindo o tempo de integração e garantindo agilidade para responder à crescente demanda por talentos para apoiar as vendas do comércio on-line. Além disso, face à contingência da Covid-19, foram implementados mais de 28 protocolos de segurança para garantir a saúde da nossa equipe e a integridade das pessoas que deles dependem, como os nossos clientes, famílias e comunidades. ”

Reforçando o aspecto da inovação, principalmente na América Latina, a DHL Supply Chain implantou a ferramenta MySupplyChain, uma solução com a qual os clientes podem acessar on-line e observar detalhadamente o que está acontecendo em tempo real.

“Isso é inestimável, porque quando falamos em e-commerce, a quantidade de pedidos pode ser brutal e com um grande número de variáveis na gestão de volumes, então por ter ferramentas automatizadas, é possível acompanhar e atuar para garantir a experiência do consumidor.”

Na América Latina, a DHL Supply Chain está presente na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. No Brasil, durante o contingenciamento de saúde, a DHL Supply Chain ampliou em 50% sua frota para operações de comércio eletrônico local e omnichannel, para o qual a empresa chega fortalecida na alta temporada com o objetivo de atender os diferentes volumes de seus clientes em modelos B2C e B2B. Além disso, a companhia expandiu de forma significativa sua equipe no Brasil, passando de 10 mil para cerca de 15 mil colaboradores, sendo que cerca de cinco mil são dedicados ao e-commerce.

A DHL Supply Chain atua tanto para marketplaces, como para indústrias e empresas que lançaram operações de omnichannel – com este último perfil, a DHL fez a migração de ao menos 3 novos projetos em 2020. Por fim, para dar conta das flutuações de demanda, a DHL tem migrado estruturas de armazenagem e transporte de setores de menor demanda para o e-commerce, proporcionando grande flexibilidade e elevados níveis de serviços, principalmente durante eventos como a Black Friday.

 

Black Friday de gigantes do varejo tem prazo ampliado, drive thru e lives de Anitta e Felipe Neto

A Black Friday, mega liquidação que sucede o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, é na próxima sexta-feira, dia 27. Mas, em ano de pandemia de coronavírus e necessidade de distanciamento, a maioria das gigantes do varejo brasileiro já deu início à temporada de ofertas para evitar aglomerações nas lojas. Elas também apostam no drive thru para a entrega de produtos e em lives para atrair a atenção dos consumidores.

A C&A Brasil afirma estar preparada para a maior Black Friday omnicanal da sua história. Como as ofertas duram todo o mês de novembro, a companhia diz que reforçou os estoques com cerca de 3 milhões itens para abastecer o e-commerce, o aplicativo e as lojas físicas.

Investiu, ainda, em aprimoramentos logísticos e vem ampliando o quadro de funcionários dos seus centros de distribuição. A companhia também expandiu seus serviços e soluções digitais e omnicanais. O “Clique & Retire Drive Thru” – modalidade que oferece a possibilidade de retirar a compra realizada no e-commerce, via site ou aplicativo, em loja física sem sair do carro – foi ampliado para 255 unidades localizadas em shoppings centers até o final do mês. Já o “Clique & Retire”, serviço em que o cliente retira pessoalmente, na loja escolhida, a compra realizada on-line, foi expandido para todas as 295 lojas da empresa no País.

A Riachuelo também antecipou promoções e apostou fortemente no serviço on-line, de olho no receio que muitos consumidores ainda demonstram de sair de casa e do consequente aumento das compras pela internet. As promoções da marca estão disponíveis nas lojas físicas, no site e no aplicativo – o uso deste último canal é estimulado por uma campanha que dá ao cliente parte do valor gasto de volta (cashback) para ele usar em dezembro. “Entendemos que a Black Friday é uma oportunidade única de compra e nosso objetivo para este ano é trazer inovação e praticidade aos nossos clientes”, afirma Elio Silva, diretor-executivo de Canais e Marketing.

Mais benefícios por app

A Casas Bahia, da Via Varejo, também oferece benefícios maiores para quem optar por fazer a compra pelo aplicativo da marca. Até a quinta (26), os clientes vão ganhar cupons de descontos das marcas iFood, Burger King, Domino’s, Habib’s e 99.  As parcerias ainda preveem combos de ofertas nos aplicativos dessas empresas.

“O aplicativo da Casas Bahia tem sido uma das nossas forças de vendas, especialmente nessa época de pandemia. Melhoramos a tecnologia e a usabilidade do app, o que refletiu no aumento da base de usuários no último ano”, afirma Abel Ornelas, vice-presidente Comercial e de Operações da Via Varejo.

Nas lojas da Pernambucanas, o “esquenta” começou no dia 12 e vai até quarta (25). As promoções continuam entre os dias 26 e 29, na Black Friday “ampliada” da rede, e na segunda-feira (30), data da chamada Cyber Monday, dando ao cliente mais tempo para fazer as compras.

As ofertas valem para lojas físicas, aplicativo e e-commerce. A empresa oferece, ainda, o serviço “Compre pelo Zap”, por meio do qual o cliente pode realizar as compras pelo WhatsApp e optar por receber em casa ou retirar em uma loja mais próxima.

Anitta e Felipe Neto

O Magazine Luiza ampliou o número de categorias de produtos oferecidas pela empresa, de forma direta e por meio dos mais de 40 mil sellers presentes na plataforma de vendas do Magalu. Os sellers são pequenos varejistas analógicos que precisaram fechar suas lojas durante o auge da pandemia e puderam usar a plataforma Parceiro Magalu para passar por essa fase.

A empresa vai promover, na quinta, um grande evento para marcar a data. O conceito, conhecido como shopstreaming ou live shopping, foi criado na China, para a celebração do Dia dos Solteiros. A “Black das Blacks Magalu” será comandada pela atriz Taís Araújo e pelo apresentador Luciano Huck e contará com shows de Anitta, Zé Neto & Cristiano, Dilsinho e Barões da Pisadinha.

Outra empresa que vai apostar em live é a Americanas, da B2W. A “Red Friday” da marca terá um show no YouTube com início às 21h da quinta e quatro horas de duração, chegando até a 1h da sexta-feira. O influenciador digital Felipe Neto irá comandar o evento, que terá a presença de convidados como Rafa Kalimann e Camila Coutinho.

A Americanas diz que, para evitar aglomerações e manter a qualidade no atendimento, está promovendo ofertas antecipadas desde o começo do mês. Para incentivar as compras on-line, o site e o aplicativo da marca também têm produtos com cashback. Nas lojas físicas, os clientes contam com o aplicativo Ame Digital e sua tecnologia de pagamento sem contato para uma compra mais segura.

Com crescimento do e-commerce, Log vê procura por galpões disparar em 2020

Com o maior crescimento em duas décadas, o e-commerce brasileiro acabou impulsionando, também, as empresas que atuam no setor de logística. Para a Log Commercial Properties, 2020 foi um ano de recordes. A empresa viu o lucro líquido crescer 186,8% no terceiro trimestre de 2020, para R$ 66,242 milhões. A taxa de vacância ficou estabilizada em 3,5%, recorde histórico.

“O setor de galpões foi impactado muito positivamente pelo crescimento de e-commerce, que sempre foi uma aposta nossa. Hoje 46% da nossa área locada é para operador total ou parcial de e-commerce. Nossos clientes pediram áreas adicionais e expansões para conseguirem atender ao consumidor exigente, que compra e quer o produto entregue em 24 horas. Hoje, todos os operadores de e-commerce do Brasil estão em algum projeto da Log”, afirma, em entrevista à Mercado&Consumo, o CEO Sergio Fischer.

Atualmente, a área bruta locável de galpões e condomínios logísticos espalhados pelo Brasil chega perto de 160 milhões de metros quadrados. Desse total, apenas 10% são galpões classe A, especialidade da Log. São espaços com pé direito mais alto, o que permite o empilhamento de mais mercadorias, e com piso totalmente nivelado, o que evita perda de mercadorias. Alguns parques logísticos têm, ainda, pátio de manobra amplo e área de dormitórios.

“O parque industrial brasileiro é muito pobre. Os galpões geralmente são ruins, não têm segurança, nem espaço humanizado. Tivemos um cliente da área de bricolagem que trabalhava num local totalmente obsoleto. As empilhadeiras andavam pelo piso e ele era tão ruim que a empresa ia perdendo os azulejos, que iam se quebrando”, exemplifica Fischer.

‘Não existe mercado secundário’

Outro diferencial, segundo ele, é o fato de a empresa erguer galpões classe A além do eixo Rio-São Paulo. “Não existe mercado secundário para um galpão. Ele tem de estar próximo de onde está o consumo. Hoje, além do e-commerce, outro drive importante nosso é a migração das empresas do galpão de rua, obsoleto, para o galpão de qualidade. ”

A Log é controlada pela família Menin, dona também da construtora MRV e do Banco Inter, além do canal de TV CNN Brasil. Criada em 2008, ela fez sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) no ano passado na bolsa brasileira, a B3. Está presente, atualmente, em 13 Estados e 31 cidades. Sergio Fischer trabalha no grupo desde os 16 anos de idade, quando começou como estagiário.

Os planos para os próximos anos continuam sendo de expansão. “Estramos no Norte, a única região em que ainda não estávamos, no terceiro trimestre deste ano, a pedido da nossa base de clientes. Estamos com 230 contratos ativos. A gente virou solução nacional para muita gente”, afirma o CEO.

Grupo Pão de Açúcar chegará a R$ 1 bi no e-commerce e lança marketplace

O site do Pão de Açúcar será mais especializado, com vendas de kits gastronômicos e vinhos, enquanto o site do Extra deverá vender de pneus a colchões.

O Grupo Pão de Açúcar vende alimentos pela internet desde 1995, mas neste ano irá bater um recorde histórico. A expectativa é chegar a um valor geral de vendas de 1 bilhão de reais em 2020 nas vendas de alimentos feitos pela internet, por seus sites ou aplicativos.

No terceiro trimestre do ano, o comércio eletrônico cresceu 240% em relação ao mesmo período do ano passado, ao ganhar 202% mais clientes. Os produtos perecíveis ampliaram sua participação na cesta de compras em 230%.

Em 2019, o grupo faturou 61,5 bilhões de reais. No terceiro trimestre do ano, o e-commerce alimentar chegou a 6% da divisão de multivarejo, que teve receita bruta de 7,4 bilhões de dólares e não inclui as vendas do atacarejo Assaí.

Lançamento do marketplace

Até agora o grupo só vendia itens próprios. No início de novembro, lançou seu marketplace e já está incluindo parceiros grandes, como Ri Happy, Lego, Spicy, Cobasi, entre outros. A empresa sai de 15.000 itens disponíveis em seus sites para 30.000 itens em três meses e 400.000 no próximo ano. O site da marca do Pão de Açúcar será mais especializado, com vendas de kits gastronômicos e vinhos especiais, enquanto o site do Extra deverá vender de tudo, de pneus a colchões.

Segundo o grupo, a grande vantagem desse marketplace em relação a concorrentes é a frequência de compras dos consumidores. “O marketplace já nasce recebendo visitantes de maneira frequente e recorrente. Os vendedores já são impactados por um cliente qualificado e que retorna com frequência à plataforma”, diz Rodrigo Pimentel, diretor do comércio eletrônico da companhia, em apresentação sobre suas iniciativas digitais a investidores e à imprensa.

São 240 milhões de visitas ao ano em todas as plataformas digitais. Se um consumidor de loja física compra cerca de 12 itens, a média nos sites é de 40 itens.

Sem mencionar os concorrentes, Jorge Faiçal, presidente da divisão de multivarejo, diz que as vendas de alimentos têm uma frequência muito maior do que vendas de eletrônicos. As vendas de mercado e alimentos são a última fronteira do comércio eletrônico — e um dos segmentos mais desejados nos últimos meses por causa da digitalização provocada pela pandemia. “Entregar pacote de arroz e feijão é fácil, mas entregar a cesta completa, com carne e alface, não são todos que têm a expertise”, afirma o executivo.

O Magazine Luiza entrou no delivery de refeições com o AiQFome, a B2W comprou o Supermercado Now e anunciou parceria com o grupo supermercadista Big, ex-Walmart, e o iFood comprou o SiteMercado.

O diretor diz que a empresa estuda entrar em outras plataformas de marketplace, mas ainda não há nada concreto nesse sentido. “O momento do digital no Brasil é de colaboração aberta”, afirma.

Logística

Para atender o crescimento do comércio eletrônico, o supermercadista ampliou sua estrutura de logística e distribuição. No último semestre, a empresa abriu um novo centro de distribuição em São Paulo e um minicentro no Rio de Janeiro, dobrando sua capacidade nessas duas cidades. Abriu também centros de distribuição em Brasília e em Pernambuco — o e-commerce alimentar cresceu 564% no Nordeste para a varejista.

Cerca de 295 lojas também podem ser usadas para o clique e retire, em comparação a 126 unidades no começo do ano. A modalidade de retirada na loja é usada em 36% das vendas pela internet e 30% desses consumidores que vão até a loja acabam fazendo uma nova compra. Essa estrutura de logística e distribuição também deve ser oferecida aos parceiros do comércio eletrônico.

 

Entendendo os aviões do Mercado Livre no Brasil

O Mercado Livre é sem dúvidas uma das plataformas de vendas on-line de maior sucesso no Brasil. E recentemente, para se livrar de “métodos alternativos” de envio, o Mercado Livre anunciou a Meli Air, sua nova “companhia aérea”.

A história chegou em muitos veículos de imprensa como fosse uma nova companhia aérea do Mercado Livre, com cerca de quatro aviões na frota. Mas na realidade, essa operação ocorre de forma diferente.

Há anos o Mercado Livre tem parceria com duas empresas essenciais, mais o Correios. A Azul Cargo, através do seu braço Azul Cargo Express, que já citamos inúmeras vezes aqui no Portal Aeroflap, e a Sideral, a principal aérea de carga do Brasil, um setor que parece estável nos últimos anos, após a falência de muitas empresas.

A Azul Cargo Express promete alcançar mais de 3500 municípios. Já a Sideral utiliza os seus aviões Boeing 737 para realizar voos entre várias capitais do país.

Mas aliás, os quatro aviões são mesmo do Mercado Livre?

Nem tanto. O Mercado Livre está agindo como a Amazon, quando lançou a Prime Air.

Na época a intenção da companhia era agilizar as entregas nos Estados Unidos. A mesma meta do ML, entregar a encomenda em até 48 horas.

O Brasil, assim como os Estados Unidos, tem seus desafios logísticos por ser um país continental, e durante muito tempo a Amazon contou com os serviços das principais empresas de transporte, como a FedEx e a UPS.

Assim como a Azul Cargo, a FedEx tinha uma ampla gama de aviões, desde o Cessna Caravan para pousar no “meio do nada” até aviões widebody, de duplo corredor.

A parceria do Mercado Livre com a Azul e a Sideral, fechada em 2019, já foi um grande avanço para a empresa de varejo eletrônico. A partir do envio “Full” foi possível entregar produtos em até 48 horas em diversas cidades do país.

E esta parceria continua. A meta da empresa é atingir entregas em até 48 horas da compra em 1800 cidades do Brasil.

A ambiciosa meta, logicamente não dá para ser cumprida com apenas 1800 aviões, então o Mercado Livre continuará a aproveitar a estrutura toda da Azul Cargo, até mesmo de outras companhias aéreas, e da Sideral para conseguir distribuir cargas em vários pontos do Brasil. Com os novos centros logísticos esta meta fica ainda mais fácil de se cumprir.

Os quatro aviões, basicamente, são aviões de marketing, para demonstrar a força da marca em diversos aeroportos. É como um outdoor que voa.

Aviões nas cores do Mercado Livre

Atualmente já há dois aviões da Sideral com a pintura do Mercado Livre.

O primeiro que surgiu é a aeronave Boeing 737-400F de matrícula PR-SDM, da Sideral Cargo, que já voou no Brasil pela TransBrasil e pela Nacional.

O segundo apareceu neste fim de semana com a pintura totalmente amarela. O avião de matrícula PP-WSA já operou anteriormente na RIO Cargo, e também é um Boeing 737-400F. Você pode conferir abaixo, na publicação do CWBSpotter.

Cogita-se que a Azul deve disponibilizar de um a dois aviões Embraer E195 exclusivamente para a operação de cargas do Mercado Livre em novembro, mês agitado pela Black Friday. A Azul, no entanto, não divulgou se planeja realizar pinturas especiais do Mercado Livre em suas aeronaves.

O Mercado Livre também deve continuar utilizando os porões de diversas aeronaves de passageiros para transportar cargas, além de utilizar sua rede de 600 caminhões e 10 mil vans de entrega.

 

B2W, Aliansce e brMalls vão usar armários inteligentes para entrega na Black Friday

Consumidores que fizeram compras na Black Friday deste ano terão, pela primeira vez na data, a opção de buscar os produtos em lockers instalados em lojas da rede Americanas, da B2W, e dos shopping centers administrados pela Aliansce Sonae e pela brMalls. Os armários inteligentes, também chamados de e-Boxes, devem “abocanhar” uma fatia importante de pacotes de produtos comprados pelo comércio eletrônico.

Essa é a aposta da Clique Retire, que fornece essas estruturas para grandes varejistas. A empresa já instalou, também, lockers em estações de metrô do Rio de Janeiro e de São Paulo e em postos da BR Distribuidora. A expectativa é que o número de pacotes que passam pelos armários da empresa dobre  neste fim de ano.

“Quando inauguramos no Metrô Rio, há um ano, sabíamos do desafio de desenvolver a cultura dos lockers entre os consumidores brasileiros, mas nos surpreendemos com a demanda reprimida por esse serviço. Os grandes varejistas nos trouxeram, também, o feedback de que a solução atenderia ainda um público de conveniência – quem pode receber em casa, mas não conta com ninguém disponível no momento da entrega”, conta o diretor-executivo da Clique Retire, Gustavo Artuzo.

Logística reversa

A empresa atende, também, à demanda da logística reversa. Geralmente, mesmo quem usa a logística tradicional para o recebimento tem de ir aos Correios fazer a portagem no caso de devolução ou troca de produto. “Essa não é a melhor das experiências do usuário e gera insatisfação nos consumidores. A ideia de utilizar os e-Boxes para a logística reversa ampliou novamente nosso mercado e nos permitiu atender a todos os perfis de consumidores do e-commerce brasileiro”, afirma Artuzo.

Neste ano de pandemia e distanciamento social, a o uso dos lockers deve se intensificar também por causa do próprio aumento de vendas no comércio on-

line.  Segundo a empresa de pesquisas GfK, 54% dos consumidores pretendem trocar as compras em lojas físicas na Black Friday pelos canais digitais. Essa escolha deve gerar um aumento de 27% no faturamento do e-commerce, segundo a consultoria Ebit Nielsen.

Só nos primeiros três meses de pandemia, a Clique Retire cresceu 101%, o que resultou no aumento do quadro de pessoal e na necessidade de fabricação de mais armários. A empresa tem mais de 200 lockers, com 5.000 compartimentos, que podem receber produtos de tamanhos variados.

 

Lojas de Amazon, Best Buy e Target viram centros de distribuição nos EUA

O delivery, seja na casa do cliente, seja no estacionamento da loja – e, se possível, no mesmo dia – não é mais opcional. Por causa da pandemia de Covid-19, ele se tornou prioridade para os varejistas mostra reportagem do Global Retail News. Empresas como Best Buy (faturamento de US$ 42,9 bilhões em 2019), Dick’s Sporting Goods (US$ 8,8 bilhões), Target (US$ 75,4 bilhões) e Walmart (US$ 514 bilhões) aumentaram os pontos de coleta de pedidos em suas redes, criando espaços tanto dentro das lojas quanto na calçada.

Na varejista de eletrônicos Best Buy, por exemplo, dos US$ 5 bilhões em vendas on-line registrados no segundo trimestre, 41% foram reportados por drive-in ou pelo sistema click & collect. O serviço “Drive Up”, na calçada da Target, por meio do qual a empresa diz disponibilizar 250 mil produtos em 60 minutos, saltou 700% no segundo trimestre. Outros serviços de coleta de pedidos na loja aumentaram 60%.

De acordo com um estudo realizado pela Coresight Research, três quartos dos 50 maiores varejistas americanos estavam oferecendo o serviço até o final de agosto. A financeira Cowen estima que essa fórmula, que combina pedidos pelos sites e aplicativos com entrega em um ponto de venda físico, pode gerar vendas de US$ 30 a US$ 35 bilhões em 2020 para a indústria de alimentos. Para a Cowen, 25% dos consumidores americanos serão seduzidos por esse serviço, que tem entre os maiores benefícios a economia de tempo, em 2020.

No segundo trimestre de 2020, a Amazon, empresa líder mundial em comércio eletrônico, teve dificuldades para dar conta dos pedidos, registrando escassez de estoque, preços altos e erros de entrega. A Dick’s Sporting Goods passou a usar fórmula híbrida. Ela permite que grandes varejistas convertam suas lojas em centros de preparação de pedidos para entregar compras feitas por sites de e-commerce, sem a entrega nas residências, que é mais cara. “O custo da entrega da última milha é pago pelo cliente”, diz Oliver Chen, analista de varejo da Cowen.

Black Friday deve ser menos agressiva para lojistas por falta de insumos

A Black Friday deste ano deve ter descontos menos agressivos em razão da pressão de preços e falta de insumos que a indústria sofre. Esse cenário, porém, fica menos evidente nos grandes marketplaces com capital aberto na Bolsa.

Via Varejo, Magazine Luiza e B2W já disseram estar preparados e com estoques para a data. Porém, quando se trata dos lojistas menores, que muitas vezes até vendem nestas plataformas, a capacidade de renovar os estoques não é tão grande. “Eles (os grandes marketplaces) conseguem estar preparados porque têm prioridade na indústria”, disse Alfredo Soares, cofundador do Gestão 4.0 e vice-presidente da Vtex, ao Broadcast Estadão.

“Eu não acho que não vai ter produto na Black Friday (para o lojista menor), eu acho e tenho acompanhado que vai existir um problema na reposição desses produtos”, complementa Soares. Ele lembra que as lojas virtuais de menor porte têm um problema recorrente na precificação de seus produtos, especialmente em promoções mais agressivas como a Black Friday.

Assim, neste ano, deve haver ainda mais cuidado para não colocar em oferta produtos que tenham alto índice de procura. Se fizer isso, o empreendedor acaba abrindo mão de margem e ficando sem vender nos próximos meses por falta de mercadorias.

Insumos na indústria

Faltam insumos para diversas áreas da indústria. O varejo de móveis Muma é um exemplo de empresa que teve de diminuir os descontos em razão do contexto industrial.

“Precisamos desativar alguns produtos do site e demos descontos tirando da nossa margem. Geralmente, na Black Friday, há um porcentual de desconto do fabricante e do varejista, por isso, neste ano, os porcentuais são menores”, explicou Matheus Ximenes Pinho, sócio-fundador da Muma, à publicação.

Neste ano, os descontos do site para itens de decoração chegam a 60%, mas ficam em 30% para produtos de maior valor. O prazo de entrega, por sua vez, aumentou, passou de 30 a 40 dias para cerca de 90 dias. Isso porque há insumos dos fabricantes, que passaram de 15 para 90 dias de tempo de entrega.

Pinho contou que há fornecedores que chegam a ter produtos prontos parados, por falta de papelão para embalá-los. “São produtos delicados de laca ou vidro que podem ser avariados se não tiverem essa proteção”, disse.

Para Gustavo Chapchap, líder do Comitê de E-Commerce da Associação Brasileira de Agentes Digitais e diretor da Jet/ZapCommerce, a dificuldade dos comerciantes menores em oferecer descontos mais agressivos ou ter produtos à disposição para repor os estoques não deve minguar o consumo da data.

“Se tem insumo que vai fazer falta, há outras empresas que estão melhor preparadas. Tempo de entrega e valor de frete devem subir. Logo, se ele (o cliente) não pode esperar, vai mudar de item”, afirmou ao veículo.

 

 

Amazon avança em setor de saúde com farmácia on-line

A empresa anunciou a Amazon Pharmacy, uma seção de seu site de varejo e app que permite a compra de medicamentos.

A Amazon.com faz sua maior aposta para vender medicamentos controlados com o lançamento de uma farmácia digital e a oferta de descontos em remédios para membros do programa Prime nos EUA.

A gigante de comércio eletrônico anunciou na última terça-feira (17) a Amazon Pharmacy, uma seção de seu site de varejo e aplicativo móvel que permite às pessoas comprarem medicamentos.

Os consumidores podem pagar com o seguro saúde. Clientes Prime que não usam seguro têm direito a descontos em medicamentos genéricos e de marca no site da Amazon ou em cerca de 50 mil farmácias participantes.

A nova oferta da Amazon chega mais de dois anos após a aquisição da PillPack por US$ 753 milhões, uma farmácia on-line conhecida por organizar receitas em pacotes.

Essa expansão coloca a empresa de comércio eletrônico de Seattle em uma competição mais direta com os gigantes de farmácia como CVS Health e Walgreens Boots Alliance, as duas maiores redes dos EUA.

A mudança também ajuda a Amazon a competir com o Walmart e outras grandes lojas que já vendem medicamentos controlados.

Analistas há muito tempo antecipam um mergulho mais profundo da Amazon na área de saúde com a aposta de que a empresa pode trazer seu patrimônio digital e potência logística para um setor de cerca de US$ 4 trilhões nos EUA, mas com reputação de ineficiente.

A empresa abalou varejistas de remédios com a aquisição da PillPack, mas a Amazon demorou a integrar a startup de farmácia on-line em suas ofertas.

Com o anúncio, consumidores podem solicitar medicamentos controlados diretamente na Amazon pela primeira vez.

Anteriormente, os clientes eram redirecionados para o site da PillPack. Uma farmácia integrada elimina uma das poucas lacunas nas ofertas da Amazon em comparação com rivais de supermercados, algumas das quais há muito tempo vendem remédios nas mesmas lojas onde oferecem televisores de tela plana ou latas de sopa.

“Projetamos a Amazon Pharmacy para colocar os clientes em primeiro lugar – trazendo a obsessão do cliente da Amazon para um setor que pode ser inconveniente e confuso”, disse TJ Parker, vice-presidente da Amazon Pharmacy e cofundador da PillPack.

DHL Express prevê aumento nos envios de e-commerce e anuncia campanha para Black Friday

A DHL Express, fornecedora líder mundial de transporte expresso e logística, espera um grande volume de remessas e compras on-line durante a alta temporada de vendas em 2020. A companhia relata que o crescimento exponencial dos níveis de globalização e digitalização resultou diretamente em novos hábitos de consumo, com um forte aumento do número de aplicativos de compras, nos quais o consumidor pode escolher entre ofertas de diferentes lugares do mundo, e de comerciantes expandindo as vendas para o formato transfronteiriço, com ofertas em grandes de marketplaces.

Como resultado, a DHL Express acredita que o e-commerce quebrará recordes ao redor do mundo durante o período de vendas entre a Black Friday e o Natal. Após acompanhar o crescimento global de 35% do volume proveniente do comércio on-line em 2020, a empresa de logística prevê uma aceleração ainda maior desse resultado que se seguem, e espera uma quantidade de envios maior que 50% em comparação ao último ano nas operações globais. “Megatendências como globalização e digitalização têm um enorme impacto no comércio global”, explica John Pearson, CEO global da companhia.

“Na DHL Express, nossa missão é possibilitar as trocas comerciais globais e apoiar nossos clientes durante os dias mais importantes para seus negócios. Mesmo durante a alta temporada de vendas, asseguramos que as mercadorias sejam entregues o mais rápido possível – e que os presentes de Natal cheguem a tempo! Temos orgulho do forte compromisso de nossos colaboradores e mensageiros que cumprem a missão de conectar pessoas e melhorar suas vidas. Em tempos em que o coronavírus atinge a economia e a vida privada, seus esforços são admiráveis”, declara Pearson.

No Brasil, de janeiro a junho deste ano, a DHL verificou um aumento de mais de 100% no volume de e-commerce transportado em relação ao mesmo período do ano passado. Com o crescimento de compras pela internet, a empresa aparece como grande responsável por levar inovações tecnológicas e logísticas em todo o mundo, devido à sua operação em mais 220 países.

Mirele Mautschke, CEO da companhia no Brasil, aponta que o crescimento além das fronteiras nacionais é possível para qualquer empresa. “Com algumas adaptações, qualquer companhia pode ampliar sua atuação de vendas digitais a uma escala global. O sucesso está diretamente ligado ao entendimento do perfil do consumidor que se busca atingir, alinhado a uma comunicação clara e transparente. Com nossa presença global e com uma rede internacional integrada, conseguimos aplicar a alta qualidade dos procedimentos de envio em todos os países, tornando a venda mais segura, confiável e lucrativa”, afirma.

Black Friday na DHL – descontos agressivos

Para atender a alta demanda e alavancar negócios durante o pico de vendas esperado na Black Friday, a DHL Express apresenta ao mercado sua campanha para o período. Batizada de Yellow Friday, em alusão à identidade visual da marca, a ação acontece entre os dias 16 de novembro e 4 de dezembro, intervalo já característico no Brasil, onde o comércio estende o período de promoções além da última sexta-feira de novembro já há alguns anos.

A campanha conta com o influenciador Raphael Falcão, criador do “Dicas Digitais”, como o principal porta-voz e com descontos agressivos nas lojas e no MyDHL+, ferramenta da DHL Express para solicitação de frete, para envios nacionais e internacionais. Falcão é um dos grandes nomes na área de marketing digital, conta com cerca de 623 mil seguidores em sua rede e será responsável por apresentar dicas para que as empresas promovam uma comunicação mais assertiva em suas plataformas digitais. O influenciador aparecerá semanalmente no perfil do Instagram da @DHLBrasil com dicas de como aumentar as vendas pela internet. O conteúdo também será repostado no Facebook @DHLBR e no LinkedIn DHL Express Brasil.