Com a ascensão dos marketplaces, o e-commerce morreu?

O comércio eletrônico no Brasil tem testemunhado uma transformação significativa, marcada pela ascensão dos marketplaces. Essas plataformas, que reúnem diversos vendedores em um único ambiente virtual, têm conquistado uma parcela substancial do mercado, colocando em xeque a sustentabilidade dos e-commerces tradicionais. O cenário atual aponta para uma mudança estrutural no setor, com impactos que podem levar ao desaparecimento de muitos negócios digitais independentes.

De acordo com o Relatório Setores do E-commerce no Brasil (março de 2025), os 10 maiores e-commerces já concentram mais da metade de toda a audiência online, com destaque para Mercado Livre, Shopee e Amazon, que juntos somam quase 72% do tráfego da categoria. Esses players dominam o setor ao oferecerem preços competitivos, variedade de produtos e eficiência logística, tornando-se mais atraentes para os consumidores do que os sites isolados de varejistas menores.

Outro sinal dessa mudança está no comportamento dos usuários, que migraram de forma expressiva para os aplicativos mobile. Em fevereiro de 2025, mais de 78% dos acessos ao e-commerce foram realizados via celular, com 22,9% especificamente via apps. No segmento de marketplaces, os aplicativos já representam quase 30% do tráfego. Essa consolidação dos acessos e preferências dos consumidores em torno de poucos grandes marketplaces aponta para uma possível “morte” do e-commerce tradicional, que perde relevância diante da força e conveniência dos ecossistemas digitais dominantes.

A crescente preferência pelos marketplaces impõe desafios significativos aos e-commerces tradicionais. A redução no tráfego é um dos primeiros sinais desse impacto. Em fevereiro de 2024, o tráfego do e-commerce brasileiro caiu 12,3% em comparação ao mês anterior, totalizando 2,34 bilhões de visitas únicas. Setores como turismo, produtos infantis e eletroeletrônicos sofreram quedas expressivas, refletindo uma possível migração dos consumidores para os marketplaces.

Além disso, a taxa de mortalidade entre empresas de e-commerce é alarmante. Estima-se que 90% das empresas de comércio eletrônico enfrentam dificuldades financeiras que as levam ao fechamento. Fatores como aumento da concorrência, experiência inadequada na página do produto e falta de compreensão profunda do público alvo são apontados como causas principais desse alto índice de insucesso.

A pandemia da Covid-19 acelerou ainda mais a adoção dos marketplaces. De acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), essas plataformas cresceram 68% durante esse período, tornando-se a principal vitrine online para muitos consumidores. A rápida expansão evidenciou as vantagens dessas plataformas, como maior visibilidade, variedade de produtos e políticas de envio eficientes, aspectos nos quais muitos e-commerces tradicionais não conseguem competir.

Com esse cenário, torna-se evidente que o modelo tradicional de e-commerce está sob forte ameaça. A competição não é mais apenas entre lojistas independentes, mas entre pequenos e médios empreendedores contra gigantes estruturados com algoritmos sofisticados, grandes investimentos em logística e uma base consolidada de consumidores fiéis. O espaço para e-commerces menores está se reduzindo drasticamente, especialmente para aqueles que não possuem estratégias diferenciadas.

Ainda é possível manter loja online própria?

Isso não significa que não haja alternativas para quem deseja manter um e-commerce próprio. Estratégias voltadas para nichos específicos, atendimento personalizado e fidelização do cliente podem ser alternativas viáveis. Empresas que conseguem oferecer um diferencial real, seja por meio da curadoria de produtos, experiência de compra diferenciada ou um forte apelo de marca, ainda têm chances de sobreviver. No entanto, ignorar a crescente influência dos marketplaces e não reavaliar estratégias pode levar à “morte” muitos e-commerces tradicionais.

O mercado segue em movimento e exige adaptação constante. O que se percebe é uma mudança de era no comércio eletrônico, onde o modelo convencional precisa ser repensado para sobreviver em meio à dominação dos marketplaces. A transformação já está em curso, e aqueles que não acompanharem essa evolução correm o risco de desaparecer do mapa digital.

Fonte: “https://tiinside.com.br/15/04/2025/com-a-ascensao-dos-marketplaces-o-e-commerce-morreu/”

 

Crescimento das vendas online de grandes varejistas abre mais oportunidades de negócios para o setor logístico

O e-commerce segue conquistando espaço no varejo brasileiro. A boa notícia é que as vendas online estão crescendo além das empresas que operam exclusivamente na internet. Sondagem do Comércio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), recentemente divulgada e publicada pelo jornal Valor Econômico, mostrou que a participação das vendas pela internet das grandes redes de varejo, que atuam no comércio físico, também estão crescendo, inclusive impulsionadas por investimentos em soluções tecnológicas.

Avanço consistente nas vendas digitais do varejo físico

O levantamento da FGV, que contou com a participação de 750 empresas de diferentes setores, mostrou que as vendas pela internet desses varejistas já representam 17,8% do total comercializado, segundo dados de fevereiro. É quase o dobro do índice de 9,2% registrado no início de 2020, antes da pandemia, e é a porcentagem mais alta aferida desde junho de 2021, quando, em pleno período de isolamento, o e-commerce chegou a responder por 21,2% do total comercializado.

Os dados também demonstram que esse é um crescimento consolidado, com o faturamento das redes varejistas no comércio eletrônico se mantendo no patamar de dois dígitos em relação ao total faturado, e também em nível bem acima daquele de outubro de 2021, quando o e-commerce respondia por 10,8% da receita dessas redes. Desde então, os varejistas só viram essa participação crescer – para 14,2% em novembro de 2022, e para 16% em fevereiro de 2024.

Migração de negócios e impacto positivo no ecossistema

Não resta dúvida de que estamos alcançando um novo patamar de vendas do e-commerce brasileiro, situação esta que também reflete outro movimento importante: a migração e a diversificação de negócios para a internet após a pandemia, já que antes da crise sanitária praticamente 50% das empresas consultadas na sondagem não atuavam no e-commerce.

Os dados são auspiciosos e comprovam que o e-commerce é cada vez mais relevante, não só para o comércio em geral, mas também para o setor de logística, abrindo oportunidades de negócios para todo o nosso ecossistema, inclusive ajudando a impulsionar a inovação como forma de garantir a melhor experiência para o consumidor e, assim, favorecer ainda mais as vendas.

Uso de inteligência artificial para otimização logística

Uma dessas iniciativas na área logística, para agilizar e garantir qualidade na entrega das encomendas para os consumidores, é a utilização das ferramentas de IA. Uma das aplicações permite a adoção da melhor rota, considerando os endereços das mercadorias que serão entregues e o melhor caminho a ser seguido. A IA organiza a sequência das entregas, considerando diversas variáveis.

Ao utilizar a tecnologia, as transportadoras otimizam os processos operacionais e aumentam a assertividade nas entregas, elevando os índices de sucesso na primeira tentativa de entrega – um fator que contribui para um excelente nível de serviço nas operações em qualquer localidade do território nacional.

A otimização das rotas com algoritmos inteligentes também reduz o tempo de entrega, uma demanda cada vez mais exigida pelos consumidores e varejistas, e que impacta diretamente a experiência de compra pela internet. Vale mencionar que essa redução no prazo de entrega, somada ao sucesso de realizar a entrega na primeira tentativa, tem impacto positivo também sobre os custos logísticos de todos os envolvidos.

Diversificação de serviços como vantagem competitiva

Assim como a tecnologia, outra importante aliada do crescimento das vendas online é a diversificação de serviços. Nesse sentido, as transportadoras atuam com o home delivery, ou a entrega porta a porta, e com soluções OOH (Out Of Home), que podem ser realizadas por meio de PUDOs (pontos comerciais parceiros de bairro que fazem o Pick up e o Drop Off) ou por meio de lockers. As soluções OOH são uma alternativa eficiente para o consumidor que não consegue receber a encomenda em sua residência e para a logística reversa do comércio eletrônico.

Diante do cenário de crescimento sustentado das vendas online, as oportunidades seguem aumentando para todas as empresas que integram o ecossistema do e-commerce, com destaque para as transportadoras. Cabe a nós, que fazemos parte desse segmento, juntamente com os varejistas, seguir investindo em tecnologia e em soluções logísticas para que a qualidade e a agilidade sejam mantidas, mesmo com o aumento de demanda.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/crescimento-das-vendas-online-de-grandes-varejistas-abre-mais-oportunidades-de-negocios-para-o-setor-logistico”

 

Setor de entregas da China registra crescimento robusto no volume de encomendas

Beijing, 14 abr (Xinhua) — O volume de entrega expressa da China ultrapassou 50 bilhões de pacotes em 11 de abril deste ano, atingindo o marco 18 dias antes do que em 2024, de acordo com dados divulgados pela Administração Estatal de Correios (AEC) do país no sábado.

Esse número corresponde a aproximadamente 35 pacotes por pessoa até agora neste ano, com cerca de 500 milhões de pacotes atravessando o país todos os dias.

Uma série de políticas pró-consumo apoiou o crescimento estável dos gastos dos consumidores, alimentando a expansão contínua do mercado de encomendas expressas, informou a autoridade.

Sob a iniciativa de substituição de bens de consumo do país, 100,35 milhões de novos eletrodomésticos foram vendidos até 10 de abril, impulsionando o aumento no volume de encomendas.

As especialidades locais estão alcançando mercados mais amplos em um ritmo mais rápido. Por exemplo, o café de Yunnan agora é servido em cafeterias em todo o país, o chá de Zhejiang está sendo apreciado em todo o país e os agrícolas sazonais, como brotos de bambu da primavera e plantas ornamentais, estão chegando aos consumidores mais rapidamente, graças à melhoria da logística e às promoções de primavera das plataformas de comércio eletrônico, indicou a AEC.

O crescimento robusto das encomendas reflete a recuperação estável do mercado consumidor, a aceleração da modernização industrial e uma economia estável e em melhoria, disse Liu Jiang, especialista do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento da AEC.

Em 2024, o setor de entrega expressa da China lidou com mais de 174,5 bilhões de pacotes e gerou mais de 1,4 trilhão de yuans (cerca de US$ 193 bilhões) em receita, marcando aumentos anuais de 21% e 13%, respectivamente. O país manteve sua posição como o maior mercado de entrega expressa do mundo por 11 anos consecutivos.

Olhando para o futuro, à medida que as políticas pró-consumo continuam a surtir efeito e os novos motores de crescimento ganham impulso, espera-se que o setor de encomendas acelere ainda mais a fluidez da atividade econômica e aumente a eficiência da economia real, injetando um impulso mais forte no desenvolvimento de alta qualidade, declarou o órgão. Fim

Fonte: “https://monitormercantil.com.br/setor-de-entregas-da-china-registra-crescimento-robusto-no-volume-de-encomendas/

LATAM Cargo cresce 40% no transporte de produtos farmacêuticos entre Europa e Brasil

Foram 860 toneladas transportadas nos três primeiros meses do ano, contra 613 toneladas no mesmo período de 2024; Guarulhos, Curitiba e Viracopos lideram o ranking de destinos no Brasil.

LATAM Cargo registrou crescimento de 40% no volume de toneladas de produtos farmacêuticos transportados da Europa para o Brasil, entre janeiro e março de 2025, quando comparado com o mesmo período de 2024. Foram 860 toneladas de cargas farmacêuticas transportadas no primeiro trimestre deste ano, contra 613 toneladas no mesmo período do ano passado. Os aeroportos de Guarulhos (SP), Curitiba (PR) e Viracopos, em Campinas (SP), foram os principais destinos dessas cargas, que partiram principalmente de Frankfurt (Alemanha), Copenhagen (Dinamarca) e Bruxelas (Bélgica).

A empresa tem realizado investimentos no monitoramento da cadeia de frio, utilizando dispositivos próprios de rastreamento. Com base nos dados obtidos, a companhia identificou pontos de atenção e implementou ajustes para garantir a integridade das cargas farmacêuticas. Segundo a empresa, essas ações permitiram uma expansão de 50% na rede Pharma nos últimos anos. Em comparação com 2023, o volume transportado da Europa cresceu aproximadamente 40%.

A LATAM Cargo também recebeu recentemente a recertificação CEIV Pharma, concedida pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). A empresa foi a primeira da América a obter essa certificação em 2017, voltada à conformidade com os padrões internacionais no transporte de produtos farmacêuticos.

LATAM CARGO INVESTE NO BRASIL

No Brasil, a LATAM Cargo ampliou suas operações com novas rotas, expansão de infraestrutura e parcerias logísticas. Em julho de 2024, passou a transportar cargas no compartimento inferior dos voos de passageiros que operam em Vitória da Conquista (BA), somando-se aos aeroportos de Salvador, Ilhéus e Porto Seguro. A companhia também aumentou em 50% a capacidade operacional no aeroporto de Guarulhos (SP) com a construção de um novo armazém, visando acompanhar o crescimento previsto para os próximos anos.

Entre as parcerias logísticas, destaca-se o acordo com a Amazon, anunciado em março de 2025, para reduzir prazos de entrega em 11 estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. No mercado internacional, a LATAM Cargo inaugurou rotas cargueiras desde o final de 2023: Miami–São José dos Campos (atualmente com três voos semanais), Miami–Brasília (dois voos semanais) e Amsterdam–Curitiba (dois voos semanais). Também ampliou de dois para três os voos na rota Miami–Florianópolis e iniciou uma nova ligação entre Europa e Florianópolis, com dois voos semanais.

Para 2025, a previsão do grupo LATAM é de crescimento de até 4% em sua capacidade total de carga, medida em ATK (Tonelada-Quilômetros Oferecidos), e de até 8% na oferta de assentos domésticos, medida em ASK (Assentos-Quilômetros Oferecidos), o que impacta também a capacidade de transporte de carga nas aeronaves de passageiros no mercado interno.

Fonte: “LATAM Cargo cresce no transporte de produtos farma

Costa Filho mira R$ 12 bi privados em programa para transformar aeroportos em ‘hubs logísticos’

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta terça-feira (8) que o governo lançará, entre junho e julho deste ano, um programa para consolidar os aeroportos como hubs logísticos. Os investimentos necessários serão feitos pela iniciativa privada, afirmou. Segundo Costa Filho, a iniciativa do governo tem potencial de atrair até R$ 12 bilhões.

Nomeado “Investe Mais Aeroportos”, o programa terá um plano de ação para apoiar que as atuais concessionárias busquem os investimentos para obras que priorizem o transporte de cargas. “Os aeroportos se tornaram grandes agentes de desenvolvimento regional. Hoje são hubs logísticos”, disse o ministro.

O programa foi anunciado pelo ministro durante audiência no Senado sobre as entregas e o plano de gestão da pasta de Portos e Aeroportos. Em 2024, foram R$ 3,2 bilhões em investimentos nos aeroportos. Para 2025, estão previstos R$ 3,4 bilhões, sendo R$ 2,3 bilhões privados e R$ 1,1 bilhão públicos.

Nos próximos dois anos, o governo federal vai entregar 66 obras no setor aeroportuário, entre elas a modernização e ampliação do Aeroporto de Congonhas, o segundo maior em movimentação do País.

Costa Filho também citou o avanço do AmpliAR, programa que prevê transferir a gestão de até 51 aeroportos regionais para as concessionárias que já operam nos grandes aeroportos. Em troca de investimentos, as empresas receberão reequilíbrio dos contratos vigentes.

Fonte: “Costa Filho mira R$ 12 bi privados em programa para transformar aeroportos em ‘hubs logísticos’

Especialista aponta obstáculos e estratégias para aprimorar last mile

De acordo com o Head of Sales da área de equipamentos da Pitney Bowes, tecnologias impulsionam eficiência e produtividade no setor logístico, reduzindo custos e otimizando processos.

Nos últimos anos, o setor logístico ganhou relevância significativa no Brasil, impulsionado especialmente pelo crescimento do e-commerce. Estima-se que o mercado brasileiro de frete e logística, avaliado atualmente em US$ 105,5 bilhões, possa alcançar US$ 140,7 bilhões até 2030, segundo dados divulgados pela Reuters. Dentro desse cenário, a logística last mile tornou-se fundamental, impactando diretamente a percepção do cliente sobre as empresas.

“A eficiência na última milha é crucial porque define a experiência final do consumidor. Falhas nessa fase podem comprometer a reputação de toda a cadeia logística”, o Head of Sales da área de equipamentos da Pitney Bowes, comentou Murilo Namura.

Entre os desafios enfrentados pelo setor está o alto custo operacional. Um estudo recente da consultoria Last Mile Experts revelou que a logística de última milha pode representar até 65% do custo total de transporte, pressionando empresas a buscarem soluções inovadoras para reduzir despesas sem comprometer a qualidade do serviço.

Investir em centros de distribuição e mini hubs próximos aos grandes centros urbanos também é uma alternativa. “Vemos galpões logísticos sendo construídos em cidades e interiores próximos aos centros, além do investimento em portos e aeroportos, onde é possível também atender às demandas de cross border (compra e venda de produtos em diferentes países)”, complementou o executivo.

Outro problema considerável no Brasil são as dificuldades impostas pela extensão territorial e pela infraestrutura precária em diversas regiões. Rodovias mal conservadas, trânsito intenso nas grandes cidades e regiões sem endereço bem definido geram atrasos frequentes e prejudicam a eficiência operacional.

“Investir em tecnologias para otimização de rotas é uma das alternativas mais eficazes para minimizar esses desafios logísticos”, explicou Namura. Segundo ele, ferramentas avançadas conseguem não só reduzir custos, mas também garantir maior precisão e agilidade nas entregas.

A adoção de plataformas colaborativas também tem crescido como uma alternativa viável. Baseada no conceito de economia compartilhada, essa solução conecta empresas a entregadores independentes, permitindo maior flexibilidade e redução relevante de custos operacionais.

A comunicação eficaz com o consumidor final também ganha destaque como um diferencial competitivo. Tecnologias que oferecem atualizações em tempo real sobre o status das entregas têm ajudado empresas a aprimorar a satisfação dos clientes, diminuindo as reclamações relacionadas à falta de informações.

Para Namura, a integração tecnológica é inevitável. “A inovação tecnológica deixou de ser opcional na logística last mile. Quem não se adaptar rapidamente pode perder mercado para quem oferece soluções mais rápidas e eficientes”, disse.

Fonte: “Obstáculos e estratégias para aprimorar last mile

Como o Mercado Livre redefiniu a logística do e-commerce e forçou a evolução das entregas no Brasil

Nos últimos anos, a logística do e-commerce no Brasil passou por uma revolução impulsionada por uma concorrência feroz. O Mercado Livre, ao apostar na estratégia de envio full, redefiniu os padrões de entrega, forçando grandes players a acelerarem seus investimentos em infraestrutura logística. Agora, a Amazon entra nesse jogo com um movimento ousado: a expansão de sua rede logística, que já atende a 100% dos municípios brasileiros, para tornar as entregas ainda mais rápidas e eficientes.

O impacto do envio full do Mercado Livre no setor

O Mercado Livre foi pioneiro ao estruturar um modelo de logística integrada que permitiu aos lojistas armazenarem seus produtos em centros de distribuição estratégicos, garantindo entregas ágeis e eficientes. Com essa abordagem, a empresa passou a oferecer envios mais rápidos, muitas vezes no mesmo dia, elevando o nível de exigência do consumidor e pressionando os concorrentes a aprimorarem suas operações.

Empresas que não se adequaram a essa nova realidade enfrentaram desafios para competir em um mercado em que a velocidade e a confiabilidade das entregas se tornaram fatores decisivos para a conversão de vendas.

Amazon e a evolução do modelo de entrega no Brasil

Com a recente expansão da infraestrutura logística da Amazon, fica claro que a empresa reconhece a necessidade de se adaptar à nova dinâmica do mercado brasileiro. A gigante do e-commerce, que já realiza entregas em todo o país, agora busca aprimorar sua eficiência com um serviço semelhante ao envio full, garantindo entregas ainda mais rápidas e fortalecendo sua presença nacional.

A Amazon poderá alcançar uma operação logística ainda mais eficiente, se estruturar sua expansão com base nos quatro pilares estratégicos abaixo:

– Maior precisão na operação local: contar com parceiros logísticos regionais que conhecem bem as rotas e os desafios locais pode otimizar prazos e reduzir falhas nas entregas.
– Facilidade para PMEs na conformidade legal: ao garantir conformidade legal e a correta emissão de documentos de transporte, a Amazon facilita a operação para pequenos e médios vendedores.
– Gestão eficiente da última milha: a etapa final da entrega é um dos maiores desafios logísticos no Brasil. Para garantir o cumprimento rigoroso dos prazos, é essencial uma coordenação eficaz da rede de autônomos e transportadoras agregadas, aproveitando expertise global para uma adaptação eficiente.
– Comunicação integrada e transparente: o investimento em um portal robusto para facilitar a interação entre plataforma, lojistas e consumidores pode aprimorar a experiência do cliente, garantindo rastreamento detalhado e atualizações constantes sobre suas entregas.

O que esperar do futuro do e-commerce brasileiro?

O que estamos presenciando no Brasil é uma corrida pela liderança logística no e-commerce. Se antes a principal batalha estava na variedade de produtos e preços, agora o diferencial competitivo está na capacidade de entregar rápido, com segurança e sem burocracia para os vendedores.

O Mercado Livre, ao elevar o nível do jogo com o envio full, obrigou concorrentes a se movimentarem. A Amazon responde com uma estratégia robusta, prometendo um novo padrão de eficiência e confiabilidade para seus clientes e parceiros. No fim das contas, quem ganha é o consumidor, que verá cada vez mais rapidez e qualidade nas entregas.

O próximo passo? A consolidação de um ecossistema logístico ainda mais integrado, que simplifique processos para os lojistas e reduza custos operacionais. As plataformas que conseguirem unir tecnologia, infraestrutura e conhecimento local sairão na frente nessa nova era do e-commerce no Brasil.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-o-mercado-livre-redefiniu-a-logistica-do-e-commerce-e-forcou-a-evolucao-das-entregas-no-brasil”

 

Lalamove espera manter crescimento no Brasil este ano

Desde que chegou ao Brasil em 2019, o serviço de entregas de encomendas via app Lalamove (AndroidiOS) vem crescendo rapidamente ano a ano. Até 2023, seu volume de corridas e de faturamento no país aumentava três dígitos. No ano passado, o crescimento foi de “dois dígitos altos” e a expectativa para 2025 é manter esse mesmo ritmo, informa a diretora geral da Lalamove, em recente conversa com Mobile Time.

No Brasil a Lalamove está presente em 17 cidades e registra mais de 1 milhão de corridas por mês. Por sua plataforma já passaram algumas centenas de milhares de motoristas. Os números exatos do país não são revelados. Mas a empresa informa que o Brasil disputa com a Malásia a segunda posição entre os maiores mercados da companhia no mundo. A liderança é das Filipinas. Cabe esclarecer que a China é atendida por outra empresa do grupo.

No mundo, a Lalamove está presente em mais de 400 cidades. Somente em fevereiro deste ano, contabilizou 15,2 milhões de usuários ativos e 1,4 milhão de motoristas ativos.

“Não trabalhamos com um perfil exclusivo de cliente, o que é positivo. Assim, não dependemos de uma área de economia ou de uma demanda específica ou sazonal. É bem pulverizado. Atendemos desde pessoa física que precisa fazer uma mudança ou entrega, até uma grande empresa que precisa distribuir produtos entre suas filiais, ou fazer movimentação de estoque. As pequenas e médias são as que mais se beneficiam, pois não precisam investir capital (em transporte) ou assinar um contrato de logística com volume mínimo”, explica a executiva.

Desde que chegou ao Brasil em 2019, o serviço de entregas de encomendas via app Lalamove (AndroidiOS) vem crescendo rapidamente ano a ano. Até 2023, seu volume de corridas e de faturamento no país aumentava três dígitos. No ano passado, o crescimento foi de “dois dígitos altos” e a expectativa para 2025 é manter esse mesmo ritmo, informa a diretora geral da Lalamove, em recente conversa com Mobile Time.

No Brasil a Lalamove está presente em 17 cidades e registra mais de 1 milhão de corridas por mês. Por sua plataforma já passaram algumas centenas de milhares de motoristas. Os números exatos do país não são revelados. Mas a empresa informa que o Brasil disputa com a Malásia a segunda posição entre os maiores mercados da companhia no mundo. A liderança é das Filipinas. Cabe esclarecer que a China é atendida por outra empresa do grupo.

No mundo, a Lalamove está presente em mais de 400 cidades. Somente em fevereiro deste ano, contabilizou 15,2 milhões de usuários ativos e 1,4 milhão de motoristas ativos.

“Não trabalhamos com um perfil exclusivo de cliente, o que é positivo. Assim, não dependemos de uma área de economia ou de uma demanda específica ou sazonal. É bem pulverizado. Atendemos desde pessoa física que precisa fazer uma mudança ou entrega, até uma grande empresa que precisa distribuir produtos entre suas filiais, ou fazer movimentação de estoque. As pequenas e médias são as que mais se beneficiam, pois não precisam investir capital (em transporte) ou assinar um contrato de logística com volume mínimo”, explica a executiva.

Lalamove: diferenciais e modelo de negócios

A especialização em entregas é um diferencial da Lalamove. Ela conta com uma oferta variada de veículos, desde motos até caminhões com capacidade para transportar 2,5 toneladas. O cliente contrata o serviço sob demanda, escolhendo o tipo de veículo que precisa e o tipo de entrega: regular; agrupada (o motorista pode agrupar outros pedidos, o que barateia o preço para o cliente); ou premium (o pedido é tratado como prioridade, conseguindo uma taxa de aceitação mais rápida).

Também é preciso informar se será necessária ajuda do motorista e/ou de um assistente para botar e tirar a encomenda de dentro do veículo; se precisa de um veículo refrigerado e/ou com isolamento térmico; se o motorista vai precisar esperar em uma fila etc. Tudo é feito pelo app.

Os motoristas, por sua vez, recebem uma lista de pedidos de entregas e podem escolher quais aceitam ou não. A Lalamove cobra uma taxa pela intermediação que é de 15,99% para os parceiros cujo veículo leva o adesivo da marca ou 19,99% para aqueles sem adesivo.

O cliente faz o pagamento por Pix ou cartão de crédito dentro do app, ou por boleto (no caso de empresas) ou diretamente com o motorista (que neste caso tem descontada de seu saldo com a Lalamove a comissão da empresa).

Fonte: “https://www.mobiletime.com.br/noticias/11/04/2025/lalamove-brasil/”

 

Previsão de demanda na Páscoa: o segredo de vender sem perder e sem sobrar

Toda Páscoa, o mesmo drama: estoques errados, clientes insatisfeitos e prejuízo no fim do mês. Quem trabalha no varejo conhece bem a cena – prateleiras vazias no momento errado, excesso de produtos encalhados depois do feriado, chocolates quebrados e uma logística correndo atrás do prejuízo.

Mas e se eu disser que essa história pode ser diferente? Que, com uma previsão de demanda precisa e guiada por dados e inteligência artificial (IA), você pode transformar sua operação em um mecanismo ajustado, sem desperdícios ou rupturas?

Trabalho com dados aplicados ao supply chain há anos e vejo um erro se repetir em datas como a Páscoa: a gestão de estoque baseada mais em feeling do que em informação concreta. O mercado mudou. Hoje, quem aposta na intuição, e não em dados, fica para trás.

Quem controla os dados controla as vendas

A previsão de demanda, quando bem feita, não é uma estimativa vaga. Ela é um mapa de oportunidade. Usando inteligência artificial e análise de histórico de vendas, conseguimos prever com precisão onde, quando e quanto o consumidor vai comprar. Isso significa estoque equilibrado, menos perdas e uma operação logística mais estratégica e rentável.

E os números só reforçam essa necessidade. Em 2025, 74% dos brasileiros pretendem comprar chocolates, doces ou ovos de Páscoa, segundo a pesquisa “Páscoa 2025: Uma caça às tendências do consumo brasileiro”, produzida pela Globo.

Mas não basta saber que as pessoas vão comprar. É preciso entender como, onde e por que elas fazem isso. Este ano, 59% pretendem comprar em supermercados e 33% em lojas especializadas. Porém, promoções bem estruturadas podem mudar essa dinâmica e impulsionar as compras online – um canal que ainda tem muito espaço para crescer.

Essa tendência se reflete em toda a América do Sul. Segundo a Mordor Intelligence, o mercado de chocolates na região crescerá 4,2% ao ano até 2029. Já a Statista estima que o comércio online de chocolates na Argentina crescerá 10,1% ao ano até 2029, chegando a US$ 95,8 milhões. No México, o número impressiona ainda mais: crescimento anual de 31,8% até 2028.

Do calor ao clique: IA também está nas entrelinhas da logística

Durante a última Páscoa, uma das líderes do setor – com quem tive contato – reduziu a insatisfação dos clientes em 35% ao garantir que os produtos chegassem em perfeito estado até a casa do consumidor.

Um dos segredos foi o uso de algoritmos que redesenharam rotas de distribuição em tempo real com base em variáveis como temperatura, distância e janelas de entrega, minimizando o risco de derretimento e garantindo a integridade dos chocolates. Esse tipo de aplicação vai muito além da previsão de vendas – é a eficiência logística guiada por IA.

Previsão de demanda: adeus, planilhas; olá, inteligência

Empresas que ainda dependem de planilhas manuais estão perdendo dinheiro – e o pior, competitividade. A IA permite criar cenários preditivos com base em históricos de vendas, combinados a fatores como clima, calendário promocional, localização e até comportamento digital dos consumidores.

Modelos de machine learning com variáveis externas ou redes neurais temporais conseguem processar milhares de linhas de dados em segundos, projetando demandas futuras com altíssima precisão.

Com isso, é possível distribuir estoques de forma personalizada para cada loja ou região, evitando tanto a falta quanto o excesso de produtos. O resultado? Prateleiras abastecidas na medida certa, menor custo logístico e um cliente que encontra o produto certo e na hora certa.

Do estoque perfeito ao lucro real

Um dos cases mais marcantes que acompanhei foi o de uma marca de chocolates de renome. Após anos enfrentando dificuldades com a sazonalidade dos ovos de Páscoa, eles decidiram testar um modelo preditivo de IA em apenas uma linha de produto.

O resultado foi surpreendente: uma redução de R$ 300 mil em descarte, além da liberação de R$ 200 mil em capital imobilizado. Tudo isso em um único ciclo de Páscoa.

Isso é supply chain inteligente: prever antes de agir. Quem ainda opera sem esses insights está basicamente atirando no escuro.

A próxima Páscoa começa agora

A Páscoa é um evento crítico para o varejo. Quem aposta apenas em feeling pode acabar com estoques encalhados ou lojas sem produtos em momentos cruciais de pico de vendas.

Com uma previsão de demanda precisa e uma estratégia de estoque orientada por IA, você transforma risco em oportunidade, desperdício em lucro e expectativas em vendas reais.

Sua marca está pronta para essa revolução? Porque ela já começou – e o próximo ciclo de sucesso se constrói agora com dados.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/previsao-de-demanda-na-pascoa-o-segredo-de-vender-sem-perder-e-sem-sobrar”

 

 

Nova rota entre Ceará e China deve beneficiar Shein e Shopee e aumentar em 20% as importações

Pecém passa a contar com ligação com diversos portos asiáticos, reduzindo o tempo de ligação entre o continente e o Estado.

A inauguração de uma nova rota para transportes de cargas entre a Ásia (principalmente a China) e o Porto do Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza, deve trazer ganhos logísticos para plataformas de e-commerce, como Shein, Shopee e AliExpress.

Conforme análise de especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste, a tendência é de que, com um tempo menor de deslocamento realizado praticamente de forma direta, já que o porto cearense será a primeira parada dos navios no Brasil, as plataformas digitais tenham custos reduzidos com as operações de importações de mercadorias, além de um aumento de 20% no volume do que chega do exterior.

O anúncio, ocorrido nesta quarta-feira (8), explica como será a nova rota. Chamada de Serviço Santana, o trajeto é operado pela MSC em parceria com a APM Terminals. De acordo com a divulgação, o ineditismo fica por conta da ligação direta entre a China e o Ceará.

A rota percorre, no continente asiático, o porto de Mundra (Índia) e passa por Singapura até chegar à China. De lá, segue por Yantian, Ningbo, Xangai — maior porto do mundo — e Qingdao.

Ainda na Ásia, faz uma última parada em Busan (Coreia do Sul) antes de retornar à América pelo Oceano Pacífico, onde chega ao Pecém, mas antes faz escalas em Cristobal (Panamá) e Caucedo (República Dominicana). Segundo material divulgado, a ideia é reduzir a conexão entre o continente e o Ceará praticamente pela metade.

“A nova rota marítima entre a China e Fortaleza reduz significativamente o tempo de transporte de mercadorias e favorece essa logística. (…) O tempo de deslocamento, que atualmente é de cerca de 60 dias, passará para apenas 30 dias, tornando o Ceará ainda mais competitivo no cenário do comércio exterior”, frisa Max Quintino, presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

Fonte: “https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/negocios/nova-rota-entre-ceara-e-china-deve-beneficiar-shein-e-shopee-e-aumentar-em-20-as-importacoes-1.3639287”