4 vantagens da terceirização logística para empresas

A terceirização da logística pode reduzir custos e aumentar a eficiência operacional, com previsão de crescimento de 74% nos investimentos até 2024.

A logística pode parecer um cenário desafiador, em alguns momentos. Gerenciar sua própria frota e ao mesmo tempo manter a eficiência e conformidade com as regulamentações resulta em custos significativos e complexidade de gestão burocrática. Por isso, para muitas organizações do ramo, a terceirização se mostra uma alternativa eficaz.

De acordo com dados da Gartner, uma das principais empresas de pesquisa e consultoria para tecnologia da informação, em 2022, os gerentes de logística subiram seu orçamento de terceirização em 66%, e, ainda nos próximos dois anos, esse número aumentará para 74%.

O ramo de terceirização pode trazer benefícios para empresas de ramos diversos, principalmente no segmento de logística, cito alguns abaixo.

1. Redução de custos

Manter a própria frota implica em gastos consideráveis com aquisição de veículos, manutenção, mão de obra, combustível, pedágios, seguros e uma série de outras coisas que podem se mostrar insustentáveis para empresas da área. Por isso, a terceirização da logística é considerada uma boa saída para minimizar esses custos.

2. Otimização e flexibilidade nas operações

Organizações terceirizadas podem já ter o conhecimento e experiência necessários para sugerir as rotas mais eficientes e os melhores horários, assim como lidar com variações sazonais de uma determinada demanda. Isso permite maior flexibilidade nas operações da empresa, que não precisará investir em novos veículos nem contratar funcionários temporários, por exemplo.

Além disso, a terceirização da logística torna tais processos mais simples, ágeis e eficazes, proporcionando resultados melhores e diminuindo possíveis falhas e desperdício de recursos na operação da contratante.

3. Acesso a tecnologias avançadas e profissionais capacitados

A prática pode oferecer uma variedade de recursos técnicos que otimizam as operações. Isso inclui sistemas modernos e inovadores (hardware e softwares que muitas vezes dispensam instalação e aplicativos para dispositivos móveis) que permitem integração entre diferentes atividades, assim como automatização de tarefas e acompanhamento em tempo real.

Além disso, essas empresas podem ter à disposição infraestrutura de processos, sistemas e time especializados para oferecer soluções inteligentes para os problemas, dificuldades e demandas do dia a dia.

4. Maior eficiência no transporte e entrega de cargas

Ao optar pela terceirização da logística, a companhia delega suas entregas a profissionais parceiros, que terão a tarefa de localizar as rotas mais estratégicas para evitar atrasos, assim como melhores preços e fretes. Tudo isso ajuda a desenvolver relações assertivas com os clientes, entregando produtos com mais rapidez e em bom estado.

Em conclusão, a área de outsourcing pode trazer diversos benefícios para a logística fazendo com que as organizações do setor contem com parceiros especializados para tarefas específicas e, assim, possam focar em outros ramos mais estratégicos e segmentados.

Fonte: “4 vantagens da terceirização logística para empresas | Exame

Plataformas de logística Pathfind e Fretefy anunciam fusão e miram crescer na região Norte

As plataformas de logística Pathfind e Fretefy anunciaram a união das marcas e, agora, se preparam para aumentar a capilaridade na região Norte até o final do ano.

Com a operação, a Mobiis, o novo nome da companhia, se consolida como uma das principais logtechs do mercado, em um movimento para dar mais tecnologia e eficiente para a logística no Brasil, país altamente dependente do transporte rodoviário e que possui sérios desafios no setor.

Segundo a companhia, já foram transacionados mais de R$ 1,4 bilhão de fretes. Anualmente, mais de 25 milhões de pedidos são roteirizados pela empresa, reduzindo os custos de transporte em 20%.

Para a crescer, projeta a contratação de mais de 50 colaboradores nos próximos meses.

Entre os principais clientes da Mobiis estão Heineken, Carrefour, FedEx, Riachuelo, Sem Parar, Nestlé, Algar Telecom, Votorantim, Gerdau, AAK, Ajinomoto e Consigaz.

“A partir desta união de forças com excelência tecnológica, visamos transformar desafios em resultados. Proporcionar um ecossistema logístico completo para os nossos parceiros”, disse, Adriano Cagnini, diretor de operações da Mobiis.

Fonte: “https://br.tradingview.com/news/moneytimes:9729f3c7bbc81:0/”

Além das criptomoedas, o blockchain também é utilizado na logística

Entenda como esta tecnologia, que surgiu em 2008 como suporte ao bitcoin e às criptomoedas, vem sendo utilizada também para facilitar e trazer ainda mais segurança nas operações de logística e de transporte de cargas entre as empresas. É o que nos explica nesta entrevista o especialista em inteligência artificial, Ulisses Silva, head de Logística e Ciências de Dados da empresa Prestex
 
Para começar, como poderia definir o blockchain, de uma forma mais simples?
Ulisses Silva: O blockchain é um banco de dados, como se fosse um livro contábil digital, no qual cada página é um “bloco” e esse bloco contém várias transações, como se fossem registros de um diário. Os blocos são conectados em sequência, formando uma “cadeia” – daí o nome “blockchain” (cadeia de blocos). Pense como se fosse uma corrente inquebrável, na qual cada link é um registro seguro e imutável de dados. O diferencial do blockchain é que ele é descentralizado, quer dizer, é mantido por todos que participam desta rede e não por um único órgão, garantindo transparência, segurança e confiabilidade nas informações.
E de que forma se acessa o blockchain?
Ulisses Silva: Existem duas principais formas, a blockchain pública, na qual qualquer pessoa com acesso à internet pode participar, seja criando uma carteira digital (wallet) para transações financeiras (similar a uma conta bancária) ou interagindo com aplicativos descentralizados (DApps), baseados em blockchain; e há a blockchain privada, que é restrita a um grupo de empresas ou organizações que precisam de um maior controle e confidencialidade das informações. Assim como existe infraestrutura em nuvem que as empresas contratam, a SaaS – Software as a Service, existe também o blockchain como um serviço, chamado de BaaS.
Qualquer empresa pode acessar esta tecnologia?
Ulisses Silva: Depende. As redes públicas de blockchain, sim, qualquer empresa ou pessoa pode criar contas e usar essas redes para suas finalidades (transações, contratos inteligentes, emissão de tokens etc.). Já nas redes privadas, há regras específicas. Normalmente é preciso entrar em contato com os administradores da rede, que definem quem pode entrar e quais informações podem ser acessadas. Além disso, há requisitos de conformidade legal ou de segurança, como assinatura de acordos ou contratos de confidencialidade, e a necessidade de integrar essa plataforma aos sistemas de gestão da empresa, como ERP ou CRM. Em alguns setores, grupos de grandes empresas se unem para compartilhar uma rede permissionada, por exemplo, cadeias de suprimentos, instituições financeiras, entre outros.
 
Há exemplos práticos de como o blockchain já é utilizado pela logística?
Ulisses Silva: Carrefour, por exemplo, utiliza a plataforma IBM Food Trust para rastrear em poucos segundos a origem de produtos alimentícios como frutas, vegetais e carnes. Isso ajuda a identificar possíveis problemas e a realizar recalls muito mais rápidos. A Maersk, em uma operação de Cingapura para Índia, substituiu o documento em papel de conhecimento de embarque (bill of lading – BL) por um registro em plataforma blockchain, com objetivo de compartilhar informações em tempo real, reduzindo a burocracia e atrasos na liberação de cargas. A agroindústria também tem adotado o blockchain para rastrear a origem de commodities (soja, café, carne) e certificar práticas sustentáveis.
Quais as principais vantagens que o blockchain pode trazer para o segmento de logística?
Ulisses Silva: Transparência, eficiência, segurança e integração dos processos. A tecnologia oferece visão unificada do ciclo de vida dos produtos, desde a matéria-prima até a entrega ao cliente final; possibilita conexão entre diferentes players como fornecedores, fabricantes, distribuidores e clientes, que podem usar uma mesma plataforma de dados, mesmo que cada um tenha seus sistemas internos. Com a verificação descentralizada, torna-se muito mais difícil falsificar documentos ou manipular registros de estoque e transações. Pagamentos podem ser liberados imediatamente quando a entrega é confirmada; seguros e garantias podem ser acionados sem intermediários. Ter uma linguagem ou formato de dados único facilita a interoperabilidade entre diferentes sistemas de logística e ERP. Enfim, com informações consolidadas e validadas na rede e com dados mais confiáveis sobre o fluxo de materiais, fica mais fácil realizar previsões de demanda e ajustes de estoque.
E para a logística emergencial B2B, que é o negócio da Prestex, qual a aplicabilidade do blockchain?
Ulisses Silva: No contexto de logística emergencial B2B, na qual a velocidade e a confiabilidade são cruciais, o blockchain gera valor quando é preciso ativar novos parceiros ou transportadores no menor tempo possível. Com uma plataforma de blockchain permissionada, assim que o fornecedor é validado, os contratos podem ser geridos por contratos inteligentes, reduzindo a burocracia. Isso agiliza a formalização de acordos e a troca de documentação, garantindo que as operações comecem praticamente de imediato. Com o blockchain é possível também acompanhar cada etapa do transporte por meio de registros imutáveis, facilitando o monitoramento das rotas em cenários críticos. Com diversos atores participando, a transparência do blockchain contribui para evitar fraudes, perdas ou manipulações de informações. Muitas soluções de blockchain para logística já dispõem de APIs ou módulos de integração com ERPs e plataformas de gestão. Assim, fica mais simples sincronizar dados de inventário, rotas e prazos de entrega com os registros descentralizados.
Podemos dizer então que o blockchain vai revolucionar a gestão integrada das cadeias de suprimentos?
Ulisses Silva: Acredito que sim. Embora ainda haja questões como padronização e integração com sistemas existentes, desafios, como um ambiente regulatório, e até uma barreira cultural, para aceitar a descentralização das informações, tudo indica que o blockchain tem um potencial enorme para trazer mais eficiência, segurança e agilidade às cadeias de suprimentos. Por exemplo, com o registro distribuído, todos os participantes têm acesso a dados confiáveis, em tempo real, sobre a origem e o trajeto dos produtos, desde a matéria-prima até a entrega final. Além disso, graças aos contratos inteligentes, muitos processos burocráticos podem ser automatizados sem intermediários, como a liberação de pagamentos assim que a mercadoria for entregue. Isso não só reduz custos e evita erros, como também fortalece a confiança entre parceiros de negócio.
E para o cliente final, o que muda?
Ulisses Silva: O consumidor ganha mais transparência sobre a origem e o percurso do produto. Imagine poder escanear um código com o celular e saber exatamente de qual fazenda veio um alimento, ou quando e onde foi embalado. Isso gera confiança e cria um diferencial importante em termos de qualidade e segurança. Além disso, a tecnologia blockchain pode ajudar a reduzir custos ao longo da cadeia de suprimentos, e isso pode se refletir em preços mais competitivos para o consumidor.
Em muitos casos o cliente conseguirá ter acesso a essas informações, principalmente quando falamos de blockchains públicas ou de soluções em que as empresas disponibilizam dados para o público. Esse nível de rastreabilidade está se tornando cada vez mais comum e valorizado pelos consumidores que buscam mais transparência e responsabilidade das marcas.
Para fechar, quais ainda são os desafios para utilização em grande escala do blockchain?
Ulisses Silva: Primeiro, a educação e o entendimento correto do que essa tecnologia pode ou não resolver. Muitas vezes há exagero de expectativas. Também é importante garantir a integração com sistemas legados, já que poucas empresas podem se dar ao luxo de trocar todos os seus softwares de uma hora para outra. O desenvolvimento de padrões comuns para uso em logística ainda está em evolução, o que pode limitar a colaboração entre empresas que usam plataformas diferentes. Mesmo com esses desafios, o fato de empresas ao redor do mundo estarem investindo cada vez mais em soluções de rastreabilidade, contratos inteligentes e auditoria distribuída mostra que o blockchain tem um potencial real de transformar não só o fluxo de mercadorias, mas também a confiabilidade e a segurança na troca de informações.

WDC Networks anuncia centro de distribuição em Itajaí (SC)

Situado às margens da BR-101, a apenas 7 km do Porto de Itajaí, o novo centro possui capacidade para armazenar até 11 mil pallets.

A WDC Networks anunciou a inauguração do primeiro centro de distribuição na Região Sul do país, na cidade de Itajaí (SC)De acordo com a empresa, o novo CD visa otimizar a operação logística da empresa, garantindo um atendimento mais ágil e eficiente aos clientes da região.

Situado às margens da BR-101, a apenas 7 km do Porto de Itajaí, o novo centro possui capacidade para armazenar até 11 mil pallets. Com isso, a WDC Networks descentraliza o estoque, atualmente concentrado nas cidades baianas de Ilhéus e Simões Filho, permitindo maior agilidade nos processos de importação, montagem e distribuição.

A nova estrutura atenderá especialmente os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que já representam 15% do faturamento da empresa. “Hoje, essa nova operação logística irá focar nas soluções de Telecom, mas muito em breve irá atuar também com outras linhas de produtos que fazem parte do nosso portfólio, como as soluções de Áudio e Vídeo Pro-AV e cibersegurança”, disse diretor de Logística da WDCJuranilson Santos.

REDUÇÃO DE PRAZOS E AUMENTO DA COMPETITIVIDADE

A unidade será operada pelo parceiro logístico Contrans, utilizando o mesmo sistema de gestão empresarial adotado pela WDC Networks na Bahia. Segundo a companhia, isso proporcionará mais controle sobre a operação e facilitará a tomada de decisões, reduzindo custos e otimizando a eficiência logística.

“Com a nova unidade, esperamos diminuir o tempo de entrega dos produtos de cinco a sete dias úteis para 48 horas, uma vez que podemos realizar a importação no próprio porto de Itajaí. Todo esse ganho reflete em aumento de produtividade, tornando nossas entregas muito mais competitivas”, afirmou Santos.

De acordo com o diretor, novo CD beneficiará também clientes do Sudeste, dada a proximidade entre Santa Catarina e São Paulo em comparação com a Bahia. Segundo o executivo, transportadoras de Itajaí enviam caminhões diariamente para a capital paulista, possibilitando entregas em até 24 horas. Outra vantagem é o uso da rota marítima via Cabo da Boa Esperança, que permitirá entregas diretas em Itajaí, economizando até dez dias de transporte marítimo em relação ao Porto de Ilhéus.

SUSTENTABILIDADE

De acordo com a empresa, a escolha do operador logístico para a unidade de Itajaí considerou critérios de Environmental, Social, GovernanceA empresa integra o Comitê ESG Workspace da B3 e adota diversas práticas ambientais e sociais.

Entre as iniciativas sustentáveis, a nova unidade conta com um sistema de captação e reaproveitamento de água da chuva com capacidade para 90 mil litros, além de um sistema de iluminação zenital, que utiliza telhas transparentes para aproveitar a luz natural e reduzir o consumo elétrico.

Fonte: “WDC Networks anuncia centro de distribuição em Itajaí (SC)

Amazon e LATAM Cargo anunciam parceria para acelerar entregas em 11 estados do Brasil

Pacotes comprados na Amazon serão transportados em aeronaves de passageiros e cargueiras, partindo de Guarulhos para destinos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

A Amazon Brasil e a LATAM Cargo Brasil firmaram parceria para acelerar a entrega de produtos em 11 estados de três regiões brasileiras (Norte, Nordeste e Centro-Oeste), reduzindo para até dois dias o prazo de envio de pacotes comprados na Amazon Brasil.

Os pacotes serão transportados no compartimento inferior das aeronaves de passageiros da LATAM Airlines Brasil e também em aeronaves cargueiras da LATAM Cargo, a partir do Aeroporto de Guarulhos (São Paulo). Os destinos serão Fortaleza (CE), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Maceió (AL), Recife (PE), Salvador (BA), Manaus (AM), Palmas (TO), Belém (PA) e Cuiabá (MT).

Em comunicado, a Amazon afirmou que possui planos de desenvolvimento para o Brasil em 2025“Nosso plano para 2025, abrange diversas unidades de negócios da empresa e representa um aumento significativo da nossa capacidade de atendimento em locais estratégicos. Isso inclui a abertura de novos polos logísticos e aumento de nossas capacidades de transporte, aprimorada inclusive pela expansão com parcerias aéreas. Alcançamos isso através de uma visão de crescimento de longo prazo, aperfeiçoando constantemente e trabalhando com parceiros e especialistas locais de excelência, como a LATAM” disse o head de Transporte Aéreo da Amazon no BrasilAlex Cristiano de Paula.

Fonte: “Amazon e LATAM Cargo se unem para acelerar entregas no Brasil

Magalu agrega logística própria à parceria com o AliExpress

O Magalu anuncia a inclusão do Magalog, operador logístico próprio criado em 2024, em entregas envolvendo a parceria com o AliExpress. O objetivo é reduzir os custos para a companhia, além de tornar o processo mais eficiente.

De acordo com Vanessa Rossini, diretora de Relações com Investidores do Magalu, as conversas para incluir seu serviço logístico dentro da parceria estão avançadas. “Nós podemos agregar mais receita para a empresa e trazer maior densidade de logística para a Magalog”, diz.

Isso, aliás, é outro motivo dado por ela para internalizar a logística envolvendo a parceria entre a varejista brasileira e o marketplace chinês. “Quanto maior o nível da densidade dos produtos transportados, maior é a diluição dos custos para o serviço de logística”, complementa a executiva. A Magalog atua em todo o Brasil.

Magalu e AliExpress

Com a “união” firmada no meio do ano passado e iniciada em meados de outubro, poucos meses depois, a Magalu já consegue vender produtos de seu ecossistema aos usuários do AliExpress e vice-versa. Além disso, a parceria visa remediar os impactos da taxação em compras internacionais, que afetou o cross-border. A relação de usuários brasileiros com players asiáticos foi a mais prejudicada.

“Nosso acordo prevê o uso do programa Remessa Conforme, que facilita a importação dentro do novo modelo tributário, garantindo que as operações estejam em conformidade com a legislação vigente no Brasil”, afirma Lucas Ozório, gerente de Relações Institucionais do Magalu.

Fonte: “Magalu agrega logística própria à parceria com o AliExpress – E-Commerce Brasil

Apesar de avanços, logística farmacêutica esbarra em roubo de cargas e custos elevados

Estudo conduzido pela Deloitte a pedido da ABRADIMEX apontou que distribuição chega a todas as regiões do país, mas desafios com segurança e fretes impactam o setor.

Um levantamento inédito analisou a logística de distribuição de medicamentos no Brasil e trouxe dados relevantes sobre o setor. Conduzido pela Deloitte a pedido da Associação Brasileira de Distribuidores de Medicamentos Especializados, Excepcionais e Hospitalares (ABRADIMEX), o estudo apontou que a distribuição farmacêutica alcança todas as regiões do país, com maior concentração no Sudeste e Sul, e enfrenta desafios como o roubo de cargas e o aumento dos custos logísticos.

Segundo o relatório, cerca de 80% dos deslocamentos de medicamentos no país são feitos por transporte terrestre, enquanto 20% ocorrem por via aérea. A distribuição abrange 100% dos municípios da região Sul, 99% no Sudeste, 93% no Centro-Oeste, 67% no Nordeste e 63% no Norte.

Para garantir a eficiência das entregas, os centros de distribuição (CDs) estão estrategicamente localizados em 56 cidades, próximos a rodovias e aeroportos. “Cada CD atende, em média, 45 municípios, com variações em função de fatores como extensão territorial e infraestrutura de transporte”, disse o presidente-executivo da ABRADIMEX, Paulo Maia.

A necessidade de controle rigoroso da temperatura é um fator essencial no transporte de medicamentos, especialmente os termolábeis, como aqueles utilizados para tratamento oncológico, endócrino e reumatológico. As normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exigem que esses produtos sejam transportados a temperaturas iguais ou inferiores a 8?°C.

O estudo revelou que, no caso dos medicamentos de referência, similares e genéricos, 71% necessitam de refrigeração e 29% exigem cuidados especiais na armazenagem e transporte.

“O custo do transporte no Brasil pode se elevar ainda mais devido à vasta extensão geográfica e à variação climática, agravada pelo aquecimento global. Mas esse panorama só reforça a função estratégica exercida pelas distribuidoras”, acentuou Maia.

ROUBO DE CARGAS E AUMENTO DE CUSTOS LOGÍSTICOS

Apesar da capilaridade e eficiência do setor, a segurança no transporte tem sido um desafio crescente. O estudo indicou que os produtos farmacêuticos representam apenas 2% das cargas roubadas no Brasil, mas são alvos frequentes devido ao seu alto valor agregado, facilidade de revenda e dificuldade de rastreamento.

O relatório destacou que 85% dos roubos de carga ocorrem na região Sudeste, com maior incidência em vias urbanas e rodovias. Além disso, a invasão a depósitos e centros de distribuição tem aumentado desde 2022.

De acordo com a pesquisa, os gastos com segurança cresceram até 20% para metade das empresas, enquanto 20% dos distribuidores elevaram esse custo em até 40% e 17% em até 60%. Na visão dos mais de metade de 40 especialistas em gerenciamento de risco no transporte de carga, haverá elevação nos furtos para remessas farmacêuticas em 2025.

“Os empreendedores arcam com a elevação do frete de 5% a 10% em zonas de risco, encarecimento do seguro e alto investimento na adoção de carros blindados, escolta e tecnologia de segurança”, disse o presidente-executivo da ABRADIMEX.

ROUBO DE CARGAS DE FORMA GERAL

O roubo de cargas é um problema que extrapola os limites da logística farmacêutica. Porém, apesar da persistência dessa questão no transporte brasileiro, um novo levantamento mostra um cenário positivo para o mercado: a redução de 32% na sinistralidade em 2024, comparado ao ano anterior. O dado, que reflete a relação entre prejuízo final e valores gerenciados, faz parte do “Report Anual de Roubo de Cargas nstech 2024”.

Segundo a companhia, investimentos em tecnologia e aprimoramento de processos foram os principais responsáveis pela redução. O relatório destacou a evolução das ferramentas de gestão de risco, monitoramento e rastreamento de veículos, além de um reforço na inteligência de dados aplicada à segurança logística.

“Não é um único elemento que garante o sucesso, mas sim a aplicação coordenada de diferentes tecnologias e estratégias”, enfatizou Mauricio Ferreira, vice-presidente de Inteligência de Mercado da nstech.

Fonte: “Avanços na logística farmacêutica esbarram em roubos e custos altos

SHEIN expande marketplace para mais cinco estados brasileiros

Com cerca de 30 mil vendedores brasileiros ativos e 60% das vendas via marketplace, a SHEIN, varejista global de moda, beleza e lifestyle, anuncia plano de expansão da plataforma para mais cinco Estados em 2025.

Segundo a companhia, a estratégia reforça o compromisso da marca com o Brasil, que foi escolhido para a implantação do projeto-piloto em 2022 e o lançamento do modelo no ano seguinte, em abril.

Felipe Feistler, country manager da marca no país, afirma que o marketplace nacional da companhia já é uma referência global para a SHEIN, que atua em mais de 150 países. Segundo o executivo, adicionalmente, o mercado brasileiro tem uma forte cultura em marketplace e um ecossistema digital altamente desenvolvido, “o que favorece modelos de negócio escaláveis”, avalia.

Além disso, a empresa aposta na força da indústria da moda no país. “Esse cenário favorece modelos de negócios escaláveis”, explica o executivo. Em complemento, a SHEIN confia na força da indústria da moda brasileira para consolidar seu marketplace como um ambiente estratégico e especializado. “Nosso objetivo vai além de ampliar a oferta: queremos ajudar os vendedores a estruturar suas próprias marcas de moda, oferecendo suporte para que cresçam com boas receitas e margens de lucro”, complementa.

Goiás, Espírito Santo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram os selecionados para essa expansão em 2025, sendo o último deles um dos principais focos no primeiro trimestre. Ainda de acordo com a companhia, hoje, 75% dos produtos disponíveis no marketplace são produzidos localmente e 85% dos itens de vestuário feminino, masculino e calçados disponíveis para os consumidores são fabricados no Brasil.

“A indústria da moda brasileira é robusta, com um parque fabril expressivo e empreendedores de diversos portes, o que se alinha ao propósito da SHEIN de conectar vendedores locais a milhões de consumidores”, diz Feistler. Até o fim de março, a SHEIN espera atingir mil comerciantes no Estado catarinense, com foco inicial nas cidades de Blumenau, Joinville, Florianópolis, Brusque e Itajaí.

“Nossa expansão tem como objetivo tornar a SHEIN cada vez mais brasileira”
Felipe Feistler, country manager da SHEIN no Brasil

Sucesso nas vendas

Atualmente, a plataforma oferece produtos em mais de 20 categorias, com destaque para roupas, calçados e artigos para casa. Os planos incluem também a implantação de duas novas frentes em 2025: livros e alimentos.

A possibilidade do rápido crescimento nas vendas é um dos atrativos para os novos vendedores. A marca fluminense Mapolla Intense, de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, é um dos exemplos disso. De acordo com dados da SHEIN, a empresa entrou na plataforma em novembro de 2023 e, em apenas três meses, teve o marketplace da varejista como responsável por 80% da receita. O faturamento que era de R$ 40 mil saltou 750%, chegando a R$ 300 mil por mês em fevereiro do ano posterior à entrada no e-commerce. E, em janeiro de 2025, chegou a R$ 600 mil por mês.

Outro destaque é a varejista de moda infantil Miguxos e Miguxas. A empresa, que tem a SHEIN como única plataforma de marketplace, recebe atualmente mil pedidos por mês e tem uma receita mensal de R$ 120 mil. Em dezembro do ano passado, a marca faturou R$ 207 mil, um salto de 64% na comparação com os ganhos do mesmo período de 2023.

“A SHEIN oferece suporte completo aos vendedores, com um ecossistema estruturado para facilitar a entrada e o crescimento dentro da plataforma”, esclarece Feistler. Isenção de comissão nos primeiros 30 dias, acesso ao ecossistema logístico da marca, treinamento e orientação contínua, além de exposição e campanhas promocionais, estão entre as estratégias da companhia para atrair e reter os comerciantes.

Feistler avalia que os bons resultados alcançados pelas marcas que estão no marketplace se devem ao fato de a SHEIN ter transformado a forma como os brasileiros compram moda e lifestyle, a partir de uma “experiência de consumo inovadora, acessível e altamente personalizada”.

As empresas que desejam fazer parte da plataforma de vendas da SHEIN devem efetuar um cadastro online e, posteriormente, passam por uma avaliação. Entre os requisitos avaliados para a certificação, estão a obrigatoriedade de comprovar um CNPJ ativo, estar em conformidade com a legislação tributária brasileira e ter produtos verificados que não foram diretamente associados a marcas registradas, garantindo sua qualidade e autenticidade.

Planos ambiciosos

Os planos de crescimento do marketplace seguem para os próximos anos. A meta da empresa é atingir 85% de vendas locais até o final de 2026, combinando negócios do marketplace e da produção nacional, unindo dois pilares principais: a expansão da plataforma e o fomento ao empreendedorismo por meio de capacitação e infraestrutura.

Fonte: https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/economia/shein-expande-marketplace-para-mais-cinco-estados-brasileiros/

Shopee amplia logística em Goiás com novo centro de distribuição em Aparecida de Goiânia

A Shopee inaugurou um novo centro de distribuição em Aparecida de Goiânia, fortalecendo sua rede logística na Região Metropolitana.

O espaço vai operar no modelo crossdocking, em que os produtos coletados por parceiros logísticos são organizados e rapidamente encaminhados para entrega, sem necessidade de armazenamento.

De acordo com Rafael Flores, head de Expansão e Malha Logística da Shopee, a abertura do hub é um movimento estratégico para aproximar a empresa dos pontos de coleta no Distrito Federal e em Goiás.

Entre os produtos mais vendidos na região estão kits de pesca, protetores de ouvido, drones e rádios comunicadores. A unidade em Aparecida de Goiânia já gerou 120 empregos e se soma a outros três hubs da Shopee no estado, localizados em Goiânia, Anápolis e Rio Verde.

Fonte: https://expresso360.com.br/shopee-amplia-logistica-em-goias-com-novo-centro-de-distribuicao-em-aparecida-de-goiania/

Dropshipping deve crescer 22% ao ano e movimentar US$ 1,25 trilhão até 2030

Veja como o dropshipping está se tornando um mercado bilionário e descubra as oportunidades para fornecedores que querem se destacar nesse crescimento acelerado.

O dropshipping está prestes a entrar em uma fase de expansão acelerada. De acordo com a consultoria Grand View Research, a venda sem estoque deve apresentar uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 22,0% entre 2025 e 2030.

Com um tamanho de mercado estimado em US$ 464,44 bilhões em 2025, a previsão é de que o segmento atinja a impressionante marca de US$ 1,253 trilhão ao final da década.

Em termos de crescimento, isso representa um aumento de US$ 788 bilhões em apenas cinco anos, sinalizando grandes oportunidades para aqueles que souberem se posicionar corretamente e diversificar os canais de distribuição.

Afinal, essa dinâmica abre portas para expandir a atuação dentro do Brasil sem precisar se preocupar com as complexidades do comércio internacional, como tarifas de importação, prazos de envio longos e flutuações cambiais.

No país, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta que o e-commerce movimentará R$ 234,91 bilhões este ano, reforçando a importância das vendas online na economia nacional.

Oportunidade para fornecedores: infraestrutura e competitividade

No contexto do dropshipping, quando falamos em fornecedores, estamos nos referindo a empresas como fábricas, distribuidoras ou atacadistas que produzem ou distribuem os produtos vendidos pelas lojas virtuais.

Portanto, eles têm um papel estratégico, pois são os responsáveis por armazenar, separar e enviar os produtos diretamente aos consumidores finais, sem que os lojistas precisem manter um estoque físico.

Para se destacar nesse cenário, é essencial que esses fornecedores tenham uma infraestrutura logística bem estruturada, que envolve:

– Centros de distribuição estrategicamente localizados, para reduzir os prazos de entrega;

– Sistemas de gestão de estoque integrados, para garantir que os pedidos sejam atendidos de forma precisa e eficiente;

– Automação de processos, como o uso de tecnologia para rastreamento de pedidos e otimização da separação e expedição, que permite um fluxo de trabalho mais rápido e reduz a chance de erros.

Além disso, contar com parceiros logísticos especializados permite expandir a área de atuação sem comprometer a eficiência. Empresas que investem nesses aspectos conseguem atender a uma demanda crescente e se posicionar de maneira mais competitiva.

O crescimento do dropshipping nacional

Embora o dropshipping tenha se popularizado com fornecedores internacionais, a necessidade de entregas mais rápidas e simplificadas tem impulsionado a venda sem estoque nacional.

Afinal, operando localmente, é possível reduzir prazos de entrega e melhorar o atendimento ao cliente, fatores decisivos para superar a importação direta.

Vale ressaltar que o fortalecimento do dropshipping dentro do Brasil apresenta benefícios para todos os stakeholders:

– Fornecedores: o modelo de dropshipping nacional oferece maior previsibilidade na demanda, permitindo planejar melhor a produção e evitar excessos de estoque ou rupturas;

– Lojistas: a parceria com fornecedores do Brasil garante redução de custos de frete e prazos mais curtos, pontos cruciais para melhorar a experiência do cliente e, consequentemente, a taxa de conversão;

– Consumidor: prazos de entrega mais rápidos aumentam a satisfação e a fidelização. Portanto, a expansão do dropshipping não é apenas uma estatística animadora, mas um reflexo de uma mudança real na forma como os consumidores compram.

Essa é uma oportunidade única e valiosa para fornecedores nacionais se posicionarem como líderes nesse mercado bilionário, mas para isso será necessário investir em infraestrutura, tecnologia e eficiência logística.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/dropshipping-deve-crescer-22-ao-ano-e-movimentar-us-125-trilhao-ate-2030