Drones para entregas: quando veremos isso no Brasil?
Hoje em dia, o e-commerce é a primeira opção de muitas pessoas quando querem adquirir novos produtos. Como há muita concorrência, a agilidade na entrega é um dos quesitos que pode fazer uma loja se diferenciar de outra. E a entrega feita por drones pode ser uma forma de realizar essa operação de maneira muito ágil.
Embora já seja bastante usada em outros países, a entrega por drones ainda vai levar um tempo até se tornar um serviço de larga escala aqui no Brasil. Entretanto, em 2022, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a primeira operação comercial de delivery utilizando drones no país. Vejamos a seguir como está essa questão hoje e quando ela deve se tornar mais uma opção de entrega rápida por aqui.
Como acontece a entrega por drones?
Em vários países, como os Estados Unidos, a entrega por drones já é um serviço explorado comercialmente. A Amazon lançou ainda em 2016 o serviço Prime Air, que consegue levar a mercadoria até a casa do cliente em até 30 minutos. Após esse lançamento pioneiro, o serviço se tornou viável a partir de junho de 2022.
A demora é porque esse tipo de serviço de entrega envolve uma logística muito complexa, além de necessitar de autorização específica da entidade responsável que controla o espaço aéreo. Para que a entrega por drones possa ocorrer, é necessário atender a alguns fatores:
- Definição de rotas: os drones percorrem uma rota pré-definida e autorizada pelo órgão competente. A empresa, então, deve ter em mãos o mapeamento da área para poder definir a logística – o que envolve, por exemplo, o tempo dos voos e a organização das etapas para a entrega.
- Formação de “avenidas aéreas“: são as rotas que o drone vai percorrer para chegar de um ponto até o outro. Essa rota é percorrida e comandada pelos operadores de voo, que não podem alterá-la durante o trajeto do drone.
- Estabelecimento dos “drones ports“: é preciso que haja locais específicos para decolar e aterrissar os drones. Esses “aeroportos” precisam comportar uma estrutura de cerca de 4 x 4 metros, com suporte tecnológico e área extra de isolamento no entorno.
Vantagens e desvantagens da entrega por drones
O desenvolvimento da logística de entrega por drones se deu justamente por conta de sua principal vantagem: a agilidade na hora de levar o produto até o cliente. Mas há outros aspectos positivos, sendo um deles o baixo custo com consumo de combustível do drone, tornando-o altamente eficiente em relação, por exemplo, a um deslocamento feito por um entregador humano.
Em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, a entrega por drones também é uma forma de desafogar o trânsito, o que pode significar menos acidentes e um menor fluxo de veículos nas vias. Uma vez que o drone percorre vias aéreas, ele também não vai ficar parado em congestionamentos.
Por outro lado, há vários outros aspectos que talvez possam ser considerados desvantajosos, e requisitam análise cuidadosa. Uma delas é a segurança: os drones podem estar sujeitos a roubos e interferências nas entregas por outros tipos de criminosos. E, quando operados sem responsabilidade, há também riscos de que eles se choquem com estabelecimentos ou até caiam, podendo ferir os transeuntes.
Não menos importante, deve-se considerar o aspecto humano e da empregabilidade. É claro que, se esse tipo de entrega se popularizar, ela deve gerar novos empregos para pessoas especializadas em pilotar drones e participar da operação logística. Mas também não se pode esquecer que o serviço pode diminuir a demanda por entregadores presenciais terceirizados, provocando um tipo de problema que precisa ser lidado tanto pelas empresas quanto pelos governos.
Vai se popularizar no Brasil?
Ainda deve levar algum tempo para que essa modalidade de entrega se torne totalmente viável por aqui, uma vez que são necessárias várias decisões e adaptações do espaço urbano. É necessário, por exemplo, que os edifícios tenham espaços para pouso dos drones, faixas aéreas dedicadas para o trajeto dos drones, entre outros fatores.
- Há também a questão da legislação, que depende diretamente da Anac, responsável por regularizar o espaço aéreo. Até o momento, a norma vigente no momento determina que os drones devem ser operados dentro do campo de visão do piloto.
Mas vale lembrar que algumas experiências já estão sendo feitas por aqui. Em março de 2025, os Correios fizeram a primeira entrega simbólica de uma encomenda transportada por drone. Ela ocorreu em Curitiba e foi parte do projeto para a criação de “aerovias” de entregas por drone desenvolvido pela Atech, empresa da Embraer responsável pelos sistemas de controle de voo no Brasil.
Na ocasião, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, declarou que a ação representaria um avanço significativo na modernização do serviço de entregas no Brasil. “Esta iniciativa pioneira dos Correios, em parceria com a Embraer, reforça nosso compromisso com a inovação e a eficiência no transporte de encomendas. Estamos acompanhando de perto esse desenvolvimento, que tem o potencial de transformar a conectividade e a acessibilidade dos serviços postais, levando mais agilidade e tecnologia para a população”, disse.
O drone que foi usado na ação foi elaborado com tecnologia 100% nacional e é capaz de suportar até 35 quilos. Para respeitar as normas da Anac, a entrega foi realizada em rota evitando o fluxo de pessoas. Ele decolou da Praça Afonso Botelho, sobrevoou a Ligga Arena e aterrissou com precisão na área externa do estádio. Dois carteiros participaram da entrega da encomenda, na decolagem e no pouso do drone.
Fonte: “https://www.tecmundo.com.br/mercado/403806-drones-para-entregas-quando-veremos-isso-no-brasil.htm”
Mercado Livre (MELI34) anuncia aporte de R$ 34 bilhões no Brasil;
O Mercado Livre (MELI34) anunciou um aporte de R$ 34 bilhões no Brasil para 2025, montante 47,8% maior do que o realizado em 2024. Excluindo o efeito cambial, o crescimento é de 32%. O anúncio ocorreu nesta segunda (7), em evento realizado no centro logístico de Cajamar, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado de ministros.
Fernando Yunes, CEO do Mercado Livre no Brasil, destaca que o investimento é recorde e será direcionado para tanto para logística, tecnologia para e-commerce e serviços financeiros, programas de loyalty e entretenimento, ações de marketing e reforço no quadro de funcionários da gigante do e-commerce.
O montante corresponde ao investimento da empresa em bens de capital somados a uma parcela das despesas operacionais associadas ao desenvolvimento das prioridades de negócios da companhia.
A companhia se comprometeu ainda com a criação de 14 mil postos de trabalho em sua operação no Brasil neste ano. Caso se concretize, o Mercado Livre irá superar a marca de 50 mil funcionários no país.
O aporte deste ano configura o oitavo aumento consecutivo dos recursos destinados ao país.
Presente em 18 países, e nascida na Argentina, a companhia aponta a operação brasileira como, historicamente, a maior. Apenas em 2024, o Brasil representou 54,9% da receita total da empresa no consolidado do ano, chegando a uma receita líquida no país de R$ 61,4 bilhões, sendo R$ 37,7 bilhões em e-commerce e R$ 23,7 bilhões em Mercado Pago.
A companhia atrela este crescimento a um impacto positivo na arrecadação fiscal do país. Em 2024, a empresa registrou a contribuição de R$ 5 bilhões em pagamentos de impostos federais, estaduais e municipais, conforme dados apresentados no evento.
“Vamos seguir investindo forte no Brasil, gerando empregos e gerando um futuro melhor”, afirmou Yunes.
Luiz Marinho, ministro de Trabalho e Emprego, também presente no evento, afirmou que o Brasil vive um bom momento na economia, com a reforma tributária como pano de fundo, além de um processo de reconstrução do Brasil e de suas políticas públicas, fomentando empregos e empreendedorismo.
“Mês passado geramos 432 mil empregos formais no Brasil. E vamos continuar crescendo e gerando empregos”, afirmou, destacando ainda o desempenho financeiro do país.
O movimento da companhia vem após resultados acima das expectativas no quarto trimestre de 2024. O Mercado Livre divulgou um lucro líquido quase quatro vezes acima do apurado no mesmo período de 2023.
A empresa, a maior da América Latina em valor de mercado, informou que seu lucro líquido entre outubro e dezembro chegou a US$ 639 milhões, aumento de 287% ano a ano.
A receita líquida chegou a US$ 6,1 bilhões, 37% maior que um ano antes e acima das estimativas de US$ 5,9 bilhões, com o volume bruto de mercadorias (GMV) subindo 8% ano a ano, impulsionado pela alta de 32% na operação no Brasil, seu principal mercado, em base neutra de câmbio.
O lucro antes de juros e impostos (Ebit) chegou a US$ 820 milhões no trimestre encerrado em dezembro, alta de 144% ante o mesmo período do ano anterior.
Fonte: “https://www.moneytimes.com.br/mercado-livre-meli34-anuncia-aporte-de-r-34-bilhoes-no-brasil-outra-vez-a-economia-brasileira-vai-surpreender-diz-lula/”
Do virtual para o físico, como os brindes impulsionam vendas no e-commerce
O uso de brindes personalizados, no varejo, é uma estratégia amplamente conhecida, afinal, ao presentear consumidores, é possível fortalecer relacionamentos, criar conexões emocionais e aumentar a exposição à marca.
Para você ter uma ideia, 81% dos consumidores afirmam manter brindes por um ano ou mais, de acordo com pesquisa da Gitnux.
Quando falamos do setor de e-commerce, os brindes personalizados desempenham um papel ainda mais importante. Ao contrário de uma loja física, onde é possível trabalhar todos os sentidos do cliente, as lojas virtuais possuem maior dificuldade com o tato e o olfato.
Nesse sentido, ofertar brindes agrega mais valor à experiência do consumidor, elevando a experiência de compra e incentivando maior fidelidade.
Aquisição, vendas e visibilidade de marca
Quando realizada de maneira estratégica, uma ação promocional com brindes é excelente para aumentar a taxa de aquisição de clientes. Oferecer um presente incentiva novos consumidores a finalizarem a compra e, de quebra, você já começa o relacionamento com o pé direito, ofertando um item tangível para que a pessoa se lembre da loja.
Os brindes também podem ser usados durante ações, ofertas e campanhas para aumentar o senso de urgência e de oportunidade. Essa é uma excelente estratégia, inclusive, para elevar o ticket médio.
Por fim, quando bem escolhido, um brinde personalizado ajuda a criar buzz sobre a marca, seja nas redes sociais ou no offline, ao incentivar as pessoas a postarem o item e o usarem em suas rotinas.
Como acertar na escolha do brinde para e-commerce
Para que o brinde se torne um aliado para aumentar o faturamento e a fidelização de clientes no e-commerce, é importante fazer a escolha e a distribuição de forma estratégica. Algumas dicas são:
– Distribua brindes para compras acima do ticket médio: presenteie os clientes que fizerem compras maiores para incentivar o aumento do faturamento no período.
– Escolha itens que estejam alinhados à marca: os brindes são uma extensão da marca e, portanto, precisam ir ao encontro de seus valores e identidade. Brindes ecológicos, por exemplo, são uma ótima maneira de reforçar o posicionamento de empresas que se preocupam com o meio ambiente.
– Mostre o brinde no carrinho: reforce, na finalização da compra, que o cliente está sendo presenteado. Esse ato pode parecer simples, mas tem o poder de reduzir as taxas de abandono de carrinho.
– Prefira qualidade e durabilidade: lembre-se de que o brinde está comunicando a sua marca, portanto, o item deve possuir alta qualidade e durabilidade para não transmitir uma mensagem errada e, de quebra, ficar mais tempo com o seu cliente.
– Use técnicas de copywriting: em vez de apenas destacar “ganhe o item X”, prefira frases como “oportunidade exclusiva de ganhar um item de luxo” ou “seja um dos poucos a ganhar esse item de edição limitada”. Dessa forma, você vai conseguir despertar ainda mais o desejo dos clientes.
– Reative a sua base de clientes: os brindes não precisam ser usados apenas para atrair novos clientes. Eles também são excelentes para criar uma nova aproximação com clientes que não compram há um tempo. Pense em uma ação dedicada para resgatar quem está sumido.
– Integre o brinde à campanha: por fim, pense sempre no brinde como uma extensão da campanha que está acontecendo no momento e/ou no uso que o seu cliente faz do produto. Por exemplo, pet shops podem apostar em necessaires e bolsas personalizadas para transportarem os itens dos pets. Uma marca de biquíni pode surpreender com uma toalha ou uma viseira personalizada.
Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/do-virtual-para-o-fisico-como-os-brindes-impulsionam-vendas-no-e-commerce”
Como a tecnologia está transformando a gestão de pessoas no e-commerce
Nos últimos anos, a tecnologia tem revolucionado o setor de e-commerce, influenciando não apenas operações logísticas e estratégias de vendas, mas também a forma como as empresas gerenciam seus talentos.
A gestão de pessoas nesse setor está em constante transformação, impulsionada por ferramentas digitais que promovem a produtividade e o desenvolvimento contínuo dos profissionais.
Com a evolução tecnológica, a capacitação dos colaboradores tornou-se mais acessível por meio de plataformas de e-learning e cursos online. Isso garante que os profissionais estejam sempre atualizados com as melhores práticas do mercado. Além disso, a automação de tarefas repetitivas permite que os colaboradores se concentrem em atividades estratégicas, aumentando a eficiência e o valor agregado ao negócio.
Como a tecnologia melhora a produtividade no E-commerce?
A velocidade e o dinamismo do e-commerce exigem que os profissionais estejam em constante evolução. A tecnologia tem desempenhado um papel crucial ao viabilizar a capacitação contínua e a automação de tarefas. Ferramentas de gestão de tarefas e metodologias ágeis contribuem para uma rotina de trabalho mais organizada e produtiva, permitindo que os colaboradores se concentrem em atividades de maior valor.
Como a tecnologia revoluciona a atração de talentos no E-commerce?
A tecnologia também transformou a forma como as empresas atraem e selecionam talentos. Plataformas digitais e redes sociais internas permitem identificar e recrutar candidatos qualificados de maneira mais eficiente. O uso de inteligência artificial agiliza triagens, testes e entrevistas remotas, otimizando tempo e recursos.
A análise de dados oferece insights estratégicos sobre desempenho e engajamento, auxiliando na tomada de decisões baseadas em métricas precisas. Isso permite uma gestão mais eficiente e orientada a resultados, garantindo um crescimento sustentável e competitivo no setor de e-commerce.
Qual é o papel das lideranças na era digital?
A evolução tecnológica exige uma nova abordagem para a liderança. Os líderes modernos precisam equilibrar habilidades técnicas e humanas para gerir equipes em um ambiente altamente digitalizado. Pesquisas indicam que a tecnologia impactou positivamente a gestão de pessoas, destacando tendências como a tomada de decisão baseada em dados e o uso da tecnologia para engajamento e cultura organizacional.
Além disso, habilidades interpessoais e adaptabilidade são essenciais para líderes eficazes. Eles devem desenvolver empatia, comunicação clara e capacidade de adaptação, promovendo um ambiente de trabalho transparente e engajador. Incentivar a inovação e o aprendizado contínuo também é fundamental para preparar as equipes para os desafios do setor.
O futuro da gestão de pessoas no E-commerce
O setor de e-commerce continua crescendo rapidamente, e a gestão de pessoas precisa acompanhar essa evolução. A tecnologia é uma aliada fundamental nesse processo, permitindo uma gestão mais eficaz e personalizada. Empresas que integrarem estratégias de tecnologia ao seu modelo de gestão de pessoas estarão mais bem posicionadas para atrair, desenvolver e reter talentos de alto desempenho.
Em suma, a integração da tecnologia na gestão de pessoas no e-commerce não apenas melhora a eficiência operacional, mas também garante um diferencial competitivo no dinâmico mercado atual. As empresas que adotarem essas práticas estarão preparadas para enfrentar os desafios futuros e alcançar o sucesso sustentável. Como a tecnologia está transformando a gestão de pessoas no e-commerce.
Fonte: “https://istoe.com.br/istoegeral/2025/04/05/como-a-tecnologia-esta-transformando-a-gestao-de-pessoas-no-e-commerce/”
Tecnologias disruptivas e a evolução do comportamento do consumidor no varejo digital
O e-commerce já não é mais uma tendência em desenvolvimento, mas uma realidade consolidada que está redefinindo o varejo como um todo. Acelerado pela pandemia e impulsionado por uma onda de inovação tecnológica, o comércio eletrônico evoluiu para atender a um novo perfil de consumidor: mais exigente, conectado e em busca de experiências personalizadas.
Para se manter competitivo, é necessário não apenas acompanhar essas mudanças, mas antecipar-se a elas, adotando novas tecnologias e estratégias que maximizem a eficiência e a satisfação do cliente.
Nos últimos anos, as tecnologias emergentes desempenharam um papel fundamental na transformação do e-commerce. Soluções como inteligência artificial (IA), machine learning, automação e realidade aumentada estão modificando a forma como os consumidores interagem com as lojas digitais.
A IA tem sido uma das tecnologias mais transformadoras no mercado. Empresas estão utilizando algoritmos de machine learning para analisar o comportamento do consumidor e oferecer uma experiência de compra cada vez mais personalizada. A personalização vai muito além de recomendar produtos com base em compras anteriores; ela envolve prever as necessidades do consumidor, otimizar campanhas de marketing e criar jornadas de compra únicas.
Segundo um estudo da McKinsey, 71% dos consumidores esperam que as empresas ofereçam experiências personalizadas e, quando bem-feito, isso pode aumentar em até 40% o valor médio das transações. A IA permite que as lojas online criem perfis detalhados dos consumidores, ajustando automaticamente recomendações de produtos, ofertas e até mesmo a disposição de elementos no site, tornando a experiência de compra mais fluida e eficiente.
A evolução do comportamento do consumidor digital
Muitas têm sido as inovações tecnológicas que impactam o e-commerce, a maioria de forma muito positiva. Para citar poucas, podemos lembrar do uso de realidade aumentada, especialmente em setores como moda e decoração, e também as melhorias nos processos de gestão e logística com automação de processos, o que leva a uma melhor eficiência operacional, sem dúvida, mas também converge diretamente para a experiência do cliente.
O comportamento do consumidor, aliás, é algo que está em evolução tão ou mais rápida que as tecnologias. Mais do que uma simples transação de compra e venda, o cliente de hoje busca experiências significativas, marcas que tenham valores alinhados com os seus e conveniência em todas as etapas do processo de compra.
Com a crescente adoção de smartphones e o fácil acesso à internet, tem-se um consumidor cada vez mais conectado: 84% das compras online no Brasil, em 2023, foram realizadas por meio de dispositivos móveis, de acordo com o Ebit/Nielsen. Esse consumidor “multicanal” pesquisa produtos online enquanto visita lojas físicas, compara preços em tempo real e espera que a transição entre os diferentes canais de venda seja absolutamente fluida e contínua, sem quebras no processo.
Essa realidade impulsionou o crescimento do omnichannel, estratégia que integra os canais de venda online e offline, proporcionando uma experiência única para o cliente. Lojas físicas estão se tornando pontos de experiência, enquanto as plataformas online garantem a conveniência e a personalização.
Economia da conveniência e ESG
Esse mesmo consumidor, que busca a experiência na loja física e a conveniência da plataforma online, é impaciente – cada dia mais. Pesquisa da PwC revela que 88% dos consumidores esperam que suas compras online sejam entregues em até três dias, enquanto 45% já consideram as entregas no mesmo dia como um fator decisivo na hora de escolher onde comprar.
Isso levou ao aumento da chamada “economia da conveniência“, em que empresas competem não só pelo preço ou qualidade, mas pela rapidez e facilidade no processo de compra e entrega. Além disso, a demanda por praticidade é visível em outras áreas, como métodos de pagamento.
Soluções como carteiras digitais, pagamentos via Pix e Compre Agora, Pague Depois (do inglês, Buy Now, Pay Later – BNPL) estão se tornando comuns, refletindo as expectativas de uma geração que prioriza facilidade e velocidade.
Outro fator que está ganhando relevância é o aumento da consciência social e ambiental dos consumidores. Hoje, muitos consumidores buscam marcas que demonstrem estar alinhadas às práticas ESG (Governança Social, Ambiental e Corporativa), indo além do mero discurso de responsabilidade social e sustentabilidade em suas operações. De acordo com o Global Consumer Insights Pulse Survey 2023, da PwC, 55% dos consumidores globais preferem comprar de empresas que demonstram práticas sustentáveis.
Essa mudança está levando muitas marcas a adotar práticas mais verdes, como embalagens recicláveis, otimização da cadeia de suprimentos para reduzir a pegada de carbono e transparência em relação às práticas de produção, entre outras ações ligadas ao ESG. No Brasil, grandes varejistas estão começando a adotar essas práticas como forma de diferenciação no mercado.
Tecnologia, transparência e experiência
O futuro do e-commerce promete ser ainda mais dinâmico, com tecnologias emergentes moldando o setor e consumidores cada vez mais exigentes. As empresas que se destacarão serão aquelas que conseguirem equilibrar inovação tecnológica com a capacidade de entender as novas demandas do consumidor e atendê-las, claro.
A inteligência artificial continuará a evoluir, tornando-se cada vez mais integrada a todas as etapas do processo de compra, desde a personalização até o atendimento ao cliente. O blockchain pode emergir como uma solução para garantir a transparência nas cadeias de suprimentos e na autenticação de produtos, especialmente em setores como moda e eletrônicos. Já as plataformas de social commerce, que combinam e-commerce com redes sociais, continuarão a crescer, transformando as interações digitais em transações de compra.
No entanto, ao adotarmos essas novas tecnologias, devemos lembrar que o sucesso no e-commerce do futuro não será medido apenas por inovação, mas também pela capacidade de entregar valor real ao consumidor. O foco precisa estar em oferecer uma experiência personalizada, ágil e transparente, que respeite as novas expectativas de conveniência e sustentabilidade.
Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/tecnologias-disruptivas-e-a-evolucao-do-comportamento-do-consumidor-no-varejo-digital-2”
Six dragons of e-commerce: os próximos donos do e-commerce brasileiro e global
Em 1999, surgiram os sites 8848, EachNet, Alibaba e Dangdang, marcando o início do comércio eletrônico na China. Coincidentemente, no mesmo ano, nasceram alguns dos principais players da América Latina, como Submarino e Americanas, no Brasil, e Mercado Libre, na Argentina.
Ao revisitar os 26 anos de evolução do e-commerce chinês, o ano de 2014 se destaca como um dos momentos cruciais: em 22 de maio, a JD.com foi listada na Nasdaq, arrecadando aproximadamente US$ 1,78 bilhão. Quatro meses depois, em setembro, o Alibaba estreou na Bolsa de Valores de Nova York, levantando US$ 25 bilhões e estabelecendo o recorde do maior IPO global da época.
O sucesso dessas entradas no mercado de ações consolidou a era da “batalha dos dois gigantes” no e-commerce chinês. O Alibaba, atuando como um marketplace puro, e a JD.com, em um modelo híbrido de varejo e marketplace. Aqui na América Latina, nós tínhamos modelos correspondentes: Mercado Livre e B2W.
A evolução do e-commerce chinês
Mesmo com esse cenário estabelecido, novos fatores entraram em jogo. No mesmo ano, 2014, a popularização dos smartphones impulsionou a expansão da internet móvel, transformando profundamente os hábitos dos consumidores chineses. Isso abriu espaço para modelos de negócio inovadores, como a economia compartilhada, as redes sociais, vídeos curtos e livestreaming, pavimentando o caminho para novas plataformas de e-commerce em todo o mundo.
Em 2020, o Pinduoduo, focado no social commerce e nos mercados de cidades menores, cresceu rapidamente, ultrapassou a JD.com e se tornou a segunda maior plataforma de e-commerce da China. O e-commerce chinês evoluiu, então, da “batalha dos dois gigantes” para um cenário de “três forças dominantes”.
Vale lembrar que o Pinduoduo é dono da Temu, que, em menos de dois anos, já domina alguns mercados relevantes. No Brasil, onde chegou em 2024, a Temu rapidamente se tornou o app de e-commerce mais baixado e o segundo mais acessado, superando o Mercado Livre e ficando atrás apenas da Shopee.
Em 2024, o Douyin (versão chinesa do TikTok), impulsionado pelo social live commerce, superou a JD.com e assumiu a terceira posição no ranking das maiores plataformas. Assim, o setor entrou em uma era de “múltiplos líderes coexistindo”. A JD.com, que antes tinha vantagens claras em mercados premium, logística e cadeia de suprimentos, agora vê a diferença para seus concorrentes aumentar. Em 2024, seu GMV (Volume Bruto de Mercadorias) ficou US$ 414 bilhões abaixo do Pinduoduo, enquanto o Douyin registrou um crescimento impressionante de 30%.
Como o panorama chinês mudou tanto em apenas 10 anos? O impacto do social live commerce
O principal fator de transformação do mercado chinês foi o social live commerce. Em 2024, as vendas no varejo por transmissões ao vivo atingiram US$ 593 bilhões, representando 30% do total das vendas online. Mais relevante ainda, 80% do crescimento do e-commerce chinês veio dessa modalidade. Os números mostram que quem domina o social live commerce lidera o mercado: o Douyin cresceu mais rápido que seus concorrentes, enquanto a JD.com, com dificuldades nesse segmento, perdeu posição. Já a Taobao (do grupo Alibaba) integrou o social live commerce à sua estratégia de crescimento, garantindo estabilidade.
As projeções indicam que o social live commerce continuará crescendo entre 20% e 30% ao ano, muito acima da média do e-commerce chinês. Diante desse cenário, a JD.com não desistiu: em 2024, lançou três grandes iniciativas para fortalecer sua atuação no setor, incluindo o avatar de IA de seu fundador, Richard Liu, para conduzir vendas ao vivo.
O Alibaba também priorizou o crescimento do Taobao Live para 2025. Por sua vez, o WeChat, que sempre foi cauteloso com monetização, refletindo sua filosofia de “pequeno, mas sofisticado”, investiu pesado no social live commerce por meio do Video Channels, de acordo com declaração de Pony Ma, CEO da Tencent (criadora do WeChat), no início do ano passado. Como resultado, o GMV dos Video Channels alcançou US$ 41 bilhões.
Recentemente, o Pinduoduo também anunciou uma colaboração com o Douyin para criar um modelo de social live commerce em duas plataformas, potencializando o tráfego e as vendas ao vivo.
O impacto no Brasil: a chegada dos “seis dragões do e-commerce”
No Brasil, o sucesso do social live commerce na China foi uma promessa não cumprida. Mas isso não por responsabilidade do modelo chinês, mas sim da visão parcial dos players brasileiros sobre o conceito completo. Na primeira onda de live commerce por aqui, os brasileiros copiaram apenas o formato, mas não a estratégia – a mecânica existiu, o “o quê”, mas não foram considerados fatores importantes como o “onde”, ou seja, as redes sociais e seus algoritmos de recomendação. Por isso que o conceito chinês na sua plenitude é o social live commerce.
O palco está montado e a batalha está apenas no início. Agora, o Brasil não apenas se tornará um novo campo de disputa para as plataformas chinesas, mas também será o único país com a presença dos seis dragões do e-commerce: Ali Express, Shopee, Shein, Kwai, Temu e TikTok Shop. Estimativas feitas por consórcio formado por IEST, CENet e Chinnovation, empresas das quais sou sócio, indicam que, juntos, esses gigantes poderão deter mais de 50% do mercado brasileiro de e-commerce nos próximos anos.
A evolução do e-commerce brasileiro dependerá da capacidade das empresas locais de compreender e adotar modelos inovadores, como o social live commerce, antes que os dragões chineses abocanhem tudo e assumam o controle definitivo do mercado.
Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/six-dragons-of-e-commerce-os-proximos-donos-do-e-commerce-brasileiro-e-global”
PayPal lança solução focada em pequenas e médias empresas do Brasil
Serviço permite que as empresas gerenciem vários métodos de pagamento, otimizem conversões e simplifiquem operações.
Nosso objetivo é apoiar as pequenas empresas brasileiras em seu caminho para a economia digital, oferecendo uma solução fácil, confiável e escalável que possa oferecer o que as grandes empresas têm, mas com a simplicidade que uma PME precisa”, disse Brunno Saura, general manager de Vendas do PayPal Brasil.
A solução, de acordo com a empresa, apresenta um processo simples de integração e implementação, permitindo que as empresas comecem a aceitar pagamentos em apenas alguns minutos por meio de plataformas de e-commerce, redes sociais, QR code e links de pagamento.
Desafio das pequenas e médias empresas
O lançamento também está alinhado à estratégia global do PayPal de expandir o acesso a soluções de pagamento que a empresa diz que são integradas, seguras e escaláveis.
O PayPal Complete Payments já foi apresentado em mercados internacionais como China, Canadá, Reino Unido e países da Europa. A chegada ao País foi adaptada às necessidades específicas do mercado brasileiro. O PayPal introduzirá ao mercado gradualmente novos recursos com o PayPal Complete Payments para apoiar as empresas brasileiras, trazendo as inovações globais da companhia para o produto no País. As empresas podem integrar a solução por meio do ecossistema de parceiros do PayPal ou com a equipe de vendas direta.
Segundo a empresa, 77% dos usuários do PayPal no Brasil estão mais propensos a finalizar uma compra de uma pequena empresa desconhecida quando o PayPal está presente, porque isso lhes traz mais segurança e contexto.
Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/07/04/2025/meios-de-pagamento/paypal-lanca-solucao-focada-em-pequenas-e-medias-empresas-do-brasil/”
A revolução da IA no e-commerce: personalização excessiva ou inovação estratégica?
A inteligência artificial não é mais uma promessa distante, mas sim uma solução que está remodelando o e-commerce em tempo real. De acordo com a organização da NRF, maior feira internacional de varejo do mundo, mais de 60% das vendas já são influenciadas digitalmente pela IA desde o início deste ano, um crescimento significativo em relação ao mesmo período de 2024.
Mas, em meio a essa movimentação tecnológica, surge uma questão crucial: estamos caminhando para uma personalização excessiva que invade a privacidade dos consumidores, ou estamos testemunhando uma inovação estratégica que realmente agrega valor?
O desafio de equilibrar personalização e privacidade
O estudo “State of the AI Connected Customer”, da Salesforce, traz um ponto importante. Embora 73% dos clientes sintam que as marcas os tratam como indivíduos únicos, apenas 49% confiam que seus dados estão sendo utilizados de forma ética. Essa discrepância revela uma crise de confiança que as empresas não podem ignorar. A personalização, quando mal executada, pode se transformar em vigilância, gerando repulsa e afastando os clientes.
A IA oferece um leque de possibilidades para aprimorar a experiência de compra: recomendações de produtos sob medida, ofertas irresistíveis, lembretes oportunos de carrinhos abandonados e campanhas de engajamento personalizadas. No entanto, é preciso ter cautela para não cruzar a linha tênue que separa a personalização inteligente da invasão de privacidade.
O sucesso reside na transparência. As empresas precisam ser claras sobre como coletam, armazenam e utilizam os dados dos clientes. Além disso, devem oferecer aos consumidores o controle sobre suas informações, permitindo que eles optem por não participar de programas de personalização ou solicitem a exclusão de seus dados.
Cultura organizacional e capacitação como pilares da inovação
A adaptação da cultura organizacional também é fundamental. A inteligência artificial não deve ser vista como uma solução mágica que resolve todos os problemas, mas como uma ferramenta que exige uma abordagem estratégica e uma equipe capacitada. Os líderes, por sua vez, precisam promover uma cultura de experimentação, incentivando a inovação e o aprendizado contínuo.
A capacitação dos colaboradores é outro pilar essencial. A IA exige novas habilidades e competências, como análise de dados, programação e design de experiência do usuário. As empresas precisam investir em programas de treinamento e desenvolvimento que preparem seus funcionários para lidar com as novas demandas do mercado.
Apesar dos desafios, a IA oferece um potencial transformador para o e-commerce. A otimização de processos, a automação de tarefas repetitivas e a análise de dados em tempo real podem impulsionar a eficiência operacional e reduzir custos. A criação de novos modelos de negócio, como a oferta de serviços personalizados e a utilização de tecnologias disruptivas, pode gerar novas fontes de receita e fortalecer a vantagem competitiva.
Estratégia, parcerias e soluções completas para evoluir com a IA
Para aproveitar ao máximo o potencial da IA, as empresas precisam adotar uma abordagem estratégica e inovadora. Isso envolve a definição de uma visão clara, o estabelecimento de metas ambiciosas, a alocação de recursos adequados e a criação de uma cultura de experimentação.
É preciso, também, investir em uma solução de ponta a ponta, que englobe desde a infraestrutura tecnológica até a consultoria especializada, passando pelo desenvolvimento de software e a integração de sistemas. Essa solução deve ser flexível, escalável e adaptável às necessidades específicas de cada empresa, permitindo que ela acompanhe a evolução do mercado e se mantenha competitiva.
Além disso, é importante que as empresas invistam em parcerias estratégicas com outras organizações, universidades e centros de pesquisa. Esses elos podem trazer acesso a novas tecnologias, conhecimentos e talentos, acelerando o processo de inovação e garantindo que as empresas se mantenham na vanguarda do mercado.
A IA é uma força poderosa que pode impulsionar o e-commerce para novos patamares, mas seu sucesso depende da capacidade das empresas de equilibrar inovação e privacidade, adaptar sua cultura e capacitar seus colaboradores. A chave para o futuro está em usar a IA de forma ética, transparente e estratégica, transformando a personalização excessiva em inovação. E seu e-commerce, já está pensando em como agregar valor aos consumidores?
Fonte:”https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-revolucao-da-ia-no-e-commerce-personalizacao-excessiva-ou-inovacao-estrategica”
Nike e YouTube lideram entre as marcas mais escolhidas por jovens no Brasil
Relatório aponta as preferências do público infantojuvenil em entretenimento, tecnologia e consumo de massa.
Nike e YouTube lideram entre as marcas mais escolhidas por crianças e adolescentes no Brasil, com 8% de preferência cada, segundo o relatório Top Brands 2025, da Kidscorp. O ranking também destaca Roblox (7%), enquanto Adidas, Netflix e Coca-Cola figuram entre as marcas que mais geram confiança nos jovens, compondo o chamado “Quadrado Dourado” da pesquisa.
O estudo, baseado em entrevistas com mais de 9.500 jovens, analisa tendências de consumo nos setores de entretenimento, tecnologia, brinquedos e consumo de massa. O entretenimento segue como a categoria mais relevante, representando 27% das marcas escolhidas, seguido pelo setor de tecnologia (19%). O segmento de calçados aparece em terceiro lugar, com 18%, registrando leve queda. A pesquisa também indica que, até 2025, os videogames (9%) devem ultrapassar os brinquedos (8%) no ranking de preferência.
“O estudo revela quais são as marcas mais favoritas e confiáveis do segmento em diferentes mercados das Américas. Pelo quinto ano consecutivo, continuamos a fornecer à indústria sub-18 dados importantes para ajudar as marcas a se conectarem estrategicamente e construírem relacionamentos genuínos com as novas gerações”, afirma Gastón Stochyk, diretor da Kidscorp.
Os destaques do relatório que mostra as marcas preferidas por jovens por setor incluem:
Tecnologia: Samsung (39%) lidera, seguida por Apple (19%) e Xiaomi (10%).
Serviços de streaming: Netflix (63%) mantém a liderança, à frente de Disney (25%) e Prime Video (13%).
Videogames: Roblox (35%) é o mais popular entre crianças, enquanto Minecraft (20%) e Garena Free Fire (17%) se destacam entre adolescentes.
Brinquedos: Faber-Castell (9%) lidera em materiais de arte, Lego (96%) domina o segmento de blocos, e Hot Wheels (87%) é a marca mais escolhida em veículos de brinquedo.
Calçados: Nike (24%) mantém a liderança, seguida por Adidas (20%) e Olympikus (13%).
Alimentos e bebidas: Bauducco (19%) e Oreo (17%) são os biscoitos mais escolhidos, enquanto Coca-Cola (39%) lidera entre as bebidas. No segmento de lanches, Doritos (24%) está à frente de Cheetos (16%) e Ruffles (15%).
Fast food: McDonald’s (45%) ocupa o primeiro lugar, seguido por Burger King (23%) e Subway (8%).
A pesquisa também mostra que a diversão é o principal fator para a escolha de uma marca, com aspectos como felicidade, compartilhamento de conteúdo e recomendação de amigos influenciando a decisão. A percepção de qualidade tem menor impacto na escolha dentro desse público.
Fonte:”https://mercadoeconsumo.com.br/04/04/2025/marcas/nike-e-youtube-lideram-entre-as-marcas-mais-escolhidas-por-jovens-no-brasil/”