Surpreender para vender: 5 estratégias poderosas para lojistas no Dia das Mães

Todo lojista já sabe: o Dia das Mães é uma das datas mais importantes do ano para o varejo. Mas o que nem todo mundo percebe é que o verdadeiro diferencial está em surpreender, e não apenas vender.

Em um mercado cada vez mais competitivo, em que os produtos são parecidos e os preços muitas vezes equivalentes, é a experiência que conquista. E, quando falamos de uma data tão carregada de afeto como o Dia das Mães, entregar algo além do esperado pode transformar uma compra comum em uma lembrança inesquecível.

Mais do que pensar em promoções, essa é a hora de pensar em como encantar. Desde o momento em que o cliente entra na loja (física ou online), até a entrega do produto final, cada detalhe importa. A apresentação, o atendimento, a forma de comunicar. Tudo isso influencia a decisão de compra e a imagem que seu negócio deixa no coração de quem presenteia e de quem é presenteado.

Neste artigo, você vai conhecer cinco estratégias práticas e poderosas para surpreender seus clientes e vender mais no Dia das Mães. Não importa se você vende roupas, acessórios, cosméticos, papelaria ou itens personalizados, seu produto tem potencial de ser um presente, este conteúdo foi feito para você.

Oportunidade e visão de negócio

Todo mês pode trazer uma oportunidade de crescimento. E o Dia das Mães, com toda a sua carga afetiva e simbólica, é uma das datas mais potentes para criar conexões reais com os clientes. Mas, para isso, é preciso deixar de ver a data apenas como “mais uma campanha obrigatória” e começar a enxergá-la como uma chance concreta de transformar o negócio.

Em vez de esperar o movimento cair do céu ou depender do “cliente aparecer”, o lojista que se destaca é aquele que cria a oportunidade. Ele analisa seu estoque, identifica o que pode ser aproveitado, pensa em formas de apresentar esses produtos com mais valor e planeja ações com clareza.

Mesmo quem está com o estoque limitado ou enfrentando dificuldades financeiras pode se beneficiar, porque surpreender não exige grandes investimentos. Às vezes, o diferencial está em uma combinação de peças bem pensada, em uma embalagem especial ou em uma frase carinhosa em um cartão.

Quando o lojista encara o Dia das Mães com esse olhar estratégico, a motivação cresce, a criatividade floresce e o resultado aparece. O segredo está em sair da zona de conforto e decidir que, sim, esse mês pode ser diferente. Basta agir com intenção.

Estratégia 1 – Campanha com foco em produtos parados, mas sem cara de promoção

É muito comum que o estoque de uma loja guarde algumas peças encalhadas, produtos que parecem ter “perdido o brilho” e ficaram esquecidos no fundo da prateleira. E se esses produtos ganhassem uma nova vida como opções de presente para o Dia das Mães?

Essa é a primeira estratégia: olhar para o que já está ali e criar uma campanha com propósito, sem precisar rotular tudo como “promoção”. A ideia é reapresentar essas peças com um novo contexto, valorizando seus pontos fortes, combinando com itens atuais ou reposicionando-as como uma escolha criativa e acessível para presentear.

Por exemplo: uma caixa de sabonetes que estava encalhada pode se transformar em um “Kit Relax para Mães” ao ser combinada com uma toalhinha e um cartão carinhoso. Um acessório esquecido pode ganhar destaque como “peça-chave para um look especial”.

O mais importante é evitar usar o termo “liquidação” ou “saldão”. Quando o cliente começa a associar sua loja a descontos o tempo todo, ele tende a esperar para comprar só quando há promoção, e isso pode prejudicar suas vendas futuras. Em vez disso, fale em oportunidade, em curadoria, em ideias de presente.

Ao fazer essa “garimpagem estratégica” no estoque, o lojista ativa dois gatilhos poderosos: movimenta o que estava parado e gera uma percepção de novidade. Isso, por si só, já representa um salto no faturamento, sem precisar abaixar os preços de forma brusca.

Estratégia 2 – Criação de kits de presentes prontos para facilitar a compra

Montar kits de presente prontos é uma das formas mais eficientes de facilitar a vida do cliente e aumentar o seu ticket médio. Veja algumas ideias para aplicar agora mesmo:

Kits por perfil de mãe
Crie combinações de produtos com base em estilos e gostos diferentes. Isso ajuda o cliente a se identificar e escolher com mais segurança e agilidade (convenhamos, todos estamos com cada vez menos tempo):

  • Mãe vaidosa: cosméticos + espelho de bolsa + nécessaire
  • Mãe clássica: camisa neutra + colar discreto
  • Mãe romântica: vela perfumada + almofada estampada + cartão artesanal
  • Mãe prática: planner + caneta bonita + xícara personalizada

Kits por faixa de preço
Organize seus produtos em kits com preços acessíveis e comunique isso com clareza:

  • Kits até R$ 50: ótimos para filhos mais jovens ou presentes simbólicos
  • Kits até R$ 100: equilíbrio entre carinho e valor
  • Kits até R$ 200: presentes mais completos, ideais para filhos adultos ou cônjuges

Dica: sinalize essas faixas de preço com tags visuais na loja e nos posts nas redes sociais.

Kits que misturam novidades e estoque parado
Estes casam com a dica que demos anteriormente. Combine peças que acabaram de chegar com itens que estavam parados. O cliente vê novidade, você gira o estoque:

  • Look prático para o fim de semana → nova blusa + calça esquecida no estoque + brinde.

Kits para aumentar o valor por atendimento
Ao sugerir kits completos (ex: roupa + acessório + embalagem), você multiplica as chances de vender mais de um item por venda. Se o cliente entrou para comprar uma única peça, ele pode sair com um combo irresistível.

Olhe para sua loja e tente identificar produtos que combinem, e monte os kits ou treine seu time de vendedores para sugerir a compra casada.

Kits com storytelling e embalagem personalizada
Vá além do produto: conte uma história. Nomeie os kits com algo afetivo, como “Mãe que me inspira” ou “Presente com afeto”.

Capriche na embalagem: papel kraft, laço, tag com frase. Quando a experiência encanta, o presente ganha valor e o cliente volta.

Bônus: não esqueça de divulgar os kits com constância nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp. Quanto mais visibilidade, mais chances de venda.

Estratégia 3 – Comunicação voltada para o verdadeiro consumidor: quem vai presentear

Quando pensamos em Dia das Mães, é natural imaginar uma vitrine cheia de produtos femininos e postagens dizendo “Você, mãe, merece isso”. Mas pare para refletir: quem realmente faz a compra nesse período?

Na maioria das vezes, quem está com o cartão na mão são os filhos, maridos, genros, noras ou netos. E muitos deles não têm familiaridade com o seu produto, nem segurança para escolher. É por isso que o sucesso da sua campanha depende de você se comunicar com quem vai presentear, e não apenas com quem vai receber.

Como adaptar sua comunicação para este público:

  • Fale com clareza e emoção. Use frases como: “Quer surpreender sua mãe com um presente incrível?” ou “Presentes que mostram todo o seu carinho”.
  • Crie conteúdo educativo. Mostre “5 presentes que combinam com mães clássicas”, “Dicas de presentes para mães que amam conforto” ou “Como escolher o look ideal sem errar o estilo da sua mãe”.
  • Facilite a decisão. Explique tudo: tamanhos, como funciona a troca e quais são as combinações possíveis. Deixe claro que o cliente não precisa ser expert em moda, cosméticos ou decoração para acertar.
  • Fale sobre sentimentos. Mais do que vender, você está ajudando alguém a demonstrar amor. Frases como “Um presente que abraça” ou “Demonstre o quanto ela é importante” tocam o coração.
  • Prepare sua equipe para acolher e orientar. Quando alguém entrar dizendo “Quero um presente para minha mãe, mas não sei o quê”, sua equipe deve brilhar com escuta ativa, paciência e sugestões certeiras.

Esse cuidado na comunicação transforma o processo de compra em algo leve, prático e afetivo. E o melhor: gera confiança. Um cliente que se sentiu seguro ao comprar para o Dia das Mães tem grandes chances de voltar em outras datas especiais.

Estratégia 4 – Embalagens encantadoras: a experiência começa no visual

Sabe aquele brilho nos olhos de quem recebe um presente bem embalado? Isso não é à toa. A embalagem é o primeiro contato emocional com o produto e, quando ela é bem pensada, já transmite cuidado, carinho e valor.

No Dia das Mães, esse detalhe faz toda a diferença. Afinal, não se trata apenas de dar um presente. Trata-se de mostrar amor. E o seu papel, como lojista, é ajudar o cliente a entregar essa emoção do jeito mais bonito possível. Isso é sucesso do cliente.

E não se preocupe: você não precisa gastar muito para fazer isso. Veja algumas ideias simples, acessíveis e que encantam:

  • Use papel kraft com laços de fita e adesivos personalizados. Rústico e elegante ao mesmo tempo.
  • Crie tags com frases afetivas. Exemplos: “Com amor para a melhor mãe do mundo” ou “Escolhido com carinho para te ver sorrir”.
  • Monte cartões personalizados. Pode ser algo feito no Canva, impresso em casa ou até escrito à mão.
  • Inclua um recadinho da loja. Algo como: “Esperamos que esse presente traga tantos sorrisos quanto o carinho que colocamos aqui dentro.”

Esses detalhes não são só “mimos” —  são diferenciais. São eles que fazem a sua loja ser lembrada, fotografada e indicada. São eles que fazem um simples produto virar uma experiência. E se quiser ir além, você pode até criar uma “embalagem especial da campanha”, com uma identidade visual própria para o Dia das Mães. Use elementos florais, palavras doces, cores suave e tudo que remeta ao afeto.

Quando a embalagem emociona, ela valoriza ainda mais o presente. E o seu cliente sai da loja sentindo que ofereceu algo muito além do material.

Estratégia 5 – Atendimento construtivo e emocional

Um atendimento encantador pode ser o que separa uma visita casual de uma venda concreta, especialmente quando o cliente está inseguro, como costuma acontecer no Dia das Mães.

Muitos chegam com dúvidas: “Será que minha mãe vai gostar?”, “Qual o tamanho ideal?”, “Posso trocar depois?”. O segredo está em acolher essas perguntas com empatia e transformar cada contato em um momento de confiança.

Aqui vão algumas atitudes que fazem toda a diferença:

  • Escute com atenção antes de sugerir.
  • Faça perguntas que ajudem a clarear a escolha: “Como é o estilo da sua mãe?”, “Ela prefere algo mais prático ou mais sofisticado?” Mesmo que o cliente não saiba responder tudo, essas perguntas ajudam a guiá-lo e fazem com que ele se sinta bem atendido.
  • Oriente com segurança e carinho. Apresente sugestões com argumentos simples e objetivos: “Essa peça é confortável, versátil e combina com todos os estilos. Ótima opção para o dia a dia” ou “Esse kit já vem embalado e pronto para surpreender”.
  • Deixe claro que a troca é possível. Tranquilize o cliente dizendo que, caso a mãe não goste ou o tamanho não sirva, a troca pode ser feita de forma simples e sem burocracia.  Você pode até incluir um tag com a frase: “Se for preciso trocar, faremos isso com todo carinho. Sua mãe merece sair feliz.”
  • Quebre objeções com leveza. Se o cliente disser “Vou pensar” ou “Vou pesquisar”, acolha com naturalidade. Diga algo como: “Sem problemas! Pesquise com calma, o mais importante é encontrar o presente certo. E, se precisar, estarei por aqui para te ajudar.” Essa abordagem tira a pressão da venda e, ao mesmo tempo, deixa a porta aberta para o retorno.

Transforme o atendimento em consultoria

Seu papel não é só vender. É guiar, inspirar e oferecer soluções. Isso gera vínculo e aumenta muito as chances de fidelização. Afinal, quem se sente bem atendido, volta.

No final das contas, vender com empatia é criar uma ponte entre quem compra e quem recebe. E quando essa ponte é feita com cuidado, carinho e atenção, ela vira algo que nenhum concorrente consegue copiar: uma experiência inesquecível.

Dicas extras: Constância nas postagens e divulgação multicanal

Você planejou a campanha, montou kits incríveis, pensou nas embalagens e treinou sua equipe, mas está mostrando isso para o mundo com constância?

A verdade é que quem não é visto, não é lembrado, especialmente no meio de tantas lojas e ofertas. Quando o assunto é Dia das Mães, a concorrência de atenção é alta. Por isso, a sua campanha precisa aparecer com frequência, clareza e intenção.

Aqui vão algumas dicas essenciais para divulgar bem:

Crie uma rotina de postagens

Não publique uma vez por semana e ache que é suficiente. O ideal é mostrar seus produtos e ações todos os dias, nem que seja nos stories. Isso mantém o público aquecido e lembrando da sua campanha.

Dica: defina dias fixos para mostrar os kits (ex: toda terça e quinta), e outros para falar de bastidores, presentes em estoque ou frases emocionais.

Use todos os canais disponíveis

Instagram, Facebook, WhatsApp e loja física devem “falar a mesma língua”. Sua campanha precisa estar presente em todos os pontos de contato com o cliente.

Nos Stories: vídeos curtos mostrando kits e bastidores.

No feed: fotos bonitas e textos com apelo emocional.

No WhatsApp: mensagens diretas, com fotos e frases como “temos novidades lindas para o Dia das Mães, posso te mostrar?”

Lembre-se: se este cliente já comprou algo para a mãe dele, envie produtos que façam sentido com os gostos da mãe do cliente. Mensagens genéricas enviadas para todos os clientes com a mesma mensagem vão te fazer deixar muito dinheiro na mesa

Tenha constância e coerência visual

Use os mesmos elementos visuais na vitrine, embalagens e postagens. Isso reforça a identidade da campanha e passa mais profissionalismo. Se você criou uma frase especial, como “Surpreenda com amor”, use-a em todos os canais. Quanto mais repetição, mais fixação.

Antecipe a comunicação

Não espere o último momento. Comece a mostrar seus produtos e falar da campanha com pelo menos 15 dias de antecedência. Isso dá tempo para o cliente pensar, escolher com calma e se planejar para comprar.

Encoraje seus clientes a compartilhar

Peça que marquem sua loja quando presentearem suas mães. Isso gera prova social, engajamento e atrai novos olhares para sua marca. Lembre-se: mais importante do que fazer o post perfeito é manter a consistência. Todos os dias, mostre ao seu público que você está preparado para ajudar a tornar o Dia das Mães especial. Isso constrói autoridade, confiança e resultado.

Conclusão: Quando o cliente sente, ele compra.

Surpreender para vender não é apenas uma estratégia, é um posicionamento. É decidir que, em vez de competir por preço, sua loja vai competir por memórias, encantamento e conexão emocional.

O Dia das Mães é uma oportunidade única de transformar produtos em experiências, atendimentos em afeto e vendas em vínculos duradouros. Cada detalhe conta: o cuidado com a vitrine, a escolha do kit, a forma de falar com o cliente, a embalagem que emociona, o bilhetinho dentro da sacola.

E quando o cliente sente tudo isso, ele compra com o coração.

Portanto, prepare-se. Organize suas ideias, revise seu estoque, monte seus kits, treine sua equipe e, acima de tudo, coloque verdade no que você faz. Porque quando o lojista se envolve, o cliente sente.

Que essa campanha do Dia das Mães seja mais do que uma boa venda. Que ela seja uma construção de marca, de propósito e de relações duradouras com quem escolhe comprar com você.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/15/04/2025/artigos/surpreender-para-vender-5-estrategias-poderosas-para-lojistas-no-dia-das-maes/

Costa Filho mira R$ 12 bi privados em programa para transformar aeroportos em ‘hubs logísticos’

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta terça-feira (8) que o governo lançará, entre junho e julho deste ano, um programa para consolidar os aeroportos como hubs logísticos. Os investimentos necessários serão feitos pela iniciativa privada, afirmou. Segundo Costa Filho, a iniciativa do governo tem potencial de atrair até R$ 12 bilhões.

Nomeado “Investe Mais Aeroportos”, o programa terá um plano de ação para apoiar que as atuais concessionárias busquem os investimentos para obras que priorizem o transporte de cargas. “Os aeroportos se tornaram grandes agentes de desenvolvimento regional. Hoje são hubs logísticos”, disse o ministro.

O programa foi anunciado pelo ministro durante audiência no Senado sobre as entregas e o plano de gestão da pasta de Portos e Aeroportos. Em 2024, foram R$ 3,2 bilhões em investimentos nos aeroportos. Para 2025, estão previstos R$ 3,4 bilhões, sendo R$ 2,3 bilhões privados e R$ 1,1 bilhão públicos.

Nos próximos dois anos, o governo federal vai entregar 66 obras no setor aeroportuário, entre elas a modernização e ampliação do Aeroporto de Congonhas, o segundo maior em movimentação do País.

Costa Filho também citou o avanço do AmpliAR, programa que prevê transferir a gestão de até 51 aeroportos regionais para as concessionárias que já operam nos grandes aeroportos. Em troca de investimentos, as empresas receberão reequilíbrio dos contratos vigentes.

Fonte: “Costa Filho mira R$ 12 bi privados em programa para transformar aeroportos em ‘hubs logísticos’

São Paulo lidera e Itajaí ganha destaque no ranking da gestão do território

Destaques:

• O estudo Gestão do Território, em sua segunda edição, mostra, no universo dos 5.570 municípios do país, quais são os Centros de Gestão, isto é, os responsáveis pelo papel de comando na rede urbana brasileira, tanto do ponto de vista empresarial quanto da gestão pública.

• Em 2024, apenas 39,1% dos municípios do Brasil se qualificavam como Centros de Gestão do Território (2.176 municípios), total ligeiramente inferior aos 39,6% (2.204 municípios) identificados no estudo realizado em 2014.

• São Paulo (SP) é o município que detém a primazia da Gestão Empresarial, seguido do Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). Barueri, Osasco e Guarulhos, municípios da área metropolitana de São Paulo, também possuem posições relevantes no mesmo ranking, realçando a centralidade da metrópole paulista.

• Em 2012, as empresas multilocalizadas (aquelas que estão presentes, simultaneamente, em diversos pontos do território, com suas unidades instaladas em diferentes municípios) eram 1,86% do total de empresas pesquisadas e passaram para 2,18% em 2021. Apesar do pequeno percentual, em 2021 estavam presentes em 99,9% dos municípios, demonstrando expressiva capilaridade.

• Em 2021, das cinco principais atividades das empresas multilocalizadas, três eram do setor de saúde. O setor de transporte foi o principal destaque nesse ano, seguido do comércio varejista de vestuário, invertendo a ordem apresentada em 2012.

• Brasília (DF) se destaca como principal centro da Gestão Pública, seguida do Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (PE).

• O topo da Gestão do Território corresponde à tríade de municípios São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).

• Campinas (SP) é o único município que não é capital entre os que ocupam maior posição na hierarquia da Gestão do Território.

• Ainda sobre o indicador Gestão do Território, Itajaí (SC) é o município de maior valor dentre os municípios que não são capital nem componente de metrópole, ocupando a 26ª posição no ranking nacional. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo desempenho de Itajaí no indicador de intensidade empresarial, ao abrigar um número expressivo de sedes e filiais de empresas multilocalizadas, superando até mesmo o indicador de capitais estaduais como Manaus (AM), Cuiabá (MT) e Belém (PA).

Em 2024, apenas 39,1% dos municípios brasileiros se qualificavam como Centros de Gestão do Território (2.176 municípios), total ligeiramente inferior aos 39,6% (2.204 municípios) identificados no estudo de 2014. São Paulo (SP) permanece no topo da gestão, seguido de Brasília (DF) e do Rio de Janeiro (RJ), que também mantiveram suas posições no ranking nacional. O resultado demonstra o papel de comando que os três municípios exercem na rede urbana brasileira, tanto do ponto de vista empresarial quanto do da gestão pública. Itajaí (SC) é o município de maior destaque entre os que não são capitais nem pertencem a uma metrópole.

Essas informações fazem parte da pesquisa Gestão do Território 2024, divulgada hoje (26/3), que identifica os Centros de Gestão existentes no universo dos 5.570 municípios do país. O estudo traz aspectos sobre a Gestão Empresarial, com enfoque para os municípios com atividades empresariais que atuam de forma articulada a outros municípios; e aspectos sobre a Gestão Pública, identificando as redes hierárquicas de gestão de uma série de instituições públicas com unidades descentralizadas, em níveis federal e estadual.

De acordo com Marcelo Motta, gerente da pesquisa, essas informações são importantes para identificar os centros urbanos que concentram a capacidade de comando e controle do país e para compreender como as diferentes cidades e regiões se articulam por meio de redes de gestão do território:

“Os relacionamentos a distância dos agentes econômicos e políticos ajudam a definir o papel das cidades. De um lado, o Estado, através de seus organismos públicos, atende a população, levanta dados, recolhe tributos, executa políticas públicas. De outro, as empresas que, para garantirem lucratividade, vão ter suas estratégias particulares de atuação e de organização no espaço”.

Apesar de representarem uma pequena porcentagem do total (2,2%), em 2021 empresas multilocalizadas estavam presentes em 99,9% dos municípios

A parte da pesquisa sobre a Gestão Empresarial cobre os municípios com atividades empresariais que atuam de forma articulada com outros municípios, e os pares de cidades que se relacionam mais intensamente. Para compreender essas relações, o estudo contemplou as empresas multilocalizadas: aquelas que estão presentes, simultaneamente, em diversos pontos do território, com suas unidades instaladas em diferentes municípios. Assim, foram selecionadas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) as unidades que possuíam pelo menos uma filial em município diferente daquele onde se localizava a sua sede.

Em 2012, as empresas multilocalizadas eram 1,9% do total de empresas pesquisadas e passaram para 2,2% em 2021.Apesar de representarem uma pequena percentagem do total, em 2021 estavam presentes em 99,9% dos municípios. Entre 2012 e 2021, o percentual de participação dessas empresas em relação às empresas em geral variou 0,3%, passando de 1,9% (2012) para 2,2% (2021). Porém, quanto ao crescimento relativo, enquanto as empresas em geral apresentaram alta de 13,0% no mesmo período, as multilocalizadas registraram um crescimento de 32,5%.

De acordo com o gerente da pesquisa, os motivos para o aumento das multilocalizadas não foram captados diretamente pela pesquisa. “Normalmente, são processos complexos e com múltiplas causas, como as fusões e aquisições, que levam ao crescimento de redes varejistas, ou o aumento de relevância dos setores de transporte de carga e logística, dado o crescimento do comércio eletrônico”, esclarece.

Em termos regionais, a Região Sudeste possui a maior concentração de empresas multilocalizadas (45,4%). No entanto, de 2011 para 2021, essa concentração se reduziu nas Regiões Sudeste e Sul para aumentar nas demais regiões, com destaque para o Nordeste, que passou de 15,3% de unidades locais, em 2011, para 17,0%, em 2021.

São Paulo (SP) detinha a primazia da Gestão Empresarial em 2021

Uma vez estabelecidas as relações entre municípios, a pesquisa calculou a intensidade das ligações por município, que é um indicador composto pelo somatório do número de sedes e filiais das empresas multilocalizadas para cada município brasileiro. Quanto maior a intensidade atribuída a um município, maiores são as suas interações com os demais, não importando a distância entre eles.

“Não levamos em consideração se a empresa é sede ou filial. Ambas têm o mesmo valor, o mesmo peso, porque, assim, um município que concentra muitas sedes, é óbvio que ele tem uma concentração de poder, mas o município que concentra muitas filiais também tem uma centralidade relevante. A filial pode ser só uma executora, como também pode ser um centro de pesquisa e desenvolvimento, um lugar importantíssimo”, explica Marcelo.

De acordo com Evelyn Pereira, gerente substituta e assistente da pesquisa, o objetivo é ver como esses municípios se comportam em rede. “Ele é um nó importante na rede? Esse município, do ponto de vista empresarial, é uma referência para vários outros? É isso que significa essa intensidade”, complementa.

Ao se analisar a intensidade das ligações por pares de municípios (ligações de sedes e filiais de empresas), o par de maior valor é São Paulo (SP)-Rio de Janeiro (RJ).

Em função de suas ligações, São Paulo (SP) é o município que detém a primazia da Gestão Empresarial em 2021, seguido do Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).

Barueri, Osasco e Guarulhos, municípios da área metropolitana de São Paulo, também possuem posições relevantes no mesmo ranking, realçando a centralidade da metrópole paulista.

Em uma década houve pouca variação na representação das centralidades municipais, mas é possível registrar a ascensão no ranking nacional de centralidades intermediarias, como Cuiabá (MT), Belém (PA), Manaus (AM) e, em especial, Itajaí (SC), que abriga um número expressivo de sedes e filiais de empresas multilocalizadas.

Em 2021, das cinco principais atividades das empresas multilocalizadas, três eram do setor de saúde

Ao observar os setores nos quais atuam as empresas multilocalizadas, as maiores concentrações se encontram nos setores do comércio (43,8%) e de serviços (36,2%), muito à frente da indústria (16,7%) e da agropecuária e extrativismo (3,3%). Em termos de atividades, em 2021, das cinco principais, três eram do setor de saúde. O setor de transporte foi o principal destaque nesse ano, seguido do comércio varejista de vestuário, invertendo a ordem apresentada em 2012.

Em 2012, das cinco principais atividades das sedes das empresas multilocalizadas, quatro pertenciam ao setor varejista, enquanto, atualmente, apenas o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios figura com destaque. Já o setor de transporte ganhou importância relativa, o que pode estar relacionado ao crescimento do comercio online e à necessidade de entrega das mercadorias.

“Esse aumento de transporte de carga era esperado. Antes, o primeiro colocado era o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, que é algo importante até hoje. Isso faz sentido, então, quando a gente relaciona com a distribuição de produtos comprados online hoje, que é consistente com o fato de o transporte de carga ser algo muito dinâmico, que precisa ter muitas unidades descentralizadas em vários municípios”, esclarece Evelyn.

Ainda segundo a pesquisadora, chamam atenção as atividades farmacêuticas, que incluem atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e na área de odontologia, redes de clínicas, produtos farmacêuticos (para humanos e animais), atividades de serviços de complementação diagnóstico e terapêutica, entre outras.

Em 2021, São Paulo foi o município com o maior número de assalariados externos, com crescimento de 17,4% em relação a 2012

Também é possível medir o porte das ligações empresariais entre municípios pelo número de assalariados externos ao município da sede da empresa. Para isso, a pesquisa levantou o total de empregados que trabalham em estabelecimentos (fábrica, loja varejista, agência bancária etc.) de uma empresa cuja sede social está localizada em um município diferente.

Em 2021, São Paulo (SP) foi o município com o maior número de assalariados externos (1.855.722), o que significa um crescimento de 17,4% em relação a 2012. Dentre os dez municípios que lideraram esse quesito, o Rio de Janeiro (RJ) ficou em segundo lugar, com 486.696 assalariados externos, seguido por Brasília, com 315.047.

Entre as cidades que mais apresentaram crescimento relativo do número de assalariados externos, Itajaí (SC) se destaca, por seu setor industrial e pelo polo naval/portuário. Além disso, o município reúne um número significativo de sedes e filiais de empresas multilocalizadas, superando o quantitativo de capitais estaduais como Belém, Manaus e Cuiabá.

Brasília é o principal centro da Gestão Pública do país, seguida por Rio de Janeiro, São Paulo e Recife

Outra vertente da pesquisa é a Gestão Pública. Ela analisa as estratégias territoriais de atuação do Estado, com base na articulação em rede dos centros urbanos, tendo como referência a ação do poder público e a conexão hierarquizada entre municípios, formando uma escala de subordinações que pode chegar até o nível federal.

“A gente tem como pressuposto que o Estado organiza o espaço geográfico por meio das suas organizações, tanto diretamente como pelas instituições públicas que estão descentralizadas nas cidades. É essa distribuição espacial dos órgãos públicos que gera a capacidade de decisão e mostra a maneira como o Estado organiza o próprio espaço”, diz Marcelo.

O principal centro urbano responsável pela gestão pública do país é Brasília (DF), capital federal e sede nacional da maior parte das instituições públicas, que ocupa, isoladamente, a maior de centralidade de gestão pública, atuando como principal de gestor da estrutura administrativa estatal. O Rio de Janeiro (RJ) ocupa a segunda posição, o que pode ser explicado por ainda possuir várias instituições públicas do período em que foi capital federal. São Paulo e Recife completam a lista de municípios no segundo nível de centralidade de gestão pública.

Os três primeiros níveis de centralidade de gestão pública são ocupados exclusivamente por municípios que são núcleos de metrópoles. Juntos, esses municípios compõem os centros urbanos mais influentes do Brasil, além de concentrarem a maior parte da população. A região Nordeste concentra o maior percentual de municípios que não são Centros de Gestão Pública (31,5%) ou que têm baixo nível de centralidade (37,8%).

Ranking dos Municípios, segundo os níveis de centralidade de gestão pública
Níveis de Gestão Pública Municípios

1 Brasília (DF)

2 Rio de Janeiro (RJ)
São Paulo (SP)
Recife (PE)

3 Belo Horizonte (MG)
Porto Alegre (RS)
Curitiba (PR)
Fortaleza (CE)
Salvador (BA)
Belém (PA)
Florianópolis (SC)

Para compor o quadro da Gestão Federal, a pesquisa selecionou um conjunto de instituições multilocalizadas: IBGE, INSS, Justiça Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Receita Federal, Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho. Entre elas, com maior capilaridade territorial é a Justiça Eleitoral, que está presente em 2.028 municípios.

Quanto à Gestão Estadual, foram consideradas as Secretarias Estaduais de Educação e de Saúde. Um total de 528 municípios receberam reforço no indicador de centralidade de gestão pública em função de seu papel na gestão estadual. Assim, em função da contribuição desse indicador, 25% dos Centros de Gestão Pública foram melhores qualificados, sobretudo em municípios de médio porte com influência relevante nos contextos estaduais.

Itajaí (SC) ocupa a 26ª posição no ranking nacional de Gestão do Território

Os municípios que se qualificam como Centros de Gestão do Território são aqueles que possuem, simultaneamente, entidades de instituições públicas descentralizadas e unidades locais de empresas multilocalizadas, quer sejam elas sedes ou filiais. Com base nesse critério, mais da metade os municípios brasileiros não podem receber essa classificação, pois somente 2.176 (39,1%) municipalidades possuem as duas estruturas.

Em 2024, os três municípios com o maior nível de Gestão do Território foram São Paulo (SP), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ), mostrando a centralidade da capital paulista na Gestão Empresarial, Brasília como principal centralidade da Gestão Pública e o Rio de Janeiro como segundo colocado em ambos os tipos de gestão.

Sobre esse indicador, Itajaí (SC) é o município de maior valor dentre os que não são capitais nem componentes de metrópole, ocupando a 26ª posição no ranking nacional. Esse resultado foi impulsionado principalmente pelo desempenho do município no indicador de intensidade empresarial, ao abrigar um número expressivo de sedes e filiais de empresas multilocalizadas, superando até mesmo o indicador de capitais estaduais como Manaus (AM), Cuiabá (MT) e Belém (PA).

“Tem uma pujança grande no estado de Santa Catarina, que não está restrita à capital. Isso é uma coisa que interessa muito, porque cada vez mais as cidades do interior do estado têm maior papel econômico e político”, avalia Evelyn. Já Marcelo destaca o forte papel da rede urbana de Santa Catarina, ao contrário de outrosestados, que têm grande centralização na capital: “Em Santa Catarina, você tem Chapecó, Joinville e Itajaí. Há uma rede urbana mais distribuída”.

Em 2024, 2.176 municípios foram classificados como Centros de Gestão do Território, total ligeiramente inferior aos 2.204 levantados pela pesquisa em 2014. A variação pode ser explicada pela redistribuição de zonas eleitorais e de Agências do INSS.

“A maioria dos municípios brasileiros está absolutamente fora do centro de gestão do território. São 3.394 municípios pequenos e com média de 8.000 habitantes. Então, é uma coisa que se retroalimenta. Quanto maior a gestão do território, maior vai ser a hierarquia do município e ele vai ser atrativo para novas atividades”, conclui Marcelo.

Mais sobre a pesquisa

Gestão do Território 2024 identifica os Centros de Gestão existentes no universo dos 5.570 municípios do país, ou seja, municípios que têm papel de comando na rede urbana brasileira, tanto do ponto de vista empresarial como da gestão pública o estudo de gestão empresarial, foram observados dados do Cadastro Central de Empresas – CEMPRE, do IBGE, referente aos anos de 2020 e 2021, contendo a localização municipal das unidades locais das empresas, quer sejam elas sedes, quer sejam filiais. Já para os estudos de gestão pública, os dados são referentes ao ano de 2024, assim como foi considerada a divisão político administrativa do País vigente em 2024.

Esta é a segunda edição do estudo. A primeira é referente ao ano de 2012. Destaca-se, ainda, que o estudo sobre gestão do território também foi incluído na publicação Regic 2018.

Os dados são disponibilizados em base de dados consolidada, formada por dois conjuntos de tabelas, e podem ser visualizados na Plataforma Geográfica Interativa (PGI) do IBGE.

Fonte: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/42954-sao-paulo-lidera-e-itajai-ganha-destaque-no-ranking-da-gestao-do-territorio

Correios assina acordo com MCom e MDA e coloca logística a serviço da agricultura familiar

Os Correios assinaram, na tarde dessa quarta-feira (19), um acordo de cooperação técnica com o Ministério das Comunicações (MCom) e o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para promover a produção de produtos da sociobiodiversidade e da agricultura familiar consumidos para fins alimentício, cosmético e farmacêutico. A formalização do compromisso aconteceu durante a 6ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), em Brasília/DF. A agenda contou com a presença do presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, do ministro do Mcom, Juscelino Filho, do ministro do MDA, Paulo Teixeira, do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, além de outras autoridades e convidados.

O acordo faz parte de uma série de parcerias firmadas entre os entes públicos para promover a inclusão social e digital de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas e a diversos povos e comunidades tradicionais. Para a estatal, o compromisso reforça a importância como apoio logístico do governo federal, dando suporte a políticas públicas.

“Os Correios estão presentes em todos os municípios, então podemos muito ajudar a agricultura familiar. Nos colocamos à disposição das cooperativas e das entidades representativas para que consigamos apresentar soluções que atendam os agricultores e também o povo brasileiro”, disse o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, que projetou o desenvolvimento no futuro de uma vitrine virtual no marketplace da estatal para a venda da produção da agricultura familiar para o Brasil e para o mundo.

“O compromisso do Mcom e de suas vinculadas é levar conectividade aos agricultores e assentados que necessitam dessa atenção especial do governo federal. A inclusão digital não é privilégio de poucos, é um direito de todos. Com esse acordo, não tenho dúvidas que poderemos avançar ainda mais com as políticas públicas que atendam aqueles que mais precisam”, enfatizou o ministro Juscelino Filho.

“Esse momento é fundamental para universalizar o acesso digital às zonas rurais brasileiras. Permitirá às pessoas a continuarem a viver e realizar suas atividades no campo, que continuem tendo uma relação com o mundo por meio da tecnologia. Essa atenção é decisiva para o desenvolvimento do Brasil”, disse o ministro Paulo Teixeira.

Dentre as ações previstas no acordo de cooperação para a execução dos Correios, estão a de promover a excelência e a inovação de produtos comerciais para produtos da sociobiodiversidade da agricultura familiar e de viabilizar o transporte da produção de forma a contribuir para competitividade do setor.

Agricultura familiar na Bahia – Em dezembro, os Correios também estabeleceram uma parceria que está impulsionando a agricultura familiar na Bahia. Em suporte à União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (UNICAFES) e ao Governo do Estado da Bahia – por intermédio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) – os Correios estão operando a logística de envio de produtos da UNICAFES para todo o país.

Os envios acontecem de duas formas: por meio do Correios Log+ e por envio direto, pelos produtores, nas agências dos Correios. No primeiro caso, os produtos ficam armazenados na unidade do Correios Log+ localizada no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas de Salvador (CTCE Salvador), onde são separados, embalados, etiquetados e entregues aos destinatários. As vendas acontecem pelo site do Mercado de Agricultura Familiar, e estão abertas para todo o território nacional. Já o envio direto facilita a circulação dos produtos pelo interior do Estado, desembaraçando a burocracia de comercialização.

A parceria facilita o acesso dos agricultores familiares aos mercados consumidores, permitindo que produtos cheguem a diferentes regiões do país. A expertise dos Correios proporciona redução de custos e agilidade na entrega, com soluções que atendem às necessidades específicas dos agricultores. Dessa forma, é possível aumentar a margem de lucro, tornando a atividade rural mais viável economicamente e contribuindo significativamente para o desenvolvimento econômico e social das comunidades rurais.

Fonte: “Correios assina acordo com MCom e MDA e coloca logística a serviço da agricultura familiar – Correios – Sala de Imprensa

Shein pode sair da Europa? UE propõe reprimir plataformas de comércio eletrônico

Comissão Europeia propõe realizar uma reforma alfandegária que faça empresas entregarem dados sobre produtos vendidos.

Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE) está usando uma série de regulamentações digitais para atingir plataformas de comércio eletrônico, como a Shein.

Segundo a comissão, essas empresas podem estar permitindo a entrada de produtos que podem prejudicar as pessoas ou violar as leis do bloco.

Assim, conforme as informações do bloco nesta quarta-feira (5), deve haver uma reforma alfandegária que faça as plataformas entregarem dados sobre os produtos que vendem para a UE. A ideia é que as autoridades tenham mais supervisão dos pacotes que chegam à região.

A proposta também inclui a introdução de uma vigilância mais coordenada com as autoridades alfandegárias nos países-membros para ajudar a remover produtos fora dos padrões do mercado.

Esta ação é parte de uma ampla reação aos produtos chineses. “O aumento das importações de comércio eletrônico para o mercado da UE trouxe consigo muitos desafios”, afirmou Henna Virkkunen, a principal reguladora de tecnologia da comissão.

“Queremos ver um setor de comércio eletrônico competitivo que mantenha os consumidores seguros, ofereça produtos convenientes e respeite o meio ambiente”.

Além disso, a comissão começou a investigar a Shein por preocupações de que o site viole as regras de proteção ao consumidor do bloco.

A Shein, por sua vez, concordou com os esforços para tornar as compras online mais seguras para os consumidores da UE. Além disso, a empresa afirmou que seu modelo sob demanda visa aumentar a eficiência e reduzir o desperdício de materiais restantes e estoque não vendido.

Fonte:”Shein: UE propõe reprimir plataformas de comércio eletrônico

Marco Legal da IA: uma prioridade para 2025

A regulamentação da IA busca garantir a proteção dos dados dos cidadãos e promover um ambiente de inovação responsável.

A Inteligência Artificial (IA) está nos holofotes do governo federal. Prova disso é que Fernando Haddad (Ministério Fazenda) apresentou uma lista com 25 objetivos sobre o que será considerado prioridade no segundo biênio do governo. O material foi apresentado no dia 20 de janeiro ao Executivo Nacional.

Entre as novidades, destaque para o Marco Legal da Inteligência Artificial – IA e a regulamentação econômica das big techs. Vale destacar que, no fim de 2024, o Senado Federal aprovou o PL que regulamenta a IA no Brasil. Agora, a Câmara dos Deputados analisará o texto.

A versão aprovada é um substitutivo do senador Eduardo Gomes (PL-TO), originado do PL 2.338/23, que foi apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O material tem como base um anteprojeto elaborado por uma comissão de juristas. Ele também inclui dispositivos de outros projetos de lei, como o PL 21/20, já aprovado pela Câmara dos Deputados, e emendas de diversos senadores.

As mudanças que virão com a IA regulamentada

Mas, o que a IA regulamentada muda, na prática, para as empresas; e para os consumidores? Isso é o que veremos hoje.

A regulamentação da IA traz mudanças significativas tanto para as empresas quanto para os consumidores. Para as empresas, a criação de um marco legal proporciona um ambiente de maior previsibilidade e segurança jurídica. Isso significa que as organizações terão diretrizes claras sobre como desenvolver e implementar tecnologias de IA, o que pode facilitar investimentos e inovações. Além disso, a regulamentação pode impulsionar a competitividade, pois empresas que adotam práticas éticas e transparentes na utilização de IA poderão se destacar no mercado.

As normas também podem incluir responsabilidade e obrigações em relação à proteção de dados e privacidade. O propósito é assegurar que as empresas tratem as informações dos usuários de maneira segura e ética. Isso pode resultar em maior confiança dos consumidores na utilização de serviços que envolvam IA.

Assim, empresas que adotam uma abordagem responsável em relação à IA sejam mais valorizadas pelos consumidores.

IA para consumidores

Para os consumidores, a regulamentação da IA oferece uma proteção adicional. Eles poderão contar com garantias de que as ferramentas baseadas em IA operam de forma justa e transparente. Além disso, a regulamentação pode fomentar o direito à explicação. Em outras palavras, os consumidores poderão entender como decisões automatizadas são tomadas, especialmente em áreas sensíveis, como crédito e emprego.

A regulamentação também pode promover a inclusão digital, garantindo que grupos minoritários e desfavorecidos tenham acesso igual às tecnologias de IA. Isso porque o projeto estabelece que as iniciativas visem reduzir a discriminação algorítmica, assegurando que os sistemas de IA não perpetuem preconceitos existentes.

IA da América ou da Europa?

De acordo com Juliana Abrusio, sócia do escritório de advocacia Machado Meyer e membro do Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), o Projeto de Lei 2.338/2023 tem grande inspiração no modelo europeu. A respeito da efetiva regulamentação, ela acredita que ainda há muito a acontecer. Isso porque o Senado acabou de aprovar o PL de IA e a Câmara dos Deputados ainda irá tramitar o projeto. “Pode levar meses e a redação ainda não está definida”.

Juliana Abrusio é enfática ao afirmar que, pelas discussões de parlamentares e especialistas, não parece que o Brasil seguirá o caminho norte-americano. Ao contrário, o país deve aproveitar essa janela de oportunidade para viabilizar condições de investimento de tecnologia estrangeira no Brasil. Isso não significa abrir mão da segurança e ética em IA, pois esses princípios são conciliáveis.

Dependência de tecnologia estrangeira

Já Chiara Battalhia, também especializada em Direito Digital no Machado Meyer, ainda comenta que, diferentemente dos Estados Unidos, o Brasil ainda é muito dependente de tecnologia estrangeira. Ademais, o país sofre com o fenômeno de “fugas de cérebros”. Em outras palavras, exímios alunos e pesquisadores brasileiros que vão para o exterior, por mercados mais atrativos. Esse panorama, em sua visão, não favorece em nada o horizonte social e econômico do país.

“O obstáculo é criar uma regulação que resguarde os direitos fundamentais, sem perder de vista a promoção de desenvolvimento tecnológico interno. O Brasil é um dos países com mais condições, no mundo, para construção de data centers para treinamento de modelos sofisticados de IA. Isso se dá em razão da quantidade de áreas disponíveis. Sem contar a sua matriz energética limpa e à capacidade de resfriamento dos servidores, por dispor da maior bacia hídrica do globo”, explica Chiara.

PBIA

Ademais, tanto Juliana quanto Chiara consideram que as iniciativas sobre IA no Brasil buscam posicionar o país como um ambiente favorável ao desenvolvimento de IA, a exemplo do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028. Dentre seus objetivos, o intuito é destacar e reforçar a atratividade do Brasil para investimento no ecossistema que sustenta a IA, por exemplo data centers, em razão da sua capacidade de produção de energia limpa.

Assim, o Plano representa uma relevante mensagem aos agentes nacionais e investidores estrangeiros de incentivo à inovação, que os marcos regulatórios em desenvolvimento corroboram; a título exemplificativo, a proposta prevê a definição de regimes simplificados para promover o desenvolvimento tecnológico nacional, inclusive mediante flexibilização de obrigações regulatórias para incentivar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica (art. 1º, § 2º, II do Projeto de Lei n. 2.338/2023).

Consumidores brasileiros

Thais Matallo é sócia do Machado Meyer e especialista em assuntos jurídicos estratégicos de relações de consumo para todos os segmentos de mercado. Ela lembra que os principais Procons dos Estados brasileiros já trazem o tema da tecnologia e da IA como um dos principais a ser tratado ao longo de 2025.

Por consequência, ela pontua que a defesa e a proteção do consumidor constituem, no Brasil, direito fundamental e princípio da ordem econômica previstos na Constituição Federal, cabendo ao Poder Judiciário assegurar a observância de tais preceitos.

Nesse ínterim, Danielle Iglesias, advogada do Machado Meyer também especializada em relações de consumo, pontua que a soberania brasileira é assegurada pela competência da justiça brasileira para julgar demandas envolvendo consumidores residentes no Brasil, assegurando a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC)à maioria expressiva dos casos recebidos pelos Tribunais.

“Diante disso, o que se nota, portanto, é que instituições sólidas protegem os direitos do consumidor brasileiro, mesmo no contexto do avanço da tecnologia e da corrida internacional para o desenvolvimento de sistemas cada vez mais completos”, finaliza Thais.

Relação entre IA e consumo

A relação entre tecnologia e consumo tradicionalmente é marcada por desafios. Especialmente em um cenário onde as ferramentas digitais estão em constante evolução. O aumento do uso de IA nas plataformas de atendimento ao cliente, por exemplo, traz à tona questões sobre a eficácia desse atendimento e a necessidade de supervisão humana para garantir a satisfação do consumidor.

As futuras regulamentações que emergirem a partir dos debates em torno da tecnologia e da IA deverão considerar esses aspectos, visando equilibrar inovação e proteção ao consumidor. Em conclusão, da parte das empresas, é necessário que elas se preparem para as mudanças que estão por vir. Primordialmente, isso demanda investimento em compliance e capacitação de seus colaboradores para que as novas regras sejam devidamente respeitadas.

Analogamente, a interação entre o avanço tecnológico e a proteção ao consumidor será um dos pilares centrais das discussões nos próximos anos. Com efeito, a legislação e a jurisprudência brasileira precisam se adaptar a esse novo cenário, garantindo que os direitos dos consumidores sejam sempre prioridade, independentemente da evolução das ferramentas disponíveis no mercado.

Fonte: “Marco Legal da IA: uma prioridade para 2025 – Consumidor Moderno

Com a reforma tributária, como as fábricas e os centros de distribuição devem se reposicionar?

Novo sistema tributário elimina movimentações de mercadorias com objetivo de colher benefícios fiscais, o que demandará repensar a cadeia produtiva e a malha logística, explica especialista

A regulamentação da reforma tributária, que deve ser sancionada nesta quinta-feira, 16, pelo presidente Lula, coloca um ponto final em um ciclo longo e controverso de concessão de incentivos fiscais, especialmente para atrair empresas para determinadas regiões.

Durante décadas, estados brasileiros concederam benefícios fiscais, geralmente através do ICMS, para fomentar a instalação de fábricas e centros de distribuição (CDs) em suas localidades, estimulando a criação de empregos e o desenvolvimento regional.

No entanto, esses incentivos geraram um cenário de guerra fiscal, onde a disputa entre os estados por novos investimentos era marcada pela concessão de créditos presumidos, descontos de débito em notas fiscais e outras formas de redução tributária.

Para muitas empresas, os incentivos fiscais se tornaram um dos principais critérios na decisão sobre onde localizar suas operações. Mas acabavam provocando distorções e complicações fiscais. Quando uma empresa comprava produtos de outro estado, o Fisco questionava os créditos de ICMS destacados nas notas fiscais, já que os incentivos fiscais, na prática, faziam com que o imposto não fosse pago integralmente.

A reforma extingue esses benefícios regionais em 2033, com exceção da Zona Franca de Manaus (ZFM). Também altera o critério de incidência do imposto, que passa a ser baseado no destino da mercadoria e não mais na origem, como hoje.

Com isso, a movimentação anterior da mercadoria não interfere no tributo e coloca as empresas sobre um novo dilema: vale a pena manter fábricas e centros de distribuição em locais onde o único benefício era o incentivo fiscal, ou é hora de revisar a estratégia e reavaliar o local de operação, levando em consideração a proximidade com o mercado consumidor?

O que levar em conta?

Para Waine Domingos Peron, sócio-líder de Impostos da consultoria EY Brasil e ex-conselheiro do Conselho de Contribuintes de São Paulo, a nova dinâmica tributária exige das fábricas e dos CDs uma reavaliação da viabilidade de manter uma estrutura em regiões afastadas dos grandes centros consumidores, sem os incentivos fiscais que antes equilibravam os custos.

Assim como uma revisão da cadeia produtiva e da logística, com foco no cliente final, uma vez que a tributação será cada vez mais direcionada para onde o produto é consumido.

“Quando falamos de reposicionamento estratégico de fábricas e CDs, pode ser tanto no que está sendo fabricado e vendido no Brasil, quanto do que se importa e se revende no mercado doméstico”, afirma Peron.

Nesse sentido, explica, para “uma fábrica localizada distante de seu mercado consumidor, basicamente ancorada em incentivo fiscal, pode vir a ser necessário que ela seja realocada em uma localidade mais próxima, onde está a aérea de influência dos clientes delas”.

Segundo o especialista, se a maioria dos clientes de uma empresa, ou sua considerável parte, estiver no estado onde opera suas atividades, a mudança de local pode ser desnecessária.

“[A fábrica ou o centro de distribuição] podem até manter-se, dado que essas empresas vão tributar no destino para o mesmo lugar onde se encontram. Caso contrário, talvez, no cálculo de modelagem terá que avaliar se faz sentido estar mais perto mesmo do consumidor”.

Reposicionamento da cadeia logística

As mudanças na cadeia produtiva com a reforma tributária também levam a uma revisão da cadeia logística.

Peron usa o caso hipotético de uma empresa de bens e consumo que pode precisar estruturar toda a cadeia de suprimento para melhorar a eficiência de distribuição, já que os fornecedores de matéria-prima para uma fábrica, ou de uma mercadoria já acabada para ser revendida, talvez também não fiquem mais naquela mesma localidade.

Isso pode fazer com que os modais logísticos e a base de transporte também sejam alteradas. Algo também previsto para as rotas de entrega e de logística reversa, de acordo com o especialista, que levanta questões principalmente com as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus garantidas na reforma.

Além de simplificar e unificar os tributos sobre o consumo, a regulamentação do texto manteve o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os produtos concorrentes aos fabricados na ZFM. Isso significa que uma empresa que fabrique um produto fora da ZFM, que também seja lá produzido por um concorrente, terá que pagar o IPI.

“As empresas podem pensar em alternativas. Dependendo da alíquota de IPI desse produto, será que não vale a pena ir também para a Zona Franca? Tem que fazer a modelagem para saber, porque o custo logístico para distribuir na ZFM é elevado dada a distância do restante do país”, observa.

A manutenção dos benefícios na Zona Franca, por outro lado, devem apoiar setores consolidados na região, como de eletroeletrônicos e a produção de motocicletas.

Há, ainda, alguns segmentos que adotaram a estratégia de ter a fábrica e o centro de distribuição verticalizados – o mesmo grupo econômico que produz e distribui – para se beneficiar de regimes tributários de IPI e do regime monofásico do PIS e do Cofins [quando a carga tributária é concentrada em uma única fase do ciclo produtivo], e que terão que fazer um reposicionamento estratégico.

Segundo o sócio-líder da EY, esse é o caso de companhias dos setores de cosméticos, automóveis e farmacêutico, principalmente.

“Porque essa estrutura não vai mais fazer sentido de existir da forma como está. Porque o novo IVA Dual não tem mais as mesmas características do atual regime monofásico. Isso exigirá uma reavaliação de todo o modelo de negócio existente hoje desses setores”, afirma Peron.

Reforma tributária e os impactos no parque logístico

Com as empresas repensando a estrutura a partir do local de matérias-primas, mão de obra qualificada e proximidade com o consumidor, alguns estados precisarão de outros mecanismos para a manutenção das indústrias locais, de acordo com Peron.

Hoje, quase 80% do parque logístico nacional está próximo do eixo Rio de Janeiro – São Paulo, mostram dados da Log Commercial Properties, uma das principais desenvolvedoras de condomínios logísticos greenfield e locadoras de galpões alto padrão do Brasil.

A reforma tributária também cria o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que fará a arrecadação, a compensação de débitos e créditos e a distribuição de receitas para os estados e municípios.

O IBS é um tributo com um imposto comum aos estados e municípios. As atribuições do comitê, no entanto, ainda precisam ser definidas no Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2024, que aguarda aprovação do Senado.

Em geral, segundo o especialista em direito tributário, as empresas e os negócios que não usufruem hoje de nenhum incentivo fiscal, tendem a ter algum ganho com a reforma tributária, que deve ter uma carga de 26,5%.

“Não quero generalizar, mas esse é um resumo. Digo isso porque hoje, somando o ICMS, que é 18% no geral, mais PIS e Cofins, que dão 9,25%, com IPI na alíquota média de 7% a 10%, a carga tributária no Brasil hoje é de 33% a 34%. Sem os créditos fiscais em sua plenitude isso dá mais de 37%. E hoje esses créditos são controvertidos e não estão claros para as empresas”, afirma.

A reforma também prevê um longo período de transição, com sua conclusão definida para apenas 2033. Peron alerta, contudo, que as fábricas e os centros de distribuição devem buscar seu reposicionamento já a partir de 2025 para melhor proveito dos preços e fidelização dos clientes.

“Tudo isso faz parte do que eu chamo de ‘business transformation’. A reforma tributária não é só uma reforma tributária, é uma reforma de negócios. Finalmente nós vamos passar a ter um IVA que tem uma não cumulatividade e que é mais transparente. Ela [reforma] não é perfeita, como gostaríamos, mas ela estará bem mais transparente e límpida do que a não cumulatividade que temos hoje”, conclui Waine Peron.

Sanção do presidente Lula

A Câmara dos Deputados enviou o texto ao Palácio do Planalto em 27 de dezembro. O presidente Lula tem prazo de 15 dias úteis para sancionar o texto a partir daquela data, com a possibilidade ou não de vetos.

Fonte: “Com a reforma tributária, como as fábricas e os centros de distribuição devem se reposicionar? | Exame

Governo lança edital para apoiar e-comércio em três regiões

Serão selecionados projetos do Norte, Nordeste e Centro-Oeste

A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançaram um edital para fomentar o comércio eletrônico nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No total, serão destinados R$ 4,92 milhões para nove projetos selecionados.

Na primeira fase do processo seletivo serão selecionados 20 projetos, um para cada unidade da federação das regiões contempladas pelo edital. Na segunda etapa, nove projetos serão escolhidos para receber apoio financeiro, no valor de R$ 380 mil cada. Desses, três irão prosseguir para a fase de escala, por mais um ano, contando com acompanhamento técnico e apoio da ABDI, em parceria com o MDIC, e recebendo recursos no valor de R$ 500 mil.

O edital E-commerce.BR vai premiar soluções inovadoras que ajudem as micro, pequenas e médias empresas do país a superar obstáculos de logística, capacitação digital e comunicação online.

As inscrições vão até 17 de fevereiro deste ano e podem ser feitas por Redes de Inovação compostas por, no mínimo, três instituições públicas ou privadas de nível estadual, distrital ou municipal, que atuem em apoio a micro, pequenas ou médias empresas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

De acordo com dados do Observatório do Comércio Eletrônico Nacional, do MDIC, o comércio eletrônico no Brasil movimentou R$ 196,1 bilhões em 2023, um crescimento de 4,8% em relação ao ano anterior. No entanto, a concentração das vendas online ainda é grande: o Sudeste responde por 73,5% das transações, em contraste com Nordeste (7%), Centro-oeste (3%) e Norte (1,3%).

Fonte: “Governo lança edital para apoiar e-comércio em três regiões | Agência Brasil

Cerca de 50% dos brasileiros enxergam a IA como aliada para economizar nas compras

Em dezembro, o Senado aprovou o projeto que regulamenta o uso da Inteligência Artificial (IA) no Brasil, marcando um avanço significativo na criação de diretrizes para essa tecnologia. O texto segue para análise da Câmara dos Deputados e poderá estabelecer um marco regulatório com impactos diretos em empresas que utilizam IA.

Uma pesquisa realizada pela Infobip, revelou que 50% dos brasileiros veem utilidade na IA para economizar dinheiro, especialmente ao comparar preços e encontrar produtos mais baratos. Segundo Giovanna Dominiquini, diretora de vendas da Infobip, esses dados mostram como a IA já faz parte do dia a dia dos consumidores, ajudando-os a fazer escolhas mais econômicas e inteligentes.

IA no varejo e personalização

A pesquisa também destaca que 33% dos entrevistados consideram útil o uso de IA para criar listas de produtos personalizadas com base em seus gostos e necessidades. Giovanna acredita que o setor varejista pode se beneficiar dessa tecnologia ao oferecer experiências personalizadas e relevantes aos clientes. “É uma oportunidade para marcas com preços competitivos ganharem espaço, mesmo que ainda sejam pouco conhecidas”, afirmou.

Além disso, 41% dos brasileiros disseram preferir utilizar fotos para encontrar produtos em plataformas com IA, enquanto 44% valorizam a ajuda da tecnologia para explicar diferenças entre produtos. Já 34% consideram útil que a IA resuma avaliações de produtos, e 32% gostariam de receber recomendações de compras baseadas em históricos anteriores.

Transparência e responsabilidade

A regulamentação proposta deve aumentar a transparência no uso da IA e reduzir a disseminação de fake news, garantindo maior proteção ao consumidor e um mercado mais equilibrado. No entanto, Giovanna alerta para a necessidade de uma análise cuidadosa em casos de uso prejudicial da tecnologia. “É essencial que profissionais capacitados avaliem as responsabilidades para não prejudicar um mercado tão promissor”, ressaltou.

Impacto nos canais de vendas

Durante a Black Friaday de 2024, os principais canais de interação foram SMS, e-mail e WhatsApp, com mais de 1,6 bilhão de interações globais registradas pela Infobip no dia. Para Giovanna, as empresas devem alinhar o uso da IA aos canais preferidos de seus consumidores, garantindo uma experiência de compra fluida e assertiva.

A expectativa é de que a IA continue evoluindo como uma ferramenta indispensável no varejo, auxiliando consumidores a encontrar melhores preços e produtos com maior eficiência. “Não apenas em datas comerciais, mas ao longo de todo o ano, a IA deve ser utilizada para aumentar a satisfação do cliente e fortalecer a relação dele com a marca”, concluiu Giovanna.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/cerca-de-50-dos-brasileiros-enxergam-a-ia-como-aliada-para-economizar-nas-compras”

E-commerce: Governo Federal investe R$ 4,92 mi em ações para MPMEs; veja as regiões

Em prol de fomentar o e-commerce nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, o Governo Federal, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), anunciaram a ação “E-commerce.BR”. O aporte financeiro de MDIC e ABDI é de R$ 4,92 milhões.

Lançada nesta semana em formato de edital, ela terá como objetivo observar e premiar inovações voltadas ao setor, principalmente às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Segundo executivos dos órgãos públicos envolvidos, durante a 2ª Reunião Ordinária do Fórum MDIC de Comércio e Serviços, os alicerces desenvolvidos devem contemplar solução de problemas ou melhorias em logística, capacitação digital e comunicação online.

Com a iniciativa, a ABDI espera ajudar mais de 800 empresas e objetivando ampliar a participação das MPMEs no e-commerce brasileiro.

Força no e-commerce

Segundo dados da Nuvemshop, no terceiro trimestre de 2024, comparando com o mesmo período no ano passado, as MPMEs do e-commerce faturaram R$ 1,2 bilhão. Entre os principais segmentos, estão Moda, Saúde & Beleza, Acessórios e Casa & Jardim.

Além disso, por estado, São Paulo foi a que melhor despontou, com R$ 580,5 milhões arrecadados. A lista conta ainda com Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Ceará.

Das regiões que serão ajudadas pela iniciativa do Governo Federal, somente o Ceará aparece entre os cinco estados com melhor resultado.

Como vai ser?

As propostas serão recebidas pelas “Redes de Inovação”, compostas por, no mínimo, três instituições públicas ou privadas de âmbito estadual ou municipal. Entre elas, estão incluídas universidades, startups, centros tecnológicos, institutos etc.

Segundo Ricardo Capelli, presidente da ABDI, a partir do processo estabelecido como uma espécie de triagem dos projetos, será possível analisar e selecionar aqueles voltados a capacitação profissional e pessoal das empresas.

Inscrições

As inscrições para o edital estarão abertas de 9 de dezembro de 2024 até 17 de fevereiro de 2025. As propostas passarão por três etapas de seleção, começando pelo aprimoramento metodológico, seguido pela implementação de projetos-piloto e, finalmente, a escala das melhores soluções.

As categorias do edital são:

  • Capacitação e Desenvolvimento de Recursos Humanos: Foco em desenvolver habilidades essenciais para o comércio eletrônico, como gestão de inventário e análise financeira.
  • Soluções para Entregas e Distribuição: Projetos que otimizem a logística em regiões com infraestrutura limitada.
  • Comunicação e Integração Digital: Iniciativas que melhorem a comunicação entre empresas e clientes, aumentando a presença online das MPMEs.

Fonte:” https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-governo-federal-investe-r-492-mi-em-acoes-para-mpmes-veja-as-regioes”