Neoindustrialização pode aumentar valor competitivo do Brasil mundo afora

Possibilidades do Brasil em energia limpa foram debatidas no U-Talks, evento organizado por Ultragaz e Mercado&Consumo

A agenda ESG segue em alta pelo Brasil e pelo mundo, alertando o mercado de problemas, muitas vezes conceituais, mas possibilitando também inúmeras oportunidades, principalmente para o futuro. Considerado por muitos como um celeiro natural de energia limpa, o Brasil se encaixa bem neste cenário das oportunidades.

“A transição energética pode trazer ao Brasil a neoindustrialização. Não basta produzir energia limpa. É preciso também utilizar essa energia limpa para produzir produtos limpos”, revelou Adriano Pires, sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), em entrevista exclusiva com Aiana Freitas, editora-chefe da Mercado&Consumo, no U-Talks, evento que debateu o futuro da indústria e da transição energética na última semana, em São Paulo.

O executivo entende que a utilização da energia limpa pode ser um diferencial competitivo para o Brasil no mercado mundial. “Temos que exportar produtos feitos com energia limpa. E o mundo tem que pagar mais caro por aqueles produtos que são produzidos com essa energia. O aço brasileiro, por exemplo, tem que valer mais do que o aço chinês que é produzido com carvão”, afirmou Adriano Pires.

Confira abaixo o bate-papo completo com Adriano Pires e entenda um pouco mais do momento da transição energética no Brasil.

Brasil deve criar condições para atrair capital
Com cenário econômico favorável, o Brasil precisa criar condições para atrair o financiamento externo para a transição energética. Segundo relatório de investimentos da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), o Brasil recebeu US$ 114,8 bilhões de dólares em investimentos internacionais no setor de energias renováveis entre 2015 e 2022.

“O crescimento no Brasil tem surpreendido positivamente e a boa posição relativa do País no quadro internacional poderá contribuir para o financiamento da transição energética”, afirma Zeina Latif, sócia-diretora da Gibraltar Consulting.

Zeina destaca que há muito interesse no Brasil e que o mix de financiamento dependerá da natureza de cada projeto.

“O setor privado é muito heterogêneo. Há segmentos mais sofisticados, com elevados ganhos de produtividade e com escala de produção que permite maior engajamento na transição energética, que é custosa e não necessariamente traz ganhos de eficiência. Terão de liderar esse processo”, diz.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/06/11/2023/economia/neoindustrializacao-pode-aumentar-valor-competitivo-do-brasil-mundo-afora/

Setor de consumo é o segundo com mais fusões e aquisições realizadas no Brasil até agosto

Entre as 850 transações registradas, 15,4% estão relacionadas a empresas do varejo.

No geral, considerando todos os setores, o número de fusões e aquisições nos primeiros oito meses de 2023 é 22% menor em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 1.087 transações. A média mensal de fusões e aquisições em 2023, de 106 operações, fica abaixo dos anos anteriores: 130 em 2022, 138 em 2021 e 87 em 2020.

Até agosto de 2023, 20,4% das operações foram conduzidas por empresas multinacionais, enquanto 79,6% foram realizadas por empresas nacionais. A região Sudeste lidera com 68,5% das transações, seguida pelo Sul com 20,5%, Nordeste com 5,3%, Centro-Oeste com 3,4% e Norte com 2,3%.

Consumo nos supermercados

O consumo nos lares brasileiros teve alta de 4,12% em volume de vendas em agosto em relação ao mesmo período de 2022. Os dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) indicam meses positivos de consumo pela frente.

Esse crescimento será puxado pelas quedas consecutivas nos preços dos alimentos, bem como em virtude de programas de transferência de renda. Apesar da perspectiva positiva, os números não merecem grande comemoração tampouco euforia, na visão de quem lida com dados do segmento.

O preço da Abrasmercado (cesta de 35 produtos de consumo maciço monitorados pela Abras) teve queda de 5,33% em agosto ante o mesmo mês de 2022. A cesta ainda registrou uma desvalorização de 1,71% na comparação com julho e, no ano, a queda acumulada é de 4,89%. Os preços, em média, recuaram de R$ 730,06 para R$ 717,55. A cesta é composta pelas categorias de alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/01/11/2023/consumo/setor-de-consumo-e-o-segundo-com-mais-fusoes-e-aquisicoes-realizadas-no-brasil-ate-agosto/

Relatório Setores do E-commerce: Tráfego do e-commerce retrai em setembro e reforça espera pela Black Friday

Expectativas estão voltadas para uma das datas mais importantes do varejo brasileiro.

O tráfego do e-commerce brasileiro registrou o segundo desempenho mais baixo de 2023 no mês de setembro, com 2,39 bilhões de acessos únicos – atrás apenas de fevereiro, quando a marca ficou em 2,36 bilhões.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, as expectativas estão postas sobre a Black Friday, em novembro, cujos impactos já devem ser observados no próximo relatório, antecipando até mesmo os produtos mais procurados para a data.

No quesito receitas, a Black Friday também dará o tom. No ano passado, esse foi o mês em que as vendas das plataformas do e-commerce cresceram 114% em um único mês – melhor resultado até aqui.

A Conversion apresenta o novo Relatório Setores do E-commerce no Brasil: mensal, análises de audiência, setores, canais de tráfego e rankings dos maiores sites de cada categoria. Acesse o relatório completo já disponivel para download na Biblioteca do RadarIC em Pesquisas Externas .

‘https://lp.conversion.com.br/relatorio-setores-ecommerce

Download

Black Friday: vendas devem crescer, mas em ritmo menor

Apesar da alta na intenção de compra de bens duráveis, inadimplência elevada e desaceleração no ritmo de contratações deixam consumidor mais cauteloso. A análise é dos especialistas do Comitê de Avaliação de Conjuntura da ACSP.

Junto com o Natal, a Black Friday está entre as datas mais importantes para o varejo físico e digital. Mas este ano, as expectativas para o período de promoções, que começa a partir de 24 de novembro, apontam para crescimento menor do faturamento.

Projeções da Neotrust, consultoria de dados que monitora 85% do e-commerce brasileiro, mostram que o faturamento das lojas on-line com a Black Friday 2023 deve atingir R$ 6,92 bilhões, valor menor do que o atingido no ano passado (R$ 7,8 bi) e em 2021 (R$ 7,9 bi).

A expectativa da Neotrust leva em consideração a desaceleração das vendas on-line. Apesar do faturamento de quase R$ 36 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o aumento foi de apenas 0,5% ante o trimestre anterior. O número de pedidos acompanhou o ritmo, com leve alta, de 0,7%, chegando aos 75 milhões.

A Black Friday 2023 deve crescer 12,6% em volume de vendas, na comparação com igual data de 2022, com alta no número de pedidos estimada entre 7% e 11%. Mas a base de comparação é fraca: em 2022 houve recuo de 23% e em 2021, a alta foi de apenas 2,3%.

Esses números foram apresentados por um especialista em varejo on-line que participou da reunião do Comitê de Avaliação de Conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada na última quinta-feira (26). A pedido da ACSP, os nomes dos participantes dessa reunião não são divulgados.

Pelo lado dos consumidores, a perspectiva é mais otimista, segundo os dados da Neotrust. Para 54% dos entrevistados, há intenção de antecipar compras de Natal na Black Friday, ante 27% em 2022. Entre os maiores motivadores para a compra, segundo a pesquisa, estão os descontos acima de 50% (67% dos consumidores) e o frete grátis (47%).

Outra pesquisa, essa da Opinion Box em parceria com a Dito, mostra que 84% dos consumidores preferem que tanto a loja física como digital estejam integradas. Isso mostra a importância da estratégia phygital para as redes, ou seja, que mescla experiências físicas e digitais na jornada de compra.

“Isso destaca a importância de investir em estratégias omnichannel tanto no on como no off-line, principalmente em datas como a Black Friday”, destacou o especialista durante a reunião da ACSP.

Ele também mencionou pesquisa do Google pelas buscas do termo “Black Friday”. Em 2022, 71% das pessoas pretendiam comprar na data, porém ela foi considerada a pior da história. “Mas esse ano as buscas cresceram 24% sobre o ano passado, trazendo expectativas mais positivas para o varejo.”

Pela estimativa do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, de modo geral, o varejo restrito deve encerrar o ano com crescimento de 1,9%. Mesmo com oscilações, pelo alto nível de endividamento e o impacto ainda lento da redução dos juros, é possível visualizar “certa recuperação mais para no final do ano com as duas datas comemorativas”, sinalizou um dos economistas presentes à reunião.

INADIMPLÊNCIA

A projeção de crescimento na Black Friday não tem animado muito o setor financeiro, destacou um representante da área na reunião da ACSP.

Mesmo que a inadimplência tenha registrado queda nos níveis ao longo do ano, motivada pela diminuição da informalidade no mercado de trabalho e dos preços da cesta básica, além de ser seguida pela melhora na renda, puxada também por programas de transferência de renda e de renegociação de dívidas, a inadimplência tem reduzido em níveis muito pequenos, alertou, citando estimativas da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Ele mencionou dados recentes do Banco Central, que apontam que o número de brasileiros endividados gira em torno de 67 milhões, ou praticamente 32% da população. Desse total, cerca de 25% estão no Estado de São Paulo, e 64% do montante têm dívidas junto aos bancos.

“A predisposição de acréscimo de consumo em vários segmentos na Black Friday poderá causar efeitos negativos no médio e longo prazo”, afirmou. “A preocupação dos bancos é com taxas de juros ainda altas, que podem implicar em maior endividamento do consumidor.”

O endividamento também têm limitado a capacidade de consumo das famílias, diminuindo os efeitos positivos da queda da inflação na renda disponível. Assim como a desaceleração do mercado de trabalho, que está levando os consumidores a olhar o emprego com cautela nos próximos meses, segundo análise da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Portanto, faltando menos de um mês para a Black Friday 2023, a previsão da CNC é de consumo moderado: apesar de a intenção de compra crescer 19,7%, na comparação anual, ela segue em desaceleração desde abril, e é a mais baixa desde outubro de 2022.

‘https://www.dcomercio.com.br/publicacao/s/black-friday-vendas-devem-crescer-mas-em-ritmo-menor

Aquecimento Black Friday: veja o que esperar da data

Personalização de ofertas ainda não é vista como necessidade, enquanto produtos premium ganham um novo significado para a edição de 2023 da Black Friday.

Não são esperadas surpresas para a Black Friday de 2023. A data, que já bate às portas das marcas, varejistas e indústrias no Brasil e no mundo, ainda carrega um legado deixado pela inflação, crise econômica, fruto da pandemia da Covid-19, além de uma alta taxa de inadimplência e redução da taxa de juros que ainda não afeta o consumidor brasileiro.

No entanto, há oportunidades para criar ofertas pertinentes para a rotina e necessidades dos clientes. Tanto aqueles da classe C, que foram duramente impactados pela pandemia e que ainda se recuperam, quanto consumidores de maior poder aquisitivo.

“Pelo menos 60% da população brasileira ainda é cautelosa ou foi impactada” afirma Gabriel Lescher Fagundes, Head of Industry Insight Brazil da NiQ. “O consumidor já entende a Black Friday e o papel dos diferentes canais. Por isso, não se espera nenhuma revolução ou virada de chave nessa edição, mas sim a intensificação de alguns hábitos e atitudes tomados ao longo desses últimos 12 a 18 meses”.

Para esse ano, espera-se que os produtos que mais terão procura são aqueles que permitem o armazenamento e os de indulgência, que representam uma forma para que o cliente acesse produtos que não fazem parte do seu cotidiano e que complementem a sua cesta. Isso não significa produtos com preços muito elevados ou inacessíveis, mas que reflitam um desejo do consumidor que se torna mais possível com a Black Friday.

“Chegamos num momento de uma inadimplência ainda muito alta que não desacelerou, concentrada no crédito caro mesmo com a redução da taxa de juros – que ainda não reflete no consumidor”, afirma Danielle Sato, Gerente de Atendimento ao Varejo da NiQ. “Mas vemos uma dualidade: enquanto temos consumidores que foram impactados, outros não foram. Temos que tentar atender a esses dois tipos de consumidores, tanto aqueles que podem gastar um pouco mais quanto aqueles que tenham intenções além de básico, e não se trata apenas de uma estratégia para a Black Friday”.

O consumo da classe C
Segundo a pesquisa “Panorama do Consumo na Black Friday 2023”, da Globo, 62% da população brasileira percebeu que sua vida financeira piorou ou se manteve a mesma nos últimos meses. Enquanto as classes A e B foram as que sofreram menos com os impactos econômicos – 36% perceberam que suas situações pioraram muito ou um pouco –, as classes C e DE foram as mais afetadas – 45%.

A classe C, que outrora foi apontada como em ascensão e com potencial de transformar o mercado de consumo brasileiro, ainda segue estagnada. Segundo o relatório “Consumer Insights 2023”da consultoria Kantar, a aquisição de bens de consumo no Brasil cresceu 2,7% em 2022, puxado principalmente pelos consumidores das classes DE – com 5,2% de unidades consumidas na comparação com o ano anterior. Enquanto as classes AB cresceram 3,1% no mesmo período, a classe C teve um nível de 1,8%.

Por outro lado, as pessoas estão otimistas: a pesquisa da Globo aponta que 60% acreditam que suas vidas financeiras irão melhorar, enquanto 28% percebem não terão alterações. Segundo os mais confiantes, os motivos que levarão a essa melhora são o controle e diminuição de gastos, investimentos em novas fontes de renda, a procura por emprego e melhorias no mercado, e o fato de estarem trabalhando.

“Vemos um movimento de antecipação das compras de Natal menos em produtos de bens de consumo. A busca por ofertas se dá em produtos indulgentes, com um preço um pouco mais alto que não necessariamente irá impactar as compras de Natal”, aponta Sato. “Quando a gente fala de Black Friday, a compra online chega a 30% e, de fato, você tem a possibilidade de antecipar alguns itens, mas separar as datas faz bem. Natal vem com outras coisas agregadas, e que ajuda a comprar coisas mais amplas. Para a Black Friday, apostar em não perecíveis pode ser interessante”.

Atingir esses diferentes públicos vai além de investir em produtos que contam com alto giro na Black Friday, como skincare e protetores solares. É necessário também ampliar o acesso por meio de diferentes meios de pagamentos. Sato reforça que, além do Pix, as varejistas podem aproveitar oportunidades de parcelamento do cartão de crédito – modalidade muito aceita pelos consumidores brasileiros.

Premiunização de ofertas
A premiunização – ou seja, a criação da percepção de exclusividade e de sofisticação de produtos e serviços – pode ser um outro diferencial para que marcas e varejistas se destaquem entre o mar de ofertas da Black Friday.

No entanto, para conseguir atingir os diferentes públicos de consumidores, é preciso ressignificar o conceito de premium. “Precisamos saber claramente que premium não é simplesmente uma questão de tecnologia”, afirma Ricardo Moura, Head of Client Service Brasil da GfK. “A tecnologia nos ajuda a ofertar uma coisa extremamente positiva, mas há também a questão do branding. A marca dentro desse contexto também faz muito sentido para a criação de desejo, seja para um azeite, seja para um celular”.

Um exemplo está na categoria de bebidas premium, que teve uma alta de consumo durante a pandemia da Covid-19. Segundo outro estudo da Kantar, no último trimestre de 2021, o consumo de cerveja cresceu 62% na comparação com o período pré-pandemia, sendo os rótulos premium os favoritos dos consumidores.

“O que vimos recentemente foi um aumento do consumo de bebidas premium durante a pandemia, e que hoje está se expandindo para fora do lar e já faz parte da vida do consumidor”, afirma Moura. “Esse consumidor entende o papel do premium. Teremos uma antecipação desse consumo de final de ano dentro de um consumo mais regular”.

Por isso, o executivo defende trabalhar a força e o desejo de marca como uma estratégia relevante para criar ofertas premium. “Isso vai criar uma questão de acesso ao desejo da marca. As empresas precisam entender todos esses componentes que levam à adoção das marcas pela classe C, uma vez que é o seu momento de colocar a mão no bolso, independentemente do crédito ou não”.

Gabriel Lescher Fagundes acrescenta que é preciso tomar cautela com a precificação das ofertas premium. “No fim do dia, o que leva um produto a ser nichado não é a tecnologia, mas o preço que cabe a determinado tipo de canal e determinado tipo de bolso. Isso é interessante porque a Black Friday de muitos já está definida, negociada e prestes a ser executada. Mas esse é um momento importante para alinhar expectativas”.

Como fica a personalização?
Não são todos as varejistas e indústrias que estão atentas ao seu consumidor a nível individual – o que dificulta a possibilidade de criar ofertas e mídias personalizadas para cada cliente. No entanto, Danielle Sato aponta que o mercado brasileiro já apresenta maior maturidade sobre o tema, e as marcas que vem trabalhando a personalização em seus negócios já estão aprendendo muito sobre os comportamentos de seus consumidores.

Para a executiva, quem fizer uso da personalização em sua estratégia de ofertas para a Black Friday terá uma diferenciação no mercado e também na experiência do consumidor. “Quando a oferta encontra o consumidor e é personalizada, é preciso tomar cuidado para fazer sentido para o consumidor e para que não seja irritante. Em vez de pegar na mão do consumidor para guiá-lo na jornada, as marcas devem acompanhá-lo, uma vez que é ele quem escolhe. É desafiador, mas alguns varejistas já chegam para essa Black Friday com trabalho de CRM, pesquisa de consumidores e entendimento de seu público um pouco mais maduro”.

‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/24/aquecimento-black-friday/?utm_campaign=cm_news_251023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Black Friday 2023: varejistas terão faturamento 12% maior em relação ao ano passado

De acordo com o relatório “Estratégias e Expectativas para a Black Friday 2023“, divulgado pela Neotrust, a Black Friday deste ano irá registrar um crescimento estimado de 12% no faturamento em relação ao evento de 2022. O período que abrange a data promocional, de quinta-feira (23/11) a domingo (26/11), será marcado por uma elevação considerável nas vendas online, com o número de pedidos aumentando entre 7% e 11%.

Entre os compradores em potencial da Black Friday 2023, 77% têm expectativas altas ou muito altas para as ofertas deste ano. A partir de dados coletados de mais de 2500 varejistas online de todo o país, a CONFI monitora mensalmente a evolução do cenário de e-commerce no Brasil — abrange, por exemplo, uma média diária de 1,5 milhão de pedidos.

Compras antecipadas na Black Friday
No levantamento apresentado hoje pela manhã, 54% dos entrevistados dizem ter a intenção de antecipar suas compras de Natal durante o evento. No ano anterior, esse número representava apenas 27% das intenções. As categorias que mais terão impacto na queda de preços neste ano são as de roupas e calçados, perfume, maquiagem, cosméticos, chocolates e doces.

Head de Vendas da Neotrust, Luis Otavio Cambraia também lembrou que o mercado de televisores terá uma redução este ano, uma vez que em 2022 houve um boom de vendas na Copa do Mundo. “Apesar disso, aparelhos como Airfryer seguem vendendo muito, uma vez que seguem substituindo o micro-ondas”, disse.

Descontos e frete grátis são os principais motivadores para compras não planejadas
Para 67% dos brasileiros, a Black Friday é uma das datas mais esperadas do ano no varejo. Prova disso é que 52% dos entrevistados planejam comprar durante o evento deste ano, em comparação com 60% no ano anterior. Entre os compradores em potencial, 77% têm expectativas altas ou muito altas para as ofertas deste ano.

Os fatores que influenciam a decisão de compra são:

– 67% citam descontos nos produtos acima de 50%;

– e 47% mencionam frete grátis entre os principais motivadores para compras não planejadas.

Um destaques para este evento, de acordo com o Google, é que as buscas sobre a Black Friday este ano já são 24% maiores que em 2022. A MindMiners, por exemplo, já assegura que 6 em cada 10 brasileiros têm certeza de que comprarão na data.

Outros insights de consumo na Black Friday
Ainda dentro do estudo, 72% acreditam que os preços durante o evento realmente são os mais baixos — portanto, trata-se de um momento chave para aproveitar ofertas vantajosas. Além disso, 28% esperam até a sexta-feira para fazer suas compras, enquanto 22% realizam compras ao longo do mês de novembro.

Buscas na Black Friday
Sobre a pesquisa de produtos, destaque para:

– 18% começam a acompanhar os preços seis meses antes do evento;

– 27% buscam três meses antes;

– 29% um mês antes;

– e 9% começam a procurar 15 dias antes da Black Friday;

– apenas 2% não planejam fazer pesquisa;

– 41% pesquisam em sites de busca;

– 38% procuram em sites confiáveis em que já tiveram boas experiências.

Enquanto 35% fazem pesquisas diretamente por meio dos aplicativos das lojas, 32% usam redes sociais e 30% buscam informações em sites especializados. A pesquisa também aponta que 47%, quase metade dos compradores da Black Friday, planeja fazer compras tanto em lojas físicas quanto online, destacando a importância de implementar estratégias omnichannel.

Cartão de crédito e Pix são os preferidos
Em relação às formas de pagamento, o estudo verificou que:

– 68% planejam usar cartão de crédito;

– 51% Pix;

– 28% cartão de débito;

– 19% carteira digital;

– 16% dinheiro.

Para Cambraia, o uso das carteiras digitais diminuiu no início de 2023 em favor do uso de cartões de crédito, enquanto o Pix tem continuado a ganhar tração.

Quase metade planeja instalar app para comprar
Com o objetivo de se preparar para as promoções e ofertas, 54% dos entrevistados afirmaram que se inscreveram em listas VIP e baixam os aplicativos das lojas com antecedência.

No relatório, 86% das pessoas que instalaram algum aplicativo na Black Friday de 2022 o mantiveram instalado após a data. Fora isso, 48% pretendem instalar um aplicativo que ainda não possuem em seus aparelhos para a Black Friday deste ano, enquanto 33% disseram ainda não saber.

Os motivos para que usuários instalem aplicativos de compra da loja são:

– 58,8% frete grátis;

– 41,2% ofertas exclusivas;

– 39,2% cupons de desconto;

– 33,3% entrega rápida;

– 15,7% pagamento facilitado, entre outros.

Ticket médio maior na Black Friday
No terceiro trimestre de 2023, o faturamento do comércio eletrônico foi de R$ 35,6 bilhões — um aumento de 0,5% em comparação com o trimestre anterior. No entanto, o número de pedidos registrou uma diminuição de 0,7%, atingindo a marca de R$ 75,4 milhões.

Já o ticket médio, que chegou a R$ 473 no terceiro trimestre de 2023, se aproxima do patamar histórico mais elevado. Em 2022, foi de R$ 454 e aumentou para R$ 597 durante a Black Friday.

Enquanto a maioria dos compradores afirme um gasto entre R$ 100 e R$ 1.000 no evento, cresce o número de pesquisados que pretendem gastar mais de R$ 2 mil quando comparado a 2022.

Previsão de faturamento na Black Friday 2023
Por fim, a pesquisa trouxe um comparativo de faturamento dos lojistas de e-commerce para a Black Friday 2023. Comparado ao valor arrecadado em 2022 (R$ 6,15 bilhões), a Neotrust espera que o evento deste ano chegue a R$ 6,92 bi — um aumento de 12,6%.

Separado pelos dias próximos à data, os valores são: R$ 1,58 bi na quinta-feira, R$ 4,91 bi na sexta-feira, R$ 1,42 bi no sábado e R$ 0,88 bi no domingo. Vale ressaltar que 74% das pessoas já estão pesquisa os produtos que pretendem comprar na data.

O relatório completo pode ser baixado aqui.

‘ https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/black-friday-2023-faturamento-maior-em-relacao-ao-ano-passado

Drex e a revolução nos pagamentos digitais

Em um mundo onde a tecnologia avança a passos largos, é imperativo que o setor financeiro se mantenha na vanguarda da inovação. E é exatamente isso que o Banco Central (BC) brasileiro planeja fazer com o projeto Drex, uma revolução que promete, em um ambiente democrático, seguro e distribuído, redefinir a forma como os pagamentos digitais são feitos.

A previsão é de que, entre o final de 2024 e o início de 2025, os brasileiros tenham a oportunidade de passar por uma mudança de paradigma nos pagamentos digitais de forma experimental, o que promete trazer uma série de benefícios e transformações significativas que poderão ser explorados por meio da redução de custos de transações programáveis, padronizadas, com interoperabilidade e reutilização de protocolos. Teremos também a possibilidade de criação de contratos inteligentes (smart contracts) com execução automática e a tokenização facilitando transferências de ativos.

Destrinchando o Drex

O Drex trata-se de uma promessa de Real Digital do BC: uma versão digital da moeda oficial brasileira respaldada pelo governo do país. No cerne dessa operação, está a premissa de tornar os pagamentos digitais mais acessíveis, eficientes e seguros do que nunca. Para alcançar isso, o Drex incorpora inovações tecnológicas que o diferenciam dos sistemas de pagamento convencionais.

Uma de suas características mais notáveis é a base na tecnologia blockchain, que garante o registro de todas as transações de forma transparente e imutável, o que significa que qualquer tentativa de fraude se torna virtualmente complexa. Além disso, a utilização da criptografia fornece mais segurança, proporcionando aos usuários a tranquilidade de que as suas informações financeiras estarão protegidas.

Vale ressaltar que a nova solução não será uma criptomoeda, afinal o Drex tem uma gestão centralizada pelo BC e operada em plataforma própria, em que há regras importantes para manter a segurança, a privacidade e a legalidade das transações – criptomoedas, por sua vez, são ativos digitais normalmente emitidos por iniciativa privada. Outro diferencial é que não haverá volatilidade na moeda, pois o objetivo é fornecer paridade fixa de um para um com o real.
Benefícios

Para os consumidores, haverá inúmeros benefícios, como a eliminação da necessidade de intermediários financeiros, que pode resultar em taxas mais baixas, tempos de processamento mais rápidos e movimentações realizadas em questão de segundos, 24 horas por dia, sete dias por semana, sem depender do horário bancário.

A novidade promete oferecer maior acessibilidade financeira, permitindo que pessoas não bancarizadas tenham acesso a serviços financeiros essenciais, o que pode auxiliar na redução da exclusão financeira e levar mais pessoas para a economia formal.

As empresas também colherão os frutos do Drex, uma vez que, com transações mais rápidas e baratas, os custos operacionais podem ser reduzidos, resultando em margens de lucro mais saudáveis. Vale mencionar ainda a facilidade de integração com sistemas de pagamento existentes, que podem tornar a adoção do método de pagamento uma escolha natural para organizações de todos os portes.

Outro ponto que pode gerar benefícios às companhias é a possibilidade de usar ativos digitais como garantia em transações de créditos. Nesse cenário, o não pagamento de uma dívida pode provocar a execução da garantia de forma automática, barateando a operação de crédito.

O projeto apresenta, portanto, um potencial para transformar a maneira como as corporações lidam com a contabilidade e os impostos, visto que as transações registradas de forma imutável no blockchain simplificam a conformidade tributária e a prestação de contas, o que é positivo para empresas e órgãos governamentais.

Diante desse cenário, é possível acreditar que o Drex chegará ao dia a dia dos brasileiros pronto para liderar a revolução dos pagamentos digitais. É uma mudança que promete transformar o futuro financeiro do país e, quem sabe, de todo o mundo.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/drex-e-a-revolucao-nos-pagamentos-digitais

Black Friday 2023: expectativas promissoras e crescimento sustentável

A Black Friday é um evento de compras anual que tem se consolidado como um dos momentos mais aguardados pelos consumidores e varejistas no Brasil. Em 2023, a expectativa é de que a Black Friday continue a sua trajetória de sucesso, com projeções que apontam para um evento ainda mais promissor. Segundo a Neotrust, empresa especializada em análise de dados de e-commerce, o cenário para a Black Friday de 2023 é positivo.

A Black Friday de 2023 promete ser um evento promissor, com indicadores positivos, como o aumento no ticket médio e a previsão de crescimento nas vendas.

Ticket médio em ascensão
Uma das principais métricas que indicam esse sucesso é o ticket médio das compras realizadas durante o ano. De acordo com a Neotrust, em 2023, o ticket médio está em aumento, chegando a impressionantes R$ 473,00. Esse valor representa uma aproximação do maior patamar histórico já registrado ( R$ 475,00 no segundo trimestre de 2021), indicando que os consumidores estão dispostos a investir mais em suas compras durante a Black Friday.

Crescimento nas vendas
Além do aumento no ticket médio, outra previsão empolgante é o crescimento nas vendas durante a Black Friday de 2023. A Neotrust projeta um aumento de 12,6% nas vendas em comparação com o ano anterior, consolidando a tendência de crescimento sustentável desse evento no mercado brasileiro.

Fatores impulsionadores
Diversos fatores contribuem para as expectativas promissoras da Black Friday de 2023. Entre eles destacam-se:

Maturidade do mercado: o consumidor brasileiro está cada vez mais familiarizado com a Black Friday e suas vantagens. A experiência acumulada ao longo dos anos tem aumentado a confiança dos consumidores, que agora sabem como encontrar as melhores ofertas.

Digitalização: a crescente digitalização do varejo, impulsionada pela pandemia, tornou as compras online uma parte essencial da vida dos consumidores. Esse cenário favorece a Black Friday, que é amplamente associada às compras online.

Variedade de produtos: os varejistas têm diversificado ainda mais seus estoques, oferecendo uma ampla gama de produtos em promoção. Isso atrai diferentes tipos de consumidores e amplia o alcance do evento.

Conscientização sobre preços: os consumidores estão mais conscientes dos preços regulares dos produtos, o que lhes permite identificar com facilidade as ofertas reais durante a Black Friday.

Antecipação de compras: muitos consumidores estão se planejando antecipadamente para a Black Friday, pesquisando produtos desejados e criando listas de desejos. Isso aumenta a probabilidade de conversão durante o evento.

Conclusão
A Black Friday de 2023 promete ser um evento promissor, com indicadores positivos, como o aumento no ticket médio e a previsão de crescimento nas vendas. A maturidade do mercado brasileiro, a digitalização do varejo e a variedade de produtos em promoção são fatores-chave que contribuem para esse cenário positivo. Os consumidores estão mais preparados do que nunca para aproveitar as melhores ofertas, e os varejistas estão se preparando para atender a essa demanda crescente.

Além disso, para os interessados em uma abordagem mais analítica, a Neotrust oferece uma solução valiosa: o Black Friday Hora a Hora. Essa ferramenta permite analisar indicadores relevantes por categoria durante todo o mês de novembro, fornecendo insights valiosos para consumidores e varejistas.

É importante destacar que a Neotrust busca desmistificar o uso de dados, tornando a análise de informações mais acessível. Como parte desse compromisso, a Neotrust disponibiliza gratuitamente algumas funcionalidades do Black Friday Hora a Hora. Isso significa que qualquer pessoa interessada pode acompanhar alguns indicadores durante todo o mês de novembro

Dessa forma, você estará ainda mais preparado para tomar decisões informadas e aproveitar ao máximo esse evento de compras tão aguardado.

Participe do evento da Neotrust sobre Estratégias e Expectativas para Black Friday 2023 e saiba como se preparar usando dados e análises de comportamento a seu favor.

Inscreva-se: http://bit.ly/estrategiablackfriday2023.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/black-friday-2023-expectativas-promissoras-e-crescimento-sustentavel

Black Friday promete disputa entre Brasileiras Renner, Magalu e Riachuelo com Chinesas Shein, Shoppe e AliExpress!

As gigantes do varejo no Brasil têm tomado medidas proativas para enfrentar o acirramento da concorrência, principalmente de produtos importados da Ásia. O cenário, agravado pela queda notável nas vendas de artigos de uso pessoal e doméstico no decorrer desse ano – conforme divulgado pelo IBGE -, tem exigido destas empresas uma busca constante por estratégias que lhes permitam manter a relevância em um mercado cada vez mais globalizado e competitivo.

Para além dos números, a questão é complexa e envolve perspectivas que vão da política econômica à tecnologia. Para muitos, a solução parece residir no equilíbrio entre o investimento em plataformas próprias para venda de mercadorias importadas, o chamado “cross border”, e o estímulo à aquisição de produtos oriundos do Mercosul, que têm garantido um diferencial competitivo para as varejistas nacionais.

Como o “cross border” tem sido utilizado pelas varejistas brasileiras?
Realizar vendas cross border tem sido uma das táticas adotadas pelas varejistas nacionais como resposta ao avanço de competidores estrangeiros. Este tipo de venda, que consiste essencialmente na comercialização de produtos para consumidores localizados em países distintos daquele da empresa vendedora, permite uma expansão do leque de ofertas à disposição do consumidor brasileiro, além de abrir novos mercados para as empresas nacionais.

Quais benefícios a intensificação da compra de produtos do Mercosul traz para as varejistas?

A aposta na aquisição de produtos do Mercosul é outra estratégia potente na luta contra a concorrência estrangeira. A região, cuja liberação tarifária facilita o comércio entre os países membros, abriga uma diversidade de fornecedores, capazes de atender a um amplo espectro de demandas por produtos da população brasileira. Além disso, a compra de produtos da região tende a fortalecer as relações comerciais e promover a integração econômica entre os países do bloco.
Como essas estratégias impulsionam o varejo nacional no último trimestre?

A pauta se torna ainda mais importante quando pensada a luz dos últimos meses do ano. Novembro, com a Black Friday, e dezembro, com o Natal, são meses tradicionalmente positivos para o comércio, mas que em 2023 se mostram desafiadores devido à pressão da concorrência. Dessa forma, essas estratégias possibilitam às varejistas brasileiras alternativas para se manterem competitivas e continuarem atraindo consumidores, garantindo assim melhores resultados no último trimestre do ano.
‘https://bmcnews.com.br/2023/10/22/black-friday-promete-disputa-entre-brasileiras-renner-magalu-e-riachuelo-com-chinesas-shein-shoppe-e-aliexpress/

Evolução do e-commerce desde 2019: faturamento dobrado e mais pedidos pelo celular, mostra ABComm

O e-commerce brasileiro viveu uma gangorra nos últimos anos, seja com o ‘boom’ durante a pandemia ou nos momentos de instabilidade, taxa de juros mais alta, poder de compra menor do consumidor, entre outras situações. Contudo, ao olhar de 2019 até o presente, a ABComm identificou uma evolução representativa em termos de faturamento do setor. Além disso, a adaptação do brasileiro também é animadora e pode ditar tendências para o comércio eletrônico nos próximos anos.

Segundo o levantamento da instituição, o e-commerce pode chegar a crescimento acima de 100%, saltando de R$ 90 bilhões, gerados no final de 2019, para R$ 185,7 bilhões de receita até o fim do ano atual. Além disso, no intervalo de quase quatro anos, as compras via celular representam mais de 50% dos pedidos.

A arrancada do setor, mesmo passando por percalços até este ano, foi extramente positiva. Somente no primeiro semestre de 2023, por exemplo, o e-commerce atingiu a marca de R$ 80,4 bilhões de faturamento. No Brasil de hoje em dia, o comércio eletrônico ocupa mais de 10% das vendas totais do varejo. Em alguns segmentos, a fatia da distribuição supera os 50%.

Estímulos e o futuro
Se antes a desconfiança tomava conta do consumidor quando o assunto era compra online, agora a comodidade trazida pela modalidade é um dos principais atrativos. De acordo com Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da ABComm, parte dos resultados se deve a confiança construída com o usuário.

“O receio com o e-commerce, principalmente pela segurança, foi vencido pela necessidade. Agora, virou um hábito”, comenta.

O e-commerce conseguiu, como mostra o retrospecto estudado, consolidar-se como meio viável e facilitador para o consumo. Mais do que isso, poder comparar preços em diferentes lojas, escolher múltiplas formas de pagamento e ter praticidade de encontrar e receber produtos em casa se tornaram contrapartidas valiosas do ambiente digital.

Para o futuro, segundo a ABComm, o desenvolvimento de tecnologias pode ampliar ainda mais essa relação com o público brasileiro. Isso deve passar pela implementação de ferramentas de realidade virtual, inteligência artificial, conexão 5G, entre outras.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/evolucao-e-commerce-desde-2019-abcomm