Ticket médio de comerciantes que entram para o mundo on-line cresce 17%

Os estabelecimentos comerciais que entraram para o mundo on-line durante a pandemia de 2020 viram o ticket médio aumentar 17%, mostra estudo da Visa Consulting & Analytics, braço de consultoria da Visa. De acordo com a pesquisa, feita entre abril e junho deste ano, mais de 70 mil comércios que atuavam apenas no mundo físico no mesmo período de 2019 entraram para o mundo on-line.

A análise destaca, ainda, um crescimento expressivo em alguns dos Estados brasileiros que tiveram o maior crescimento na migração para o mundo digital: Roraima (145%), Tocantins (113%) e Rondônia (84%). Ainda sobre os Estados, entre os que tiveram o maior número de estabelecimentos comerciais atuando em ambos os canais e-commerce e no mundo físico, estão Espírito Santo (73%), Minas Gerais (47%) e Paraná (42%).

O Estado de São Paulo, que representa 31% do total de estabelecimentos comerciais estudados, registrou um crescimento de 27% no número de negócios provindos dos dois canais, quando comparados os meses de abril a junho de 2020 com o ano anterior.

“Falamos muito sobre a influência da pandemia na transformação digital das empresas. Os números mostram resultados diretos desse movimento em suas vendas, além do ganho em benefícios, como aumento da segurança, expansão da clientela e praticidade. Acreditamos que essa entrada no mundo digital é um processo sem volta, que tende a crescer e a ditar uma nova forma de comprar e vender no País, contribuindo com a inclusão digital e financeira de comércios e consumidores”, comenta Oscar Pettezzoni, diretor da Visa Consulting Analytics.

Supermercados e postos de gasolina

O time da Visa Consulting & Analytics também analisou os setores da economia que mais tiveram empresas migrando para o mundo on-line durante a pandemia. Os supermercados e os postos de gasolina registraram o maior aumento no número de estabelecimentos atuando nos dois canais ao mesmo tempo (presencial e on-line), com 373% e 407% de aumento, respectivamente.

“O segmento de postos de gasolina teve um crescimento expressivo por conta das inovações mais recentes lançadas no mercado, como aplicativos que permitem que o motorista efetue o pagamento sem precisar sair do carro. E o aumento em supermercados pode ser influenciado pelo aumento do uso de apps de entrega e delivery”, completa Pettezzoni.

Em relação aos segmentos de estabelecimentos comerciais que já atuavam no mundo on-line mesmo antes da pandemia, os setores com o maior crescimento de vendas foram as lojas de departamento (462%) e os restaurantes de fast food, com aumento de 221%.

Black Friday na pandemia: aviões, promoção estendida e bilhões em estoque

Magazine Luiza, Via Varejo, Americanas e Mercado Livre prepararam operação de guerra para dar conta da Black Friday no ano do comércio eletrônico.

A Black Friday de 2020 promete ser histórica. Será marcada pelo aumento expressivo das vendas on-line devido à pandemia do novo coronavírus. E também pelos desafios impostos pela mesma pandemia, com necessidade de distanciamento nas lojas, crise econômica, dificuldades logísticas e problemas de abastecimento causadas pela falta de matéria-prima em algumas indústrias.

Para se preparar para esse momento – e também aproveitar as oportunidades geradas pelo boom do e-commerce – as maiores varejistas do país montaram operações de guerra que envolvem frota de aviões, estoque bilionário, promoção antecipada e novos centros de distribuição. Além, é claro, de atrativos para seduzir o consumidor, como frete grátis e shows.

Veja a seguir como Magazine Luiza, Americanas.com, Via Varejo e Mercado Livre se prepararam para os desafios da Black Friday da pandemia.

40 dias de ofertas

A maior parte das grandes varejistas ampliou o período de ofertas em 2020, com o objetivo de desafogar lojas físicas na semana do dia 27 de novembro, quando a Black Friday ocorre tradicionalmente, e também para evitar sobrecarga nas vendas on-line na semana da promoção. A Via Varejo, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, foi a que a apostou mais fortemente nessa estratégia, com antecipando a Black Friday em 40 dias tanto nos sites quanto nas lojas.

Nas B2W, dona da Americanas.com, já há produtos em promoção desde o dia 1º de novembro. A partir do dia 24, haverá mais produtos no site. Os preços promocionais chegarão às lojas físicas das Lojas Americanas no dia 25. O Mercado Livre reuniu ofertas durante todo o mês de novembro, mas concentrará as de maior destaque para o dia da Black Friday. Já o Magazine Luiza criou o “Agora ou Nunca”, ação que antecipa preços de Black Friday para clientes que buscam um produto específico.

Aviões e novos CDs

O ano de 2020 é um marco para o comércio eletrônico brasileiro, com crescimento  de 56,8% no faturamento do varejo digital entre janeiro a agosto, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. A expectativa para a Black Friday é de alta de 77% no volume de pedidos e no faturamento, em relação a 2019, de acordo com um estudo da Neotrust/Compre&Confie. Com o crescimento nas vendas vêm os desafios logísticos. Muitas vezes, o consumidor que compra na Black Friday acaba esperando mais pelo produto, por conta dos gargalos na entrega. Com a ampliação do público disposto a comprar on-line, os gargalos da Black Friday de 2020 poderiam ser ainda maiores.

Para enfrentar o problema, o Mercado Livre agora tem uma frota própria de quatro aviões 100% dedicada à empresa. O objetivo é reduzir prazos de envio de pacotes no país e aumentar a capacidade de entregas para o dia seguinte. Também abriu cinco novos centros logísticos no Brasil, um deles, em Cajamar, que começou a operar na semana passada, a apenas alguns dias da Black Friday. A B2W também abriu novos CDs em 2020, e acelerou iniciativas para entregar produtos em algumas horas. Também está contratando milhares de funcionários temporários com foco na Black Friday. “Estamos prontos para manter o nível de serviço aos nossos clientes, independente de volume”, diz a companhia.

Na Via Varejo, o foco está na inclusão de camadas de tecnologia, do atendimento à logística. Para Black Friday, a empresa está testando frequentemente o tráfego em suas plataformas para garantir acesso constante ao público. Na logística, a companhia desenvolveu mini-hubs, com foco na última milha da entrega. Nos centros de distribuição, foram contratados mais de 1.400 profissionais e a empresa segue contratando até o final do ano. Já Magazine Luiza informa que está contratando três vezes mais no setor de logística do que em 2019.

Bilhões em estoque

A pandemia tem gerado escassez de matéria-prima em muitas indústrias, de plásticos a algodão e peças automotivas. No setor de eletrônicos, o problema está nas importações, com custo maior dos fretes, o que pode atrasar entregas de produtos. Para evitar contratempos, a Via Varejo está com 7 bilhões de reais em estoque, cerca de 2 bilhões de reais a maios do que no ano passado. A companhia explica que os pedidos para 2020 foram fechados no final de 2019. No Magalu, o estoque é de 5 bilhões de reais.

O Mercado Livre analisou o crescimento das vendas e o comportamento dos consumidores durante a pandemia para se organizar para ter produtos suficientes nos centros de distribuição durante a Black Friday. A Americanas.com diz que também garantiu estoque reforçado, além de contar com seus 80 mil lojistas parceiros para diversificar as ofertas.

 

Site chinês Banggood faz voo direto ao Brasil e terá entrega em 1 semana

Concorrente do AliExpress tem mais de 700 mil usuários no Brasil e terá centro de distribuição para ampliar vendas.

A Banggood, e-commerce de produtos da China concorrente do Aliexpress, está de olho no mercado brasileiro. O país já é o segundo maior mercado para o site, atrás apenas dos Estados Unidos. Agora, o e-commerce passa a ter um voo direto para o Brasil, o que reduzirá seu tempo de entrega para cá, um dos grandes gargalos para as vendas.

Diferente do Aliexpress, que funciona como um mega marketplace, na Banggood todos os produtos são vendidos diretamente pelo e-commerce. “Somos o maior site da China no Brasil que não é marketplace. Em nosso plano de expansão no Brasil, o principal foco é reduzir o prazo de entrega”, afirma Patricia Chen, gerente da Banggood na América Latina.

Com o voo direto ao Brasil, o tempo de espera por uma compra, que hoje chega a 60 dias, cai para 20 ou até 15 dias a depender do produto. E a meta da loja é ser ainda mais rápida. A Banggood está instalando um armazém em Jundiaí (SP), que deve começar a operar nos próximos meses – estava previsto para começar a operar ainda este ano, mas a pandemia atrasou os planos.

O local já foi escolhido e a Banggood trabalha agora para trazer os produtos da China para cá, um processo um tanto demorado. Quando estiver pronto, o centro de distribuição reduzirá o tempo de entrega para até uma semana, a depender da compra. Também permitirá à Banggood vender mercadorias maiores ao mercado brasileiro, como eletrodomésticos.

A Banggood vende produtos de mais de 100 regiões da China para outros países e tem 37 armazéns pelo mundo. A loja chinesa entrou no mercado brasileiro em 2014. Desde então, mais de 726 mil clientes compraram no site. O número de usuários cresce em média 40% ao ano. O faturamento no país é de cerca de 50 milhões de reais ao ano. Em julho, a Banggood fez uma promoção de meio de ano, com ofertas e benefícios como frete grátis. Vendeu 9 milhões de reais em três dias.

O site vende de tudo. De celulares a roupas, de acessórios para carros a brinquedos, passando por eletrônicos e produtos de beleza. Além de reduzir o tempo de entrega para o Brasil, a loja busca aumentar a variedade de ofertas em segmentos estratégicos, como o de celulares, a fim de atrair mais a atenção do consumidor daqui.

Outra frente de atuação é melhorar o relacionamento com o cliente, com foco na confiança do consumidor, que muitas vezes tem medo de comprar produtos da China. “Já temos uma equipe com muita experiência no mercado brasileiro e estamos trabalhando para melhorar a experiência do cliente. Não somos um marketplace, então, se houver algum problema de qualidade, ajudamos de forma mais rápida”, afirma Chen.

GPA vai oferecer serviços logísticos a outros varejistas

O GPA vai oferecer, a partir do início de 2021, serviços logísticos para comerciantes que venderem produtos em seu marketplace. Os lojistas parceiros poderão contratar, por exemplo, entrega de mercadorias, armazenamento de produtos em centro de distribuição e inserções publicitárias no canal online. Segundo Jorge Faiçal, CEO da Multivarejo – responsável pelas marcas Extra e Pão de Açúcar –, a oferta de serviços é uma maneira de a empresa explorar melhor a sua estrutura já instalada, em áreas como armazenamento e entregas.

O marketplace do GPA começou a funcionar neste mês, tendo cerca de 100 varejistas nas plataformas de e-commerce do Pão de Açúcar e Clube Extra. Eles já comercializam produtos para pets, itens de decoração, brinquedos, entre outras categorias. Neste momento, 170 novos contratos já estão em negociação. Dentro de 3 meses, a ideia é ter em torno de 30 mil itens à venda no marketplace, número que deve chegar a 400 mil em um prazo de 12 meses.

Por decisão estratégica, o GPA não comercializará eletrônicos pela plataforma: o foco serão outras categorias típicas de super e hipermercados. Em geral, donos de marketplace recebem um percentual sobre as vendas dos parceiros. No varejo alimentar, esse repasse costuma ficar entre 10% e 15% do valor de cada venda.

O Pix e suas mudanças no comportamento dos consumidores e do varejo

O Pix trouxe para os meios de pagamentos uma movimentação como há muito não se via. A comunicação massiva feita pelos bancos tradicionais, digitais e fintechs gerou um buzz muito forte em torno dessa ferramenta e nos meios de pagamento digitais como um todo. Espera-se que haja uma mudança relevante na forma como os brasileiros se relacionam com os meios de pagamentos e o dinheiro. O que realmente deve mudar no comportamento dos consumidores e do varejo com a adoção do Pix e outros possíveis meios de pagamento por redes sociais?

A mesma movimentação que se vê no mercado publicitário nós também identificamos no mundo de pesquisa onde a Mosaiclab está inserida. Nós temos feito muitos projetos para clientes querendo entender como será a curva de adoção e seus impactos no mercado. Na pesquisa “O consumidor do amanhã“, que realizamos em parceria com a Toluna para o Global Retail Show, nós perguntávamos sobre a intenção de uso dos meios de pagamentos digitais nos próximos cinco a dez anos e 58% da amostra pretendem usar formas de pagamento digital instantâneo no futuro. Se somarmos também a parcela que cita intenção de usar pagamentos via redes sociais, vemos que o tamanho da oportunidade justifica a movimentação no mercado.
Fonte: Pesquisa O Consumidor do amanhã – Mosaiclab / Toluna – Amostra Brasil: 1095 casos
Fonte: Pesquisa O Consumidor do amanhã – Mosaiclab / Toluna – Amostra Brasil: 1095 casos

A mesma pesquisa mostra que a adoção será mais forte entre os mais jovens, das gerações Z e Y, que são mais familiarizados com a tecnologia, conectados e digitais. Para estes consumidores, será mais rápida a assimilação das funcionalidades destas ferramentas digitais e eles deverão pressionar a adesão do Pix no varejo. Os últimos números do cadastro de chaves no Pix divulgado pelo Banco Central em meados de outubro mostrou que os bancos digitais e as fintechs saíram na frente dos bancos tradicionais no número de cadastros. A maior familiaridade com os serviços digitais dos usuários destas instituições pode ser uma das razões para explicar o sucesso do número de chaves registradas.

Se por um lado o consumidor tem apresentado um bom interesse na ferramenta, o mesmo entusiasmo não é percebido pelo lado do varejo. Uma recente pesquisa com empreendedores feita pela empresa de tecnologia financeira Stone, realizada em novembro com 1.065 lojistas de todas as regiões brasileiras, mostrou que aproximadamente 64% dos donos de pequenos e médios negócios pesquisados sabem o que é o Pix. Mas 77% do total de entrevistados afirmaram que, no momento, não estão ou não sabem se estão prontos para receber ou realizar pagamentos pelo novo modelo. Além disso, 32% do total de lojistas dizem que não pararam para estudar o assunto e, por isso, sentem-se despreparados. Outras pesquisas realizadas por nós na Mosaiclab com varejistas mostram resultados parecidos, com cerca de um terço dos entrevistados tendo feito o cadastro da chave desde o lançamento da ferramenta.

A tendência é que o varejo adote rapidamente a ferramenta, puxado pelo interesse dos consumidores, e o crescimento deve se acelerar ainda mais quando as novas funcionalidades, como saque de recursos via Pix e a possibilidade de fazer um Pix “garantido”, como se fosse uma compra parcelada, forem lançadas, ainda no primeiro semestre de 2021.

As mudanças de comportamento do varejo devem também aumentar conforme os benefícios passarem a ser percebidos. A maior velocidade nas operações, disponibilidade 24/7, descentralização bancária e alternativas aos adquirentes permitirão ao varejo maior competitividade e empoderamento.

O que devemos ver no início é uma substituição ao dinheiro, hoje utilizado para pagamentos de contas e transações mais cotidianas, de pequenos valores e transações mais informais. O dinheiro deve perder espaço para o Pix, mais seguro, sem contato e rápido de usar. É possível imaginar uma feira livre com o Pix substituindo o dinheiro no futuro próximo, por que não? Em paralelo, teremos a substituição dos pagamentos e depósitos, com baixo custo para o consumidor.

O Pix é apenas mais uma peça no tabuleiro em constante alteração nos meios de pagamento. Os pagamentos via redes sociais virão na sequência e revolucionarão ainda mais a forma como nos relacionamos financeiramente. Quem sair na frente terá vantagens neste jogo.

Ricardo Contrera é sócio da Mosaiclab.

 

Black Friday do AliExpress anuncia produtos por US$ 1 e promete entregas antes do Natal

Mais de 200 milhões de opções de produtos que podem ser adquiridos para os presentes de Natal, diretamente de fabricantes, distribuidores e vendedores de diversos países, com o melhor custo-benefício. A Black Friday do AliExpress, maior site de compras internacionais do mundo, começou nesta segunda-feira, dia 23 de novembro às 5h da manhã e vai até 28 de novembro às 4h59. Com o investimento em logística feito pela empresa, que pertence ao grupo Alibaba, as entregas no Brasil estão sendo realizadas em menos de 30 dias, eventualmente em 15 dias nas grandes cidades do país.

O site aumentou de três para quatro o número de voos semanais conectando o Brasil aos principais fornecedores de produtos do mundo, o que reduz o tempo de entrega dos pacotes. Segundo Yan Di, country manager do AliExpress no Brasil, o crescimento exponencial das vendas no país justifica os novos investimentos, como os voos fretados. “Apenas no dia 11 de novembro deste ano, data global de nosso festival de ofertas, vendemos 100% mais que em 2019, maior taxa de crescimento entre todos os 200 países atendidos por nosso serviço”, explica Yan Di.

A semana de Black Friday incluirá itens de marca, como produtos Xiaomi e Amazfit, por preços promocionais de US$ 1 com o uso de cupons de desconto. Roupas, brinquedos e eletrônicos, itens comumente trocados entre brasileiros nas festas de Natal, terão descontos de até 70% na semana Black Friday. As compras, tanto no site quanto no aplicativo, podem ser parceladas em até seis vezes sem juros no cartão de crédito e, em centenas de milhares de itens, é possível optar pela entrega com frete gratuito e devolução sem custos. Descontos de US$ 4 em compras acima de US$ 30 serão oferecidos para usuários que digitarem o cupom de desconto BLACKBR4OFF.

DHL Supply Chain reforça a operação para o pico do e-commerce

Costumeiramente, o último trimestre do ano, que representa o maior período de compras do mundo, aumenta os desafios logísticos no planejamento e gestão de volumes. Neste ano, com os novos padrões de consumo, causados pela pandemia, somado ao crescimento vertiginoso do e-commerce, a logística deverá ser desafiada como nunca.
A DHL Supply Chain na América Latina é um dos players que reforçaram suas operações para atender o pico na demanda.

Segundo o CCO da companhia, Luiz Moreira, diante desse cenário há três principais aspectos para alcançar uma alta temporada de sucesso na cadeia de distribuição e eles estão ligados à flexibilidade, talento e inovação.

“Na DHL Supply Chain estamos comprometidos com os nossos clientes para que tenham acesso às nossas capacidades multissetoriais, que permitem uma sinergia de pessoas, infraestrutura, processos e sistemas, proporcionando-lhes um serviço de maior qualidade e confiabilidade durante a alta temporada. A pandemia acelerou a forma de fazer negócios, portanto, os sistemas e processos robustos da DHL, juntamente com uma ampla gama de soluções para e-commerce, começando com atendimento, cross docking, serviços de valor agregado (etiquetagem, embalagem e montagem de kits), gestão e execução do transporte, até a entrega ao consumidor final e logística reversa, permitem à DHL apoiar seus atuais e novos clientes na rápida adaptação à nova realidade do mercado e na melhor preparação para as demandas da alta temporada.”

O talento certo, com o treinamento certo e com um objetivo claro, associado a iniciativas inovadoras, é o segundo grande aspecto que a DHL Supply Chain identificou para garantir uma alta temporada de sucesso.

“As pessoas e sua segurança são uma prioridade na organização, nós somos mais de 32 mil colaboradores em toda a região e o trabalho que cada um de nós faz é uma parte essencial da vida dos clientes de nossos clientes. Contamos com ferramentas digitais e virtuais que nos permitem aumentar nossa capacidade de treinamento, reduzindo o tempo de integração e garantindo agilidade para responder à crescente demanda por talentos para apoiar as vendas do comércio on-line. Além disso, face à contingência da Covid-19, foram implementados mais de 28 protocolos de segurança para garantir a saúde da nossa equipe e a integridade das pessoas que deles dependem, como os nossos clientes, famílias e comunidades. ”

Reforçando o aspecto da inovação, principalmente na América Latina, a DHL Supply Chain implantou a ferramenta MySupplyChain, uma solução com a qual os clientes podem acessar on-line e observar detalhadamente o que está acontecendo em tempo real.

“Isso é inestimável, porque quando falamos em e-commerce, a quantidade de pedidos pode ser brutal e com um grande número de variáveis na gestão de volumes, então por ter ferramentas automatizadas, é possível acompanhar e atuar para garantir a experiência do consumidor.”

Na América Latina, a DHL Supply Chain está presente na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. No Brasil, durante o contingenciamento de saúde, a DHL Supply Chain ampliou em 50% sua frota para operações de comércio eletrônico local e omnichannel, para o qual a empresa chega fortalecida na alta temporada com o objetivo de atender os diferentes volumes de seus clientes em modelos B2C e B2B. Além disso, a companhia expandiu de forma significativa sua equipe no Brasil, passando de 10 mil para cerca de 15 mil colaboradores, sendo que cerca de cinco mil são dedicados ao e-commerce.

A DHL Supply Chain atua tanto para marketplaces, como para indústrias e empresas que lançaram operações de omnichannel – com este último perfil, a DHL fez a migração de ao menos 3 novos projetos em 2020. Por fim, para dar conta das flutuações de demanda, a DHL tem migrado estruturas de armazenagem e transporte de setores de menor demanda para o e-commerce, proporcionando grande flexibilidade e elevados níveis de serviços, principalmente durante eventos como a Black Friday.

 

Black Friday de gigantes do varejo tem prazo ampliado, drive thru e lives de Anitta e Felipe Neto

A Black Friday, mega liquidação que sucede o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, é na próxima sexta-feira, dia 27. Mas, em ano de pandemia de coronavírus e necessidade de distanciamento, a maioria das gigantes do varejo brasileiro já deu início à temporada de ofertas para evitar aglomerações nas lojas. Elas também apostam no drive thru para a entrega de produtos e em lives para atrair a atenção dos consumidores.

A C&A Brasil afirma estar preparada para a maior Black Friday omnicanal da sua história. Como as ofertas duram todo o mês de novembro, a companhia diz que reforçou os estoques com cerca de 3 milhões itens para abastecer o e-commerce, o aplicativo e as lojas físicas.

Investiu, ainda, em aprimoramentos logísticos e vem ampliando o quadro de funcionários dos seus centros de distribuição. A companhia também expandiu seus serviços e soluções digitais e omnicanais. O “Clique & Retire Drive Thru” – modalidade que oferece a possibilidade de retirar a compra realizada no e-commerce, via site ou aplicativo, em loja física sem sair do carro – foi ampliado para 255 unidades localizadas em shoppings centers até o final do mês. Já o “Clique & Retire”, serviço em que o cliente retira pessoalmente, na loja escolhida, a compra realizada on-line, foi expandido para todas as 295 lojas da empresa no País.

A Riachuelo também antecipou promoções e apostou fortemente no serviço on-line, de olho no receio que muitos consumidores ainda demonstram de sair de casa e do consequente aumento das compras pela internet. As promoções da marca estão disponíveis nas lojas físicas, no site e no aplicativo – o uso deste último canal é estimulado por uma campanha que dá ao cliente parte do valor gasto de volta (cashback) para ele usar em dezembro. “Entendemos que a Black Friday é uma oportunidade única de compra e nosso objetivo para este ano é trazer inovação e praticidade aos nossos clientes”, afirma Elio Silva, diretor-executivo de Canais e Marketing.

Mais benefícios por app

A Casas Bahia, da Via Varejo, também oferece benefícios maiores para quem optar por fazer a compra pelo aplicativo da marca. Até a quinta (26), os clientes vão ganhar cupons de descontos das marcas iFood, Burger King, Domino’s, Habib’s e 99.  As parcerias ainda preveem combos de ofertas nos aplicativos dessas empresas.

“O aplicativo da Casas Bahia tem sido uma das nossas forças de vendas, especialmente nessa época de pandemia. Melhoramos a tecnologia e a usabilidade do app, o que refletiu no aumento da base de usuários no último ano”, afirma Abel Ornelas, vice-presidente Comercial e de Operações da Via Varejo.

Nas lojas da Pernambucanas, o “esquenta” começou no dia 12 e vai até quarta (25). As promoções continuam entre os dias 26 e 29, na Black Friday “ampliada” da rede, e na segunda-feira (30), data da chamada Cyber Monday, dando ao cliente mais tempo para fazer as compras.

As ofertas valem para lojas físicas, aplicativo e e-commerce. A empresa oferece, ainda, o serviço “Compre pelo Zap”, por meio do qual o cliente pode realizar as compras pelo WhatsApp e optar por receber em casa ou retirar em uma loja mais próxima.

Anitta e Felipe Neto

O Magazine Luiza ampliou o número de categorias de produtos oferecidas pela empresa, de forma direta e por meio dos mais de 40 mil sellers presentes na plataforma de vendas do Magalu. Os sellers são pequenos varejistas analógicos que precisaram fechar suas lojas durante o auge da pandemia e puderam usar a plataforma Parceiro Magalu para passar por essa fase.

A empresa vai promover, na quinta, um grande evento para marcar a data. O conceito, conhecido como shopstreaming ou live shopping, foi criado na China, para a celebração do Dia dos Solteiros. A “Black das Blacks Magalu” será comandada pela atriz Taís Araújo e pelo apresentador Luciano Huck e contará com shows de Anitta, Zé Neto & Cristiano, Dilsinho e Barões da Pisadinha.

Outra empresa que vai apostar em live é a Americanas, da B2W. A “Red Friday” da marca terá um show no YouTube com início às 21h da quinta e quatro horas de duração, chegando até a 1h da sexta-feira. O influenciador digital Felipe Neto irá comandar o evento, que terá a presença de convidados como Rafa Kalimann e Camila Coutinho.

A Americanas diz que, para evitar aglomerações e manter a qualidade no atendimento, está promovendo ofertas antecipadas desde o começo do mês. Para incentivar as compras on-line, o site e o aplicativo da marca também têm produtos com cashback. Nas lojas físicas, os clientes contam com o aplicativo Ame Digital e sua tecnologia de pagamento sem contato para uma compra mais segura.

Amazon cede à pressão francesa para reduzir as vendas da ‘Black Friday’

A Amazon cedeu à pressão do governo para adiar suas vendas de compras com desconto na “Sexta-feira Negra” na França para ajudar os lojistas locais que lutam com um bloqueio nacional.

A gigante do varejo dos EUA viu as vendas dispararem globalmente, já que as restrições para evitar a disseminação do coronavírus colocaram os consumidores on-line, tornando difícil para algumas lojas físicas competir.

Para nivelar o campo de jogo, o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, pediu esta semana aos supermercados e varejistas on-line que adiem a Black Friday, que vai de 27 a 29 de novembro, já que as lojas que vendem produtos não essenciais terão que permanecer fechadas durante o bloqueio.

A concorrência da Amazon primeiro levou os varejistas europeus a adotarem a tradição americana de fazer da Black Friday – o dia após o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos – o pontapé inicial para a temporada de compras natalinas.

O presidente-executivo da Amazon France, Frederic Duval, disse na última quinta-feira (19) que a empresa adiaria o evento para 4 de dezembro, juntando-se a outros varejistas como o líder de mercado europeu Carrefour e a francesa Leclerc.

“Decidimos adiar a data da Black Friday se isso puder ajudar os lojistas a reabrir antes de 1º de dezembro”, disse Duval na televisão TF1 na quinta-feira.

A Amazon confirmou os comentários de Duval em um comunicado enviado por e-mail, mas não respondeu aos pedidos de comentários adicionais na sexta-feira.

Varejistas on-line e tradicionais concordaram unanimemente na sexta-feira em adiar as vendas da Black Friday em uma semana, sob a condição de que as lojas possam reabrir até lá, disse o Ministério das Finanças após uma reunião com representantes do setor.

Ao mesmo tempo que ajuda a gerar lucros recordes, a crise do coronavírus também desencadeou o escrutínio dos esforços da Amazon para proteger a equipe contra a pandemia, especialmente na França, onde uma longa batalha por medidas de segurança levou ao fechamento temporário de armazéns.

A capacidade da Amazon de continuar vendendo durante o bloqueio também aumentou a frustração entre os oponentes da empresa na França, que afirmam que ela representa uma cultura de consumo ao estilo dos Estados Unidos em desacordo com a longa tradição do país de lojas familiares de bairro.

Cerca de 30.000 pessoas assinaram uma petição on-line para boicotar a Amazon, de acordo com seu organizador, o legislador Mathieu Orphelin, que deixou o partido do presidente Emmanuel Macron no ano passado para criar um partido mais voltado para o meio ambiente.

“Muitas pessoas usam nosso nome para serem notados, mas a Amazon representa apenas 1% do varejo na França”, disse Duval, quando questionado na rádio France Info na sexta-feira sobre como explicar o sentimento negativo contra sua empresa.

O presidente Emmanuel Macron disse que o segundo bloqueio nacional da França, que começou em 30 de outubro, duraria pelo menos quatro semanas. As restrições incluem o fechamento de lojas, restaurantes e bares não essenciais.

Mas, com dados recentes mostrando que a França está no caminho certo para conter o aumento das infecções por coronavírus, o governo está sob pressão de lojas e empresas para reduzir as restrições no final de novembro a tempo para a temporada de compras de Natal, quando muitos varejistas fazem a maior parte de seu volume de negócios anual.

Ansioso para evitar que os compradores lotem as lojas para aproveitar os descontos potenciais, o ministério das finanças disse na quinta-feira que um atraso de uma semana nas vendas da Black Friday ajudaria a garantir a reabertura das lojas na França em condições de segurança máxima.

 

Com crescimento do e-commerce, Log vê procura por galpões disparar em 2020

Com o maior crescimento em duas décadas, o e-commerce brasileiro acabou impulsionando, também, as empresas que atuam no setor de logística. Para a Log Commercial Properties, 2020 foi um ano de recordes. A empresa viu o lucro líquido crescer 186,8% no terceiro trimestre de 2020, para R$ 66,242 milhões. A taxa de vacância ficou estabilizada em 3,5%, recorde histórico.

“O setor de galpões foi impactado muito positivamente pelo crescimento de e-commerce, que sempre foi uma aposta nossa. Hoje 46% da nossa área locada é para operador total ou parcial de e-commerce. Nossos clientes pediram áreas adicionais e expansões para conseguirem atender ao consumidor exigente, que compra e quer o produto entregue em 24 horas. Hoje, todos os operadores de e-commerce do Brasil estão em algum projeto da Log”, afirma, em entrevista à Mercado&Consumo, o CEO Sergio Fischer.

Atualmente, a área bruta locável de galpões e condomínios logísticos espalhados pelo Brasil chega perto de 160 milhões de metros quadrados. Desse total, apenas 10% são galpões classe A, especialidade da Log. São espaços com pé direito mais alto, o que permite o empilhamento de mais mercadorias, e com piso totalmente nivelado, o que evita perda de mercadorias. Alguns parques logísticos têm, ainda, pátio de manobra amplo e área de dormitórios.

“O parque industrial brasileiro é muito pobre. Os galpões geralmente são ruins, não têm segurança, nem espaço humanizado. Tivemos um cliente da área de bricolagem que trabalhava num local totalmente obsoleto. As empilhadeiras andavam pelo piso e ele era tão ruim que a empresa ia perdendo os azulejos, que iam se quebrando”, exemplifica Fischer.

‘Não existe mercado secundário’

Outro diferencial, segundo ele, é o fato de a empresa erguer galpões classe A além do eixo Rio-São Paulo. “Não existe mercado secundário para um galpão. Ele tem de estar próximo de onde está o consumo. Hoje, além do e-commerce, outro drive importante nosso é a migração das empresas do galpão de rua, obsoleto, para o galpão de qualidade. ”

A Log é controlada pela família Menin, dona também da construtora MRV e do Banco Inter, além do canal de TV CNN Brasil. Criada em 2008, ela fez sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) no ano passado na bolsa brasileira, a B3. Está presente, atualmente, em 13 Estados e 31 cidades. Sergio Fischer trabalha no grupo desde os 16 anos de idade, quando começou como estagiário.

Os planos para os próximos anos continuam sendo de expansão. “Estramos no Norte, a única região em que ainda não estávamos, no terceiro trimestre deste ano, a pedido da nossa base de clientes. Estamos com 230 contratos ativos. A gente virou solução nacional para muita gente”, afirma o CEO.