Evolução do e-commerce desde 2019: faturamento dobrado e mais pedidos pelo celular, mostra ABComm

O e-commerce brasileiro viveu uma gangorra nos últimos anos, seja com o ‘boom’ durante a pandemia ou nos momentos de instabilidade, taxa de juros mais alta, poder de compra menor do consumidor, entre outras situações. Contudo, ao olhar de 2019 até o presente, a ABComm identificou uma evolução representativa em termos de faturamento do setor. Além disso, a adaptação do brasileiro também é animadora e pode ditar tendências para o comércio eletrônico nos próximos anos.

Segundo o levantamento da instituição, o e-commerce pode chegar a crescimento acima de 100%, saltando de R$ 90 bilhões, gerados no final de 2019, para R$ 185,7 bilhões de receita até o fim do ano atual. Além disso, no intervalo de quase quatro anos, as compras via celular representam mais de 50% dos pedidos.

A arrancada do setor, mesmo passando por percalços até este ano, foi extramente positiva. Somente no primeiro semestre de 2023, por exemplo, o e-commerce atingiu a marca de R$ 80,4 bilhões de faturamento. No Brasil de hoje em dia, o comércio eletrônico ocupa mais de 10% das vendas totais do varejo. Em alguns segmentos, a fatia da distribuição supera os 50%.

Estímulos e o futuro
Se antes a desconfiança tomava conta do consumidor quando o assunto era compra online, agora a comodidade trazida pela modalidade é um dos principais atrativos. De acordo com Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da ABComm, parte dos resultados se deve a confiança construída com o usuário.

“O receio com o e-commerce, principalmente pela segurança, foi vencido pela necessidade. Agora, virou um hábito”, comenta.

O e-commerce conseguiu, como mostra o retrospecto estudado, consolidar-se como meio viável e facilitador para o consumo. Mais do que isso, poder comparar preços em diferentes lojas, escolher múltiplas formas de pagamento e ter praticidade de encontrar e receber produtos em casa se tornaram contrapartidas valiosas do ambiente digital.

Para o futuro, segundo a ABComm, o desenvolvimento de tecnologias pode ampliar ainda mais essa relação com o público brasileiro. Isso deve passar pela implementação de ferramentas de realidade virtual, inteligência artificial, conexão 5G, entre outras.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/evolucao-e-commerce-desde-2019-abcomm

Prime Day de outubro nos Estados Unidos foi o melhor da história, diz Amazon

Promoção da gigante varejista vendeu “centenas de milhões de itens”

A Amazon dos Estados Unidos anunciou que seu Prime Day, ocorrido nas últimas terça (10/10) e quarta-feira (11/10), foi o mais bem sucedido da história. De acordo com nota emitida pela gigante do varejo na quinta-feira, foram “centenas de milhões de itens vendidos”.

Além disso, na semana passada, a Amazon informou que os membros do Amazon Prime dos EUA compraram mais de 25 milhões de itens com entrega no mesmo dia ou no dia seguinte. Os membros do Amazon Prime também encomendaram mais de 150 milhões de itens de vendedores independentes na loja da Amazon.

A promoção desta semana segue o Prime Day de dois dias de julho, sendo que o primeiro dia foi o maior dia de vendas único na história da Amazon, segundo a empresa. A Amazon não divulgou números específicos de vendas ou receita, mas afirmou que seus membros “economizaram mais de US$1 bilhão em milhões de ofertas”.

A Amazon não respondeu às perguntas do Retail Dive sobre quanto foi gasto no total ou números médios de carrinho de compras no Prime Day. Por sua vez, um porta-voz da empresa disse que a Amazon estava satisfeita com os resultados e não tinha mais comentários.

A Amazon disse que vestuário, beleza, casa e brinquedos estavam entre as categorias mais vendidas. Um relatório preliminar da Numerator oferece mais insights sobre o comportamento dos consumidores em torno da promoção da Amazon desta semana.

“O Prime Day foi a promoção de outono mais bem-sucedida da Amazon até o momento e a segunda promoção mais bem-sucedida em geral, atrás do Prime Day de verão de 2023”, disse a analista da Numerator, Amanda Schoenbauer, em um comentário por e-mail.

“Embora quase o mesmo número de domicílios tenha participado da promoção desta semana em comparação com o Prime Day de julho, os domicílios gastaram menos em média durante a promoção do Big Deal Days. Itens básicos como baterias e mantimentos movimentaram a maior parte do volume, enquanto produtos da Apple como AirPods Pro, iPads e Apple Watches geraram mais receita”, disse Schoenbauer.

De acordo com a Numerator, a média dos pedidos feitos no Prime Day foi de US$53,47 (aproximadamente R$ 270). Isso representa uma queda em relação ao Prime Day de julho, mas um leve aumento em relação à promoção do Prime Early Access de outubro passado. 55% dos domicílios que compraram no Prime Day fizeram dois ou mais pedidos separados, elevando o gasto médio por domicílio para cerca de US$124,09 (R$ 627).

A Numerator relatou que os cinco principais itens com base no número de unidades compradas foram os shakes Premier Protein, baterias Amazon Basics, Fire TV Sticks, pacotes de hidratação Liquid I.V. e baterias Energizer AA. Quase 60% dos itens do Prime Day foram vendidos por menos de US$20, enquanto 4% custaram mais de US$100. O gasto médio por item foi de US$27,90.

A Numerator rastreou 73.342 pedidos da Amazon e 31.607 compradores únicos que adquiriram 137.111 itens. A análise preliminar é baseada em 3.000 pesquisas de compradores verificadas.

“O Prime Day foi um forte início para a temporada de compras de feriados, oferecendo aos membros do Prime uma oportunidade exclusiva de economizar e superando nossas expectativas”, disse Doug Herrington, CEO da Worldwide Amazon Stores, em comunicado à imprensa. “Este evento superou o evento de início de feriados do ano passado, com mais membros do Prime fazendo compras este ano.”

A análise da Numerator encontrou que 95% dos compradores estavam cientes da promoção desta semana antes de visitar a Amazon, 85% disseram que o Prime Day foi o principal motivo para fazer compras, e 72% dos consumidores desta semana também compraram durante o Prime Day de julho.

A Numerator também informou que muitas pessoas que participaram do evento da Amazon desta semana esperam ou já fizeram compras em outras promoções pré-holiday de varejistas, incluindo concorrentes como Target e Walmart. Mais da metade das pessoas que compraram na Amazon nesta semana também planeja fazer compras na Black Friday ou na Cyber Monday.

Escrito por Nate Delesline III para Retail Dive

Imagem: Divulgação/Amazon
‘https://centraldovarejo.com.br/prime-day-de-outubro-foi-o-melhor-da-historia-diz-amazon/?amp=1

Dia das Crianças: e-commerce fatura 5,5% mais do que em 2022

Levantamento foi feito pela empresa Cielo e compreende vendas dos setores de comércio, turismo e lazer.

A Cielo informou, em nota, que o faturamento do e-commerce relacionado ao Dia das Crianças aumentou 5,5% na comparação com o mesmo período de 2022, enquanto as vendas presenciais subiram 0,7%. Os dados são do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) e levaram em conta as movimentações entre os dias 6 e 12 de outubro.

No período, o setor de Turismo e Transporte cresceu 9,8% na comparação anual, levando em conta tanto as vendas presenciais como online. Em seguida, veio o de Recreação e Lazer, com aumento de 6,5% no faturamento. Móveis, Eletrodomésticos e Departamento cresceu 3,5%, segundo a Cielo.

Já Bares e Restaurantes, Brinquedos e Vestuário e Artigos Esportivos tiveram respectivas quedas de 12,7%, 4,7% e 3,3% em relação ao ano passado.

“O resultado do Varejo no Dia das Crianças indica que as famílias aproveitaram o feriado prolongado para viajar. O crescimento significativo do faturamento no e-commerce, por exemplo, foi influenciado principalmente pelo setor de Turismo e Transporte”, afirmou Carlos Alves, vice-presidente de Produtos e Tecnologia da Cielo. Com informações de Agência Estado
‘https://esbrasil.com.br/dia-das-criancas-e-commerce-fatura-55-mais-2022/

PMEs movimentaram R$ 839 milhões com vendas online no 3º trimestre de 2023

Dia 5 de outubro é comemorado o Dia do Empreendedor, uma data que foi instituída em 2005 para comemorar a Lei Nacional das Micro e Pequenas Empresas. O comércio online tem se destacado nesse mercado, pois, de acordo com os dados da Nuvemshop, reunidos com a base de lojistas brasileiros da plataforma entre julho de 2022 a setembro de 2023, no terceiro trimestre de 2023, as PMEs movimentaram cerca de R$ 839 milhões com vendas digitais, um valor 20% superior em comparação ao ano passado (R$ 699 milhões).

Dia do Empreendedor: confira o perfil das PMEs online (Imagem: Freepik)
Houve um aumento de 22% no número de volumes nos pedidos online durante julho a setembro, um valor que passou de 2,7 milhões para 3,4 milhões. Entre os setores que mais faturaram no período, estão:

• Moda (R$ 297 milhões);

• Saúde & Beleza (R$ 74 milhões);

• Acessórios (R$ 57 milhões);

• Casa & Jardim (R$ 41,5 milhões): o maior crescimento no período, um aumento de 62% em relação a 2022, quando registrou R$ 25,5 milhões.

Para Luiz Natal, gerente de Desenvolvimento de Plataforma da Nuvemshop, “os resultados mostram que os micros, pequenos e médios empreendedores têm um papel muito importante na economia brasileira e que, apesar dos desafios, buscam estratégias criativas e inovadoras para destacarem suas marcas e venderem mais. Neste sentido, o comércio online tem sido um poderoso aliado para aumentar o faturamento desses negócios, seja pela facilidade de criar um e-commerce e fazer a sua gestão, assim como por demandarem menores custos operacionais em comparação com uma loja física.”

Qual o perfil desses empreendedores?
Um estudo realizado pela Nuvemshop apontou dados e formas de atuação no ambiente digital. O Instagram foi o ponto de partida para começar as vendas (56%). Além disso, cerca de metade deles também começaram vendendo pelo site próprio da sua marca (50,5%) e 46% fizeram suas vendas também pelo WhatsApp.

A pesquisa também indica que os lojistas estão em diferentes fases da sua jornada empreendedora. Cerca de um terço deles tem a loja virtual há menos de um ano. Por outro lado, 25% dos empreendedores online já têm o e-commerce da sua marca há mais de 3 anos.

Os segmentos
O setor de Moda é o mais explorado pelas PMEs online, representando 30% dos negócios. Seguido pelos Acessórios (17%) e Casa & Decoração (10%). O levantamento também indicou os tipos de produtos vendidos: 41,5% dos varejistas optaram por trabalhar revendendo produtos nacionais, enquanto 35% têm fabricação artesanal própria.

“Os micros e pequenos lojistas do varejo online precisam se diferenciar do mercado tradicional a fim de serem mais competitivos em relação aos grandes varejistas. Por isso, o investimento em produtos de fabricação própria e a ampliação de seus canais de comunicação são estratégias relevantes para trazer uma experiência única ao consumidor e potencializar os resultados nas vendas”, finalizou Natal.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pmes-movimentaram-r-839-milhoes-com-vendas-online-no-3o-trimestre-de-2023

Dia das Crianças: Inflação cede e brinquedos sobem menos em 2023

A expectativa da CNC é de que as vendas devem somar R$ 8,44 bilhões este ano, uma alta de 1,2% em relação ao desempenho do ano passado.

A estimativa foi feita a partir dos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a inflação acumulada pela mesma cesta de 11 bens e serviços do Dia das Crianças havia alcançado 9,9% nos 12 meses até outubro.

A alta prevista para 2023 (7%) é a menor em três anos — ou seja, desde 2020. Apesar da desaceleração, a inflação da data tende a ficar acima do IPCA-15 como um todo. Para o índice geral, a CNC prevê avanço de 5,2% nos 12 meses até outubro deste ano.

Dos 11 itens analisados na cesta do Dia das Crianças, o brinquedo teve a maior inflação até outubro de 2022: 19,9%. Em igual período de 2023, a alta deve desacelerar para 5,8%. Em outras palavras, os preços não terão queda, mas tendem a apresentar um avanço menos intenso no acumulado.

Juros e dólar

O economista sênior da CNC, Fabio Bentes, atribui a desaceleração dos brinquedos a uma combinação de dois fatores, entre eles o elevado dos juros, que esfria a demanda por bens e serviços, dificultando o aumento dos preços, e uma trégua do dólar, que alivia os custos de produção na indústria.

“Essa desaceleração dos brinquedos é um subproduto do aperto monetário e um reflexo da taxa de câmbio. Boa parte das mercadorias é montada aqui. Quando o câmbio recua, tem reflexos nos preços”, destacou Bentes.

Um movimento semelhante deve atingir as roupas infantis, cujos preços acumularam alta de 15,4% nos 12 meses encerrados em outubro de 2022. A inflação tende a ficar em 4,6% no mesmo período de referência deste ano.

De acordo com as projeções da CNC, apenas dois componentes da cesta devem ter baixa dos preços no acumulado até outubro de 2023. São os casos do videogame (-8,5%) e da bicicleta (-0,1%).

Vendas

A expectativa da confederação é de que as vendas do comércio varejista para o Dia das Crianças devem somar R$ 8,44 bilhões este ano, uma alta de 1,2% em relação ao desempenho do ano passado, já descontada a inflação do período. A data é considerada a terceira mais relevante do calendário do varejo nacional, perdendo apenas para o Natal e para o Dia das Mães em volume de vendas.

Os principais motivos para gastar mais são: comprar um presente melhor (39%), comprar mais presentes (38%) e aumento do preço dos produtos (37%). Enquanto os que pretendem gastar menos justificam pelo orçamento apertado (27%), outras prioridades de compra (20%), pagar dívidas em atraso (20%) e economizar (18%).

‘https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2023/10/5132769-dia-das-criancas-inflacao-cede-e-brinquedos-sobem-menos-em-2023.html

ICVA: vendas no Varejo caem 1,6% em setembro, terceiro mês seguido de queda segundo Cielo

Descontada a inflação, as vendas no Varejo em setembro de 2023 caíram 1,6% quando comparadas ao mesmo mês de 2022. É o que mostra o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), relatando se tratar do terceiro mês seguido de queda. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o crescimento em setembro foi de 2,5%.

Em agosto, no entanto, o mesmo índice mostrou que as vendas no e-commerce no Dia dos Pais aumentaram 6,3% em comparação a 2022 — na ocasião, as vendas presenciais cresceram 2,0%, com um aumento de 2,3% no Varejo em geral.

Setores em queda

Os três macrossetores (Bens Duráveis, Bens Não Duráveis e Serviços) registraram baixa ao mesmo tempo. Bens Duráveis e Semiduráveis caiu 1,7%, afetado principalmente pelo resultado de Materiais para Construção.

A retração do faturamento de Bens Não Duráveis foi de 1,1%, influenciado pelo setor de Livrarias, Papelarias e afins. Já em Serviços, cujas vendas caíram 2,9%, o principal responsável foi o segmento de Bares e Restaurantes.

Em junho, por exemplo, os macrossetores de Serviços, Turismo e Transporte e Recreação e Lazer foram responsáveis por impulsionar em 4,9% os resultados do Varejo. No mesmo mês, Bens Não Duráveis teve alta de 1,5%, com destaque para o segmento de Supermercados e Hipermercados

Efeitos de calendário também contribuíram para que a retração do Varejo em setembro não fosse mais acentuada; mês de setembro contou com um sábado a mais, dia de forte movimento no comércio, e uma quinta-feira a menos

Inflação

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, registrou alta de 0,35% para o mês de setembro. Segundo o instituto, o principal impacto de alta vem do aumento do preço da gasolina e de outros combustíveis.

Ao ponderar o IPCA e o IPCA-15 pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em setembro foi de 4,2%.

Queda de vendas do Varejo por Regiões

De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, os resultados de cada região em relação a setembro de 2022 foram:

Sudeste (-1,7%);

Sul (-3,4%);

Centro-Oeste (-3,7%);

Norte (-4,1%);

e Nordeste (-5,2%).

Pelo ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, e com ajuste de calendário, os resultados de cada região foram:

Sudeste (+2,1%);

Sul (+1,4%);

Centro Oeste (+0,4%);

Norte (+0,3%);

e Nordeste (-1,2%).

Vendas no terceiro trimestre de 2023

Para o Índice Cielo, as vendas no 3º trimestre de 2023 caíram 1,5%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo trimestre de 2022. Em termos nominais, porém, o faturamento cresceu 1,6%.

MPEs recuperaram fôlego e buscaram mais crédito em agosto, indica Serasa Experian

Em agosto houve uma alta de 10,1% na busca das companhias por recursos financeiros no comparativo com o mesmo mês de 2022. No caso das as Micro e Pequenas Empresas (MPEs), foi o maior número desde maio de 2022 (10,2%). De acordo com o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, tal elevação foi maior que a das grandes empresas (9,8%).

No gráfico é possível acompanhar os dados completos. Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “a queda de juros e da inflação possibilitou que os consumidores pudessem também sanar suas dívidas negativadas e gerar uma estabilidade na inadimplência. Esses pagamentos indubitavelmente são destinados a empresas que ganham mais caixa e fôlego para liquidarem seus próprios débitos”

Vale destacar que, no terceiro trimestre de 2023, segundo dados da Nuvemshop, as PMEs movimentaram cerca de R$ 839 milhões com vendas digitais. Neste caso, trata-se de um valor 20% superior em comparação ao ano passado (R$ 699 milhões). Entre julho e setembro, por exemplo, houve um aumento de 22% no número de volumes nos pedidos — passou de 2,7 milhões para 3,4 milhões.

Dívidas do primeiro semestre

A média das dívidas mais contempladas entre janeiro e junho de 2023 foram aquelas que possuíam até 30 dias de vencimento (57,1%) e as de até 60 dias (42,9%). Em seguida, ficaram as dívidas com idades de 90 dias (30,2%), depois as de 180 dias (23,4%) e as com 1 ano (20,8%). As mais antigas, vencidas há mais de um ano, foram menos contempladas (9,2%).

Imagem de um gráfico
Na visão por valor dos débitos, no primeiro semestre, a maior taxa média de pagamentos foi das contas negativadas de até R$ 500 reais (49,9%) e a menor de R$ 2 mil a R$ 10 mil (41,7%)

Análise por setor da dívida: Varejo na mira do ressarcimento

setor de “Varejo” teve a maior média de pagamentos de dívidas atrasadas entre janeiro e junho deste ano (53%) e “Telefonia” o menor (12,9%).

Mercado de Telefonia teve a menor média de pagamento de dívidas atrasadas

Piauí: pequeno notável na recuperação de crédito das empresas

Ainda segundo o Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian, o Piauí registrou a maior taxa média de recuperação de crédito no primeiro semestre de 2023. O estado se juntou a Paraíba, Maranhão, Acre de Mato Grosso como o top 5 do ranking.

Gráfico mostra dados de recuperação de crédito de todas as Unidades Federativas

Outras podem ser adquiridas aqui.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mpes-recuperaram-folego-e-buscaram-mais-credito-em-agosto-serasa-experian

 

Panorama e perspectivas para o e-commerce em 2024

Para o próximo ano, e-commerce tende ao crescimento das compras por dispositivos móveis e frequência maior, o que sugere que as compras online já se estabeleceram na rotina dos consumidores

O e-commerce está em constante adaptação às mudanças tecnológicas e atento às demandas dos consumidores. Responsável por um mercado potencial em volume de vendas, movimentou cerca de R$ 169,6 bilhões no Brasil, em 2022, segundo dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

No mundo dinâmico do comércio eletrônico, a urgência de se manter atualizado com as novas tendências é inegável. A competição é feroz e está presente em todos os cantos. Nesse cenário, é essencial direcionar a atenção para a jornada do consumidor, compreender sua experiência e avaliar como diversas tecnologias, como a Inteligência Artificial, estão moldando todos esses aspectos de maneira fundamental.

A jornada do consumidor tornou-se um ponto focal para as empresas que desejam se destacar em um mercado saturado. Entender cada etapa desse percurso, desde a descoberta do produto até a conclusão da compra, é crucial para proporcionar uma experiência satisfatória ao cliente. E, claro, que a tecnologia desempenha um papel vital nesse processo, permitindo a personalização de ofertas, recomendações inteligentes e a análise específica do comportamento do consumidor.

Além disso, o fomento avassalador das redes sociais têm desempenhado um papel fundamental no impulso do comércio eletrônico. Quando o assunto é a divulgação de conteúdo de marca, as redes sociais seguem com grande destaque. “Por conta do grande uso das redes sociais pelos consumidores, é importante que o lojista consolide sua marca nesses espaços. Quem não está presente está perdendo potenciais clientes para concorrentes e deixando de estar em contato com os clientes que já conhecem a marca”, comenta Guilherme Pedroso, country manager da Nuvemshop no Brasil.

O futuro está no comércio eletrônico omnichannel?

O comércio omnichannel está se preparando para uma expansão significativa nos próximos cinco anos, de acordo com um estudo recente realizado pelo Boston Consulting Group. O relatório prevê um aumento de 15 a 30% ao ano nesse setor, levando-o a atingir uma marca de US$ 130 bilhões até o final de 2025 em todo o mundo. Para os mercados emergentes esse crescimento será ainda maior, considerando que 40% dos usuários ainda vão fazer sua primeira compra on-line por meio de mensagens instantâneas.

À medida que o comércio eletrônico continua a consolidar sua presença e conquistar uma parcela crescente do mercado varejista, as marcas passaram a adotar uma abordagem cada vez mais criativa e orientada para o cliente. Essa abordagem envolve uma habilidade de compreender profundamente a jornada de compra do cliente, suas necessidades e, principalmente, de priorizá-lo no cerne de todas as metas e escolhas relacionadas às estratégias de vendas.

“O comércio eletrônico omnichannel mantém a conversa em andamento quando um cliente que entra em contato pelo Instagram acaba no seu site procurando produtos e opta por receber alertas por e-mail ou SMS. No dia seguinte, eles podem enviar um e-mail com um código de desconto e um link para um item que eles visualizaram ou adicionaram ao carrinho. Dessa forma, alcançarão os clientes por meio de seu canal preferido e manterão a sincronia quando eles mudarem para outro canal para continuar sua jornada de compras”, exemplifica Adriana Sanchez, diretora de New Sales Latam da Sinch.

A importância dos dados na jornada do cliente

A OLX Brasil, uma das principais plataformas de compra e venda online do país, tem se destacado ao utilizar dados para aprimorar a experiência do cliente e enfrentar os desafios do e-commerce. A plataforma recebe mais de 5 milhões de acessos, diariamente, e Paula Pinho, diretora de Customer Experience da OLX Brasil, revelou no CONAREC 2023 que esse volume massivo de acessos fornece à empresa uma grande quantidade de dados importantes que são usados para entender e atender às necessidades dos clientes de maneira mais eficaz.

“Dados digitais são fontes importantes, mas temos que ter atenção de como podemos melhorar a jornada desse cliente hoje e não apenas entender qual tipo de produto ele busca. Muitas e vezes a má experiência em uma plataforma de compra online gera uma enorme insatisfação que desencanta aquele consumidor, mesmo que essa plataforma possuas boas ofertas e diversidade”, ressalta.

Perspectivas e tendências 2024

Para entender para onde o mercado está se direcionando e para aprofundar a compreensão do comportamento dos consumidores no e-commerce brasileiro para antecipar as perspectivas para o comércio online no país para o próximo ano, a Opinion Box junto com a Octadesk realizou um estudo sobre as tendências que podem moldar o cenário do comércio eletrônico no país em 2024.

Por que continuar comprando online?

Uma das tendências mais evidentes é o crescimento contínuo das compras por meio de dispositivos móveis. Com smartphones cada vez mais poderosos e a expansão do acesso à internet, os consumidores preferem a comodidade de fazer compras diretamente de seus telefones. De forma geral, três itens se destacam como os principais fatores que motivam as compras no e-commerce: preço, praticidade e promoções.

O comportamento dos consumidores no e-commerce

As perspectivas são realmente interessantes. Seis em cada dez consumidores afirmaram que a sua frequência de compras online aumentou no último ano. Além disso, 54% dos entrevistados indicaram que planejam fazer mais compras online nos próximos 12 meses.

Com o hábito de compra do consumidor, 2024 promete ferver em vendas online. Nesse sentido, é crucial a reflexão sobre a preparação dos negócios para capitalizar essa demanda crescente.

Frequência de compras

O estudo revela um aumento notável na frequência de compras semanais. O volume de consumidores que têm o hábito de fazer compras semanais quase dobrou, indicando que as compras online se tornaram parte da vida cotidiana de muitos consumidores.

Em 2022, 12% dos consumidores disseram fazer compras online pelo menos uma vez por semana. No entanto, dados atualizados mostram que em 2023 esse número saltou para impressionantes 17%. De fato, o consumidor está mais confiante para realizar suas compras e prefere esse meio pela conveniência.

‘https://consumidormoderno.com.br/2023/09/27/perspectivas-e-commerce-2024/

Dia das Crianças 2023 deve movimentar quase R$ 6 bilhões no e-commerce

Segundo ABComm, crescimento esperado é de 8% sobre o faturamento do Dia das Crianças do ano passado.

Uma das datas mais importantes do ano para o varejo, o Dia das Crianças de 2023 deve atingir a marca de R$ 5,95 bilhões de faturamento no e-commerce, um crescimento de 8% na comparação com o ano anterior. A estimativa, realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), leva em consideração os 14 dias que antecedem a data em questão.

Ainda segundo a associação, a participação do e-commerce deve ultrapassar 40% das vendas, o que corrobora com a expectativa de levantamentos de mercado realizados em 2022 pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC (Serviço de Proteção ao Consumidor). No ano passado, o faturamento foi de R$ 5,5 bilhões, totalizando 11,95 milhões de pedidos, com ticket médio de R$ 460,25.

“A expectativa é excelente por parte do varejo digital no Dia das Crianças. A participação do comércio eletrônico na data segue crescendo, impulsionada pelas ofertas e o pelo aumento do público online a cada ano”, afirma Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Bons números em 2022
Segundo a Serasa Experian, em 2022 as vendas no geral na semana que antecedeu o Dia das Crianças subiram 6,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, sendo a melhor performance desde 2012, quando houve alta de 7,7%.

Considerando-se apenas os dados da cidade de São Paulo, houve aumento de 5,5% em relação aos números de 2021. Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, o cenário econômico daquele momento ajudou nos bons números. “O recuo da inflação, principalmente sobre os preços dos combustíveis e da energia elétrica, trouxe uma redução de custos capaz de incentivar o consumo”, afirmou à época.

Open Finance: brasileiros estão menos preocupados em compartilhar dados financeiros

A preocupação sobre a forma como os dados serão usados também teve queda, saindo de 45,8% para 34% em dois anos.

A preocupação dos brasileiros em compartilhar dados financeiros diminuiu nos últimos anos enquanto o Open Finance (compartilhamento autorizado de dados entre instituições financeiras) cresceu no país. De acordo com a pesquisa Open Finance Brasil, em 2021, 45,8% das pessoas se mostravam preocupadas em como tais informações seriam utilizadas. Em 2023, esse percentual caiu para 34%.

A pesquisa online Open Finance Brasil 2023 foi realizada em maio pela Ipsos a pedido da TecBan, com abrangência nacional. Foram entrevistados 1 mil homens e mulheres bancarizados, das classes A, B e C, com acesso à internet.

Em um comparativo entre 2021 e 2023, as quatro principais preocupações dos pesquisados sobre a utilização do open banking diminuíram.

a insegurança sobre crime financeiro caiu de 48% para 36%, em 2023;
a preocupação sobre a forma como os dados serão usados também teve queda, saindo de 45,8% para 34%;
o medo da perda do anonimato sobre os dados diminuiu de 43% para 29%; e
a preocupação sobre falta de proteção dos dados reduziu de 41% para 28

Outro dado do estudo mostrou que 49% dos clientes que conhecem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) se sentem mais confortáveis para compartilhar informações.

Rogério Melfi, gerente de Open Finance na TecBan, atribui essa queda da desconfiança no compartilhamento de dados a mais educação financeira por parte das pessoas e a entrada em vigor da LGPD.

“As pessoas começaram a entender o que elas têm de direitos e deveres com a Lei de Proteção de Dados”.

A recomendação do gerente ao consumidor para proteger seus dados é de sempre utilizar os canais oficiais da sua instituição financeira e observar com cuidado se links em e-mails e SMS são, de fato, provenientes do seu banco.