Grupo Pão de Açúcar chegará a R$ 1 bi no e-commerce e lança marketplace

O site do Pão de Açúcar será mais especializado, com vendas de kits gastronômicos e vinhos, enquanto o site do Extra deverá vender de pneus a colchões.

O Grupo Pão de Açúcar vende alimentos pela internet desde 1995, mas neste ano irá bater um recorde histórico. A expectativa é chegar a um valor geral de vendas de 1 bilhão de reais em 2020 nas vendas de alimentos feitos pela internet, por seus sites ou aplicativos.

No terceiro trimestre do ano, o comércio eletrônico cresceu 240% em relação ao mesmo período do ano passado, ao ganhar 202% mais clientes. Os produtos perecíveis ampliaram sua participação na cesta de compras em 230%.

Em 2019, o grupo faturou 61,5 bilhões de reais. No terceiro trimestre do ano, o e-commerce alimentar chegou a 6% da divisão de multivarejo, que teve receita bruta de 7,4 bilhões de dólares e não inclui as vendas do atacarejo Assaí.

Lançamento do marketplace

Até agora o grupo só vendia itens próprios. No início de novembro, lançou seu marketplace e já está incluindo parceiros grandes, como Ri Happy, Lego, Spicy, Cobasi, entre outros. A empresa sai de 15.000 itens disponíveis em seus sites para 30.000 itens em três meses e 400.000 no próximo ano. O site da marca do Pão de Açúcar será mais especializado, com vendas de kits gastronômicos e vinhos especiais, enquanto o site do Extra deverá vender de tudo, de pneus a colchões.

Segundo o grupo, a grande vantagem desse marketplace em relação a concorrentes é a frequência de compras dos consumidores. “O marketplace já nasce recebendo visitantes de maneira frequente e recorrente. Os vendedores já são impactados por um cliente qualificado e que retorna com frequência à plataforma”, diz Rodrigo Pimentel, diretor do comércio eletrônico da companhia, em apresentação sobre suas iniciativas digitais a investidores e à imprensa.

São 240 milhões de visitas ao ano em todas as plataformas digitais. Se um consumidor de loja física compra cerca de 12 itens, a média nos sites é de 40 itens.

Sem mencionar os concorrentes, Jorge Faiçal, presidente da divisão de multivarejo, diz que as vendas de alimentos têm uma frequência muito maior do que vendas de eletrônicos. As vendas de mercado e alimentos são a última fronteira do comércio eletrônico — e um dos segmentos mais desejados nos últimos meses por causa da digitalização provocada pela pandemia. “Entregar pacote de arroz e feijão é fácil, mas entregar a cesta completa, com carne e alface, não são todos que têm a expertise”, afirma o executivo.

O Magazine Luiza entrou no delivery de refeições com o AiQFome, a B2W comprou o Supermercado Now e anunciou parceria com o grupo supermercadista Big, ex-Walmart, e o iFood comprou o SiteMercado.

O diretor diz que a empresa estuda entrar em outras plataformas de marketplace, mas ainda não há nada concreto nesse sentido. “O momento do digital no Brasil é de colaboração aberta”, afirma.

Logística

Para atender o crescimento do comércio eletrônico, o supermercadista ampliou sua estrutura de logística e distribuição. No último semestre, a empresa abriu um novo centro de distribuição em São Paulo e um minicentro no Rio de Janeiro, dobrando sua capacidade nessas duas cidades. Abriu também centros de distribuição em Brasília e em Pernambuco — o e-commerce alimentar cresceu 564% no Nordeste para a varejista.

Cerca de 295 lojas também podem ser usadas para o clique e retire, em comparação a 126 unidades no começo do ano. A modalidade de retirada na loja é usada em 36% das vendas pela internet e 30% desses consumidores que vão até a loja acabam fazendo uma nova compra. Essa estrutura de logística e distribuição também deve ser oferecida aos parceiros do comércio eletrônico.

 

Varejo projeta faturamento recorde de quase R$ 4 bilhões na Black Friday, diz CNC

O comércio varejista deve movimentar um recorde de R$ 3,74 bilhões em vendas na campanha de promoções da Black Friday deste ano, calcula a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Se confirmado, o faturamento será 6% maior que o dessa temporada de liquidações de 2019, quando somou R$ 3,67 bilhões. Descontada a inflação do período, as vendas terão crescimento real de 1,8% em relação a igual período do ano passado.

“Será a primeira data do varejo a registrar crescimento este ano, pelo menos até agora. Desde a Páscoa até o Dia das Crianças, todas as datas comemorativas registraram queda nas vendas”, lembrou o economista Fabio Bentes, responsável pelo cálculo da CNC.

O volume vendido pelo comércio eletrônico terá um salto de 61,4% na campanha de promoções da Black Friday deste ano, enquanto as lojas físicas venderão 1,1% a mais. No entanto, as vendas on-line motivadas pela data devem ficar em torno de R$ 400 milhões, enquanto os R$ 3,34 bilhões restantes serão arrecadados em lojas físicas.

“O peso da loja física ainda é muito maior que o do e-commerce. As vendas on-line cresceram muito nos últimos meses, mas a gente estima que a participação do comércio eletrônico no varejo esteja em torno de 8%”, justificou Bentes.

O levantamento considera que a nova onda de contaminação e internações pela covid-19 no País não se traduza em fechamento de estabelecimentos comerciais até a Black Friday. Se as medidas de restrição à disseminação do novo coronavírus forem novamente impostas nas próximas semanas, a projeção da CNC para uma elevação de 2,2% nas vendas do Natal deste ano em relação ao de 2019 pode ser ameaçada.

“As medidas restritivas que estão sendo consideradas neste momento ainda não foram implementadas, e a Black Friday já é na semana que vem. Então acho que isso não atrapalhará tanto o varejo físico neste momento, porque elas ainda serão anunciadas. Se tiver piora na situação da pandemia, aí sim o Natal pode ser afetado por essas novas restrições”, previu Fabio Bentes.

A Black Friday foi incorporada ao calendário do varejo nacional em 2010, mas já é a quinta data mais relevante para o setor, atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais, aponta a CNC.

Em 2020, o segmento de eletroeletrônicos e utilidades domésticas deve movimentar R$ 1,022 bilhão, seguido pelos ramos de hipermercados e supermercados (R$ 916,9 milhões), móveis e eletrodomésticos (R$ 853,4 milhões), vestuário, calçados e acessórios (R$ 328,7 milhões) e perfumaria e cosméticos (R$ 247 milhões).

Produtos com probabilidade de descontos efetivos

A CNC fez um estudo de preços para identificar os produtos com maior probabilidade de descontos efetivos e outros que poderiam cair no fenômeno informalmente conhecido como “Black Fraude”.

Segundo uma coleta diária de preços de mais de dois mil itens agrupados em 48 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias encerrados em 15 de novembro, os produtos com mais chances de terem descontos atrativos são os consoles de videogame, que ficaram 19% mais baratos no período. Em seguida aparecem notebooks, 17% mais baratos no período anterior às promoções; games para PC (14% mais baratos); calça masculina (13% mais baratos); aspirador de pó e água (-11%), Smart TV Box (-10%); e tênis (-8%).

Na direção oposta, ficaram mais caros nas semanas que antecedem a Black Friday – e por isso menos propensos a descontos efetivos – os óculos de sol (10%), joystick (15%), camisas de clubes de futebol (17%), colchão (21%) e bicicleta (22%).

“A loja que vende uma bicicleta vai ter que dar um desconto de pelo menos 30% para chamar atenção. O desconto, para ser efetivo, teria que ser ao menos de 23%. E a gente pesquisa os cinco modelos de bicicletas mais vendidos em cinco lojas diferentes. A chance de todas darem o desconto é pequena. E a loja pode dar o desconto em apenas uma das bicicletas, nos outros modelos não. Por isso que a chance de um desconto efetivo de fato é maior num videogame, laptop, aspirador de pó”, explicou Bentes.

 

Entendendo os aviões do Mercado Livre no Brasil

O Mercado Livre é sem dúvidas uma das plataformas de vendas on-line de maior sucesso no Brasil. E recentemente, para se livrar de “métodos alternativos” de envio, o Mercado Livre anunciou a Meli Air, sua nova “companhia aérea”.

A história chegou em muitos veículos de imprensa como fosse uma nova companhia aérea do Mercado Livre, com cerca de quatro aviões na frota. Mas na realidade, essa operação ocorre de forma diferente.

Há anos o Mercado Livre tem parceria com duas empresas essenciais, mais o Correios. A Azul Cargo, através do seu braço Azul Cargo Express, que já citamos inúmeras vezes aqui no Portal Aeroflap, e a Sideral, a principal aérea de carga do Brasil, um setor que parece estável nos últimos anos, após a falência de muitas empresas.

A Azul Cargo Express promete alcançar mais de 3500 municípios. Já a Sideral utiliza os seus aviões Boeing 737 para realizar voos entre várias capitais do país.

Mas aliás, os quatro aviões são mesmo do Mercado Livre?

Nem tanto. O Mercado Livre está agindo como a Amazon, quando lançou a Prime Air.

Na época a intenção da companhia era agilizar as entregas nos Estados Unidos. A mesma meta do ML, entregar a encomenda em até 48 horas.

O Brasil, assim como os Estados Unidos, tem seus desafios logísticos por ser um país continental, e durante muito tempo a Amazon contou com os serviços das principais empresas de transporte, como a FedEx e a UPS.

Assim como a Azul Cargo, a FedEx tinha uma ampla gama de aviões, desde o Cessna Caravan para pousar no “meio do nada” até aviões widebody, de duplo corredor.

A parceria do Mercado Livre com a Azul e a Sideral, fechada em 2019, já foi um grande avanço para a empresa de varejo eletrônico. A partir do envio “Full” foi possível entregar produtos em até 48 horas em diversas cidades do país.

E esta parceria continua. A meta da empresa é atingir entregas em até 48 horas da compra em 1800 cidades do Brasil.

A ambiciosa meta, logicamente não dá para ser cumprida com apenas 1800 aviões, então o Mercado Livre continuará a aproveitar a estrutura toda da Azul Cargo, até mesmo de outras companhias aéreas, e da Sideral para conseguir distribuir cargas em vários pontos do Brasil. Com os novos centros logísticos esta meta fica ainda mais fácil de se cumprir.

Os quatro aviões, basicamente, são aviões de marketing, para demonstrar a força da marca em diversos aeroportos. É como um outdoor que voa.

Aviões nas cores do Mercado Livre

Atualmente já há dois aviões da Sideral com a pintura do Mercado Livre.

O primeiro que surgiu é a aeronave Boeing 737-400F de matrícula PR-SDM, da Sideral Cargo, que já voou no Brasil pela TransBrasil e pela Nacional.

O segundo apareceu neste fim de semana com a pintura totalmente amarela. O avião de matrícula PP-WSA já operou anteriormente na RIO Cargo, e também é um Boeing 737-400F. Você pode conferir abaixo, na publicação do CWBSpotter.

Cogita-se que a Azul deve disponibilizar de um a dois aviões Embraer E195 exclusivamente para a operação de cargas do Mercado Livre em novembro, mês agitado pela Black Friday. A Azul, no entanto, não divulgou se planeja realizar pinturas especiais do Mercado Livre em suas aeronaves.

O Mercado Livre também deve continuar utilizando os porões de diversas aeronaves de passageiros para transportar cargas, além de utilizar sua rede de 600 caminhões e 10 mil vans de entrega.

 

Economia cresceu 7,5% do segundo para o terceiro trimestre, diz FGV

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País, teve crescimento de 7,5% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre. O dado é do Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado na última quinta-feira (19).

“O forte crescimento de 7,5% da economia brasileira no terceiro trimestre reverte, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no segundo trimestre deste ano, em função da chegada da pandemia de Covid-19 ao Brasil, a partir de março. No entanto, este crescimento não é suficiente para recuperar o nível de atividade econômica que ainda se encontra 5% abaixo do observado no quarto trimestre do ano passado”, afirma o coordenador da pesquisa, Claudio Considera.

Segundo ele, apesar da recuperação disseminada entre as atividades econômicas, o setor de serviços ainda encontra dificuldades para se recuperar. Os serviços tiveram alta de 5,5%, bem abaixo dos 13,4% da indústria.

“Mesmo com a flexibilização das medidas de isolamento e pequena melhora marginal dos setores de alojamento, alimentação, serviços prestados às famílias, educação e saúde, o crescimento observado ainda é muito pouco em comparação à deterioração, causada pela pandemia, observada nestes segmentos. A elevada incerteza quanto ao futuro da pandemia tem inibido a recuperação mais robusta do setor de serviços, que é a atividade mais relevante da economia brasileira”, explica Considera.

Queda ante 2019

A agropecuária recuou 0,3%. Sob a ótica da demanda, houve altas de 9,9% no consumo das famílias e de 16,5% na formação bruta de capital fixo (investimentos). O consumo do governo cresceu 0,5%. Já as exportações e importações tiveram quedas de 0,6% e de 8,8%, respectivamente.

Apesar da alta de 7,5% na comparação com o segundo trimestre, na comparação com o terceiro trimestre de 2019, houve uma queda de 4,4%. Analisando-se apenas o mês de setembro, houve alta de 1,1% na comparação com agosto e de 2,3% na comparação com setembro do ano passado.

Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o consumo das famílias recuou 5,1%, enquanto a formação bruta de capital fixo (investimento) caiu 2,2%. As exportações cresceram 1,7%, enquanto as importações tiveram queda de 24,4%.

 

B2W, Aliansce e brMalls vão usar armários inteligentes para entrega na Black Friday

Consumidores que fizeram compras na Black Friday deste ano terão, pela primeira vez na data, a opção de buscar os produtos em lockers instalados em lojas da rede Americanas, da B2W, e dos shopping centers administrados pela Aliansce Sonae e pela brMalls. Os armários inteligentes, também chamados de e-Boxes, devem “abocanhar” uma fatia importante de pacotes de produtos comprados pelo comércio eletrônico.

Essa é a aposta da Clique Retire, que fornece essas estruturas para grandes varejistas. A empresa já instalou, também, lockers em estações de metrô do Rio de Janeiro e de São Paulo e em postos da BR Distribuidora. A expectativa é que o número de pacotes que passam pelos armários da empresa dobre  neste fim de ano.

“Quando inauguramos no Metrô Rio, há um ano, sabíamos do desafio de desenvolver a cultura dos lockers entre os consumidores brasileiros, mas nos surpreendemos com a demanda reprimida por esse serviço. Os grandes varejistas nos trouxeram, também, o feedback de que a solução atenderia ainda um público de conveniência – quem pode receber em casa, mas não conta com ninguém disponível no momento da entrega”, conta o diretor-executivo da Clique Retire, Gustavo Artuzo.

Logística reversa

A empresa atende, também, à demanda da logística reversa. Geralmente, mesmo quem usa a logística tradicional para o recebimento tem de ir aos Correios fazer a portagem no caso de devolução ou troca de produto. “Essa não é a melhor das experiências do usuário e gera insatisfação nos consumidores. A ideia de utilizar os e-Boxes para a logística reversa ampliou novamente nosso mercado e nos permitiu atender a todos os perfis de consumidores do e-commerce brasileiro”, afirma Artuzo.

Neste ano de pandemia e distanciamento social, a o uso dos lockers deve se intensificar também por causa do próprio aumento de vendas no comércio on-

line.  Segundo a empresa de pesquisas GfK, 54% dos consumidores pretendem trocar as compras em lojas físicas na Black Friday pelos canais digitais. Essa escolha deve gerar um aumento de 27% no faturamento do e-commerce, segundo a consultoria Ebit Nielsen.

Só nos primeiros três meses de pandemia, a Clique Retire cresceu 101%, o que resultou no aumento do quadro de pessoal e na necessidade de fabricação de mais armários. A empresa tem mais de 200 lockers, com 5.000 compartimentos, que podem receber produtos de tamanhos variados.

 

Lojas de Amazon, Best Buy e Target viram centros de distribuição nos EUA

O delivery, seja na casa do cliente, seja no estacionamento da loja – e, se possível, no mesmo dia – não é mais opcional. Por causa da pandemia de Covid-19, ele se tornou prioridade para os varejistas mostra reportagem do Global Retail News. Empresas como Best Buy (faturamento de US$ 42,9 bilhões em 2019), Dick’s Sporting Goods (US$ 8,8 bilhões), Target (US$ 75,4 bilhões) e Walmart (US$ 514 bilhões) aumentaram os pontos de coleta de pedidos em suas redes, criando espaços tanto dentro das lojas quanto na calçada.

Na varejista de eletrônicos Best Buy, por exemplo, dos US$ 5 bilhões em vendas on-line registrados no segundo trimestre, 41% foram reportados por drive-in ou pelo sistema click & collect. O serviço “Drive Up”, na calçada da Target, por meio do qual a empresa diz disponibilizar 250 mil produtos em 60 minutos, saltou 700% no segundo trimestre. Outros serviços de coleta de pedidos na loja aumentaram 60%.

De acordo com um estudo realizado pela Coresight Research, três quartos dos 50 maiores varejistas americanos estavam oferecendo o serviço até o final de agosto. A financeira Cowen estima que essa fórmula, que combina pedidos pelos sites e aplicativos com entrega em um ponto de venda físico, pode gerar vendas de US$ 30 a US$ 35 bilhões em 2020 para a indústria de alimentos. Para a Cowen, 25% dos consumidores americanos serão seduzidos por esse serviço, que tem entre os maiores benefícios a economia de tempo, em 2020.

No segundo trimestre de 2020, a Amazon, empresa líder mundial em comércio eletrônico, teve dificuldades para dar conta dos pedidos, registrando escassez de estoque, preços altos e erros de entrega. A Dick’s Sporting Goods passou a usar fórmula híbrida. Ela permite que grandes varejistas convertam suas lojas em centros de preparação de pedidos para entregar compras feitas por sites de e-commerce, sem a entrega nas residências, que é mais cara. “O custo da entrega da última milha é pago pelo cliente”, diz Oliver Chen, analista de varejo da Cowen.

Lojas Marisa prepara o lançamento de seu próprio marketplace

Desde 2017, quando começou um amplo processo de reestruturação, a Lojas Marisa decidiu focar suas atenções nas vendas digitais e entrou em marketplaces como Mercado Livre, Lojas Americanas e Submarino, Zatini, Netshoes e Magazine Luiza. Agora, a empresa se prepara para ter o seu próprio marketplace, sem abandonar os canais onde ela já está presente.

“Estamos com o projeto avançado para o nosso próprio marketplace”, disse Marcelo Pimentel, CEO da Lojas Marisa, com exclusividade ao programa Conselho de CEO, da Jovem Pan, apresentado por Carlos Sambrana, cofundador do NeoFeed. O plano, diz Pimentel, é inaugurar em caráter experimental no segundo trimestre de 2021 e lançar no terceiro trimestre do ano que vem.

“A visão é a mesma do nosso slogan: de mulher para mulher”, afirma o executivo. E prossegue. “Vamos ter um ambiente transacional focado em experiências, produtos e serviços para a mulher. ” Nesse cenário traçado pela companhia, entrariam produtos de moda, beleza e perfumaria.

Mas, além de venda de produtos, Pimentel afirma que a empresa estuda oferecer até cursos de educação financeira ministrados por mulheres. “Essa é uma demanda das nossas clientes. Elas querem saber como se preparar para o futuro”, diz ele.

Para não dar nenhum tipo de guidance, o executivo não se arrisca a dizer o tamanho que esse negócio terá e quanto movimentará, mas explica que o marketplace faz parte do plano da companhia para aumentar as vendas digitais. “Em até cinco anos, a meta é fazer com que o e-commerce represente 25% do nosso faturamento”, diz Pimentel.

A julgar pelo crescimento do comércio eletrônico e o impacto que ele está tendo no resultado da companhia, não é uma tarefa tão difícil de ser concretizada. Se em 2018 as vendas on-line representavam 2% do faturamento da rede, no terceiro trimestre deste ano elas já respondiam por 16,3%.

A empresa, que no ano passado anotou um faturamento líquido de R$ 2,8 bilhões, teve uma receita líquida de R$ 532,2 milhões e um prejuízo de R$ 124,5 milhões neste terceiro trimestre. O resultado foi melhor do que no segundo trimestre, quando o vermelho no balanço alcançou R$ 171,7 milhões.

A melhora, ainda que com prejuízo, se deu por conta da reação digital em meio a pandemia, que obrigou a rede a fechar lojas temporariamente e agora vê suas unidades novamente abertas. O crescimento das vendas on-line no trimestre foi de 115,3% num total de R$ 98 milhões.

As vendas on-line, aliás, também têm trazido tráfego e gerado mais receitas no varejo físico. Mais de 40% das pessoas que compram on-line, retiram os produtos nas unidades da rede e, quando visitam as lojas, acabam comprando mais. “Do total de pessoas que vão nas nossas lojas retirar produtos, 40% compram”, diz Pimentel.

Desde o início da pandemia, a companhia lançou um aplicativo e registrou 1,5 milhão de downloads. Além disso, fez de suas 360 lojas físicas hubs logísticos para a última milha do e-commerce. No segundo trimestre de 2021, avisa o executivo, deve lançar a sua fintech. “Temos uma base de 6 milhões de clientes dos quais 2 milhões são ativos”, diz ele.

O executivo afirma que pretende aproveitar essa base para gerar mais ganhos e deve embutir os serviços dessa fintech dentro de seu aplicativo. “Tudo ficará concentrado em um único app”, diz ele. Será uma espécie de superapp com o e-commerce, o marketplace e a fintech.

A estratégia, dizem alguns analistas, chega com um pouco de atraso. Afinal, a Marisa foi uma das primeiras varejistas a vender on-line e, por uma série de erros de gestão no passado, acabou perdendo o bonde da inovação. E, de certa forma, ela está fazendo o mesmo que seus concorrentes.

A Riachuelo, por exemplo, vai lançar um superapp e um grande marketplace integrado. A notícia foi antecipada com exclusividade pelo NeoFeed em julho. “É a prioridade para este ano”, disse Flávio Rocha, presidente do conselho de administração da Guararapes.

Nesse grande marketplace, afirmou o empresário, será possível vender tudo o que está relacionado com moda e estilo de vida como fitness, gastronomia, turismo, cultura. “Esse é um mundo ainda não preenchido no meio digital brasileiro”, disse.

Além de Riachuelo, outras rivais estão no mesmo caminho. A Renner vai criar o seu próprio marketplace e a C&A já está rodando a todo vapor com o seu. “Essa será a grande disputa entre essas companhias”, diz Alberto Serrentino, sócio da Varese Retail, consultoria especializada em varejo.

Desde o início do ano, as ações da Marisa caíram 49,5%: de R$ 13,67 para R$ 6,90 na cotação de segunda-feira, 16 de novembro. Seu valor de mercado está em R$ 1,8 bilhão. E, para fazer a empresa dar novos saltos, Pimentel terá alguns desafios pela frente.

“Embora o terceiro trimestre tenha apresentado melhora no desempenho em relação ao segundo trimestre da Marisa, os números gerais ainda foram fracos. Continuamos a ver uma recuperação gradual para a empresa nos trimestres seguintes, mas ainda impactada negativamente pelo menor tráfego em suas lojas, aumento das taxas de desemprego e menor intenção de compra das famílias”, escreveram Luiz Guanais e Gabriel Savi, analistas do BTG Pactual.

 

Black Friday deve ser menos agressiva para lojistas por falta de insumos

A Black Friday deste ano deve ter descontos menos agressivos em razão da pressão de preços e falta de insumos que a indústria sofre. Esse cenário, porém, fica menos evidente nos grandes marketplaces com capital aberto na Bolsa.

Via Varejo, Magazine Luiza e B2W já disseram estar preparados e com estoques para a data. Porém, quando se trata dos lojistas menores, que muitas vezes até vendem nestas plataformas, a capacidade de renovar os estoques não é tão grande. “Eles (os grandes marketplaces) conseguem estar preparados porque têm prioridade na indústria”, disse Alfredo Soares, cofundador do Gestão 4.0 e vice-presidente da Vtex, ao Broadcast Estadão.

“Eu não acho que não vai ter produto na Black Friday (para o lojista menor), eu acho e tenho acompanhado que vai existir um problema na reposição desses produtos”, complementa Soares. Ele lembra que as lojas virtuais de menor porte têm um problema recorrente na precificação de seus produtos, especialmente em promoções mais agressivas como a Black Friday.

Assim, neste ano, deve haver ainda mais cuidado para não colocar em oferta produtos que tenham alto índice de procura. Se fizer isso, o empreendedor acaba abrindo mão de margem e ficando sem vender nos próximos meses por falta de mercadorias.

Insumos na indústria

Faltam insumos para diversas áreas da indústria. O varejo de móveis Muma é um exemplo de empresa que teve de diminuir os descontos em razão do contexto industrial.

“Precisamos desativar alguns produtos do site e demos descontos tirando da nossa margem. Geralmente, na Black Friday, há um porcentual de desconto do fabricante e do varejista, por isso, neste ano, os porcentuais são menores”, explicou Matheus Ximenes Pinho, sócio-fundador da Muma, à publicação.

Neste ano, os descontos do site para itens de decoração chegam a 60%, mas ficam em 30% para produtos de maior valor. O prazo de entrega, por sua vez, aumentou, passou de 30 a 40 dias para cerca de 90 dias. Isso porque há insumos dos fabricantes, que passaram de 15 para 90 dias de tempo de entrega.

Pinho contou que há fornecedores que chegam a ter produtos prontos parados, por falta de papelão para embalá-los. “São produtos delicados de laca ou vidro que podem ser avariados se não tiverem essa proteção”, disse.

Para Gustavo Chapchap, líder do Comitê de E-Commerce da Associação Brasileira de Agentes Digitais e diretor da Jet/ZapCommerce, a dificuldade dos comerciantes menores em oferecer descontos mais agressivos ou ter produtos à disposição para repor os estoques não deve minguar o consumo da data.

“Se tem insumo que vai fazer falta, há outras empresas que estão melhor preparadas. Tempo de entrega e valor de frete devem subir. Logo, se ele (o cliente) não pode esperar, vai mudar de item”, afirmou ao veículo.

 

 

Amazon avança em setor de saúde com farmácia on-line

A empresa anunciou a Amazon Pharmacy, uma seção de seu site de varejo e app que permite a compra de medicamentos.

A Amazon.com faz sua maior aposta para vender medicamentos controlados com o lançamento de uma farmácia digital e a oferta de descontos em remédios para membros do programa Prime nos EUA.

A gigante de comércio eletrônico anunciou na última terça-feira (17) a Amazon Pharmacy, uma seção de seu site de varejo e aplicativo móvel que permite às pessoas comprarem medicamentos.

Os consumidores podem pagar com o seguro saúde. Clientes Prime que não usam seguro têm direito a descontos em medicamentos genéricos e de marca no site da Amazon ou em cerca de 50 mil farmácias participantes.

A nova oferta da Amazon chega mais de dois anos após a aquisição da PillPack por US$ 753 milhões, uma farmácia on-line conhecida por organizar receitas em pacotes.

Essa expansão coloca a empresa de comércio eletrônico de Seattle em uma competição mais direta com os gigantes de farmácia como CVS Health e Walgreens Boots Alliance, as duas maiores redes dos EUA.

A mudança também ajuda a Amazon a competir com o Walmart e outras grandes lojas que já vendem medicamentos controlados.

Analistas há muito tempo antecipam um mergulho mais profundo da Amazon na área de saúde com a aposta de que a empresa pode trazer seu patrimônio digital e potência logística para um setor de cerca de US$ 4 trilhões nos EUA, mas com reputação de ineficiente.

A empresa abalou varejistas de remédios com a aquisição da PillPack, mas a Amazon demorou a integrar a startup de farmácia on-line em suas ofertas.

Com o anúncio, consumidores podem solicitar medicamentos controlados diretamente na Amazon pela primeira vez.

Anteriormente, os clientes eram redirecionados para o site da PillPack. Uma farmácia integrada elimina uma das poucas lacunas nas ofertas da Amazon em comparação com rivais de supermercados, algumas das quais há muito tempo vendem remédios nas mesmas lojas onde oferecem televisores de tela plana ou latas de sopa.

“Projetamos a Amazon Pharmacy para colocar os clientes em primeiro lugar – trazendo a obsessão do cliente da Amazon para um setor que pode ser inconveniente e confuso”, disse TJ Parker, vice-presidente da Amazon Pharmacy e cofundador da PillPack.

DHL Express prevê aumento nos envios de e-commerce e anuncia campanha para Black Friday

A DHL Express, fornecedora líder mundial de transporte expresso e logística, espera um grande volume de remessas e compras on-line durante a alta temporada de vendas em 2020. A companhia relata que o crescimento exponencial dos níveis de globalização e digitalização resultou diretamente em novos hábitos de consumo, com um forte aumento do número de aplicativos de compras, nos quais o consumidor pode escolher entre ofertas de diferentes lugares do mundo, e de comerciantes expandindo as vendas para o formato transfronteiriço, com ofertas em grandes de marketplaces.

Como resultado, a DHL Express acredita que o e-commerce quebrará recordes ao redor do mundo durante o período de vendas entre a Black Friday e o Natal. Após acompanhar o crescimento global de 35% do volume proveniente do comércio on-line em 2020, a empresa de logística prevê uma aceleração ainda maior desse resultado que se seguem, e espera uma quantidade de envios maior que 50% em comparação ao último ano nas operações globais. “Megatendências como globalização e digitalização têm um enorme impacto no comércio global”, explica John Pearson, CEO global da companhia.

“Na DHL Express, nossa missão é possibilitar as trocas comerciais globais e apoiar nossos clientes durante os dias mais importantes para seus negócios. Mesmo durante a alta temporada de vendas, asseguramos que as mercadorias sejam entregues o mais rápido possível – e que os presentes de Natal cheguem a tempo! Temos orgulho do forte compromisso de nossos colaboradores e mensageiros que cumprem a missão de conectar pessoas e melhorar suas vidas. Em tempos em que o coronavírus atinge a economia e a vida privada, seus esforços são admiráveis”, declara Pearson.

No Brasil, de janeiro a junho deste ano, a DHL verificou um aumento de mais de 100% no volume de e-commerce transportado em relação ao mesmo período do ano passado. Com o crescimento de compras pela internet, a empresa aparece como grande responsável por levar inovações tecnológicas e logísticas em todo o mundo, devido à sua operação em mais 220 países.

Mirele Mautschke, CEO da companhia no Brasil, aponta que o crescimento além das fronteiras nacionais é possível para qualquer empresa. “Com algumas adaptações, qualquer companhia pode ampliar sua atuação de vendas digitais a uma escala global. O sucesso está diretamente ligado ao entendimento do perfil do consumidor que se busca atingir, alinhado a uma comunicação clara e transparente. Com nossa presença global e com uma rede internacional integrada, conseguimos aplicar a alta qualidade dos procedimentos de envio em todos os países, tornando a venda mais segura, confiável e lucrativa”, afirma.

Black Friday na DHL – descontos agressivos

Para atender a alta demanda e alavancar negócios durante o pico de vendas esperado na Black Friday, a DHL Express apresenta ao mercado sua campanha para o período. Batizada de Yellow Friday, em alusão à identidade visual da marca, a ação acontece entre os dias 16 de novembro e 4 de dezembro, intervalo já característico no Brasil, onde o comércio estende o período de promoções além da última sexta-feira de novembro já há alguns anos.

A campanha conta com o influenciador Raphael Falcão, criador do “Dicas Digitais”, como o principal porta-voz e com descontos agressivos nas lojas e no MyDHL+, ferramenta da DHL Express para solicitação de frete, para envios nacionais e internacionais. Falcão é um dos grandes nomes na área de marketing digital, conta com cerca de 623 mil seguidores em sua rede e será responsável por apresentar dicas para que as empresas promovam uma comunicação mais assertiva em suas plataformas digitais. O influenciador aparecerá semanalmente no perfil do Instagram da @DHLBrasil com dicas de como aumentar as vendas pela internet. O conteúdo também será repostado no Facebook @DHLBR e no LinkedIn DHL Express Brasil.